As Manson escrita por Samya Mansour, Texys Mackennzie


Capítulo 1
O Ataque


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas,Bia aqui



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/203124/chapter/1

Era uma noite tranquila de janeiro, tão tranquila que parecia surreal.Eu e minha irmã Beatriz estávamos sentadas em meu colchão,conversando sobre coisas que nos vinha a mente.De repente eu senti um mau pressentimento,como se alguma coisa estivesse me encarando,e eu tinha certeza que essa coisa,não era minha irmã.Estávamos sozinhas faziam longas 8 horas,já que nossos pais foram em uma reunião de ex-alunos no Wings Of Fênix High School.Eram 3 da manha,e parecia que eles não voltariam tão cedo,apesar de termos de viajar logo de manha.Suspirei pesadamente.

-Acho que...

Antes que eu pudesse completar a frase, um trovão cai ali perto.Tão perto que quase atingiu a arvore perto da janela.Começou a ventar forte,fazendo as cortinas ricochetearem contra o teto,e eu conseguia ouvir as telhas tremerem uma contra a outra.Bia se levantou correndo,e tentou fechar a janela.Depois de um pouco de esforço,ela disse:

-Vê se me ajuda aqui. – Eu me levantei, e com muito esforço, conseguimos fechar a janela. Dando de ombros, voltamos a nos sentar no colchão, e voltamos a conversar tranquilamente.

Então,como se fosse possível,começou a trovejar e ventar mais forte,e o mau pressentimento aumentara.

-Não estou gostando nada disso Bia... Estou com um mau pressentimento.

-Eu também – ela suspirou – Melhor ficarmos espertas.

“Mas ficarmos espertas para que? É apenas uma tempestade!” Nem eu mesma me convencia, com esse pensamento. Alguma coisa martelava no fundo de minha mente,e eu sabia que tinha algo terrivelmente errado.Olhei diretamente nos olhos de minha irmã,e sabia que ela pensava o mesmo.O lado bom era que eu não estava louca... O ruim era que eu estava certa. Os galhos do carvalho branco arranhavam a janela como se quisessem rasgar o vidro. Eu e minha irmã olhávamos fixamente a janela,prendendo a.respiração .Eu sabia, que se ficássemos paradas,algo muito pior iria acontecer.Eu precisava me mexer,mas não conseguia desviar o olhar.Os galhos se transformaram em mãos com garras afiadas, e continuavam arranhando o vidro,agora com mais sucesso tentando parti-lo.Se havia uma hora certa para fazer alguma coisa,essa hora era agora.Corri para meu armário, e tirei de lá uma caixa de armas que eu e minha irma ganhamos de nosso avô, o velho Manson.Entreguei uma Calibre 38 para Bia e peguei uma Winchester 44 para mim,e coloquei uma faca de bronze no cós do shorts do pijama.Como eu esperava,a coisa partiu o vidro e entrou no quarto,com um sorriso diabólico no rosto.Tinha feições humanas,mas suas mãos tinha garras enormes.Meio tremula,puxei o gatilho da arma,e a bala acertou em cheio a cabeça da aberração.Eu parei,e esperei a reação da criatura.Mas minha irma não,e logo ouvi um segundo tiro,que havia acertado o coração da coisa,que caiu,gritando  xingamentos em latim[uma língua que eu e minha irma aprendemos quando pequenas].O rosto da criatura estava torcido numa mascara de cólera,e rapidamente se levantou,rosnando e pulou, rumo ao pescoço de minha irmã.Eu queria correr em busca de preteção,qualquer lugar para londe dali. Ela gritou,lutando contra as garras da coisa,que perfuravam sua pele,como se fosse manteiga.Sem pensar,corri e cravei a faca de bronze em seu coração,e ele instantaneamente,parou de se mexer.Bia se levantou,e ficamos nos encarando por longos segundos.Por fim,quebrei o silencio:

- O que...O que é isso?

-Um raxasa. - Ela respondeu indiferente, e foi para o banheiro lavar as mãos.Depois que voltou,suas mãos estavam enroladas em ataduras ligeiramente ensangüentadas.

-O que é a droga de um raxasa....e como você tem tanta certeza? – eu queria gritar, talvez por causa da adrenalina que corria em minhas veias, ou pelo fato que Bia parecia distante – RESPONDA- eu gritei, por fim.

-Raxasa... Ou Rakshasa... É uma criatura abominável, perversa e carnívora... Uma criatura sobrenatural. Um monstro. - Ela virou seus olhos verdes para mim, me encarando com os olhos arregalados.

-Como você sabe tudo isso? – eu perguntei me aproximando dela, que agora encarava o raxasa no chão.

-Eu não sei, as palavras apenas escaparam de minha boca... Samya, o que esta havendo comigo? – Ela se sentou na cama, e olhou a janela quebrada. –

-Eu não faço idéia... E como vamos explicar isso para nossos pais?

-Não vamos... Vamos ao cemitério abandonado, e queimamos a coisa lá. – Ela rapidamente acrescentou, vendo que eu ia protestar.

-Você sabe o que deve fazer – ela disse e voltou seu olhar a janela quebrada. Assenti. Corri para a cozinha, apanhei as chaves de meu carro,e o maior saco que encontrei.Ela também desceu,pegou algumas coisas que não consegui ver em alguns armários e colocou em uma mochila.Voltamos ao quarto e colocamos o raxasa no saco,e descemos com ele até o carro,e o colocamos no porta malas.Nem notamos que estava chovendo muito,e nossos pijamas ficaram ensopados.Eu me virei para entrar em casa novamente,para me trocar,quando:

-Depois a gente se preocupa com a droga das roupas... Entra logo nesse carro. – Ela disse, e jogou as chaves para mim.Entrei no carro,e sai com um rompante,cantando pneus.Dirigi o mais rápido que pude até o cemitério.Bia saiu do carro antes que eu estacionasse direito e pegou uma pá no porta malas.Ela atirou uma para mim e corremos até um canto mais afastado do cemitério.Começamos a cavar.Depois de algum minutos,encharcadas até os ossos,sujas de terra e suadas,abrimos uma cova quase perfeita.Voltamos para pegar o raxasa e ela colocou a mochila nos ombros.Jogamos o monstro no buraco e ela tirou uma lata de gasolina,e fósforos.

-Por favor, funcione. – Ela disse e espalhou a gasolina no raxasa e estendeu os fósforos para mim – Faça as honras.

Acendi o fósforo, que milagrosamente não se apagou, e joguei na cova aos meus pés. Aquilo pegou fogo na hora.

-Isso não vai retornar a fazer uma visitinha tão cedo – Eu disse, tentando descontrair o momento.

-Se não vamos cravar essa faca em outro lugar. – Bia respondeu, dando um sorriso malicioso.

A viagem de volta a casa foi tensa e silenciosa.Recolhemos os cacos de vidro,e combinamos de arrumar um jeito de consertar a janela sem o conhecimentos de nossos pais.Depois,fomos rapidamente nos deitar.

Eu fiquei o que parecia horas,observando as gotas de chuva descerem preguiçosas pela janela.Em seguida adormeci com um último pensamento:

“Isso é apenas o começo”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

deixem review tá? :3



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "As Manson" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.