O Livro Sagrado Dos Deuses escrita por Nat Rodrigues


Capítulo 20
Coisas dolorosas vem a minha mente


Notas iniciais do capítulo

Oi! como vão? espero que bem... Desculpem a demora do capitulo, mas é que eu estou passando as ferias na casa da minha prima, e eu nao fico o tempo inteiro no computador que nem em casa... kkkk ~le sedentaria~ esse capitulo está um pouco curto, e nao depresivo, só que está triste.prometo que o proximo vai estar mais animado, mais romantico, e maior... Boa leitura!



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–Tommy... Tommy.-Disse Luna me acordando.

-Am?- Perguntei confuso.

-Ah! Graças aos deuses você acordou! Eu estava preocupada.-Disse ela.Me levantei, e olhei ao redor tudo parecia normal, quase todos estavam dormindo, apenas Luna e eu acordados.

-O que ta acontecendo?... por que você está preocupada?-Perguntei ainda confuso.

-É que você estava gritando algo como: “Não! Salvem ela! Não deixem ela fazer isso, eu não quero sofrer...” E está completamente ensopado de suor...-Disse ela olhando para minhas roupas.Agora tudo estava fazendo sentido, a minha visão voltou à minha memória, e eu não pude conter minha tristeza.Manu não poderia fazer alguma coisa, poderia? E além disso, se aquilo que eu vi é algum tipo de visão do futuro, o porque eu ainda estaria triste lá, sendo que eu já estou nesse momento esperando pelo pior? O que os deuses querem me mostrar com isso? O que significa essa visão?.Mil e uma perguntas, sem resposta, surgiram a minha mente.

-Tommy, o que aconteceu? Com o que você estava sonhando?-Perguntou Luna.Bom... o que eu poderia dizer a ela? que a Manu ia se tornar uma louca psicótica em busca de poder supremo?.... Não, eu não posso fazer isso, mesmo que a Luna seja de confiança, eu não posso simplesmente falar isso para ela...

-Eu... eu... estava sonhando com o dia em que minha mãe morreu...-Menti.Ao contar essa mentira a imagem de uma casa queimando veio a minha cabeça.Desde mais cedo essa memoria vinha a minha mente.

-Hum... e você esta melhor agora?-perguntou ela preocupada.

-Sim, acho que estou, obrigado, pode voltar a dormir, não se preocupe comigo.-Respondi.Fiquei olhando para o nada relembrando o dia da morte de minha mãe.Foi um dia doloroso para mim.Eu tinha seis anos, e estava voltando da escola com minha mãe.Ela era linda, e naquele dia em especial estava deslumbrante.Usava um vestido branco de renda, e rasteirinhas.Seus cabelos tinham um incrível tom de castanho, e seus olhos eram um verde escuro magnífico.Ela vinha de uma família de marinheiros, e sempre morou beira mar.Meu pai sempre teve uma queda por ela, e de vez em quando aparecia como criança para poder brincar com ela.Eles tiveram uma história de amor muito bonita, mas quando minha mãe completou dezessete anos, meu pai não pode mais se contentar em tela apenas como amiga, e então eu nasci.Mesmo com eles se conhecendo há vários anos, meu pai nunca havia contado à ela que era Poseidon, o rei dos mares, mas com o meu nascimento ele se sentiu obrigado a abrir o jogo com minha mãe.Ela ouviu tudo com paciência, até saber sobre os perigos que eu correria.Ela se revoltou, falou que eu era apenas um bebê para ter tanta responsabilidade assim, e que Poseidon era um péssimo amigo, namorado, pai, ou até marido, e fugiu.Eu só fui conhecer o mar com seis anos, logo após sua morte.Naquele dia em que estávamos voltando para nossa casa, era o último dia de aula, e por incrível que pareça, eu não havia sido expulso da minha escolinha.Minha mãe estava contente com isso.Ao chegarmos em casa, seu sorriso desapareceu.Em frente a nossa porta estava um amigo meu, Peter, ta certo que eu tinha seis anos, e ele uns quatorze, mas ele sempre foi legal comigo.

-O que você está fazendo aqui?-Perguntou minha mãe com a voz alterada.Mas não parecia que ela estava brava, e sim que ela estava com medo.Na hora eu não havia entendido o motivo daquilo.

-Ele só quer ver o filho!-Falou Peter ( foi daí que eu tive a idéia de falar para o delegado que meu nome é Peter). -Você sabe o quanto é perigoso que ele esteja morando aqui sem nenhuma proteção!-Disse ele apontando para mim.Minha mãe o olhou com impaciência, abriu a porta e convidou Peter para entrar.

-Agora filho, vá para o seu quarto.-Disse minha mãe com doçura.

-Porque eu tenho que ir pro meu quarto?-Perguntei ofendido.Na minha cabeça de criança minha mãe não queria me deixar brincar com Peter.

-Vá para o seu quarto! Essa é uma conversa de gente grande.-Respondeu minha sem nem um pouco de doçura na voz, e sim com uma coisa que na hora, eu criança, não consegui identificar, mas era dor.

-Mas, o Peter não é gente grande!-Tentei argumentar.(Desde criança eu era teimoso...)

-Vá para o quarto!-Mandou minha mãe novamente.Eu fui para o quarto, mas fui reclamando algo como: “Ser gente grande é chato, não tem paciência!”Após isso, eu fiquei alguns minutos no meu quarto brincando com meu peixinho de pelúcia (olha, dá um desconto, eu tinha seis anos!) ~só pra deixar registrado, eu ainda tenho ele, está gardado no meu chalé, mas eu nem brinco mais com ele~ que eu chamava de Sr.Rabudo.Ouvi a campainha, e fui correndo abrir a porta.Minha mãe levou um susto ao perceber que eu estava novamente na sala.Abri a porta, e lá tinha um chihuahua  muito pequeno e feio.

-Olha mãe, um cachorrinho! Podemos ficar com ele?-Falei olhando para minha mãe.

-Desde quando cachorrinhos apertam a campainha?-perguntou minha mãe confusa.Peter arregalou os olhos para o animal, e pulou em cima de mim gritando:

-Tommy! Saia daí... isso não é um cão normal...

-Eu sairia daqui se você não tivesse pulado em cima de mim.-Pensei.Olhei para minha mãe, e para Peter, os dois pareciam aterrorizados, mas eu não entendia o porque, já era apenas um cachorrinho na porta.Olhei para o cachorro, e me assustei também.

Ao decorrer do que ele latia ele ia crescendo.Primeiro ficou do tamanho de um doberman, depois de um leão.O latido se transformou em rugido.Então aquilo não era mais um simples chihuahua.Tinha cabeça de leão, com a juba untada de sangue, o corpo e os cascos de um bode gigante e uma serpente no lugar da cauda, losangos de três metros de comprimento brotavam do traseiro peludo.fiquei aterrorizado com a imagem.  

-U-u-u-uma Quimera?-Falou Peter.-Inacreditável! O menino só tem seis anos!-Reclamou.

A Quimera rosnou, abriu a boca e lá saiu um mal cheiro como o da maior churrasqueira do mundo, e lançou uma coluna de chamas pela minha casa.Tudo começou a pegar fogo.Pude ver o desespero nos olhos da minha mãe, e a última coisa que ela falou foi:

-Peter salve o Tommy... Tommy, querido, eu te amo.-E então teimoso como sou, sai correndo e fui de encontro com minha mãe, pulei em seu colo, comecei a chorar.Eu estava apavorado, nunca tinha acontecido nada do tipo comigo.

-Mãe, não mãe, não, eu te amo, mãe...-Então fiquei agarrado a ela, não queria solta-la, mas Peter veio por trás, e me puxou antes que as chamas nos alcançarem.Com isso consegui arrancar seu colar de concha, o único presente de meu pai que ela havia guardado.Peter me tirou da casa, ao mesmo tempo em que o mostro miserável foi embora, deixando minha casa pegando fogo, e minha mãe lá dentro.Os vizinhos chamaram os bombeiros, coisa que foi inútil, pois eles não conseguiram salvar minha mãe.Eu gritava e esperneava, eu não queria deixar minha mãe, eu não queria acreditar que ela estava morta, eu não queria pensar que na verdade tudo aquilo tinha sido minha culpa.As únicas coisas que haviam sobrevivido do incêndio foram, o meu peixinho, o Sr.Rabudo (sobreviveu por que eu não o larguei para atender a porta,e o trouxe comigo para fora) e o colar de minha mãe.Logo após eu me acalmar um pouco Peter e eu fomos para o acampamento.E lá eu descobri que Peter deveria ser meu protetor, pois era um sátiro, descobri também que meu pai na verdade não havia nos abandonado, e sim minha mãe fugido, e também aprendi a me virar sozinho, por mais que eu fosse filho de um deus eu não tinha meio-irmão até Enzo chegar, o que foi uns quatro anos depois.Para meus estudos continuarem, comecei a morar com meus avós, e assim fui com a vida.Hoje no meu colar de contas no acampamento, tem nove contas, e a concha de minha mãe.Fiquei por mais um momento relembrando esse tipo de coisa, desde quando eu cheguei no acampamento, eu tenho sonhos sobre a vida da minha mãe e a do meu pai, e é por isso que me lembro desse acidente com tantos detalhes.Então mudei meu pensamento para relembrar com calma o que poderá acontecer com a Manu.

Enquanto pensava em possíveis alternativas, me lembrei de um pedaço da profecia.

Um se rebelará e Para o outro lado se guiará.Então era isso que a profecia queria dizer! Manu esta se rebelando... Ou melhor, já esta rebelada.Mas qual era a outra parte mesmo?...“O poder do Amor prevalecerá” Então... e se eu impedir que aquela visão que eu tive aconteça? E se eu fizer Manu se apaixonar por mim novamente? (Ou pela primeira vez) O.K. está decidido, eu não vou permitir que Manu se engane, e mude de lado. Eu a amo, e não vou deixar que ela simplesmente me abandone, ou me faça sofrer!


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Notas finais do capítulo

Obrigada a quem lê sempre, e bem vindo leitor fantasma! kkk Beijos. Não se esqueçam de mandar review falando o que acharam! #Fui