– Esta acontecendo tudo de novo. – disse e levantei a cabeça e vi todos os garotos ali, Guut, Luck, Dani e Elli.

– Eu não acredito Sophie, eles merecem escutar. – disse o Guut.

– Não vai adiantar, eles nunca me quiseram, meu pai pode até ter suas atitudes de pai, mas nunca me quis. – disse sentindo aquele bolo gigante em minha garganta, mas segurei, olhei para o Daniel e falei:

– Quero falar com o seu pai urgente.

– O que é? – perguntou ele com expectativa.

– Estou arrumando algumas coisas.

– Entendi. – disse ele sorrindo.

– Bom, meninos, o que você vieram fazer aqui na pracinha? – perguntei.

– A gente tava indo lá na sua casa, pra chamar você pra ver a gente jogando. – disse o Luck.

– Mas só pra ver? – perguntei.

– É ou você queria jogar? – perguntou o Luck com deboche.

– Cara, nem fala isso, vi ela jogando com uns caras ai, e ela é muito boa, mano. – disse o Guut.

– Deixa eu jogar? – perguntei toda manhosa.

– Não, você não agüenta nossos chutes. – disse o Luck mostrando a língua.

– Aposta quanto? – perguntei

– Nem aposta cara. – disse o Dani.

– 10 Conto. – disse.

– Feito. – demos as mãos.

– Então perai que eu vou lá trocar de roupa. – disse saindo já.

Gustavo Benfatti: Agora eu sabia exatamente o que estava sentindo pela Sophie, eu realmente estou apaixonado por ela. Simples assim, ela tomou meu coração pra ela, hoje mais cedo quando a beijei senti que o mundo inteiro estava ali, meu mundo, e pela primeira vez eu senti as tão famosas borboletas em minha barriga.

Mas quando a vi chorar hoje, uma raiva me tomou, aqueles pais nojentos que ela tinha, não dava para acreditar no que faziam para ela, mas ela se mostrou tão forte e vi ela mudar seu assunto rapidamente como se esconde-se toda aquela dor profundamente dentro de si mesma, o Lucas brincou com ela para descontraí-la e ela viera jogar conosco, já que morava perto foi rápido se trocar e voltou pra jogar, depois que vi a roupa que ela colocou me apaixonei ainda mais.

Ela estava com um bermudão super amarrado na cintura para que não caísse e um camistona velha, super larga e enorme nela.

– Onde você arranjou isso? – Daniel perguntou.

– Era do irmão da Jane, ela me deu. – disse ela rindo e deu uma voltinha e continuo – como estou?

– Linda. – disse simplesmente. E um sorriso brotou em seus lábios me fazendo sorrir também.

– Bom chega de melação dos apaixonados infortunados e vamos jogar – disse o Lucas e a Sophie ficou vermelhinha.

Começaram escolher os times e ficou Sophie, Elliot e eu. Começamos a jogar e Sophie começou a jogar para valer, enquanto eu apenas assistia, ela deu um chapéu no Daniel e ainda por cima passou a bola entre as pernas do Lucas e fez gol, eu não acreditava que estava vendo, Sophie uma garota sem coordenação motora como ela, faz questão de jogar tão bem. Realmente a Sophie é uma garota especial.

– Vai Sophie passa para mim! – gritou o Elliot o mais novo integrante do nosso grupo, ele até que é legal, mas ainda esta tímido.

– Perai. – gritou Sophie. Daniel e Lucas estavam em cima dela, ela os fintou e passou a bola e Elliot fez gol.

Acabou aquele jogo e eu nem fiz questão de jogar, pois Sophie e Elliot ganhou de 10 à 1, isso porque o Elliot deixou eles fazerem um gol. Ri demais.

– Meus 10 Conto Lucas. – disse Sophie.

Ele pegou a carteira e deu pra ela 10 reais, com a cara fechada, mas depois começou a rir e disse:

– Você joga muito Sophie.

– Eu sei – ela respondeu.

– Senhora humildade.

Todos rimos.

– Galera, to indo embora. – disse Elliot.

– Também vou indo. – disse Lucas.

– Tchau galera. – disseram e foram.

– Também acho que vou. – disse Daniel.

– Posso ir lá na sua casa lá paras umas 7:30? – perguntou Sophie, o que será que ela queria lá? Eita mas já com ciúmes Gustavo.

– Tudo bem, mas pra que? – perguntou Daniel.

– Preciso resolver umas coisas com seu pai. – disse Sophie séria.

– Agora deu medo. – disse por fim.

– Deu mesmo, a gente se vê – disse e ele se foi.

Olhei para Sophie que estava com o rosto todo vermelhinho e suado e sorri para ela, ela estava linda na minha opinião.

– Está tão linda Sô – disse chegando perto dela.

– Não estou não – disse rindo. – to parecendo uma porca suada.

– Não esta perfeita.

Cheguei perto dela, olhei e seus olhos e fui em direção a sua boca e a selei. Foi apenas um selinho cheio de significado para mim.

– O que esta acontecendo com a gente? – perguntou ela temerosa.

– Eu não sei. – enlacei sua cintura com um braço e com a outra mão segurei seu rosto e a beijei.