Cap 3 
POV MELLY
Eram sete da manhã, hora de acordar já que as aulas na minha nova escola só começa as oito, agora estou vendo o lado positivo das coisas, antes eu tinha que acordar seis horas! Uma hora de sono faz toda diferença no meu dia pode ter certeza! Levantei, fiz minha higiene matinal, coloquei um vestido florido com um cinto marrom, e umas botinhas sem salto marrons também.Peguei uma maçã verde, as chaves do meu novo Smart vermelho (eu tinha carteira de motorista americana, porque eu fiz intercâmbio no interior de Atlanta por um ano e meio, então eu tirei minha carta) e sai para meu primeiro dia de aula.
Entrei na escola todos olhavam para mim inclusive os garotos já que peguei os genes 'bons' de minha mãe brasileira, eu acho que não passava despercebida pois eu tinha pele bem clara como todos.
Fui andando até a diretoria, cheguei lá peguei meu material, meu horário e o número do meu armário. Encostei em meu armário, escolhi uma senha, a combinação era a data de aniversário de minha mãe, ao lembrar dela me bateu uma tristeza enorme, tanto é que eu comecei a chorar, não sou uma garota que chora por tudo, posso até fazer pose de durona, mas sou frágil como um filhote de coelho, graças aos deuses da maquiagem que inventaram o rímel a prova d'água, se não eu iria estar parecendo uma morta viva. Vejo Cait vindo até mim, tento segurar as lágrimas, mas não consigo e acho que ela também já percebeu que não estava bem.
-Oi Melly, o que houve? Porque você está assim meu raio de sol? Ontem você estava tão radiante, agora nem te reconheço mais amiga!-disse Cait, aleluia ela não estava gritando, eu acho que isso era um acontecimento raro.
-É-é q-que eu lembrei da minha mãe, e que ela iria fazer aniversário daqui duas semanas.- eu disse já derramando rios, encostando minha cabeça em seu ombro, em quanto ela acariciava meus cabelos loiros e sedosos.
-Ai amiga, chora! Pode chorar que você tem motivo!- disse Cait tentando me confortar, eu admiro ela por causa disso, ela sempre tenta animar os outros, sem ao menos conhecer a causa, ou o causador. Ela te defende na frente dos outros, mesmo você não tendo a razão. Ela não liga se está sendo humilhada por o que acredita. Ela é uma pessoa incrível, mesmo quase sempre gritando feliz na orelha dos outros.
-Eai garotas- disse Chris olhando pra nossa situação- nossa Melly, não sabia que se apaixonava tão facilmente, já levou um fora?-disse Chris não entendendo nada, quem dera fosse só um fora de um garoto e não a morte de minha mãe, quem dera fosse somente uma paixonite
-Ai Chris! Que indelicado! Vai deixar Melly mais aborrecida ainda, ela está chorando por causa de sua mãe!- disse Cait dainda acariciando meus cabelos.
Esse dois estavam conversando e eu encostada em Cait, criando um novo oceano.
-Desculpe Melly, mas o que aconteceu com ela?- disse Chris encostando a mão em meu ombro
-E-ela morreu.- disse levantando a cabeça, enxugando as lágrimas- por isso eu me mudei para Atlanta, para recomeçar, porque foi aqui que meu pai cresceu, e ele queria que eu e minhas irmãs conhecêssemos onde e como ele cresceu.
POV JUSTIN
Hoje acordei as sete e meia, fiz minha higiene matinal, coloquei a minha jaqueta do time e uma calça jeans escura.Desci as escadas peguei as chaves do meu Range Rover e o meu café com leite.
Cheguei na escola e fui falar com Chaz, Ryan e Chris, no meio da conversa, Chris começou a falar de uma garota que era sua nova vizinha, olhei para a entrada e vi uma garota nova, como ela era linda espera só instantinho, ela é filha do JAMES GULLER! Aquele produtor de filmes famoso!
-Hey Chris, quem é aquela?- perguntei para Chris apontando para aquela garota de vestido florido e botas marrons sem salto.
-Nossa Justin, já paquerando minha vizinha nova! E sim ela é filha do James Guller.- disse Chris rindo da minha cara.
Depois todos começaram a rir e fui indo a caminho do refeitório pegar uma maçã, afinal ninguém é de ferro e vive só de café com leite. Peguei uma maçã e sai correndo, eu não podia entrar no refeitório antes das oito e meia.
Eu estava no meu armário arrumando-o, quando vejo que a garota nova estava chorando no ombro de Caitlin e Chris do seu lado pedindo desculpa, essa garota deve ser mais uma filhinha de papai, como todas as outras.
Chego perto dos três e chamo Chris para me acompanhar na quadra de basquete, ele me segue depois de uns 10 lances o sinal toca e começa mais um dia de tortura.