POV Harry

Acordei no meio da noite muito confuso e morrendo de cor de cabeça. Não sabia onde estava, nem porque estava ali. E muito menos como eu havia chegado ali. Olhei pros lados sem saber o que fazer e reconheci aquele lugar. Era um quarto do hospital de Riemann. Uma vez quanto eu tinha 10 anos fui atacado por uma cabra e tive que ficar em um quarto igual a esse pra me recuperar. Olhei pro sofá ao lado da minha cama e vi Louis dormindo todo destrambelhado –como sempre– Peguei um travesseiro que estava ao meu lado e mandei na cabeça de Louis. Senti uma dor insuportável nas costas e voltei a me deitar torcendo pra Louis acordar logo.

–Ahn? Quem jogou esse travesseiro em mim? –Ele disse abrindo os olhos e me encarando. –HAZZA! VOCÊ ACORDOU! –Ele falou enquanto se levantava.

–Pois é, agora me explica o que aconteceu.

–Você não lembra? –Ele perguntou confuso.

–É claro que não imbecil!

–E o meu nome, você sabe?

–Ah, como eu iria esquecer seu nome Tayrone? LOUIS, DEIXA DE SER RETARDADO E ME EXPLICA O QUE ACONTECEU!

–Tá, peraí. –Ele disse pegando seu celular e saíndo do quarto por um instante.

POV Gabi

Estava dormindo tranquilamente quando de repente escutei um barulho vindo do meu celular. Abri meus olhos e tentei localizar a porcaria do celular que não me deixava dormir. Quando finalmente o encontrei estava escrito no visor “8 chamadas perdidas de Louis.” Liguei rápido pra ele pra me certificar de que ele estava bem.

–Oi amor. –Ele atendeu com uma tranquilidade sobrenatural.

–Tá querendo me matar de susto ou o quê?!

–O que eu fiz? –Ele perguntou inocentemente.

–Nada, só me ligou 8 vezes às 4 da manhã. Quase que eu morro de preocupação!

–Ah, não se preocupe, eu estou bem. É que o Harry acordou!

–LOUIS, PORQUE VOCÊ NÃO DISSE ISSO ANTES?! –Falei me levantando bruscamente.

–Sei lá... Enfim, você vem pra cá?

–É claro que eu vou! Acho que sono te deixa um pouco lesado pelo visto... –Disse trocando de roupa o mais rápido que pude.

–É, isso é verdade. –Ele respondeu rindo. –Já tá vindo?

–Tô trocando de roupa.

–Tá bem, tô te esperando. Te amo.

–Tchau anjo, te amo também. –Falei desligando.

Coloquei um short jeans e uma camiseta da billabong larga e velha. Basicamente a primeira coisa que vi na minha frente. Prendi meu cabelo e coloquei uma sandália qualquer.

–Mariana, acorda –Falei baixinho pra não acordar as outras meninas.

–Oi... o que você quer? –Ela disse ainda com os olhos fechados.

–Não surta com o que eu vou te falar tá? As meninas tão dormindo.

–Aham...

–O Harry acordou.

–O QUÊ?! –Ela acordou assustada e berrando.

Peguei meu travesseiro e coloquei sobre seu rosto pra abafar os gritos.

–Troca de roupa e vamos pro hospital. SEM FAZER BARULHO! –Falei pegando meu celular e minha bolsa. –Tô esperando lá fora.

–Tá bem. –Ela respondeu indo em direção a sua mala.

Fiquei esperando do lado de fora do quarto que era uma espécie de corredor-sacada. Me apoiei sobre as grades/cerquinhas/seja-lá-o-que-forem e olhei para o reflexo da lua cheia no mar agitado. A noite estava maravilhosa, perfeita pra um mergulho, ou pra um lual. Escutei o barulho de uma porta se fechando atrás de mim me tirando dos meus devaneios. Era Mari.

–Vamos? –Ela disse enquanto passava um gloss.

–Aham. –Disse descendo as escadas.

–Vê se não surta quando ver o Harry tá?

–Não te garanto nada. –Ela falou entrando no taxi.

Revirei os olhos e entrei no taxi também. Chegamos ao hospital em pouco tempo e fomos direto para o quarto de Harry.

–Chegamos! –Anunciei abrindo a porta do quarto.

–Little carrot! –Louis disse vindo ao meu encontro e me abraçando.

–Ei, alguém me explica o que tá rolando aqui? –Harry disse visivelmente confuso.

–Ah, longa história Harry... Longa história. –Louis respondeu.

Mariana ainda não tinha falando nem uma palavra. Ela estava estática.

–Ei, você que me disse aquelas coisas quando eu estava em coma? Eu não se foi um sonho mas eu lembro de ouvir a voz de uma menina. –Harry perguntou olhando pra Mari.

–É... era eu sim –Ela respondeu enquanto suas bochechas coravam.

–Eu gostei muito do que você disse. –Harry disse fazendo Mari parecer um pimentão.

Ficamos em silêncio por um tempo.

–Então Lou, já explicou pra ele o que aconteceu, chamou o médico e tudo mais? –Perguntei rompendo o silêncio.

–Já, o médico disse que ele está bem, daqui a pouco já deve sair do hospital. –Ele fez uma pausa. –Ér... que dia você volta pra Londres?

–Semana que vem, Tom conseguiu mais uma semana de folga. –Respondi.

–Isso é ótimo! –Mari e Louis disseram em coro, sorridentes.

–Bom... eu e Louis vamos dar uma volta, tchauzinho. –Falei abrindo a porta do quarto.

–Tchau pombinhos. –Louis disse me acompanhando.

Saímos do quarto e fomos dar uma volta pelo hospital. Ficamos conversando um tempinho até que resolvemos ir pra praia, ainda eram 4:40 da manhã e estava escuro. Logo o sol ia nascer. Fomos andando até a praia por pura preguiça de esperar um taxi passar, ia demorar muito devido à hora.

–Aqui é tão lindo. –Falei enquanto andávamos em direção a praia em frente ao hotel.

–Também acho. –Ele disse colocando uma de suas mãos em minha cintura enquanto caminhávamos.

Depois de um tempo chegamos a praia e nos sentamos na areia. Encostei minha cabeça no ombro de Louis e ficamos admirando a paisagem de tirar o fôlego. O sol estava nascendo e os passarinhos estavam voando.

–Acho que eu nunca estive tão apaixonado. –Ele disse brincando com meu cabelo, que aliás era a coisa que ele mais amava no mundo.

–Por uma paisagem? –Disse rindo.

–Bem, eu não te considero uma paisagem e sim a menina mais linda do mundo, mas se você se acha uma paisagem... –Nós dois rimos.

–Sabia que eu te amo? –Disse virando seu rosto pra mais perto do meu.

–E você sabe o quanto é bom ouvir isso? –Ele respondeu chegando seu rosto mais perto ainda do meu e me beijando.

Eu queria que o tempo congelasse, que pudéssemos viver aquele momento pra sempre. Eu não queria mais sair de seus braços, não queria mais ficar longe dele nem por um minuto. Um segundo longe dele era com uma eternidade. Eu havia esperado tanto por esse momento. Eu sonhava com isso todas as noites e agora era real. Eu não podia acreditar que aquilo estava acontecendo. Eu não ia deixar aquele sentimento escapar.

Um paparazzi passou por nós interrompendo o melhor momento da minha vida. Louis só se virou pra trás por um minuto e voltou a me beijar sem se importar com a presença do paparazzi.

–Louis, você vai se encrencar... essas fotos vão pra revistas. –Disse bem baixinho.

–E daí? Eu não vou esconder o amor da minha vida. Não tenho motivos pra isso. –Ele respondeu. –Tomara que saia na capa pra todo mundo ver o quanto eu estou feliz.

–Você é perfeito e eu te amo. Muito. –Disse beijando-o novamente.

POV Mari

Depois que Gabi e Louis fizeram o favor de me deixar sozinha com Harry começamos a conversar.

–Então, você é médica?

–Bem, estou fazendo faculdade ainda.

–Aqui na Inglaterra?

–Na verdade eu ganhei uma bolsa de estudos aqui. Eu comecei a fazer faculdade no Brasil.

–Menina inteligente. –Ele disse rindo. –Ér... você conhece a Melanie?

–Sim. –Respondi.

–É que eu preciso falar umas coisas com ela, pode pedir pra ela vir aqui amanhã?

–É claro... –Disse sorrindo mas com vontade de chorar. Eu era melhor que a Melanie, não era? –Bem, eu vou indo. Até mais.

–Tchau Mari. Você volta depois né?

–Claro. –Disse pegando minha bolsa e saindo do quarto.

Peguei um taxi e voltei pro hotel. Quando fui subir pro quarto encontrei Louis e Gabi se beijando na praia. Eles eram tão fofos juntos. Já tinham pelo ou menos 8 paparazzis lá e eles nem ligaram. Assim que cheguei no quarto notei que tinha deixado Harry sozinho no hospital. Peguei o celular de Gabi que ela tinha deixado na minha bolsa e liguei pro Liam.

–Alô? –Ele disse quase dormindo do outro lado.

–Oi Liam, aqui é uma amiga da Gabi. Será que você pode ficar no hospital com o Harry?

–Tá, já tô indo. Ele já acordou?

–Já.

–UEBAAAA. Estou indo pra lá! –Ele respondeu animado.

Desliguei o telefone e fui assistir TV pelo ou menos até que Gabi voltasse do seu “passeio noturno” e acabei dormindo mais uma vez.