Amor Paterno escrita por judy harrison


Capítulo 2
Sexo casual


Notas iniciais do capítulo

Bonnie tinha uma conexão com Ricardo, mas Gary também mexeu com sua curiosodade.



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Gary falava com a sala e os alunos ouviam em silêncio, ele era amistoso, porém sério e exigente quanto às obrigações, e principalmente o comportamento. Enquanto falava, olhava para cada um, e quando seus olhos chegaram em Bonnie, ela concordou com a aluna impertinente. Ele era alto e forte, seus cabelos eram pretos e compridos como os de Ricardo, mas bem penteados e discretamente amarrados para trás, e contrastavam com sua pele branca.

_ Não vou lidar com crianças, então acredito que não terei problemas, estou certo?

Automáticamente, Bonnie disse um sonoro sim, que mesmo sendo sozinha respondeu pela classe. Mas não era sua intenção. Ela ouvia o professor com tanto afinco que se deixou levar, como se fosse uma conversa entre os dois apenas.

Olhando pra ela com meio sorriso, ele finalizou.

_ Que bom! A aula de agora e Geografia.

Depois de escrever na lousa durante quase 10 minutos, Gary se sentou, e como ficava frente a frente com Bonnie, notou que ela estava com o caderno fechado.

_ Não vai copiar, mocinha?

_ Eu... já terminei. – como o olhar do mestre indicava descrença, Bonnie abriu o caderno e mostrou a ele. Gary sorriu involuntariamente.

_ Copia depressa, e tem uma boa caligrafia!

Bonnie sorriu e ele também, e seus olhares demoraram a se desconectar um do outro. E por uma ou duas vezes eles se flertaram de novo durante a aula

Era hora do intervalo, mas Bonnie e Ricardo ficaram na sala para conversar.

Posso leva-la pra casa de novo?

_ Claro! – ela disse.

Bonnie não sabia qual era a intenção de Ricardo, mas não estava disposta a fugir. Queria se aproximar dele, já que estava sozinha. Mas Ricardo tinha outras ideias.

Faltavam poucos minutos para reiniciar a aula quando Gary entrou na sala e encontrou Ricardo sentado em sua mesa ao lado da carteira de Bonnie.

_ Como o mundo dá voltas, não? – Gary disse a Ricardo – Pensei que tivesse desistido de estudar.

_ Não, Gary, na verdade eu achei que você estava certo. – desceu da mesa - Só não esperava encontra-lo aqui.

Bonnie pensou em deixar os velhos amigos a sós, mas outros alunos já estavam chegando.

Duas aulas mais com Gary e seus alunos já estavam acostumados com ele, era mesmo um professor competente e cativante, pois todos ficaram em silêncio por todo o tempo.

Quando Ricardo chegou com Bonnie a sua casa ele se despediu como da outra vez, dizendo que precisava trabalhar. Era estranho que ele trabalhasse depois das 11 da noite, mas ela não perguntava nada.

Alguns dias se passaram e Bonnie estava um pouco afastada de Ricardo. Tinha a sensação de que ele era apenas um rapaz gentil, que não estava interessado nela, ou até que não se interessava por mulheres, já que ele nem mesmo falava com outras meninas na sala.

Como sua prioridade era o estudo, não foi difícil para ela se concentrar.

Gary, com seus ensinos, era o incentivo que ela e os outros precisavam, ele sabia conduzir a aula como nenhum outro. Mas ela sempre percebia a mudança de humor de Ricardo quando Gary entrava e saia da sala.

Na sexta feira, quando saíram, Ricardo pediu que Bonnie o levasse em sua casa. Mais uma vez ela achou que não perderia nada, estava preparada para outra decepção.

Daquela vez, porém, seria diferente.

Ele entrou e aceitou tomar um refresco, devido ao calor.

_ Eu adorei sua casa. – ele disse ao se sentar com ela no sofá da sala.

_ Não seja mentiroso! Minha casa é muito simples.

_ Mas é por isso mesmo!

Ela sorriu e Ricardo a beijou. Bonnie correspondeu com pouco entusiasmo, pois não havia paixão nesse beijo.

_ Aula cansativa essa de Gary, não é? – ele disse depois de notar sua indiferença.

_ Eu gostei. Gary é ótimo.

_ Eu sei, vi seu modo de fazer tudo por ele, apagar lousa, buscar livro, distribuir folhas... É uma assistente dele?

Ela riu.

_ Diz isso como se sentisse ciúmes!

Ele suspirou, não queria, mas estava mesmo.

_ Gary não é o que você pensa. Ele não é tudo isso.

_ Você o conhece, não é? Por que não gosta dele?

_ Gary foi meu professor há um tempo. É uma longa história que não me traz boas lembranças.

_ Ele... prejudicou você?

_ Gary? – sorriu – Gary simplesmente colocou uma escola inteira abaixo! Literalmente! - Bonnie ficou impressionada - É uma longa história, eu conto depois.

Ricardo pediu mais um beijo e Bonnie queria saber se ele estava ou não interessado nela. Com carícias provocantes, ela o deixou excitado e foram para seu quarto.

Ricardo fez com que ela simplesmente chorasse de prazer. Bonnie jamais conheceu um rapaz tão jovem e experiente assim. Ele era generoso e soube fazê-la feliz.

Porém, quando já estavam descansados, Ricardo se levantou.

_ Preciso ir, Bonnie.

_ Achei que quisesse dormir aqui! Não me disse que você

mora sozinho?

_ Sim, eu moro. Mas eu preciso mesmo ir por motivo de trabalho.

Sentindo-se agora mais íntima dele, ela queria saber o que ele fazia. Mas Ricardo se limitou a dizer que era um serviço secreto, o que a deixou um pouco apreensiva.

_ Queria que ficasse.

_ Sinto muito. – deu-lhe um beijo carinhoso – teremos outra oportunidade.

Ricardo foi embora, prometendo vê-la apenas na segunda feira, não no sábado e nem domingo.

Ela não entendia o que havia de errado. Ricardo parecia estar cumprindo com um roteiro, e o fazia com capricho.

Mas ela não conseguia ver o que ele realmente sentia.

Era segunda feira e Ricardo mal se concentrava nas aulas. Bonnie havia faltado e ele imaginou que podia ser por sua causa, que estava magoada.

_Ah, Bonnie, como te amo!

Ela nem suspeitava que Ricardo só estava agindo do seu jeito, que estava interessado e pretendia vê-la muito mais vezes.

No intervalo, ele ia sair por último quando três alunos das outras salas entraram e o abordaram, tinham no olhar a marca da rebeldia.



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