A Caminho Do Destino escrita por De Freitas
Notas iniciais do capítulo
Aqui vai um cap bem grande porque esse feriado nao devo postar:(
vou ver meus pais :D
enfim, segunda feira sai um cap gigantesco em homenagem a percabethforever
que me mandou uma rec muito legal
POV Apolo:
Foi tudo muito rápido, em um momento estava contando a profecia à Quíron, e em outro estava em uma caverna torturando alguém do qual minha existência dependia, pra depois levar uma bronca das moiras, interessante não?
Eu não concordava com a decisão de torturar o garoto, apesar de ter feito o que fez, ainda dependíamos dele. Mas a decisão de Zeus foi tão definitiva que nem Atena foi capaz de contestar dessa vez...
Flashback on:
De frente à porta do prédio principal eu me materializei depois da conversa com Quíron no chalé de Hermes, porem mal apareci, já fui empurrado por um Hermes furioso que passou pisando firme, o segui sala dos tronos adentro, depois da reforma ela tinha ficado bem mais convidativa, os traços austeros e rígidos gregos foram remodelados pela hábil filha de Atena, agora mesmo mantendo os inconfundíveis traços gregos as paredes tinham mais suavidade, e as colunas enormes ganharam riscas de profundidade variável, dando uma ilusão de curva, nunca vou me acostumar com isto!
Hermes chegou, e se dirigiu diretamente a Zeus, sem sequer fazer as devidas reverencias ou assentar-se em seu trono.
- Como espera manter a ordem se dentro do meu próprio chalé, meus filhos são atacados? E não me venha com aquela conversa de interferência direta de novo! – Ele disse completamente alterado, me arrancando do transe que a arte de Annabeth proporcionara.
- E o que você espera que ele faça? Esqueceu que o nosso destino depende do garoto? – Eu interferi.
- Parem com isto! – Zeus impôs – Não me diga que quem invadiu o chalé de Hermes foi o deuzinho? – Ele se dirigiu a mim, merda não devia ter dito aquilo.
- Isso! Não bastasse tudo, ainda é um intruso no acampamento, mande-o ao Tártaro! – Hermes continuava gritando, desesperado.
- Absurdo, eu recebo uma profecia no próprio monte Párnaso, NA GRÉCIA! – Sim, sou dramático, mas a situação também pedia – Dizendo que nossa existência depende dele, e ousam pensar em manda-lo ao Tártaro?
- Apolo, eu já disse mais de uma vez, somos deuses! Nossa existência não pode ser ameaçada! – Zeus se exaltou – Eu não deveria nem mesmo ter deixado esse moleque ir ao acampamento, ele vai para os campos de punição no mínimo! – Não acredito que estava escutando aquilo!
- Mas Zeus, isso é absurdo! – Me indignei.
- É mesmo um absurdo! – Hermes concordou, WHAT?, como assim ele concordou? – Ele deve ir é ao fundo do Tártaro, em pedaços de preferencia! – Hermes voltou aos gritos.
- Que confusão é essa aqui? – Hera chegou.
- Não é nada – Zeus disse a Hera – E quanto a vocês dois, eu já me decidi, Hermes tem meu apoio incondicional quanto ao deuzinho. – Ele disse com desprezo.
- E quanto a profecia? Você não pode manda-lo ao Tártaro assim! – Eu disse esperando uma reação de Hera, a qual me olhou assustada, para depois voltar-se à Zeus, ai vem...
- Como assim mandar ao Tártaro? E isso tem algo a ver com a profecia que Apolo recebeu? – Zeus ficou vermelho de raiva, ela percebeu – Inaceitável, vamos convocar o conselho agora! Hermes, já sabe o que fazer! – Eu já disse que amo ela?
- Convocar o conselho pra que Hera? É bem mais fácil jogarmos ele no Tártaro de uma vez! – Hermes continuou com os gritos.
- Hermes, chame todos os deuses para uma reunião agora! – Hera disse firme, e quando ele ia dizer algo – Não quero saber, vá agora! – Depois dessa Hermes se limitou a obedece-la, inconformado.
- Hera, já discutimos sobre isso, eu sou quem convoca os conselhos e reuniões por aqui. – Zeus tentou retomar o controle enquanto Hermes desaparecia pela porta.
- Eu sei, mas você não pode simplesmente mandar o garoto ao Tártaro, uma reunião é o mínimo em coerência quanto à essa decisão. – Hera disse calmamente, ela realmente sabia acalmar os ânimos.
- Pode até ser, mas de toda forma, você podia ter sido um pouco mais sutil, não? – Zeus era duro na queda, a essa altura eu já me sentia um intruso na DR, decidi que era melhor dar uma volta, até que os outros chegassem.
Saí pelas portas duplas silenciosamente, e fui em direção a rua principal, que apesar das mudanças, mantinha-se no mesmo lugar, porem mal cheguei a esta fui abordado por Hermes:
- Já chamei todos, só falta você, e Hera insistiu que te esperássemos. – Ele disse com desprezo.
- Como assim? Você acabou de sair! – Eu ainda estava meio atordoado com a velocidade dele, não tinham passado sequer quinze minutos desde que ele saira.
Ele me olhou com ainda mais desprezo.
- Primeiro: Eu sou o deus da velocidade e mensagens, segundo: esta reunião é de MEU interesse pessoal, então ande logo, quero decapitar o moleque ainda hoje! – Passei por ele rapidamente, e fui para a sala dos tronos, lá chegando vi impressionado que realmente todos os deuses haviam chegado, e pareciam impacientes, fui até o meu trono e me sentei, agora em uma forma maior.
- Dá pra andar logo com isso? Ainda quero ir a uma festa no Chile antes da noite acabar! – Precisa falar quem disse?
- Concordo, eu pretendo mutilar alguém antes do amanhecer – Precisa falar quem?²
- Exato, eu ainda não acabei de ler o ultimo livro do Stephen Hawking – Precisa dizer quem?³
- Calados, convoquei a reunião para julgar uma acusação. – Zeus se impôs, silencio geral, depois do qual ele continuou:
- Hermes tem uma acusação a fazer contra o deuzinho da profecia. – Ele disse com desprezo, santa teimosia... – Hermes, diga a eles o que me disse. – Hermes, agora com a palavra, disse em um tom de voz indignado:
- O novo deus, no qual confiamos ao colocar junto com nossos filhos no acampamento, quebrando as regras costumeiras, invadiu o chalé consagrado a mim, e torturou até o trauma, um filho meu. – Todos o olharam estarrecidos, menos Ares e Hades, que pareciam realmente interessados na parte da tortura. Caramba, ele conseguiu ser mais dramático que eu!
- Torturou até o coma é? – Ares disse com interesse.
- E como foi isso? – Hades disse em seguida.
- Isso não vem ao caso, a questão é que o menino, que aparentemente não sabia sequer que tinha poderes, torturou o filho de um dos nossos sem motivo aparente, traindo a confiança que demonstramos colocando-o lá com nossos próprios filhos! – Hermes gritou indignado, assustando a todos nós, todos sem exceção o olharam surpresos, até mesmo Afrodite, que incrivelmente parou de olhar as próprias unhas.
- Ai esta a acusação, proponho que o joguemos no Tártaro! Alguém se opõe? Eu sei que não, ótimo assim sendo dou esta reunião por en.. – Ele ia terminar mas eu o impedi.
- Eu me oponho! – Disse enquanto me levantava, todos me olharam surpresos – Não sei se você se lembra pai, mas há algum tempo eu recebi uma profecia sobre o garoto – Hermes se preparou pra me interromper, mas eu levantei o tom de voz – Segundo esta, nossa existência dependia dele, não acho que ajudaríamos mandando-o ao Tártaro, concordam? – Eu disse correndo o olhar por entre todos os tronos na sala, Zeus me encarou furioso enquanto abria a boca para me esculachar, ele odiava ser confrontado, mas Hera foi mais rápida:
- Poderia repetir a profecia por favor? – Ela disse calmamente, em imenso contraste com a tensão que pairava no recinto.
- Claro, só pra lembra essa profecia foi recebida no próprio monte párnaso, a primeira desde a queda da Grécia:
O primeiro dos reis há de ser instruído,
Ou o Caos total reinará.
Porém não só semideuses deverão ir ao panteão corroído,
E sim um grupo de filhos perdidos o fará!
A missão será difícil, porém muito honrosa.
Dos deuses, a existência defenderão,
O equilíbrio devem restaurar de forma corajosa,
Porque sem ele, tudo e todos perecerão!
Porém o pior inimigo será o primeiro,
O Pai dos Deuses, o primordial,
Sem compaixão, aniquilará o contrapeso,
Que, com a vida restaurará, a simetria total!
Todos me olharam espantados, não era a primeira vez que escutavam a profecia, mas era a primeira em que prestavam atenção, Atena parecia completamente absorta em seus pensamentos, mas virou-se para mim e perguntou receosa:
- Você esta supondo que a nossa existência pode ser ou estar ameaçada? – Ela perguntou escolhendo cuidadosamente as palavras, as expressões variavam de Terror à confusão passando pela continua indignação de Hermes, e carranca inconformada de Zeus.
- Não estou supondo nada, esta é uma profecia, incomum eu admito, mas ainda assim é mais uma profecia e, assim como as outras, ela pode ser ambígua e controversa, mas o que realmente é certo, é que um dos “filhos perdidos” dos quais depende a nossa existência, é o garoto. – Eu disse deixando-a ainda mais encabulada.
- Não fuja do ponto, a questão é que o garoto torturou meu filho dentro de meu próprio chalé. – Hermes lembrou, irritante como sempre.
- Eu ainda acho que devemos joga-lo no Tártaro. – Zeus observou visivelmente transtornado.
- E o que te leva a ter tanta certeza de que ele é um dos filhos perdidos? – Atena disse ignorando os comentários alheios, todos os outros observavam o rumo da conversa com interesse.
- Eu acho que não descrevi muito bem o contexto em que recebi a profecia, antes de tudo as moiras, pessoalmente me mandaram ao monte párnaso, onde depois de receber a profecia, recebi uma mensagem da mãe do garoto, que disse ter enviado as moiras e a profecia, e ainda me disse que eu deveria conduzir o garoto até o acampamento para que fosse treinado, porque todos nós dependíamos disso. – Ela me encarou incrédula, abaixou a cabeça, pensou um pouco, e disse:
- Eu estou do lado do garoto, acho que deveríamos designar um deus menor para ensinar a ele como controlar os poderes. – Ela concluiu lindamente.
- Ainda acho que devíamos joga-lo no Tártaro. – Zeus disse teimoso, ressentido por ser confrontado.
- Concordo com Atena, o garoto merece uma chance. – Deméter disse.
- Eu acho que o Tártaro realmente não seria uma má ideia, principalmente se eu puder picota-lo primeiro – Ares falou, recebendo olhares repreensivos da maioria – Sabe como é, só pra garantir.
- Proponho um meio termo. – Hades recebeu a atenção de todos na sala – Acho que poderíamos interroga-lo, descobrir o que ele sabe sobre o próprio passado, Hipnos poderia ajudar nisso, e também poderia rolar uma torturazinha... – Ele propôs, admito que a ideia não era tão ruim, menos a parte da tortura, é claro.
- Tortura ?! Isso é completamente dispensável, Hipnos pode descobrir facilmente tudo o que ele sabe. – Atena interveio.
- Eu ainda acho que deveríamos manda-lo ao tártaro. – Zeus disse pela milésima vez.
- Alguém mais tem algo a dizer? – Hera perguntou, esperando mais propostas – Ótimo, assim sendo, quem concorda com a ideia de Zeus? – Ela disse, e só Hermes e Ares demonstraram interesse.
- Claro, e agora suponho que todos os outros apoiem Hades e Atena certo? – Ela perguntou calmamente, ao que todos (menos Afrodite que mantinha o interesse pelas unhas) assentiram.
- Ótimo – Zeus disse visivelmente irritado – Então eu mesmo quero conduzir a tortura, ou melhor, o interrogatório. – Isso seria pior que o Tártaro.
- Não é preciso, eu mesmo posso cuidar disso. – Tentei reverter a situação.
- Não, eu o farei pessoalmente, preciso por em prática meus antigos métodos de interrogatório... – Zeus disse sonhador, macabro...
- Eu garanto que conseguirei tudo o que ele sabe, levarei Hipnos também. – Ele me olhou nervoso por ser confrontado outra vez.
- Eu concordo com Apolo, não vou me esquecer tão cedo do que você fez com o meu ex... – Disse Afrodite sobre os meios de interrogação que Zeus usava.
- Tambem acho melhor que Apolo o interrogue, afinal dentre nós ele é o que mais parece saber do garoto. – Hefesto se manifestou pela primeira vez.
- Concordo, se for pra poder ir embora mais rápido eu concordo, apoio, colaboro, voto, faço qualquer coisa, ok Alcino? – Dioniso confundiu meu nome, parecendo estar um pouco mais bêbado que o normal.
- Dionísio, você bebeu? – Zeus que fez essa incrível descoberta.
- Eu? Que isso papai Zelda, eu nunca bebi na minha vida. – Ele respondeu levantando a mão em juramento, oque gerou risos entre todos.
- E então Zeus, posso interroga-lo? – Tentei tirar proveito da situação.
- Que seja, mas se não me trouxer resultados concretos, considere-o no Tártaro, fui claro? – Ele disse firme, mas vencido pela pressão.
- Claro. – me limitei a dizer.
- Compreende que quando eu digo resultados concretos, só acreditarei que ele não sabe de nada depois de tortura, ou se o próprio Hipnos me disser não é mesmo? – Agora ele me assustou, ao menos ainda tínhamos a hipnos.
- Mas e se Hipnos não com... – Ia insistir, mas a sua paciência já tinha acabado, e ele me cortou:
- Esta reunião esta encerrada, menos para você Dionísio. – Zeus disse, me transportei direto a caverna de Hipnos, onde contei sobre a situação, e o que eu precisava que ele me fizesse, tão logo ele concordou fui até Quíron e Der para traze-los a caverna.
Me materializei em frente a eles, na varanda da casa grande, as discussões que Zeus tivera escureciam as nuvens ao redor do acampamento, eu estava nervoso, não sabia como fazer aquilo, então tentei ser o mais rápido o possível:
- Garoto, me acompanhe. – Disse indo em direção aos campos de morangos, enquanto agarrava o braço dele o arrastando, não queria prolongar aquilo.
- O que Houve senhor Apolo? – Quíron perguntou trotando rapidamente ao meu lado
- Zeus não gostou do acontecido, e ele só acreditará que o garoto não sabe o que fez, depois de tortura. – A simples menção da palavra me deu arrepios, o garoto também não parecia muito bem, eu sei que não deveria o ter assustado, mas eu precisava dramatizar a situação para que ele ficasse mais frágil e vulnerável, sim, eu tenho que parar de andar com Ares...
- Como assim tortura? Digo, senhor se ele não nos disse nada até agora, não dirá mais nada na tortura! – Quíron estava apoiando o garoto como se ele fosse um campista.
Me transportei à caverna com o garoto, deixando Quíron a falar sozinho, depois disso, ficamos tempos e tempos perguntando-lhe coisas sob hipnose, mexendo em seu subconsciente enquanto ele dormia, enfim, Hipnos tentou de tudo, e tudo falhava invariavelmente, por fim Hipnos desistiu:
- Não dá pra entender, eu simplesmente não consigo ver o passado dele. – Ele disse pensativo.
- É como se não estivesse lá? – Eu perguntei animado, isso poderia satisfazer Zeus, significaria que o garoto não tem sequer ideia do que é e nem mesmo poderes!
- Não, é diferente, é como se estivesse lá, mas tem algo muito grande interferindo, uma ligação não sei, estranho, muito estranho...
- E o que faremos? – Perguntei desolado.
- O que seu papai mandou, hora da tortura, ele disse enquanto ia embora.
Flashback off.
Depois disso o que se seguiu foram dez minutos de tortura inútil e uma bronca das moiras, logo aqui estou eu, sem ideia do que fazer!
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Esclarecedor?
nem teve suspense esse, nao sou tao sádico assim tambem né
kkk
critiquem que eu melhoro okz?