Sentamos, e ficamos lá comendo e assistindo.

- Bom gente vou indo já, você fica Lucas? – perguntou a Fabi.

- Eu acho que vou ficar aqui, preciso falar com a Sô. – disse ele temeroso, e ela apenas deu um selinho nele.

- Você vem Nah? – perguntou ela.

- Vou sim. – disse a Nataly se levantando.

- Também já vou. – pronunciou o Elliot.

- Bom Sô, eu também vou indo, preciso fazer aquilo. – disse o Dani e eu entendi muito bem o que ele iria fazer, ter a temida conversa com a Fuckquel.

Todos se despediram e eu olhei pro Luck com medo.

- Ei calma, eu não vou te estuprar não. – disse ele rindo.

- Então, o que aconteceu? – perguntei.

- Eu queria ter certeza sobre o que eu estava sentindo.

P.O.V Lucas.

Eu fiquei na casa da Sô por um único motivo, eu estava confuso demais sobre o que eu estava sentindo sobre a Fabiana, por que eu dizia pra mim, que a primeira vez que tinha visto a Sophie eu já estava apaixonado, mas depois que eu conheci a Fabi, fui sentindo uma coisa estranha, mas enfim.

- Tá, mas como eu posso te ajudar? – a Sô me perguntou.

- Eu quero um beijo. – disse.

- Pede pra Fabi ué. – disse ela não entendendo.

- Eu quero um beijo... Seu. – disse de novo e a louca começou tossir. – Menina, você não pode morrer agora.

- O que... O que você quer? – perguntou ela de novo.

- Só um beijo. – disse como se fosse normal.

- Pra que? Você esta com a Fabi, seu lazarento, safado. - e assim começamos a discutir.

- Sô, tem como você me ajudar ou não caramba. – gritei com ela.

- Não grita comigo, seu xexelento. – gritou ela.

- Dá pra parar de gritar Sophie. – gritei de novo.

- Tá parei, mas pra que você quer me beijar caramba, só falta ter a Fabi nua, com todo respeito, o que você veio cheirar então? – perguntou.

- Era isso que eu ia te explicar estrupício. Senta ai. – mandei.

- Tá, tá, tá. – disse ela se sentando. E ficou me olhando com aquelas duas bolas azuis que me davam medo.

- Seus olhos me dão medo. – disse.

- Fala logo piranha. – disse ela.

- Então, vou ser direto. A primeira vez que eu te vi, ou seja quando você caiu em cima de mim – disse e fiz cara de bravo e depois sorri – eu achei que estivesse apaixonado por você, meu sentimento foi apenas crescendo conforme vim te conhecendo, mas eu achava que era paixão, você tinha ficado com o Gustavo e agora com o Daniel, bem biscatinha você – disse rindo e ela me deu um tapa que nem fez cócegas – Enfim, conheci a Fabi, ela me fez senti algo diferente que você, mas eu não sei por qual das duas eu realmente gosto. – disse e olhei pra baixo.

- Acho que entendi – disse ela pensativa – Mas se você está com a Fabi, você não tem medo de magoa-la? – perguntou.

- Eu irei dizer tudo pra ela. – disse determinado.

A Sô chegou perto de mim, fui fazendo carinho em sua bochecha, e logo senti os lábios dela em um selinho, e logo nos separando.

- Cara, isso foi terrível. – gritou ela rindo.

- Muito terrível mesmo, foi como beijar minha irmã. – disse rindo também.

- Acho que já sabe a resposta. – disse ela sorrindo.

- É, eu tenho certeza, obrigada Sô, agora vou lá falar com ela. – disse dando um beijo na testa da Sophie e fui embora.

P.O.V Daniel.

Logo após que saí da casa da Sô, liguei para a Raquel, precisava falar com ela. Marcamos em uma sorveteria, e logo estava esperando ela.

Raquel chegou deslumbrante e linda como sempre, mas seu olhar arrogante me gelou.

- Fala logo Daniel, eu não deveria ouvir você depois da humilhação que você me fez passar. – disse ela gélida.

- Eu queria te pedir desculpas por aquilo, eu não deveria ter tido tudo aquilo. – disse a olhando nos olhos.

- Você me magoou Daniel... – disse ela olhando pra baixo.

- E você Raquel, o que fez comigo? – perguntei.

- Eu só queria que nós fossemos perfeitos.

- E seriamos se você não se importasse com outros e se importasse com nós. – disse.

- Agora você está com a Sophie. – disse ela com nojo.

- É estou, e é por ela que estou aqui. – disse e ela olhou nos meus olhos. – Eu te amava, era louco por você... Lembra que eu fazia de tudo pra ver um sorriso seu? Então você desprezou aquilo.

- Não precisa jogar isso na minha cara Daniel. – disse ela rude.

- Por favor, Raquel, fale comigo, sou eu Daniel – segurei sua mão e a forcei a me encarar – Sou eu Dadazinho.

- Para Daniel, eu não sou mais assim. – disse ela forte.

- É realmente não é.

- Eu queria tanto entender o que vocês veem na Sophie. Sabe ela é linda, mas ela é tão sem graça, ela é tão dissimulada. – disse a Raquel.

- Está não é a Sophie, está é você.

Uma lágrima escorreu por seu rosto.

- Por que você me deixou Daniel, nem lutou por mim. – disse ela.

- Olá vocês já sabem o que pedir? – parou um garçom do nosso lado.

- Sim, traz um milk-shake de chocolate e um de morango. – disse sorrindo.

Raquel levantou os olhos pra mim.

- Você lembra.

- Nunca esqueceria. – disse me referindo ao sabor favorito dela. – Eu não lutei por você, por que você mesma não lutou. – continuei. – Você nunca gostou de mim, né?

- Gostei sim. – disse ela de imediato. – Eu só achei, eu... Ah, é idiotice caramba.

- E por que você fazia aquilo comigo? – lembrei-me de todas as vezes que ela me humilhou na frente da escola inteira. – Por quê?

- Eu não sei caramba, eu achava que ser popular valeria a pena.

- Só um aviso, o colegial acaba. – disse amargo.

- Eu sei, eu me arrependo de tudo, mesmo. – disse ela segurando minha mão, eu sabia que ela falava a verdade. – Mas agora você está com a Sophie.

- Ela pediu pra eu vir falar com você, ela me pediu pra ser feliz. – sorri só em tocar no nome da Sophie.

[...]

Após uma longa conversa com a Raquel, aquela que eu me lembrava de quando era humilde, estava levando ela pra casa. Paramos em frente a casa enorme que ela tinha.

- Então não muda nada? – ela perguntou.

- Eu não sei. – disse pensativo.

- Podemos tentar. – sussurrou ela se aproximando de mim.

Acabamos por nos beijarmos, mas a imagem da Sô não saía da minha mente, então me separei da Raquel.

- O que foi? – perguntou ela confusa.

- Não dá. Desculpa. – disse e me virei e saí de lá.

Como eu pude pensar que voltar com a Raquel seria melhor que ter a Sô do meu lado.