Capitulo 14: Apresentação Livre Pt.3

-“Apresentação emocinante, magnífica simulação de batalha entre mestres de suas respectivas artes.”-Disse Edward e a plateia caiu na gritaria.-“Mas... por favor peço um pouco de silencio, afinal ainda temos mais duas apresentações, a próxima por sinal, tenho a honra de apresentar a vocês, a Asmodiana mais Bela e Charmosa que conheci Lady Rey Von Crimson com o não menos importante Dio Burning Cannyon!”

E novamente a plateia foi ao delírio, inclusive alguns homens e mulheres comentavam: ME POSSUA DIO! ME PUNA REY!

O que me faz perguntar mentalmente... o que passa na cabeça desses civis?

A cortina foi aberta, o palco era retangular, mas possuía uma passarela comprida que saia do centro.

Uma luz clara focou-se no fundo no palco no meio.

Havia uma poltrona onde Dio estava sentado de forma que indicava tédio, com o rosto apoiado em sua mão e a garra no apoio da poltrona.

O mesmo encarava a platéia com seu clássico sorriso frio e olhar cruel.

Vestia uma roupa que nunca imaginei que vestiria.

Estava usando Roupa de Gangsters preta, inclusive o clássico chapéu.

Com a garra segurava a ponta de uma bengala comprida que lembrava a cabeça de um dragão.

A música começou a tocar.

Enquanto Dio se levantava, deu um leve empurrão na bengala forçando-a a girar no ar e abriu um pequeno portal fazendo a bengala desaparecer.

Quando se levantou por completo, ergueu sua mão, um pequeno portal se abriu e dali saiu a bengala caindo perfeitamente em sua mão.

Dio começou a andar em direção a passarela central, mudando constantemente de mão a bengala e a virando no ar.

Conforme andava, fazia chamas roxeadas acenderem pela borda do palco com os movimentos da bengala.

Andou até a beirada da passarela do palco, jogou a bengala pra cima e a fez desaparecer, andou até o centro da passarela e a bengala voltou rodando até sua mão.

E as luzes apagaram, o palco ficou iluminado apenas pelas chamas roxas.

So hot out the box

Tão quente fora do padrão

Can you pick up the pace?

Você consegue entrar no ritmo?

Turn it up, Heat it up,

Aumente o volume, aumente a temperatura

I need to be entertained

Eu preciso estar entretido

Push the limit, are you with it, baby don't be afraid

Force até o limite, você sacou? Querida, não tenha medo

I'mma hurt you real good, baby

Eu vou te machucar pra valer, amor

No instante seguinte uma luz roxa acendeu na poltrona e ali estava Rey.

A mesma vestia uma Roupa de Gangster também, mas para mulheres.

A roupa consistia em uma espécie de casaco comprido, mas fechava apenas na altura do busto de cor roxo escuro, um pequeno shorts num tom de roxo pouca coisa mais claro, notei uma espécie de cinto em uma das coxas de Rey e nele havia algumas laminas presa, e em sua cintura, uma pistola, usava um salto alto de tom escuro, mas não consegui identificar perfeitamente se era preto ou roxo.

Rey levantou da poltrona sorrindo sadicamente, e foi andando, sim isso mesmo ANDANDO até Dio.

Ao se aproximar do mesmo que estava com o rosto virado, como se fosse uma estatua, tocou em seu rosto com a mão que estava com a Endless e o forçou a encará-la.

Assim que a olhou, Rey estalou os dedos e correntes que mais lembravam garras demoníacas entrelaçadas agarraram o pulso e calcanhar de Dio forçando-o a se ajoelhar.

Na mão livre de Rey, um item cilíndrico apareceu de um portal, e assim que Rey o apertou, notei que era um chicote estranho comprido, parecia ter varias pontas nele.

Rey olhou nos olhos de Dio que encarava-a como um igual e no instante seguinte, acertou em cheio as costas com mesmo com o chicote, porem Dio apenas mordeu o lábio inferior e a encarou com raiva.

Let's go, it's my show, Baby do what I say

Vamos nessa, esse é meu show, querida faça que eu digo

Don't trip off the glitz that I'm gonna display

Não saia fora do ritmo do que eu vou mostrar

I told you I'mma hold ya down until you're amazed

Eu disse que vou te prender até que você esteja extasiada

Give it to ya t'ill your screamin' my name

Dar pra você até gritar meu nome

Acho que nem preciso dizer que Dio não deixou por isso certo?

Rey não tirou dele a bengala, eis o erro dela.

Conforme passava ao lado dele lançando-lhe olhar dominante, Dio estava de joelhos, mas segurava firmemente a bengala.

Numa fração de segundos, Dio fez a bengala se ‘abrir’ numa espada demoníaca e com ela se livrou das correntes.

Rey recuou e sorriu sarcástica.

Dio levantou-se rapidamente e virou-se para Rey.

Segurou a ponta do chapéu e o lançou para o alto fazendo-o desaparecer entrando num portal.

No escaping when I start

Sem saida quando eu começar

Once I'm in I own your heart

Uma vez que estou dentro, seu coração me pertence

There's no way to ring the alarm

Não tem jeito de tocar o alarme

So hold on until it's over

Então, espere até acabar

Enquanto todos distraídos com o desaparecimento do chapéu, Dio fez a bengala voltar ao que era, a segurou de ponta cabeça e fingiu como se fosse um taco de golpe e fingiu bater numa bola.

No mesmo instante a poltrona se moveu e bateu na coxa de Rey fazendo-a se sentar.

Rey encarou assustada, mas quando tentou se levantar, seus braços e pernas foram travados.

Dio sorriu sadicamente enquanto andava até a mesma.

Virava a bengala de diversas formas no ar e fazia desaparecer e reaparecer em posições e formas complicadas de pegar.

Oh, do you know what you got into?

Oh, você sabe no que se meteu?

Can you handle what I'm about to do?

Pode aguentar o que estou prestes a fazer?

Cause it's about to get rough for you

Porque é hora de pegar pesado com você

I'm here for your entertainment

Estou aqui para seu entretenimento

Assim que ficou a dois metros de Rey, pegou a bengala e a lançou na poltrona acertando em cheio a milímetros a Endless.

Rey arregalou os olhos e o encarou com ódio.

Dio por sua vez apenas sorriu, fez sinal negativo com o dedo e com a garra rasgou os botões do paletó que usava, o retirou movendo o quadril devagar e o jogou para plateia.

Andou em direção a Rey, mas antes de mais nada, pegou o chicote da mesma.

Porem com esse pequeno descuido...

Ao se aproximar mais ainda de Rey e levantar o chicote com a intenção de acerta-la, Rey conseguiu libertar um dos pés.

O levantou o máximo que pode presa, um circulo dimensional formou-se.

Só notei Dio praguejar alguma coisa e foi atingido em cheio pela pata de ‘Taurus’.

Oh, I bet you thought I was soft and sweet

Oh, aposto que você pensou que eu seria delicado

You thought an angel swept you off your feet

Você pensou em um anjo jogado nos seus pés

Well I'm about to turn up the heat

Mas eu estou prestes a aumentar a temperatura

I'm here for your entertainment

Estou aqui para seu entretenimento

Enquanto voava até o final do palco pelo impacto da patada, Dio jogou o chicote de Rey pra cima e o fez queimar, assim que estava alcançando a beirada da passarela do palco, fez um movimento com a garra e a bengala foi até ele.

Antes que caísse na platéia, a bengala assumiu a forma de uma lança demoníaca e fincou-se no chão.

Aproveitando o impulso que levou da patada, somado a bengala bem fincada no chão, deu uma volta de 360º na mesma e parou no palco em pé sorrindo sarcasticamente pra Rey, enquanto fazia a Bengala voltar ao normal com sua garra.

Logicamente que Rey aproveitou a deixa e conseguiu escapar das travas que a prendiam na poltrona.

Assim que se levantou, Dio tinha acabado de pisar no palco.

Sorriu de canto pro mesmo e levou suas mãos para as costas por debaixo do ‘casaco’.

Dio apenas sorriu irônico ficando de lado, abriu um pouco as pernas assumindo posição defensiva e levantou um pouco um dos braços e fez sinal com apenas dois dedos para que ela viesse pra cima.

Assim o fez, Rey foi rebolando de forma sutil revelando que estava com dois pequenos tridentes e os fazia girar constantemente.

Enquanto percorria a distancia necessária para alcançar Dio, foi dando cambalhotas rápidas de lado.

Quando estava a aproximadamente um metro e meio de distancia de Dio, Rey lançou um dos tridentes em direção a ele, por reflexo se defendeu usando a bengala.

Porem nesse reflexo, não esperava que Rey se teleportasse atrás dele e tentasse fincar o tridente em seu pescoço.

Por sorte, percebera no ultimo instante e bloqueou jogando a bengala para sua mão normal.

Os tridentes desapareceram sendo consumidos por chamas roxas, e com isso, Dio agarrou as mãos de Rey usando sua garra.

Rey bufou e acertou um chute na cintura de Dio forçando-o a dar uma leve recuada.

'Sall right

Tudo bem

You'll be fine

Você vai ficar bem

Baby I'm in control

Amor, estou no controle

Take the pain

Sinta a dor

Take the pleasure

Sinta o prazer

I'm the master of both

Sou o mestre dos dois

Close your eyes, not your mind

Feche seus olhos, não sua mente

Let me into your soul

Me deixe entrar em sua alma

I'm gonna work it 'till your totally blown

Eu vou forçar até você explodir

No escaping when I start

Não há saída quando eu começar

Once I'm in I own your heart

Uma vez que estou dentro, seu coração me pertence

There's no way to ring the alarm

Não tem jeito de tocar o alarme

So hold on until it's over

Então espere até acabar

Mesmo com o pequeno recuo, Dio não soltou Rey, muito pelo contrario, jogou a bengala do outro lado do palco, segurou as mãos de Rey com certa delicadeza, o que de fato surpreendeu-a, sorriu gentil e a puxou para mais próximo de si e começaram a dançar com passos rápidos.

Num movimento rápido fez Rey dar dois giros e a puxou para si novamente e começaram com movimentos de dança sincronizados.

Mas estava mais do que na cara que não ficaria por isso.

Oh, do you know what you got into?

Oh, você sabe no que se meteu?

Can you handle what I'm about to do?

Pode aguentar o que estou prestes a fazer?

Cause it's about to get rough for you

Porque é hora de pegar pesado com você

I'm here for your entertainment

Estou aqui para seu entretenimento

Rey sorriu de forma cruel e entrou na dança, forçando-o a ir em direção a bengala.

Dançavam em rodopios e com passos como se um tentasse esmagar o outro.

Admito que soava um tanto engraçado, mas não perdiam a magnitude do que faziam.

Dio Fez Rey girar soltando-a, aproveitou a deixa e foi girando até a bengala, mas antes que pudesse tocar na mesma, Dio a chamou pra si.

Sem duvidas ele não esperava que Rey usasse sua Endless e invocasse Mary para que pegasse a bengala e levasse até ela.

Oh, I bet you thought I was soft and sweet

Oh, aposto que você pensou que eu seria delicado

You thought an angel swept you off your feet

Você pensou em um anjo jogado nos seus pés

Well I'm about to turn up the heat

Mas eu estou prestes a aumentar a temperatura

I'm here for your entertainment

Estou aqui para seu entretenimento

Rey teleportou-se para o centro da passarela fincou o bengala no centro e a transformou num grande cano roxeado.

Dio não se moveu um centímetro se quer, afinal com Mary a sua frente em posição de ataque e duas Gárgulas atrás do mesmo apenas esperando que se movesse, era mais seguro ficar ali.

Rey começou com movimentos sensuais de Pole Dance, retirando suspiros da plateia.

Movimentos de quadril, pernas, cintura, enlaçava o cano com as pernas, braços, rebolava sensualmente subindo e descendo, enlaçou uma das pernas no cano e jogou o corpo para trás.

Do you like what you see?

Você gosta do que ve?

Let me entertain ya 'till you scream

Me deixe entretê-la até você gritar

Um rapaz da platéia tentou subir no palco, gritando:

-“VEM COMIGO GOSTOSA!”

Mas assim que pisou no palco, fora atingido por ‘Lança Fantasmagórica’ de Dio.

As criaturas de Rey por alguma razão, haviam desaparecido.

Lógico que o rapaz não se feriu, fora salvo por seguranças, mas mesmo assim, pelo olhar que notei em Dio, ele realmente mataria o humano.

Mas voltou ao normal em segundos e usando ‘Lampejo’ parou bem próximo a Rey.

Tocou com delicadeza nas costas da mesma fazendo-a ficar em pé, segurou sua mão livre e a puxou para bem próximo de si.

E novamente começaram a dançar com passos agitados, ambos girando pelo palco.

Oh, do you know what you got into?

Oh, você sabe no que se meteu?

Can you handle what I'm about to do?

Pode aguentar o que estou prestes a fazer?

Cause it's about to get rough for you

Porque é hora de pegar pesado com você

I'm here for your entertainment

Estou aqui para seu entretenimento

Quando aproximaram-se da poltrona, Rey sorriu de forma cruel, o empurrou para a mesma e as travas foram ativadas imobilizando-o completamente.

Rey gargalhou maléficamente.

Dio se debateu um pouco tentando escapar, mas de nada adiantou, fez um sinal com a garra, e a bengala voltou a sua forma original, mas quando desapareceu e foi aparecer próxima de Dio, Rey sacou sua pistola e atirou na bengala fazendo-a desaparecer em chamas azuis.

Porem ao fazer isso, baixou a guarda por alguns segundos, esse foi o erro dela.

Nesse milésimo de segundo, o mordomo de Dio apareceu e o libertou desaparecendo logo em seguida.

E com o discuido, Dio agarrou Rey e a derrubou de costas no chão, caindo por cima dela.

Oh, I bet you thought I was soft and sweet

Oh, aposto que você pensou que eu seria delicado

You thought an angel swept you off your feet

Você pensou em um anjo jogado nos seus pés

Well I'm about to turn up the heat

Mas eu estou prestes a aumentar a temperatura

I'm here for your entertainment

Estou aqui para seu entretenimento

Assim que a musica acabou, as luzes foram acesas e os dois trocaram olhares vitoriosos, afinal, Rey ficou com a pistola apontada pra cabeça de Dio, e ele estava com a foice bem próxima da garganta dela.

Dio saiu de cima e a ajudou levantar.

A platéia assobiava e delirava com a apresentação.

Cumprimentaram a platéia e saíram do palco assim que a cortina baixou.

-“Boa Sorte Elesis.”-Disseram parando ao meu lado.

-“Obrigada...”-Respondi um tanto incerta.-“Foi bonita a apresentação de vocês dois... bem inesperada.”

-“Obrigada... mas esse cachorro mudou alguns detalhes.”-Disse Rey encarando Dio com uma aura assassina ao redor.

-“Rey, não sou um cão, não comece.”-Defendeu-se encarando-a sério.

Esta apenas bufou, e assim começaram um duelo de se encararem.

Estava nervosa... afinal diferente das demais, teria de esperar meu palco subir, e receber as instruções de Anrietta e Zero.

Falando nisso... cadê eles?

-“Obrigado de coração por essa Magnifica apresentação Lady Von Crimson e Dio.”-Disse Edward empolgado sendo aplaudido.-“Porem devido a uma pequena falha na segurança, faremos uma pausa de quinze minutos antes da ultima apresentação do Miss Canaban, lhes peço perdão, de coração meu amado povo, mas a pausa sera breve.”

Logicamente a plateia ficou furiosa e vaiou, mas Edward consegiu controla-la de alguma forma e uma banda estranha subiu ao palco.

E assim a platéia passou a cantar a música estranha, Edward desceu do palco e parou a minha frente.

-“Isso é uma tentativa de me irritar?”-Perguntei grosseira encarando-o furiosa.

-“Não, mas deveria aproveitar essa pausa, soube que o mecanismo do ultimo palco foi danificado de alguma forma, sua amiga azulada esta la fazendo a manutenção.”

-“Então por isso que...”

-“Sim, seus ajudantes também estão la.”

-“DROGA! SÓ ME AVISAM AGORA!”-Gritei irritada dando em leve empurrão em Edward saindo correndo.

Droga, tantas coisas, tantos transtornos e justo na minha, NA MINHA VEZ! ESSE MALDITO PALCO TEM QUE DAR PROBLEMA?

Desci correndo as escadas que dava acesso aos palcos, desci saltando degraus feito louca, pelo caminho notei que esbarrei em varias pessoas, mas nem me importei em pedir desculpas, afinal, só tenho quinze minutos pra resolver isso.

Finalmente depois de três minutos pulando feito louca, consegui chegar ao palco.

A cena era caótica de certa forma, o palco estava inclinado, parecia estar entalado... notei que a corda que deveria suspender o palco, estava toda embolada e as engrenagens que ajudariam a suspender, estavam com algo gosmento, e não era óleo ou coisa do gênero.

Notei Mari comando os DK-Marks, fazendo sinal para servirem de apoio enquanto outros DK-Marks tentavam suspender uma parte do palco.

-“O... QUE ... ACONTECEU... AQUI!”-Gritei enquanto corria em direção a Mari sem fôlego.

-“Um liquido de textura classificada popularmente por gosmento, foi aplicado nas engrenagens e as cordas foram amarradas no suporte por onde o palco corre, quando o comando foi dado para o palco subir, uma parte do palco seguiu em frente enquanto a outra ficou presa ao chão, pela força motriz excessiva na tentativa vã de subir o palco, o motor do lado esquerdo do palco foi danificado, fazendo-o ceder e ficar da forma que esta, precisarei de no mínimo uma hora para deixa-lo em perfeitas condições pra você Elesis, me desculpe.”-Disse Mari de forma fria e calculista como sempre, mas percebi que realmente estava um tanto decepcionada.

-“Tudo bem...”-Disse respirando fundo andando até uma caixa estranha e a chutei com maior força que pude lançando-a em direção a parede o que a fez quebrar-se em pedaços.

Respirei fundo, contei mentalmente até dez... que Zero e Anrietta me perdoem, mas dessa vez CHEGA!

–“QUER SABER? FODA-SE ESSA MERDA! CANSEI! DESSA VEZ VAI SER DO MEI JEITO! ZERO! ANRIETTA!”

Em segundos ambos apareceram em minha frente e bateram continência.

-“Sim Senhor!”-Disseram unânimes.

-“SOLDADOS, A GUERRA AGORA TORNOU-SE PESSOAL, CHEGA DE COISAS CHEIAS DE FRESCURAS, VAMOS CMEÇAR O PLANO R!”-Gritei autoritária andando como comandante na frente deles.

-“PERMISSÃO PRA FALAR COMANDANTE ELESIS SIEGHART!”-Gritou Anrietta olhando fixadamente para frente.

-“Permissão concedida Soldado Anrietta.”

-“Tem certeza disso comandante?”-Perguntou Anrietta com receio.

-“ABSOLUTA! CHEGA DESSAS FRESCURAS, AGORA É PESSOAL!ESTAMOS ENTENDIDOS?”

-“COMPLETAMENTE SENHOR!”-Disseram unânimes.

-“Estão esperando um convite do alem para sumirem da minha frente?”-Perguntei séria arqueando uma sobrancelha.

–“ESTAMOS INICIANDO PLANO R IMEDIATAMENTE SENHOR!”

Antes que saíssem correndo feito loucos, pararam e ficaram a observar... e tinham motivo, afinal tambem senti uma presenta atrás de mim.

–“Quer uma mão Elesis?”-Perguntou Lass saindo da Penumbra logo atras de mim.

–“Pensando bem... tenho menos de quinze minutos...”-Disse colocando a mão no queixo virando-me.-“Consiga baixo, guitarra, bateria e um teclado.”

–“Somente isso?”-Perguntou Lass sério.

–“Que você pode fazer sim.”

Lass apenas bateu continencia e sorriu de forma fria, de salto em salto chegou ao topo rapidinho, em compensação, os outros dois ainda estavam parados.

–“MARI! POSSO PEGAR ALGUNS DK-MARKS PEQUENOS E UM DO GRANDÃO?!”-Gritei perguntando para Mari que já estava do outro lado concentrada.

Esta por sua vez apenas assentiu e um dos DK-Marks II gigantes dela veio até mim seguido por varios pequeninos.

–“Ótimo, agora só temos que nos arrumar! Vamos Soldados!”-Ordenei séria correndo em direção a escadaria.

Porem antes que tocasse no primeiro degrau, o DK-Mark II segurou a mim e Zero, ativou seus ‘jet pack’ e nos levou até o topo em segundos.

Já Anrietta foi carregada pelos pequenos.

Assim que tocamos o chão, sai andando furiosa a procura do pequenino DK-Mark.

–“Aqui.”-Disse Lass jogando em mim o pequenino, o segurei antes que o danificasse.

–“Obrigada.”-Respondi um tanto surpresa.

Afinal, não falei que procurava o pequenino.

–“Consegui os instrumentos, cederam gentilmente para vocês.”

–“ELESIS! TEMOS MENOS DE DEZ MINUTOS! NÃO É HORA DE PERDER TEMPO COM NAMORICO!”-Gritou Anrietta dando um soco em minha cabeça fazendo drama.

–“DO QUE VOCÊ ESTA FALANDO SUA PIRRALHA MALUCA!”-Gritei em retorno encarando a pequenina.

–“VOCÊS DUAS SE CALEM! NÃO TEMOS TEMPO PRA ISSO! VAMOS NOS TROCAR LOGO!”-Gritou Grandark possuindo Zero.

Assim que encaramos Zerodark, o proprio agarrou nós duas como sacos de batata e nos levou até o camarim, claro que o pequenino Dk-Mark nos seguiu.

Zerodark nos colocou no chão e fechou a porta com o pé.

–“Temos que nos apressar, realmente falta pouco tempo e não vai dar pra terminar se ficarem BRIGANDO O TEMPO TODO!”-Gritou Zerodark no final dando um soco em cada uma de nós, de novo.

–“Ta, já entendi, DK-Mark preciso de três Pacote da Noite, vocês dois se troquem, tenho de falar com Rey.”-Ordenei séria virando-me indo em direção a porta.

–“Entendido! Boa sorte Elesis.”-Disse Anrietta empolgada enquanto separava as roupas que o DK-Mark jogou em cima deles.

Abri a porta e a fechei logo em seguida, mal comecei a correr e parei a centímetros de Ryan e Lass.

Na verdade Lass me parou segurando minha cabeça com a ponta de seu dedo indicador.

–“Vai com calma, Elesis.”-Disse sério.-“Quem procura?”

–“Rey.”-Respondi assumindo uma posição mais ereta massageando minha testa.

Mesmo que tenha encostado a ponta de seu dedo... deve ter ficado uma marca vermelha.

–“Ela ta ali brigando com o Dio.”-Disse Ryan apontando para um sofá logo atrás e tive uma visão engraçada.

Rey estava sentada no abdômen de Dio, parecia um cão demoníaco furioso.

Dio por sua vez mantinha as mãos dela pra cima, impossibilitando que ela movesse os braços e ria muito da cara dela.

Corri até eles, afinal, não tenho tempo para esperar terminarem essas brigas deles.

–“Rey, preciso usar seu palco ok?”-Perguntei aproximando-me com cuidado.

–“Rey, Elesis falou com você.”-Disse Dio sério.

–“NÃO VOU CAIR NESSA! VOCÊ NÃO VAI GANHAR!”-Gritou Rey impondo força nos braços e arregalando os olhos.

Agora faz sentido, eles estavam competindo em quem agüenta ficar mais tempo sem piscar... depois eu que sou infantil...

–“Que seja Rey...”-Resmungou Dio piscando.-“Preste atenção no que Elesis diz.”

–“O que foi garota?”-Perguntou Rey grosseira desviando o olhar de Dio.

–“Vou usar o palco ok?”

–“Não é meu, porque esta pedindo permissão?”

–“Porque sua personalidade possessiva é instável.”-Respondi no mesmo tom.

–“Que seja, DIO! VOCÊ SERA MEU ESCRAVO PELO RESTO DA NOITE!”-Gritou Rey no final sentando melhor no abdômen de Dio dando um soco na cabeça do mesmo.

–“Ta... tudo bem...”-Resmungou Dio encarando o nada.

–“Droga... tenho menos de 8 minutos pra me trocar...”-Resmunguei virando de costas preparando-me para correr novamente.-“E ainda preciso mexer em meu cabelo! MAS QUE MERDA DE MISS CANABAN!”

Antes que corresse, Amy e Lire agarraram meu pulso com força.

–“Podemos ajudar com o cabelo de vocês... três certo?”-Perguntou Lire abrindo um sorriso enorme quando assenti com a cabeça.

O que não esperava, era que TODAS, menos Mari, iriam comigo até o camarim.

Abri a porta de supetão, Zero deu um pulo e um gritinho um tanto feminino e se escondeu atrás de uma cadeira, tampando a visão de seu tórax nu enquanto Anrietta gargalhava da cara dele.

–“Desculpa...”-Disse um tanto sem graça, não esperava por essa reação dele.

–“Tu-Tu-Tudo be-bem...”-Gaguejou o mesmo ainda encolhido atrás da cadeira.

–“Ora, é o bonitão... bonitão mesmo hein Elesis!”-Disse Rey assobiando no final e dando-me uma cotovelada.

–“NÃO TEMOS TEMPO PARA ADMIRAR E CORPO SEMI-NU DE ZERO! ELESIS TEMOS MENOS DE CINCO MINUTOS!”-Gritou Anrietta entrando em nosso campo de visão.

Por incrível que pareça, ela já estavava trocada, Zero só faltava por a parte superior da roupa e os últimos retoques, enquanto no meu caso, ainda tinha de mudar tudo.

–“Ok então..”

Mal comecei a falar e as malucas pularam sobre mim com as partes da roupa.

Me senti sendo atacada por pessoas taradas, tiraram toda minha roupa em segundos e colocaram a nova mais rápido ainda, e por alguma razão sinistra me vendaram e senti me jogarem na cadeira.

–“Arme e Amy preparem o cabelo da pequenina, Lire e Lin terminem o bonitão, mas que droga, cade a Mari?”-Ordenou Rey irritada no final.

É... Rey realmente estava concentrada para não notar a ausência de Mari.

–“Investigando e arrumando o sistema do palco!”-Disse Arme irritada.

Só sentia as mãos de Rey passando rápidas por meu cabelo e ouvia a reclamação de Anrietta.

Por alguma razão tenho a sensação de que Zero desmaiara.

–“Pronto, só ir ao palco... julgando pelo que pediu a Lass e pelas roupas... acho que esse visual ficou perfeito em vocês três!”-Disse Rey orgulhosa sem retirar a venda.

–“ZERO, ACORDA!”-Gritou Anrietta e ouvi o som de chute.

–“Ai... to acordado...”-Respondeu Zero.

–“Posso retirar a venda?”-Perguntei levando minha mão até a mesma.

–“Não!JAMES! LEVE-OS AO PALCO AGORA!”-Gritou Rey no final e no instante seguinte, seu mordomo apareceu.

–“Yes, My Lady.”-Disse James provavelmente curvando-se e senti meu corpo gelar.

A próxima coisa que ouvi e senti foi que provavelmente estávamos no palco já, pois ouvia a plateia gritar, percebi que estava mais escuro ali, ou seja, a cortina esta fechada, senti também que estava mais quente e um frio na barriga.

Retirei a venda e notei Anrietta e Zero esperavam por minhas instruções... inclusive os DK-Marks.

Zero estava com o pacote da noite, o cabelo comprido com mexas em um tom verde bem claro, quase imperceptível e estava totalmente solto.

Anrietta vestia o mesmo pacote da noite, seus cabelos castanhos estavam presos nas laterais ao estilo princesa e estava com algumas mexas num tom vinho.

Pelo reflexo que notei em um dos instrumentos, vestia o mesmo pacote, meus cabelos estavam soltos, com mexas brancas, admito que fiquei bem surpresa... sei que não usaram tinta... mas realmente... ficou bem bonito...

–“Iremos começar em três minutos, se preparem.”-Disse um assistente de palco.

–“Ok, então quem vai...”-Dizia até vê-los andando em direção aos instrumentos.

Zero tocou de leve em todos eles e Grandark de alguma forma sinistra modificou a aparência dos mesmos.

–“Bateria é MINHA! TODA MINHA! MHUAMHUAMHUA!”-Gritou Anrietta pegando as baquetas rindo maleficamente no final.

O grande DK-Mark II foi direto para o teclado.

Zero pegou a guitarra e entregou a mim o Baixo.

Peguei o instrumento e respirei fundo, em cada um de nós, surgiu uma espécie de headset de uma orelha só com um microfone minúsculo e dava para notar que estava bem fixo em nossas cabeças, afinal, iríamos cantar... e microfone poderia vir a atrapalhar.

Andei até quinze centímetros antes de começar a passarela, respirei fundo encarando a cortina vermelha.

Notei dois pequenos Dk-Marks correndo ou melhor rolando ao estilo Sonic pela beirada do palco.

O DK-Mark II que tocaria o teclado segurava pequenas baquetas, admito, era um tanto engraçado isso.

Notei um painel sendo criado por DK-Marks logo atrás, estava quase na hora.

Só tive tempo de respirar fundo mais uma fez e focar a olhar pra frente quando Edward voltou a falar.

-“Depois de alguns problemas nos bastidores, finalmente a ultima apresentação da noite! Com vocês Elesis Sieghart, Zero Zephyrum e a pequenina e linda dama Anrietta!”

A cortina fora aberta, mas as luzes permaneciam apagadas.

A platéia parecia confusa, mas sorri de canto, fiz o sinal para começarmos.

Anrrieta bateu as baquetas no ar três vezes e assim começamos a tocar.

Conforme o som dos instrumentos aumentavam e pegavam um ritmo, chamas em tons distintos erguiam-se e apagavam-se ao redor da beirada do palco.

E então, comecei a cantar, e uma luz fraca focou-se em nós.

Seis pequenos Dk-Marks passaram correndo pelo palco carregando bastões brilhantes de diversas cores.

Pararam um em cada canto estrategicamente do palco, e começaram a dançar usando movimentos de Michael Jackson, com direito ao Moonwalker enquanto jogavam os bastões para platéia.

Well it's midnight, damn right

Bem é meia-noite, certo

We're wound up too tight

Nós estamos com feridas muito profundas

I got a fist full of whiskey

Eu levei um punho cheio de uisque

The bottle just bit me

A garrafa apenas me bateu

Oohhh

That shit makes me

Aquela merda me fez

Bat shit crazy

Merda doida ruim

We got no fear, no doubt

Nós não temos medo, sem duvida

All in, balls out

Tudo dentro, bolas fora

A platéia realmente parecia surpresa, aceitaram os bastões de bom grado e sorridentes, mas logo começaram a dançar, ou seria pular?

Conforme cantava este trecho, o painel atrás de nós iluminava-se criando formas diversas variando entre fogos, luzes piscando, círculos bizarros, e vez ou outra pegava imagens nossas tocando.

Zero e Anrietta cantavam como segunda voz.

Como se fosse a intenção de agitar melhor a platéia, os pequeninos DK-Marks começaram a rolar pelo palco, batendo um no outro os fazendo dar alguns saltos mas pousaram perfeitamente em lugares pré-planejados.

We're going off tonight

Nós estamos fora esta noite

To kick out every light

Para chutar fora todas as luzes

Take anything we want

Pegar tudo o que queremos

Drink everything in sight

Beber tudo o que vermos

We'll go until the world stops turning

Nós iremos até o mundo parar de girar

While we burn it to the ground tonight

Enquanto nós queimamos isso no chão

Oohhh

A platéia estava bem empolgada, balançavam os bastões em sincronia, o que era bem surpreendente.

Comecei a andar tocando e cantando até parar na ponta da passarela.

Levantava minhas mãos vez ou outra e a platéia gritava enlouquecida.

Zero acompanhou-me tocando e parou a dois metros atrás.

Ambos olhávamos para a platéia animados, um de cada lado, afinal, não é sempre que somos ‘Rock Star’.

O publico estava bem agitado, pulavam, gritavam, faziam o gesto que lembra chifres, alguns tentaram subir no palco, mas apenas olhei de canto e notei os seguranças estalando os dedos encarando os indivíduos.

E pelo visto, Zero estava empolgado demais e já possuía fãs.

Sim, algumas taradas jogaram coisas para ele... inclusive calcinhas...

O mesmo ficou um pouco vermelho, mas lançou a elas um sorriso pervertido...

Ok, acho que deveriam criar uma regra no Miss Canaban: Proibida entrada de espadas taradas.

Novamente os pequeninos robôs passaram rolando pelo palco, mas de uma forma um tanto mais engraçadinha.

Passaram pegando os itens que eram jogados pela platéia... inclusive roupas intimas...

We're screaming like demons

Nós estamos gritando como demônios

And swinging from the ceiling

E nadando a partir do teto

I got a fistful of fifities

Eu levei um punho cheio de cinquenta

Tequila just hit me

Tequila apenas me bateu

Oohhh

We got no class

Nós não temos classe

No taste

Nem gosto

No shirt

Nem camisa

And shit faced

E cara cagada

We got'em lined up shot down

Nós pegamos eles na linha do tiro

Firing back straight crown

Atirando em direção da coroa

Dessa vez variei um pouco, já que percebi que a platéia conhecia bem a música.

Cantava um trecho, fazia uma pausa colocando a mão na orelha e a platéia completava animada.

O que me permitia percorrer o palco batendo palmas, e incentivar a platéia a cantar ainda mais.

Claro, como toda Rock Star que preste, cumprimentei alguns fãs da platéia.

Que por algum motivo extremamente sobrenatural e inútil, tentavam me puxar para eles, o que de fato, de nada adiantava.

Zero apenas sorriu e permanecia tocando tentando manter-se sério, mas estava meio que na cara que Grandark não conseguiria se controlar por muito tempo.

We're going off tonight

Nós estamos fora esta noite

To kick out every light

Para chutar fora todas as luzes

Take anything we want

Pegar tudo o que queremos

Drink everything in sight

Beber tudo o que vermos

We'll go until the world stops turning

Nós iremos até o mundo parar de girar

While we burn it to the ground tonight

Enquanto nós queimamos isso no chão

Oohhh

Finalmente era o solo, trocamos olhares de cúmplices e assim começamos.

Andamos pelo palco, variando entre passos rápidos e vez ou outra, mudávamos a posição do instrumento.

Zero andou até a ponta da passarela, dando alguns giros com o corpo, parando no meio do caminho vez ou outra.

Mas assim que chegou na ponta da passarela, tocou ainda mais empolgado balançando a cabeça e inclinando ela pra trás, batendo no chão com um dos pés.

Enquanto isso, agitava a plateia, andando e levantando as mãos fazendo-os pular e gritar, fechei os braços em formato de X, e a plateia respondeu fazendo X com os bastões.

Andei até o lado de Zero rebolando sutilmente enquanto andava e corria aos poucos até ele.

Assim que parei ao seu lado, levantei meu braço, a platéia gritou enlouquecidamente e continuei meu solo.

Abaixava e balançava minha cabeça de um canto ao outro, só não a girava pra não correr o risco de ser agarrada por algum cara da platéia tarado.

Agachei de forma lenta tocando, e notei que o publico aproximou-se ainda mais de mim observando atentamente o baixo... ou tentavam ver minha roupa intima.... mas prefiro pensar que observavam minha habilidade com o baixo.

Assim como Zero, inclinei a cabeça pra trás fazendo sinal pra plateia gritar e pular ainda mais.

Quando estávamos terminando o solo, levantei e andamos até mais ao fundo e resolvemos derrapar pelo palco, e por onde passamos uma chama alaranjada levantou, assim como na beirada do palco, as chamas foram levantando e desaparecendo, e ao fundo, os DK-Marks passaram rolando de um lado ao outro fazendo fogos de artifício explodirem logo em seguida.

Anrietta empolgou-se demais, com movimentos variados, fazia as baquetas girarem, trocava-as de mão e as fazia bater na bateria sempre no momento exato.

Até que parecia mais possuída por um espírito maligno e passou a bater ainda mais forte nos pratos, balançava e rodava ferozmente a cabeça, e sorria de forma cruel....que quem olhasse sem o som que fazíamos, sem duvidas ficaria com medo da pequena.

Já o DK-Mark II parecia um tanto perdido, mas não ficou pra trás nesse solo.

Enquanto tocávamos, notei que o mesmo literalmente soltou suas mãos e as deixou movendo-se no teclado batendo as baquetas, andou um pouco a frente e começou a dançar.

Rebolava, balançava a cabeça, até que pareceu perder um pouco o foco, pois levou seus braços a cabeça segurando-a firme, fez uma pequena pausa, andou até o canto do palco, levou nos braços acima da cabeça e virou o corpo como se fosse dar uma estrelinha, mas parou na metade e ficou apoiado sobre um único braço.

E assim começou a girar, os outros pequenos DK-Mark aproveitaram a deixa e correram em direção a ele, deram um salto e pararam sobre os pés do grandão.

Conforme o Grandão girava, os pequeninos eram lançados aleatoriamente pelo ar, mas flutuavam de volta ao chão do palco e com cambalhotas voltavam ao antigo lugar que pertenciam.

Quando o solo terminou, o grandão parou de girar e voltou ao teclado.

Solo concluído, Zero e eu levantamos e andamos por todo o palco, alternando em quem cantava determinada frase.

Sim, Zero estava possuído pela Grandark, por este fato conseguia cantar junto comigo.

Na quarta frase, virei de costas para plateia dei uma leve rebolada e um tapa em meu próprio traseiro fazendo o publico assobiar e gritar, alguns gritaram coisas obcenas que prefiro não citar.

Fiquei novamente de frente e continuamos a cantar.

Notei um garotinho pequenino que estava nos ombros do pai, fazia sinal como se quisesse que o pegasse e o mesmo segurava uma espécie de coroa de flores nas mãos.

Ticking like a time bomb

Batendo como uma bomba

Drinking til the night's gone

Bebendo até a noite acabar

Get your hands off of this glass

Tire suas mãos desses vidros

Last call my ass

Ultima chamada de minha bunda

No chains no lock and this drain won't stop

Sem correntes para trancar e esta drenagem não vai parar

We got no fear no doubt

Nós não temos medo, nem duvida

All in, balls out

Tudo dentro, bolas fora

Fiz sinal para o pai da criança para que deixasse que o mesmo subisse no palco.

E assim o fez, o pequenino correu feliz em minha direção, mas sem parar de cantar agachei e deixei que o pequeno colocasse a coroa em minha cabeça.

O pequenino ficou todo sorridente, deu alguns pulinhos ao meu lado, em seguida beijou minha bochecha, ficou todo vermelho e correu para descer do palco.

Levantei sorrindo e continuei a cantar.

Dessa vez incentivei a platéia, pausando em cada trecho batendo palmas e fazendo sinal para que pulassem, deixando que a platéia completasse, o que por sinal, faziam com extrema perfeição.

Estava bem surpresa comigo mesma, afinal... ver aqueles olhares que antes me criticavam agora empolgados e cantando comigo... era surpreendente.

Zero empolgou-se e tocando a guitarra, foi agachando até tocar apenas um joelho no chão, e varias garotas da platéia tentavam tocar na guitarra dele.

Ou melhor, em QUALQUER parte dele.

Uma mais ousada tentou passar as mãos na coxa dele, porem o mesmo levantou-se rapidamente e fez sinal negativo com a cabeça, sorriu de canto e voltou a andar pelo palco sorridente tocando.

We're going off tonight

Nós estamos fora esta noite

To kick out every light

Para chutar fora todas as luzes

Take anything we want

Pegar tudo o que queremos

Drink everything in sight

Beber tudo o que vermos

We'll go until the world stops turning

Nós iremos até o mundo parar de girar

While we burn it to the ground tonight

Enquanto nós queimamos isso no chão

Agitando a platéia andando alternando entre pulos e movendo os braços, Zero e eu paramos na ponta da passarela central do palco.

Cantamos novamente juntos, bem próximos, inclinava um pouco o corpo pra frente tocando, e Zero inclinava o seu para trás, e em seguida fazia o mesmo que ele, alternando as estrofes, mas com a platéia ajudando sem desviar o olhar, mesmo que estivesse usando mascara, dessa curta distancia conseguia ver seus olhos.

Por ser a ultima, fiz algo especial.

De frase em frase, as chamas iam aumentando e desapareciam em seguida.

Os pequeninos DK-Marks passaram rolando e saltaram o mais alto que podiam estourando fogos de artifício coloridos e desceram no meio da platéia com pára-quedas.

Assim que cantamos a ultima frase, labaredas levantaram com tudo e foram diminuindo conforme o ritmo acalmava.

E foi em meio a essas chamas que aconteceu...

We're going off tonight

Nós estamos fora esta noite

To kick out every light

Para chutar fora todas as luzes

Take anything we want

Pegar tudo o que queremos

Drink everything in sight

Beber tudo o que vermos

We'll go until the world stops turning

Nós iremos até o mundo parar de girar

While we burn it to the ground tonight

Enquanto nós queimamos isso no chão

Sem escrúpulos ou pudor, Zero enlaçou minha cintura e puxou-me para bem próximo de si encurtando nossa distancia por completo, levou uma de suas mãos a minha nuca e então...

Sim, roubou um beijo... mas não daqueles selinhos, um beijo mesmo!

Literalmente me tirou o ar, admito que fiquei COMPLETAMENTE VERMELHA E SEM REAÇÃO!

De inicio pensei que seria apenas um tocar de lábios, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa, a lingua dele já invadia minha boca, o beijo começou tranqüilo, pacifico, como se fosse durar todo o tempo do mundo, era como se fosse uma simples exploração de Ruínas Antigas.

A mão esquerda mantinha em minha nuca firmemente, enquanto com a direita diminuía ainda mais nossa distancia movendo os instrumentos de lugar, colando ainda mais nossos corpos enlaçando minha cintura.

E assim, aprofundou o beijo, da calmaria a uma tempestade extremamente violenta, era como se nossas línguas batalhassem por espaço dentro de nossas bocas, e não deixaria vencer, mesmo que o ar estivesse começando a me trair.

Enlacei seu pescoço, aprofundando ainda mais se possível esse beijo, afinal,quem esta na chuva, esta pra se molhar.

Senti uma aura assassina, fria e cruel não muito distante, mas em segundos desapareceu, o que de fato, fora o suficiente para me trazer de volta, e uma fúria insana percorreu minha mente.

Mas afinal... O QUE DIABOS ESTA ACONTECENDO AQUI!?

As chamas haviam acabado de baixar, quando me separei delicadamente do beijo, segurei sua mão e nos curvamos para plateia que aplaudia e assobiavam, e ainda por cima, pediam bis.

Continua . . .