– Que é Sophie, eu to com a cara do Bozo? – Jane perguntou.

– Olha para falar a verdade parece, ó que o Bozo é mais bonito. – disse rindo.

– Ah te fode menina. – disse – Vai logo, que o almoço ta pronto, ah e hoje eu não vou almoçar com você.

– Ah por que Jane? Eu não quero almoçar sozinha. – disse tristonha.

– Minha mãe ta aí, e ela não aceita esqueceu. – disse

– Veia do mal, ela é um sapato velho no meu caminho. – disse.

– Vai logo, cacete.

Virei de costas de modo que entrava no meu quarto, e do nada me aparece um tênis, que não deu para desviar, pisei em cima, escorrei, e fui de cara ao chão:

– JANEEEEEEEE... QUEM COLOCOU ESSE TÊNIS AI? – perguntei gritando.

Jane só ria MENTIRA, parecia que ela adorava ver as desgraças dos outros, o que era aquilo, a pessoas pior desse mundo, SATANÁS É VOCÊ?

– JANEEE FAZ ALGUMA COISA, SUA INUTIL.

– Nossa essa me magoou, Sophie, como você pode ser desastrada, destrambelha, dengosa? – disse.

– Véi que? O que dengosa tem a ver com isso? – perguntei.

– Não te interessa, e levanta logo, eu num quero ninguém babando no carpete.

– A mãe que ta babando. – disse.

– Anda logo, sua grossa.

– Estúpida. – disse.

– Desagradável – Jane retrucou.

Levantei do chão, olhei em volta do quarto, e olhei para o teto.

– Pirou de vez. – Jane disse.

– Ah te ferra Jane.

[...]

Depois que eu almocei, fui tirar uma sonequinha, só que a bunda do Daniel não deixava, ficava vindo aquela imagem toda hora, de como ele joga a cabeleira negra e lisa de lado.

OH MY DOG, como ele é perfeito.

Em como o Lucas era um tremendo idiota, que me conhecia apenas em um dia, e deu a louca comigo.

E em como o Gustavo, era fofinho e safado ao mesmo tempo.

Fiquei meio atordoada, e resolvi sair de casa um pouco.

[...]

– Véi, passa pro outro ali do canto. – gritava, enquanto os garotos jogavam futebol na pracinha.

– VAI CACETE, PASSA LOGO, SEUS PERNAS DE PAU, NUM SABE JOGAR NÃO? – gritei e os garotos olharam para mim com cara de WTF...!

– E ai patricinha que jogar bola com gente então? – perguntou um garoto que tinha a cara do ME GUSTA.

– Patricinha é a mãe, e sim eu quero jogar. Em que time eu to? – perguntei.

Gente, eu não sou doida, eu vou mostrar para esse povo o que é jogar bola senão meu nome não é MARTA, é eu sei não é Marta, mas preciso me garantir né.

– Entra no outro time.

[...]

Enquanto eu corria com a bola, passei no meio das pernas de um garoto, dei chapéu em outro, driblei dois, e cheguei à frente do gol. O goleiro era mal encarado, mas eu era mais feia, o encarei, levantei minha sobrancelha, eu ia chutar quando escuto:

– Vai Sophie, você consegue. – sei lá quem disse, olhei para frente e chutei.

E, e, e, É GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL, GOL DA SOPHIEEEEEEEEEEEE.

Ta parei.

Foi o gol mais lindo da minha vida, foi bem no meio das pernas do goleiro, olhei em volta e vi os garotos com a cara de tacho, o meu time chegou a mim, me puseram nos ombros, e começaram a gritar, comecei a procurar que tinha gritado, quando encontrei os olhos castanhos de...
QUEM ACERTA VAI GANHAR UM AVIÃOZINHO MAAÔEEE.

Dorgas, eu não larguei ainda, por que eu sou o Silvio Santos, HIHIHI.* (*risada do Silvio.)

(N/A: Vamos ter que internar a Sophie desse jeito, que menina louca meu.)

Eu não te perguntei se eu sou louca ou não...; Já falei para não se intrometer na minha história.

QUEEM DISSE DANIEL... ERROU HIHIHI, ERA O GUSTAVO.
MAAÔEE.

Ele deu um tchauzinho com mão, e deu um sorrisinho.

– Me põe no chão galera – pedi com educação.

– A não, vamos comemorar. – disse um garotinho.

– ME PÕE NO CHÃO PORRA, É SURDO CACETE. – GRITEI.

O povo me colocou no chão, e eu corri na direção de Gustavo.