BRUNO’S POV

Fui descendo o elevador para encontrar a Laura, mas quando cheguei ao salão, ela não estava mais lá.

– Brandon, você viu a Laura? – Perguntei.

– Ela já foi pra casa. – Respondeu Brandon. – Mas ela foi só, a Cléo foi para a casa do Phil, então vão ter uma noite e tanto.

– Oh sim, só o Phil mesmo, obrigado por me avisar.

Peguei o carro e fui direto para casa, entrei em casa e fui até meu bar, peguei um copo com whisky e fui para o quarto. Entrei no chuveiro e fiquei lá por um bom tempo, saí do chuveiro quase de manhã e fui dormir. Pensei no que a Laura falou: “estamos indo rápido demais”, eu via nos olhos da Laura que ela gostou daquela cena, fiquei meio atordoado com isso. Quando foi na hora do almoço, liguei para o Phil e pedi para aparecer aqui em casa.

– Diga ai cara de Marte. – Brincou Phil. – Como foi suas peraltices com a Laura?

– Não aconteceu nada, ela praticamente me enganou. – Eu disse. – Eu estava quase beijando ela e ela me jogou na parede e falou no meu ouvido que era para eu baixar meu fogo e que estávamos indo rápido demais. – Me deitei no sofá e abracei um dos travesseiros. – Eu fui trolado..

– Caraaaaaaaca véy. – Disse Phil. – Não sei o que te dizer cara, mas de uma coisa eu já tenho a certeza, se ela falou que vocês estavam apressando as coisas cedo demais, então a qualquer hora pode chegar o grande momento.

– É, realmente não pensei assim. – Falei. – Pena que aquele encontro que eu marquei com ela para hoje não deu certo.. Mas me conta, como foi a noite com a Cléo?

– Cara, ela é sensacional, levei ela para o centro e depois fomos lá pra casa. – Falou Phil. – E, tenho que te confessar... Ela é muito boa!

– Ixii. – Falei. - Tá por cima da carne seca! Aproveite!

– E tu seu leso! Liga pra ela, só falta resolver esse rolo seu com a Laura, ela quer você cara, é só investir, ela pode estar dando uma de difícil, mas ela não vai resistir a você. – Disse Phil. – Confia em mim.

– Eu sei Phil. Mas nem sei se ela vai poder sair hoje. – Falei

– Tenta, não custa nada. – Falou Phil, me dando o celular.

Liguei para ela, deu na caixa de mensagem, na mensagem, perguntei a ela se ela queria sair para jantar hoje. Desliguei e fui para o meu esconderijo secreto, sem desgrudar do meu celular, esperando ela responder minha mensagem.

FIM DO BRUNO’S POV

Acordei lá pra 14:00, eu ainda estava cansada, mas tive que levantar para fazer algo para comer, fui ao quarto da Cléo e ela estava dormindo, parecia que teve uma noite ótima, a deixei dormindo e fui até a cozinha, fiz minha comida e fui até a sala, vi meu celular vibrando e vi uma mensagem de voz do Bruno. “Boa tarde Laura, queria saber se você quer sair para jantar comigo hoje, as 20:00, responda esta mensagem, caso você aceite. Beijos. Bruno”. Mandei uma mensagem para ele dizendo que eu poderia sair.

Fui à banca de jornal comprar umas revistas para ler, vi uma revista que tinha minha foto como destaque, o jornaleiro olhou para mim e me parabenizou pela colocação na seletiva. O Agradeci e acabei indo dar uma volta de carro, para passar o tempo, cheguei num vilarejo perto da cidade, vi uma casa muito grande, jardins bonitos, cheios de rosas, achei uma árvore que dava pra ver todo o campo, me sentei no pé dessa árvore para ler minhas revistas, eu estava tão confortável ali que eu acabei dormindo, mas depois senti uma mão vindo até meus olhos e subindo em cima de mim.

– Nunca faça provocações.

Bruno me virou para me colocar em cima dele e imprensou seu corpo ao meu.

– O ato de revidar é pior!

Bruno acabou tacando em mim um beijo fulminante, cheio de paixão, ele passava a mão pelas minhas costas e fazia carinhos no meu cabelo, me arrepiei até o último cabelo da minha cabeça, eu passava a mão pelo corpo dele, ele parou por um momento e ficou me encarando. Eu não conseguia falar quase nada.

– O-o-o que-e você-e tá-a fazendo aq-u-ui? – Falei, gaguejando.

– Oué, você não sabe? Esse aqui é meu esconderijo, eu moro aqui. – Falou Bruno. – Mas, como você achou esse lugar?

– Eu fui à banca de jornal comprar umas revistas e depois peguei o carro e resolvi sair por ai, até que vi esse lugar e achei ótimo para sentar e passar o tempo. – Falei. – E você?

– Vim me sentar aqui para passar o tempo também. – Ele falou, beijando meu pescoço. – E aí, tá de pé mesmo aquele jantar que eu falei?

– Agora sim eu estou gostando. – Eu disse. – Está de pé sim, falando nisso, tenho que ir para casa, a Cléo já deve ter acordado.

– A Cléo? – Perguntou Bruno. – O que ela fez a noite com o Phil? Parece que madrugaram, ou coisa do tipo.

– Eeeita Bruno, você é louco é? Deixa o casal em paz! – Falei, batendo nele.

– Sou louco sim. – Ele falou. Se aproximando de mim. – Só se for louco pro tu.

E sapecou um beijo delicado em mim.

Bruno pegou minhas coisas, ele me deu a mão para me levantar e fomos até o carro.

– Ah, você vai mesmo né? – Perguntou Bruno, me dando um beijo no pescoço.

– Vou sim, calma, eu não vou fugir. – Eu disse, dando-lhe um beijo. – As oito em ponto esteja tocando minha campainha, senão eu não vou mais.

– Tá bom. Então até mais minha pequena. – Falou Bruno, me dando um selinho.

Fui para casa, pensando como aquilo pode ter acontecido, não sei se era coincidência ou coisa parecida, mas parecia coisa do destino mesmo. Cheguei em casa e vi a Cléo sentada no sofá.

– Laura, pra onde você foi? – Perguntou Cléo.

– Fui à banca de jornal e fui dar umas voltas. – Eu falei. – Oh, tenho que te contar um babado daqueles..

– Cooonta mulher. – Cléo falou, sinalizando a poltrona para me sentar.

– Quando eu fui dar uma volta, achei um pequeno paraíso dentro de L.A, tipo uma fazenda, sei lá. Só sei que eu me sentei no pé de uma árvore e acabei dando um cochilo. O Bruno apareceu, tampou meus olhos, subiu em cima de mim e me beijou.

– O que você disse? – Fala Cléo. – Ele fez isso, sem mais, nem menos? E a festa de ontem, o que aconteceu?

– Pois é. Acredite, eu não vi, foi tudo rápido, quando percebi o Bruno estava me beijando. Na festa de ontem ele tentou me beijar, mas falei no ouvido dele que estávamos indo rápido demais, o atiçando. – Falei.

– Eeeita Laura, estou feliz por você!

– Me conta como foi a noite com o Phil!? – Perguntei.

– Tenho que confessar, o Phil é um cavalheiro, além disso, me tratou muito bem, em todas as horas, nas horas calientes ele fez cada coisa que me levou ao céu. – Cléo falou, pegando um papel para se abanar.

– Aaaaaaaaaaah mana tá pegando fogo. Quando eu olhar para o Phil eu vou rir tanto. - Falei, me sentando no chão.

Não mulher, num ri dele não, ele só é... Romântico! – Cléo disse, corando um pouco.

Eu ri da cara dela enquanto pegava uma maçã na cozinha.

– Ah, me ajuda, quero uma opinião de uma roupa para sair com o Bruno, vamos jantar fora!

– Eu tenho aquele vestido bege que você gostou, de alças. Pode pegá-lo sem problemas. – Disse Cléo.

Fui tomar um banho, coloquei o vestido com uma sapatilha rasteira, fiz uma maquiagem simples e desci para sala, pouco tempo depois o Bruno chega.

– Aaaaaaaaah mas como está linda. – Falou Bruno, me rodando e me dando um beijo.

– Tá bom né! Não fale mais com os pobres! – Cléo falou, de lá da cozinha.

– Own Cléo, eu sei que tu me ama também. – Falou Bruno, mandando um beijo para ela. – Vamos?

Descemos até o carro dele e fomos para o restaurante, dessa vez era menos sofisticado, mas era muito agradável, pedimos a comida e ficamos conversando sobre a banda.

– Que dia vamos ensaiar para pegar as performances? – Perguntei.

– Semana que vem a gente vai ensaiar, vamos começar a turnê para a Europa daqui a algumas semanas. – Falou Bruno, dando um gole no seu vinho. – Você nunca tocou em banda?

– Não, é a primeira vez que participo de uma. – Falei.

– Espero que seja a primeira vez de muitas. – Falou Bruno, me dando um leve beijo.

Pagamos a conta e saímos por L.A, mal tinha visto a cidade a noite, mas as fotos que a gente tirava ficavam lindas. Depois de nós comprarmos um churros, ele foi me deixar em casa.

Começamos a nos beijar mais intensamente, seu corpo foi ficando cada vez mais perto do meu, as mãos do Bruno passeavam pelo meu vestido e estavam procurando pelo meu seio.

– Aqui não, Bruno. Estamos na rua. – Falei, sussurando.

– Que se danem os moradores, que se danem quem está passando pela rua, eu só vejo você e mais ninguém. – Falou Bruno, beijando meu pescoço e fazendo carinhos no meu cabelo. – Ou você quer que eu suba contigo?

– Não Bruno, subir comigo não, o que meus vizinhos vão pensar? Que indecência! – Falei, dando as costas para ele e cruzando os braços.

– Sua boba! Não vou subir! – Bruno falou, me dando um beijo bem calmo. – Boa noite. Se cuida!

Entrei em casa com os pés descalços, para não incomodar a Cléo, me deitei no sofá para assistir o filme que tava passando e acabei dormindo.

Acordei com o sol entrando no meu quarto, quando vejo meu celular, tem uma mensagem do Bruno...