Amor Paterno escrita por judy harrison


Capítulo 5
Apaixonados


Notas iniciais do capítulo

Bonnie e Gary se descobrem atraidos um pelo outro.



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Pela manhã Gary acordou assustado.

_ Ah, meu Deus, eu dormi demais!

Já era dia e ele procurou por Ricardo e o encontrou na cama, dormia profundamente, e parecia um moleque com pijamas de flanela e cheirando a talco.

Gary ajeitou suas mãos para baixo do cobertor e beijou seu rosto. E foi embora.

Mas ao se lembrar de que seu celular ficou com Bonnie ele buscou seu carro na escola e foi para a casa dela.

Bonnie acabava de acordar.

_ Gary! Bom dia! Entre.

Ela estava surpresa em vê-lo.

_ Eu deixei meu celular com você. Ele está no silencioso, e você não deve ter percebido por isso.

Ela procurou em suas coisas e realmente o achou.

_ Oh, Gary, me desculpe, eu nem percebi.

_ Não tem problema!

_ E Ricardo?

_ Está bem. Ele ainda dormia quando eu saí de lá.

Bonnie estava com um “sobretudo” de cetim que denunciava suas curvas, e Gary não pôde disfarçar, e a olhou de cima a baixo.

_ Você acordou agora?

_ Sim, - disse acanhada – Eu ia tomar café. Quer me acompanhar?

_ Eu aceito! – disse num sorriso.

Gary tinha a intenção de saber até que ponto Bonnie estava envolvida com Ricardo. Via nela uma chance de o garoto se redimir.

_ Ricardo gosta muito de você, sabia! –disse enquanto ela servia seu leite.

_ Ele é uma pessoa amável, é só isso.

Ela passou por ele e seu perfume se misturou com o cheiro do leite quente. Gary acompanhou o balanço do sobretudo quando ela foi até a pia pegar o cesto de pão. Seus cabelos estavam soltos, o que ele ainda não havia visto, eram longos e ondulados. Gary sempre a encarava como a uma aluna, e Bonnie era uma mulher agora.

_ E ele já esteve aqui?

_ Sim, nós tivemos um tempo juntos. Mas ele não dormiu aqui, eu deduzi que não sou seu tipo, ou ele ainda não me conheceu o suficiente.

_ Certamente tem que dar tempo ao tempo.

_ Sim, eu sei que um relacionamento não começa na cama. E nós nos conhecemos apenas há poucos dias.

_ Não diga a ele que tivemos essa conversa, mas eu vi no caderno dele uma declaração de amor a você. Ele desenhou um imenso coração perto de sua foto que ele colou na contracapa...

_ Eu não sei, Gary. Ele me parece muito estranho e misterioso. Prefiro esperar para entender o que ele sente.

_ Faz bem, ele é jovem e você também.

_ Eu tenho 25 anos e ele tem 21. A idade também é um ponto.

Gary reparou em seus seios que estavam à mostra sob o tecido pouco transparente e que seus mamilos estavam rígidos. Ele tirou os olhos depressa, pois ela o encarava, ela pensava em perguntar qual era a ligação que os dois tinham.

Mas o celular dele tocou.

Depois de atender ele se levantou.

_ Era meu pai. Está furioso por que eu não atendi o telefone, eu preciso ir. Obrigado pelo café, Bonnie. Vejo você na escola?

_ Claro! – ela disse rapidamente.

Gary se despediu dela pegando em sua mão. Era um contato físico normal, mas Bonnie despertou seus instintos, e ele não esqueceria facilmente.

Bonnie estava na mesma sintonia. Ficou encantada pelo charme de Gary, era um homem culto e elegante, mas tinha olhos infantis. Gary mexeu com ela também.

_ Um é tão lindo e jovem. O outro tão maduro e lindo... – ela suspirou profundamente como se aqueles sentimentos saíssem de seus pulmões e fossem se chocar no ar.

Quando chegou em sua casa, Gary não encontrou o pai.

_ Já foi para o parque jogar xadrez, velho viciado! – disse rindo.

Cansado por ter dormido de mal jeito, ele foi para a sala de música. Colocou seu CD preferido, deitou-se no tapete para ouvir e relaxar, mas não conseguia, pois estava novamente mergulhado em suas lembranças. Agora pensava naquele dia trágico, quando a escola veio abaixo, quantas coisas aconteceram ao mesmo tempo. E tudo que ele queria era reconstituir sua família. Mas acreditou em uma mulher sem escrúpulos.

Enfim ele acabou dormindo. Sonhou com Ricardo que se despedia dele chamando-o de pai, e levava Bonnie consigo, ele gritava para que Ricardo não a tirasse dele, “Não leve Bonnie de mim, Ricardo!”, ele gritava, enquanto o casal ia se afastando. Suas súplicas eram tão fortes que ele acordou assustado. Estava suando. Decidiu tomar um banho.

No banheiro, despido, ele se lembrava de Bonnie. Sabia que o que sentiu por ela foi uma atração sexual, mas que ela pertencia a Ricardo.

_ Que sonho louco.

Olhava-se no espelho e contemplava seu próprio corpo como que avaliando se Bonnie o acharia sexy apesar de ser 15 anos mais jovem que ele. Mas riu-se, inconformado e desaprovando sua atitude.

_ Vamos lá, Gary! – olhava agora nos próprios olhos – Você nunca deixou isso acontecer! Ela é uma aluna!

Ele precisava tirar do peito o desejo que surgiu de possui-la.

Alguns dias se passaram. Ricardo continuou indo às aulas normalmente, e Bonnie ficou mais próxima dele, era carinhosa e atenciosa, pois se apegou a ele por causa de seu jeito meigo de ser.

Quanto a Gary, mantinha certa distância, porém sempre observava os dois e pedia favores a Bonnie normalmente.


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