Since The Reaping Day escrita por TootsieNoodles


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Prometido e entregue! Espero que gostem! E ah, quero fazer um agradecimento especial a Vivi Coelho que é uma fofa e me fez me sentir muuuuuuito especial ao recomendar minha fic ♥ Obrigada linda!
Boa leitura.



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Cato

Motivado a tudo. Esse era o meu lema de hoje. Até acordar e dar de cara com a porta de Clove e perceber o quanto estupido eu sou. Respirei fundo, era pela vitória. Isso importava. Ainda ninguém tinha levantado e isso era muito bom. Segui até a sala de TV e me joguei no sofá. Olhei para o teto, hoje era o dia da tal entrevista e amanhã há essa hora eu estaria a caminho da Arena. Ouvi alguns barulhos vindos do corredor dos quartos e levantei. Lisa estava  ali, me encarando.

- Quer conversar, garotão? – ela falou com uma voz maternal, a qual nunca tinha se dirigido à mim antes.

- Claro – respondi. Ela veio em minha direção e se jogou no sofá.

- Você a ama? – ela perguntou, e eu sabia exatamente sobre o que ela estava falando.

- Não, a gente só...

- Cato – ela me interrompeu.

- Sim, eu amo.

- Vou fazer um acordo com você, na entrevista, faça parecer que você não a ama e não sente nada por ela, mas tente a não machucar. Ai, quando você ver que será o ponto certo, na Arena, a pegue de surpresa e bem... faça o que bem entender. O impacto desse amor tão de repente vai alucinar os moradores da Capital e eu conseguirei mais patrocinadores para você.

- Entendi.

- Agora, vamos, eles já vão acordar.

Lisa tinha animado meu dia e eu tinha que ensaiar para a entrevista. O problema era, como não machucar Clove com isso? Deixaria isso para depois do café, quanto teria o tempo livre antes do almoço, porque logo depois iriamos nos arrumar.

Clove

O sol bateu em meu rosto, porque demônios eu tinha esquecido de fechar a cortina? Ah, sim. Eu estava deprimida demais para fazer qualquer coisa. Até tomar banho. Levantei-me e fui em direção ao banheiro. Não me preocupei se a água do chuveiro estava fria ou gelada, apenas tomei banho e esqueci do que havia a minha volta. Sai do banho e me vesti com um vestido branco que não tinha nada demais.  Fui até a sala e avistei o local, todos haviam acordado, menos eu.

- Bom dia – sorrio – estou muito atrasada?

- Não querida, está tudo bem – Nijah sorriu – tome seu café e vá treinar para a entrevista, logo depois do almoço vocês começarão a se arrumar.

Assenti e me sentei na mesa. Em nenhum momento olhei para Cato, eu sabia me controlar. Depois de comer, me levantei e fui até o quarto. Era hora de treinar para a causa de todos os meus problemas, tecnicamente.

- Muito bem Clove...  – imaginei a plateia de Caesar – Olá, sou Clove e vim dizer pra vocês que eu não me apaixono e dou essa dica para vocês, o amor só vai te destruir e você será o primeiro a morrer na Arena, assim como eu.

- Nossa, assim você vai assustar todo mundo – deu um pulo, Lisa me encarava na porta – menina, não precisa ser má assim...

- Não estou sendo má Lisa, e sim, realista – atirei o controle que estava usando como microfone – eu sei que pelo jeito que estou agora, fraca, vou ser uma das primeiras a morrer, a não ser que a gente faça a mesma aliança carreirista de sempre, e essa não é uma boa opção para mim.

- Clove, entenda, o importante é vencer e se você tiver que deixar os problemas de lado para se aliar a Cato, você vai.

- Tudo bem – respirei fundo – agora, vou ensaiar uma nova entrevista.

Lisa sorriu e saiu do quarto, talvez ela tenha razão, eu precisa sobreviver e ser o orgulho de meu distrito, e para isso eu teria de esquecer qualquer sentimento por Cato.

Cato

Encarava-me no espelho, era hora de treinar para algo que eu não gostaria de fazer. Imaginei Caesar ao meu lado, com aquele cabelo azul e dentes muito brancos.

- Então Caesar, não, não estou apaixonado. Acho que a coisa menos importante aqui é amor. Preciso me focar na sobrevivência e em como ganharei os jogos – e sorri, um sorriso que até minha avó perceberia que não era verdadeiro. Decidi treinar por mais um tempo, que acabaram virando horas. Quando vi, já tinha que ir para o almoço.

A sala de jantar estava quieta, foi então que Nijah cortou o silêncio.

- Estudaram direitinho? Estão prontos? Porque de tarde vocês não terão um segundo para pegar num livro! – ela perguntou sorrindo.

- Estamos bem, Nijah – eu respondi começando a comer. Era uma espécie de cozido de carneiro, e estava muito bom.

- Ótimo! Ziggi e Toroty separaram roupas lindas para vocês, tenho certeza que vão adorar! – ela sorriu e voltou a atenção para o prato. No final de todos terem comido, Ziggi me pegou pelo braço e me arrastou até um camarim que eu nunca tinha notado até então.

- Muito bem Cato, vamos te deixar muito estiloso, e não se preocupe, não é maquiagem. É apenas uma base, agora, feche os olhos – obedeci a Ziggi e ele começou sua transformação. Tive que me segurar várias vezes para não espirar ou sair correndo por conta dos pós que ele jogava em minha cara. Depois dessa tortura ele passou para meu cabelo, pegou gel e tacou em todo ele, fazendo um topete bem estiloso. Finalmente, minha roupa. A parte mais descente. Era apenas um terno um tanto quando cor azul-marinho e a camisa por baixo roxa.

- Muito bem escolhido – comentei e vi ele rindo.

- Não tinha tempo para isso, foi Toroty que escolheu. Agradeça a ela mais tarde, agora, se vista.

Ele me ajudou com todos os mínimos detalhes que o terno possuía e finalmente me liberou para a sala, aonde teria de esperar Lisa e Clove.

Clove

Toroty passava uma sombra delicada em meus olhos, ela sabia maquiar muito bem e eu tinha certeza que ela não ia me deixar parecendo um dos monstros da Capital. Quando passou para meus cabelos, toda a delicadeza da maquiagem foi descontada. Ela penteava-os como se quisesse arrancar de minha cabeça.

- Me desculpe querida, mas é que tem muito nós aqui, mas já estou montando o penteado – ela se explicou. E que penteado! De um cabelo embaraçado surgiram tranças, de tranças um coque e desse coque um cabelo maravilhoso.

- É lindo Tory! Obrigada! – a abracei, tinha acabado de inventar esse apelido para ela e esperava que ela gostasse.

Ela me guiou até um guarda roupa e pegou um vestido que fez meus olhos brilharem. Era laranja e tinha uns detalhes perfeitos. Ao terminar de coloca-lo eu sorri para ela.

- Você vai arrasar hoje, minha querida.

- Obrigada! – e a abracei novamente. Lisa podia ser como Toroty.

Respirei fundo e me encaminhei para a sala. Cato – que estava com um terno normal – e Lisa – que usava um vestido branco – estavam lá já. Ela aplaudiu o trabalho de nossos estilistas e nos colocou no elevador. Era chegada a hora.

A fila com os tributos tomava conta do corredor, tomei meu lugar – o terceiro – e esperei. Cato entrou atrás de mim e meus pelos se arrepiaram, logo dei um jeito de disfarçar. Nada podia me impedir de fazer o que iria nessa noite. A tributa do 1 – Glimmer – foi chamada, subiu toda feliz e sorridente, uma pena que eu vou ter que me aliar a ela. O tempo foi passando e logo o menino do 1 – Marvel – estava voltando. Era a minha vez.

- Clover! Distrito 2! – Caesar anunciou e então eu entrei – como é linda! Venha, venha! – ele pegou minha mão e me sentou no sofá branco designado a seus convidados. Ele sentou e sorriu para mim – então Clove, como é ser uma carreirista?

- Bom, é bom – dou uma risada – você, além de ter mais treinamento e habilidade, fica mais confiante, porque sabe que os outros são inferiores a você.

- E você está confiante? Não tem nada atrapalhando seu caminho?

- Estou muito confiante, nada vai me atrapalhar no caminho da vitória, nada.

- Uau! Falou bem! Uma salva de palmas para Clove! A destemida! – e então segurou minha mão e levantou meu braço. O povo da Capital se inundou em palmas e assobios. Eu apenas sorria, queria mesmo é que Cato tivesse entendido a indireta.

Cato

Clove voltou e não me lançou um olhar. Ela tinha deixado claro que estava mal e nada mais ia fazer ela voltar a falar comigo, a não ser o inesperado dia na Arena.

- Uma salva de palmas para Cato! – Caesar falou e eu entrei, todos da Capital estoravam meus ouvidos com seus gritos, e eu apenas acenava. Sentei no lugar certo e sorri para Caesar -  e então, garoto gigante, como é a vida em seu distrito?

- Bom, é normal – rio – a única diferença é que nós treinamos, os outros distritos, bem... trabalham.

- Ótimo ponto de vista – ele deu aquela risada escandalosa de sempre – e seu coração? Um menino com um rosto como o seu não pode não ter uma garota. Quem é a sortuda?

Era a hora. Respirei fundo e respondi.

- Na verdade não há nenhuma, eu nunca vou me apaixonar. Isso seria apenas uma maneira de me atrapalhar na Arena, concentração é a coisa mais importante.

- Parece que os tributos do 2 são bem confiantes! – a maldita risada – Cato! O destemido do distrito 2!

Sorrio, agradeço ao público e saio. Não só a tempo de ver os outros tributos me encararem com cara de lixo, mas também de ver o vulto correndo para o elevador, e eu sei muito bem para que. Ah, se ela soubesse o que aconteceria dentro de alguns dias.


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Notas finais do capítulo

Reviews *-*



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