Amor Paterno escrita por judy harrison


Capítulo 1
As pontas de um triângulo


Notas iniciais do capítulo

Essa fic fala de um pai amoroso que pretende recuperar o amor e a confiança de seu filho. Aqui ele o reencontra e conhece Bonnie.



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Bonnie e Ricardo se conheceram durante a organização do primeiro dia de aula numa escola municipal que oferecia cursos para quem não concluiu o ensino médio. O chamado Supletivo.

Bonnie tinha 25 anos, era morena de cabelos castanhos ondulados, e tinha sua casa, era independente e madura. E vivia da pensão deixada por seu tio que a criou.

Deslumbrou-se com Ricardo logo quando o viu.

_ Eu não sabia que deuses estudavam! – ela queria dizer.

Ricardo era loiro e tinha cabelos compridos até os ombros, como os de um príncipe inglês, e um físico como de um lutador peso médio, sua pele clara lembrava a de um bebê e os olhos castanho claros o olhar de um urso de pelúcia.

Mesmo sem acreditar, Bonnie ganhou a simpatia do rapaz, e passaram a conversar e trocar informações na classe. Ricardo se identificou muito com seu comportamento atencioso, então queria se aproximar mais dela.

Depois de alguns dias de aula, na saída da escola, Bonnie foi abordada por Ricardo pela primeira vez. Ele estava em um carro de luxo.

_ Quer uma carona, Bonnie?

_ Sim.

Ela não sabia por que aceitou, mas sabia que queria estar perto dele. A amizade que tinham se limitava à sala de aula, e eles só tinham um ao outro. Aquela era a chance de se conhecerem fora do colégio.

Ricardo a levou para casa e a deixou em frente seu portão.

_ Casinha bonita! – ele disse sorrindo – Mora sozinha?

_ Sim. Quer... entrar? – foi um convite de cortesia, mas ela sentiu vergonha quando ele recusou.

_ Hoje eu não posso. Tenho um trabalho para fazer. Amanhã, quem sabe. Agente se vê amanhã!

_ Ok! Obrigada pela carona!

Ela entrou um pouco frustrada, mas tinha esperança de convencê-lo outro dia.

Do outro lado dessa cidadezinha chamada Santa Branca, onde ficava a escola de mesmo nome, havia um professor que também seria novo entre os alunos.

Gary tomava café da manhã com seu pai e falava com rancor, olhando para o telegrama que havia recebido da escola Santa Branca.

_ Estudei por anos nas melhores faculdades, me formei com louvor... Minhas notas são as melhores da história daquela Universidade! E eu estou aqui, reduzido a nada, sendo obrigado a aceitar esse... emprego de miséria!

_ Acalme-se, filho! – disse o velho.

Nick foi testemunha de seu progresso, e também de seu fracasso. Lamentava tanto como a vida golpeou um homem de carreira tão brilhante e o reduziu a quase nada, impedindo-o de exercer sua profissão com dignidade.

Agora ele tinha a chance de começar de novo, mas nunca se conformaria com pouco.

_ Vou falar com eles. Esse valor é baixo e eu sei que aquela escola pode me pagar mais.

_ Claro, e eles vão reconhecer seu valor quando começar. Mas você tem que ser paciente!

Gary sorriu para confortar o pai. Nick tinha 80 anos e ainda era sua força de vida.

_ Claro, pai. Obrigado por me dar essa força. Você é minha fortaleza.

O velho riu, gostou de ouvir aquilo.

O outro dia foi importante para Gary. Depois de conversar melhor com a diretora da escola, ele conseguiu que fechassem o compromisso com um valor mais alto. Porém ainda era muito pouco perto da capacidade acadêmica dele.

A noite chegou e Bonnie, se preparava para sair quando ouviu uma buzina. Era Ricardo esperando por ela para irem juntos à escola.

Lisonjeada com a cortesia, Bonnie beijou o rosto dele.

_ Obrigada, Ricardo!

_ Tudo bem, é um prazer ter sua companhia! - ele beijou o rosto dela quando ela entrou e ela retribuiu co um sorriso.

Na escola os dois amigos ainda estavam no mesmo lugar, mas se falavam vez ou outra, quando Ricardo ia até sua carteira. E ele estava lá quando o professor entrou.

Como a porta estava aberta, Ricardo não percebeu sua presença e continuou ali, ao lado de Bonnie.

_ Ricardo, sente-se, por favor.

O professor disse. Era Gary.

Ricardo olhou para ele com espanto, mas depois foi para seu lugar. Espantada também ficou sua amiga Bonnie, pois Gary ainda não havia dado aulas para eles.

Ficou olhando para o mestre, se perguntando como Ricardo e ele se conheciam.

A carteira de Bonnie era grudada à do professor, o que ela escolheu de propósito, pois era mais fácil para se concentrar nas aulas. Bonnie queria ser psicóloga e estudava muito para isso, mas precisava terminar o segundo grau para dar passos mais largos em sua carreira.

_ Boa noite, pessoal! - ele falou dando uma severa olhada em Bonnie logo depois que Ricardo foi para seu lugar – Eu me chamo Gary Winston e serei seu professor de inglês, geografia e Artes. Por tanto ficaremos a maior parte do tempo juntos.

_ Professor, - falou uma aluna – você vai dar três aulas de uma vez?

Ele riu, junto à classe toda.

_ Como se chama, querida?

_ Rose.

_ Rose, eu leciono três matérias. Cada aula será de uma matéria. Não farei isso em uma só aula!

Percebendo a simpatia de seu novo professor a turma toda resolveu fazer perguntas a ele e Gary as respondia tranquilamente. Então uma aluna mais do que empolgada disse em voz alta:

_ Ah, professor, você é tão lindo! Quer me dar aula particular em minha casa?

Ele pensou em fazer o que faria anos atrás, colocaria a aluna impertinente para fora. Mas, devido a sua situação e as lembranças do seu passado com alunos rebeldes, ele foi camarada com a resposta.

_ Eu sugiro que você consulte um oftalmologista, querida. Além disso, eu sou propriedade da escola no momento. Mas obrigado!

Sua atitude agradou a todos, mas havia uma única pessoa que não sorria e nem mesmo saia do lugar. Era Ricardo.

Bonnie também estava quieta, mas estranhou o jeito do amigo, pois ele era extrovertido o tempo todo, mesmo quando diziam aos sussurros que ele não passava de um “rapaz alegre” da Argentina. Olhava para Gary, mas com o semblante fechado.


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Notas finais do capítulo

Olá, agradeço a quem está lendo essa história, e espero críticas ou opiniões. Tem alguma? Então deixe um review. Obrigada!!!



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