- Tudo bem Leonel? – perguntei, levantando e levantando suas mãos na tentativa do velho parar de tossir.

- Ajuda Gustavo. – disse e as pessoas da mesa riam.

- Calma que já passa. – disse o Gustavo calmo, mas como calmo desse jeito e se o velho morr... Ah não ele morre não, acabou de parar de tossir.

- O senhor está bem? – perguntei.

- O que eu disse sobre o senhor. – disse ele rindo, mas que velho filho duma velha senhora.

(N/A: Velha senhora?)

É, velha senhora.

(N/A: Velha Senhora?)

É, velha senhora.

(N/A: Mas tipo, velha senhora mesmo?)

É, tipo de velha senhora mesmo.

(N/A: Mas velha senhora?)

É PORRA, NÃO ENTENDEU QUE É VELHA SENHORA CASSETE.

(N/A: Menina agressiva gente)

Agora eu que sou agressiva né, sua vaca de quatro patas.

(N/A: Vaca de quatro patas?)

É, vaca de quatro patas.

(N/A: E desde quando existe vaca de cinco patas?)

Ninguém falou de vaca de cinco patas aqui, só você mesmo idiota.

(N/A: Não escrevo mais sua história.)

Como assim não vai escrever mais a minha história?

(N/A: Tipo, sem história.)

Sem história?

(N/A: É, sem história.)

Tipo, sem história mesmo?

(N/A: É CARAMBA SEM HISTÓRIA.)

Menina agressiva.

(N/A: Ah eu que sou agressiva.)

É.

Voltando ao que está acontecendo, todo mundo ria, e eu aqui com vergonha e o Gustavo secando as pernas da Larissa, como assim?

Como assim mesmo, isso vai ter volta.

- Então Sophie, você falou que é filha dos Trevisan. Você os ajuda com os negócios? – perguntou o pai do Gustavo.

- Não, mas tenho vontade, de quando terminar minha faculdade, cuidar dos negócios da família.* (*Os Hunters entende*). – disse sorrindo.

- Ah, que bom, minha filha. E pretende fazer faculdade de que? – perguntou.

- Ainda não tenho em mente uma, mais para frente terei certeza do que quero.

- Entendo.

Olhei para Gustavo e o mesmo ainda secava a Larissa. Peguei o meu celular e fingi que estava falando com alguém.

- Ah Leonardo não dá hoje, eu to em um almoço importante. – quando disse o nome do Leonardo, Gustavo faltou pular da cadeira.

- Quem é Sophie? – perguntou ficando nervosinho.

- Shiu, quieto. – disse.

- Então Léo, é que hoje não dá, e a noite também não. – disse.

...

- Fica pra próxima.

...

- Beijos.

...

Peguei o celular e guardei dentro do bolso do short.

- Por que tava falando com ele? – perguntou bravo.

- Me de uma licença senhores. – disse me levantando.

- Claro. – disse Leonel.

Peguei na mãe dele e entramos na casa.

- Me leve até seu quarto. – disse e ele me conduziu até lá.

Entramos, até que não estava desarrumado, era um lugar bom.

- Por que você mentiu para mim? – perguntou todo revoltadinho.

- Por que secou a Larissa com sua namorada, entendeu N-A-M-O-R-A-D-A, do seu lado? – perguntei colocando o dedo no seu peito, já que era o único lugar que eu alcançava sem estar na ponta dos pés.

- Eu não estava secando ela. – disse se fazendo de inocente.

- Até um cego veria. – disse.

- Eu não faria isso Sophie.

- Sério, não foi o que pareceu.

- Mas você mentiu para mim. – disse ele, como se fosse dono da razão.

- Não, eu não menti, olhe você mesmo. – peguei o celular e dei em sua mão.

- Então por que fingiu? – perguntou.

- Só assim para chamar sua atenção. Se você queria uma gostosa, pedisse em namoro a Larissa, a claro, você contou para mim que enquanto me dava beijinhos, você estava se comendo com ela, ah só mais uma coisa, se você me quer como namorada me conquiste com um homem e não como uma criança.

- Sophie, o que você estava fazendo? – perguntou.

- Estou indo embora. Fale para seu pai que eu não me senti bem. Fique aqui e pense. – disse por fim, e sai porta a fora, e fui embora.

Enquanto caminhava em direção de casa, senti alguém passar o braço em meu pescoço, olhei de lado e vi o Daniel.

- Oi. – disse o abraçando.

- Oi Sophizinha. – me deu um beijo estalado na bochecha.

- Nossa, faz tempo que a gente não conversa. – disse, enquanto voltamos a andar.

- Hoje domingo, conversamos ontem pelo celular, e a gente ainda se viu na escola sexta. – disse rindo.

- Qualé senti sua falta bobão.

- Senti sua falta bobona. – disse ele passando o braço pela minha cintura. – Novidades criatura.

- Então fui pedida em namoro hoje, e já terminei com ele. – disse.

- Quem?

- Gustavo.

- Oxi porque você termino com ele? – perguntou.

- Mil tretas.

- Enfim, resolveu seus problemas com a Raquel? – perguntei.

- Não, aquela só me arruma problema.

- Onde você ta indo? – nossa como eu sou curiosa.

- Só tava andando, tipo briguei com os meus pais e resolvi esfria a cabeça. – disse.

- Ah então somos dois, vamos pro parque, sei lá, acho que é bom.

- É pode ser.

[...]

- Por que termino mesmo? – Dani perguntou de novo.

- Por que eu fiquei com raiva, ele fico secando a Larissa, e tipo ele tava pegando ela, enquanto ela ficava comigo. – disse.

- Você é mais forte que eu pensava, qualquer menina estaria chorando ai.

- Qualé, eu não vou fica chorando por viado não.

- Entendi, mulher brava.

Estávamos deitados na grama do parque, enquanto famílias caminhavam e brincavam ali perto.

- Eu não sou brava. – disse fazendo biquinho.

- Mas é linda. – e quando vejo Daniel esta praticamente em cima de mim, sorrindo e olhando em meus olhos.