Giovanna's POV

“bem, os contratos estão aqui... parece que tem um festival querendo eles mas só para o próximo ano”

“eu vou analisar direitinho, obrigado” - Jeff pegou os papeis da minha mão - “eu estou gostando de você, daqui a pouco você toma meu lugar”

“nem pensar” - sorri - “bem, era só isso?”

“só... Gerard já está te esperando em casa né?”

“não verdade eu não sei” - falei ajeitando meu cabelo - “ele hoje estava estranho”

“ele é estranho, é diferente” - ri - “bem, você está liberada” - sorri e sai da sala dele, chamei o elevador e fiquei esperando, ele chegou e eu entrei. Sai do estacionamento do prédio, liguei o rádio, estava tocando “Bohemian Rhapsody” do Queen, aumentei o volume e comecei a cantar com a música. Cheguei em casa rápido, desliguei o carro e entrei, a casa ainda estava silenciosa

“Gee?” - ninguém respondeu, fechei a porta e subi para o quarto. Deixei minha bolsa em cima da cama. Olhei para um canto do quarto que eu ainda não tinha visto e vi uma capa preta, fui até aonde ela estava e vi que era uma capa de violão - “ele tocava e não me falou nada” - sorri, peguei e tirei o violão de dentro dela, ele era todo preto com uma listra meio branca na lateral, me sentei na cama - “será que eu ainda sei tocar?” - comecei a dedilhar qualquer coisa - “desastre” - ri baixo. Lembranças vieram em minha cabeça, meu pai tocava violão para mim e foi ele que me ensinou. Meu pai, a quanto tempo eu não lembrava dele. Sorri com aquilo. Me lembrei de uma música que ele adorava e comecei a toca-la - “Yesterday, all my troubles seemed so far away. Now it looks as though they're here to stay, Oh, I believe in yesterday” - parei e respirei fundo, minha voz tinha embargado no final. Voltei a tocar - “Suddenly, I'm not half the man I used to be. There's a shadow hanging over me, Oh, yesterday came suddenly. Why she had to go I don't know, She wouldn't say. I said something wrong now I long for yesterday...”

“não sabia que você cantava tão bem” - parei de tocar na hora e olhei para a porta - “desculpe por te assustar”

“tube bem” - senti que ia escorrer uma lágrima, passei a mão rápida pelo meu rosto – “desculpe, eu acabei encontrando e não resisti”

“eu adoro essa música, quer dizer, que música que não é boa sendo dos Beatles?” - ele sorriu

“era a música preferida do meu pai” - sorri fraco - “acho que eu nunca falei dele para você”

“se você não quiser falar, tudo bem”

“eu já superei, só que as vezes... eu lembro dele assim” - olhei para ele - “ele que me ensinou a tocar violão e essa foi a primeira música que eu aprendi” - mordi o lábio de leve - “hey, eu tive uma ideia” - me levantei

“qual?”

“que tal, você chamar o povo para vir para cá hoje?”

“como você aguenta aqueles chatos” - ri baixo

“você aguenta eles por quase 11 anos, não começa” - ele riu - “temos que ter um motivo para tirar seu irmão de casa” - ele me largou e se afastou - “aaah não, não começa”

“porque eu não pensei que era por ele?”

“para com isso” - fui até ele, envolvi meus braços em seu pescoço - “ele tá mal depois que a Brittany foi embora, to com medo dele ficar depressivo ou algo parecido” - ele fechou os olhos e soltou um suspiro

“ok, eu ligo” - sorri e dei um selinho nele - “o que eu não faço por você né?”

“não exagera que eu nem peço nada” - sorri - “eu to com fome”

“sério?”

“sério, e eu sei que você cozinha muito bem”

“só se for para cachorros, falando nisso precisamos de um mascote” - ele ficou olhando pro chão - “um cachorro, ou até um gato... que nem seja um peixe” - ri - “todo casal tem um mascote”

“desde quando você liga para isso?” - ele riu um pouco mais alto - “ok, eu faço o almoço” - dei um beijo rápido nele e o soltei.

[…]

Ashley foi direto para o apartamento de Andrew, esperou um pouco até ele atender a porta. Andrew atendeu abrindo um sorriso ao ver quem estava te esperando.

“porque eu sinto que você tem uma boa notícia”

“porque eu tenho uma boa noticia, idiota” - ela soltou a fumaça do cigarro que fumava no rosto do Andrew fazendo ele tossir um pouco e Ashley ri. Ela entrou no apartamento dele - “digamos que o Gerard está balançado comigo”

“eu não quero que ele fique balançado, quero que ele se jogue em cima de você de vez, e de preferência que a Giovanna veja isso de qualquer forma”

“isso vai ser difícil, vai demorar um pouco, ele me odeia com todas as forças” - ela se jogou no sofá - “eu tenho que convencer ele que eu to sentindo a falta dele.. ai que coisa gay”

“mas precisa fazer isso, e sem falhas. Eu preciso que aquele cão de guarda fique longe da Giovanna para meu plano dar certo”

“você acha mesmo que você vai conseguir se...”

“shhhiu, é claro que eu vou conseguir” - Andrew se sentou do lado dela - “você também não tá a mesma coisa depois desse encontro com o otário do Way” - Andrew pegou o cigarro da mão dela e deu uma tragada

“são anos sem ver aquela criatura, você queria o que?” - ela sorriu olhando para Andrew - “você fica sexy fumando”

“você acha?” - Andrew jogou a fumaça para cima devagar. Apagou o cigarro num cinzeiro que tinha na mesa de centro - “vem cá” - ele puxou Ashley pela cintura e a beijou com violência. Ela retribuiu no mesmo ritmo. Poucos minutos depois eles já estavam sem roupa, passou um tempo e eles estavam se movimentando juntos. Ashley arranhava as costas de Andrew e gemia alto, Andrew gemia em seu ouvido e dava investidas fortes. Os dois chegaram ao ápice juntos, ofegantes e sorrindo - “você é ainda mais gostosa do que eu pensava”

“cala a boca que eu não to satisfeita” - e começou tudo outra vez.

[…]

Gerard's POV

Mais tarde...

“mulheres juntas não dão certo” - Frank disse rindo

“deixa de ser paranoico”

“Frank tem razão, quando se juntam, se juntam para falar mal da gente”

“o que a Giovanna teria para falar mal de mim?”

“quer que eu fale a lista? Então prepare o ano todo porque vai demorar” - joguei a almofada nele - “Mikey ainda não chegou, gay”

“ele tá mal por causa da Brittany”

“então, gay” - ouvimos a campainha tocar - “deve ser o viadão”

“caralho Frank cala a boca” - levatei e fui atender - “oi”

“oi, demorei porque... sei lá porque” - Mikey entrou e foi direto bater em Frank - “eu ouvi nanico”

“oooh que medo da Barbie”

“eu mereço vocês dois hen... pirralho e pirralho Jr. Vão se matar em outro lugar”

“sei não hen, muito ódio assim é amor enrustido” - Ray disse rindo, eu ri junto

“calem a boca seus bandiputo” - Frank me jogou a almofada

“aha é guerra?”

“se a carapuça servir” - abri a boca em sinal de espanto e comecei a tacar todas as almofadas que eu via na frente, ele jogava elas de volta... a sala se tornou uma zona em segundos.