PDV FREDDIE.

Aquele era o momento que eu precisava, precisava estar ali, junto com a Sam, nosso beijo se intensificava e eu abraçava-a fortemente mas sem a machucar, Sam retribuía intensamente e eu precisava fazer de tudo para que esse romance viesse recompensar o tempo perdido, o tempo que eu não sabia o que era amar uma pessoa de verdade, sendo que ela estava o tempo todo comigo, mas só percebi quando ela passou um ano longe de mim.

─ O que? O que vocês estão fazendo?

Cessamos o beijo, levando ambos um susto, logo viramos automaticamente para a localização de onde a voz se pronunciava.

─ Quem é ela Fredward? Demetria permanecia com uma cara de indignação, fazendo tal pergunta olhando para Sam.

─ Quem é você?! Sam retrucou levantando uma sobrancelha.

─ Sam, essa é Demetria, filha da colega de trabalho da minha mãe. Hesitei baixando o tom de voz. ─ Iram jantar na minha casa.

─ Eu não sabia que você namorava Fredward. Demetria terminava de falar cruzando os braços, mas afinal, porque que ela estava agindo assim?

Sam e eu nos encaramos por alguns segundos, pois ninguém sabia sobre nós dois ainda, então voltei meu olhar para Demetria e ela ainda nos fitava, respirei fundo e tentei dizer calmamente.

─ Demetria. Disse seu nome ajuntando minha mão com a outra como se fosse um sinal de suplicação. ─ Você não pode dizer pra ninguém o que acabou de ver, por favor. Terminei de dizer abaixando minhas mãos, encarando a garota pálida de cabelos escuros lisos repicados.

─ Por que não? Sua mãe não sabe que você tem uma namorada Ela dizia agora com um tom de compreensão para a minha surpresa. Eu iria a responder só que Sam se pronunciou primeiro.

─ E o que te importa garota? Sam terminou de dizer dando alguns passos ficando de frente para Demetria.

─ Nada, só estou curiosa. Demetria respondeu encarando Sam.

─ Meninas. Disse indo até as duas. ─ Calma, Demetria, depois eu te explico, só não conte pra ninguém, pode ser? Perguntei olhando-a novamente.

─ Claro. Demetria enfim concordou, deixando a mostra um sorriso ainda encarando Sam.

─ Gente que clima todo é esse? Uma voz familiar se fez, e todos nós olhamos para ver quem era. Carly.

─ Oi Shay, clima? Não to vendo nenhum clima aqui. Disse Sam parando de encarar Demetria indo até sua amiga Carly.

─ O que vocês estão fazendo aqui fora? Carly perguntou olhando para Sam e para mim. Não obteve resposta vindo de nós dois quando Demetria resolveu responder.

─ A culpa foi minha, é que a mãe do Fredward pediu para que eu o chamasse para entrar. Ela terminou de falar e eu continuei.

─ Sim, então eu sai, minha mãe quer fazer um jantar especial. Falei e Sam terminou dizendo.

─ E eu estou aqui fora porque queria ver quem era. Sam disse “quem era” apontando para Demetria. ─ Por que não reconheci pela voz e nunca a vi por aqui.

─ Entendi, mas quem é você? Perguntou Carly olhando para Demetria.

─ Sou Demetria, fui convidada para jantar na casa do Fredward, e menina amei sua blusa. Disse Demetria se posicionando ao meu lado.

─ Obrigada, é a minha cor favorita. Disse Carly sorrindo amigavelmente para Demetria.

─ Ta agora que todo mundo se conhece, chega de perguntas, se não daqui a pouco minha mãe virá me buscar. Terminei de dizer dando uma ultima olhada para Sam que estava séria e caminhei até a minha porta já a abrindo.

─ Vai lá Fredward. Disse Sam, com tom de voz irônico pelo que eu pude perceber, queria olhá-la novamente e assim eu fiz, mas logo terminei de adentrar enfim na minha casa, avistando minha mãe e sua amiga.

─ Fredinho meu filho, onde você estava? Já estava preocupada. Disse minha mãe vinda até mim.

─ Tinha ido dar uma volta, estou bem mãe. Respondi e logo senti a presença de Demetria parada do meu lado.

─ É verdade Dona Marisa, eu o encontrei entrando no prédio. Demetria terminou de dizer e minha mãe pareceu acreditar mais nela no que em mim.

─ A querida, obrigada, está vendo Freddie, ela é uma boa menina, diferente de umas amigas que você tem. Terminou de dizer ficando mais calma.

─ Sim mãe, ta bom, ta bom. Disse revirando os olhos, mas por um lado precisava reconhecer que Demetria me ajudou, e talvez eu nem merecesse, pois não havia tratado ela muito bem quando cheguei mais cedo.

─ Então já que todo mundo está bem, o jantar está pronto. Pronunciou-se Dianna a amiga da minha mãe.

─ Assim, claro, vamos todos nos sentar. Falou minha mãe puxando de um lado Demetria e do outro lado eu.

Fomos todos até a cozinha e nos sentamos às cadeiras. Minha mãe fez questão de servir suas convidadas e eu, e logo se servindo por ultimo, o jantar não obteve muita conversa, de vez em quando minha mãe e Dianna falavam sobre a comida onde havia muitas verduras, mas suas palavras eram passageiras. Confesso que eu estava ficando um pouco desconfortável com tudo aquilo, de vez em outra percebia que Demetria me olhava toda hora, só espero que ela não tire proveito da sua ajuda, apesar dela não parecer ser uma pessoa assim, acho que minha mãe tinha razão, ela parecia ser uma boa menina, até que me provem ao contrário.

─ Freddie querido, come mais. Disse minha mãe quando viu que eu já tinha acabado.

─ Não obrigado mãe, estou cheio. Sorri para minha mãe ao terminar de falar.

─ E você Demetria, come mais. Minha mãe insistia para que as pessoas comessem sua comida.

─ Dona Marisa, obrigada mais, já comi demais, sua comida é ótima, mas estou satisfeita. Demetria terminava de dizer, em vez de olhar para minha mãe, olhava para mim.

─ Tudo bem então, porque vocês dois não conversam na sala. Minha mãe disse e sua amiga sorriu como se fosse uma boa idéia.

─ Claro vamos. Tentei dizer num tom animado, mas sem chances, iria conversar com ela apenas para agradecer.

Fomos até a sala e sentei no sofá, cruzando masculinamente e formalmente as pernas e logo ela sentou no mesmo sofá que eu, porém um pouco mais afastada. Ficamos nos encarando por alguns segundos, eu teria que ter as palavras certas, provavelmente ela gostaria de saber o motivo pela qual Sam e eu estávamos nos beijando, apesar de eu não ter que dá satisfação nenhuma pelo ocorrido, mas me senti mal por ela ter-me ajudado sendo que eu fui antipático, talvez devêssemos começar do zero, ela poderia ser uma boa amiga, quem sabe.