Desci arrumando meu vestido, que hoje era vermelho, e fui para a cozinha.

  "Bom dia."

  "buongiorno". -Disse Lucinda vindo co um prato com misto quente.

 Tia Sierra sentou na mesa logo depois.

  "Bom dia." -Ela disse seria.

 Sorri e peguei a manteiga.

  "Tia, eu posso sair de novo com Denila?" -Perguntei.

  "Claro." -Ela forçou um sorriso.

 Suspirei de satisfação, Henry entrou na sala com o jornal do dia e uma agenda.

  "A senhoria Miriam marcou hoje as duas." -Ele nem olhou para mim e logo entregou os jornais e colocou a agenda na mesa.

  "Ah, sim." -Tia Sierra mexeu no cabelo e limpou a boca com o guardanapo- "Vou agora para lá, quero resolver isso essa semana."

 Henry olhou para mim e saiu.

 Quando acabei, fui até o telefone onde havia o número de Denila.

  -Bonjour, Denila? Sou eu Alicia.

  -Bonjour Alicia, como vai?

  -Bem, eu te liguei para perguntar se você não quer vir aqui depois?

  -Ah um minuto... Não vou ter nada, eu passo ai.

  -Eu soube que vai ter uma exposição de quadros na Rua Le Trev.

  -É, eu li no jornal.

  -Você que ir comigo?

  -Pode ser.

  -Então eu te vejo as duas.

  -Ok, as duas.

  -Au revoir.

Desliguei e subi para o banheiro, escovei os dentes e arrumei meu cabelo.

 Duas em ponto Denila estava aqui. Ela usava um sobretudo verde e sapatos da mesma cor.

  "Oi." -Ela sorriu.

  "Oi. Henry, vou sair com a Denila." -Fechei a porta e saímos.

 Da casa de tia Sierra até a rua Le Trev era perto, podíamos ir andando. No meio do caminho Denila me contou sobre uma vez que seu gato fugiu e ela foi parar no centro de Paris.

 Quando chegamos, havia uma grande placa na esquina: Exposição de quadros amadores.

A rua estava cheia de todos os tipos de gente, turistas, moradores, compradores, vendedores, donas de casa, mulheres ricas; fazendo com que ficasse difícil de transitar.

  "Me de a mão para não nos perdemos." -Disse Denila no meu ouvido.

 Assenti.

 Havia muitos quadros bonitos, de todos os tipos e formas e cores. Uma barraca chamou minha atenção. Nela tinha um quadro de tamanho médio. Pintado podia-se ver uma menina em uma floresta escura com um ursinho, em volta vultos formando criaturas horrendas, mas apenas eram as sombras de outros brinquedos.

  "Gostou?" -Uma mulher velha me perguntou atras do quadro.

  "Muito bonito."

  "São trinta euros, mas para uma garota bonita como você faço por vinte."

  "Obrigada, mas não trouxe dinheiro." 

 A mulher fez uma careta e olhei em volta seguindo Denila. 

 Mas para frente, uma carrinho vendia crepe. Denila olhou para mim e correu até ele.

  "Denila! Espere!" -Disse seguindo ela, mas me perdi na multidão. Eu a procurava por tida parte mas não a encontrava. Fui até o carrinho, mas ela não estava lá.

  "S'il vous plaît monsieur, mas você viu uma menina de verde?"

  "Pas." 

 Agradeci e voltei a procura-la. Perguntei para uma moça que horas eram, ela me disse quatro e trinta e cinco. Eu já estava começando a ficar preocupada. Olhei em volta  percebi uma multidão do outro lado da rua.

 Fui até lá, deveria ser um mendigo bêbado ou coisa do tipo. Andei entre as pessoas. 

  "Se Paris começar a ficar assim, acho que vou voltar para New York." -Disse um homem perto de mim.

 Passei por uma velinha que gritou, e por um homem que fotografava tudo. Tampei a boca e me segurei para não gritas quando vi o que acontecia.