Você Me Aceita? escrita por luuh
Notas iniciais do capítulo
Pronto fãs de NaLu, não precisam me atirar pedras =D' q
Gomen a demora x_x' depois eu explico o motivo.
Tiros eram lançados no ar como se fossem fogos de artifício, estava começando o tão esperado dia dos esportes.
– Classe 2-C reúna-se! Sinto muito! – Aires pedia para os alunos, já que tinha uns de um lado e outros no quinto dos infernos – Bem, o Dia dos Esportes finalmente chegou! - começou quando todos já estavam reunidos – A classe vencedora receberá o lendário acessório dourado! Pessoal, cuidem-se para que não se machuquem e deem o melhor de vocês.
– Sim! – disseram juntos em fila.
– Então, Lucy-san. Diga algo para todos, por favor. – Pediu sorridente.
– Eu? –Lucy a olhou surpresa.
– Vamos lá, Lucy! Todos estão esperando! – Erza deu um empurrão na amiga fazendo-a dar um passo e ficar na frente de todos.
– Oh, Erza. – Resmungou. Suspirou e ajeitou a franja que caiu sobre seus olhos por conta do empurrão e sorriu – Bem, turma, eu estarei ajudando na administração esse ano, então não poderei comparecer a muitos eventos. Por favor, deem o melhor de vocês para vencermos neste ano.
Todos da sala começaram a gritar. Gritos de guerra, incentivos e ameaças as outras turmas estavam no meio dos gritos.
– Certo! Eu também vou me esforçar! – Natsu disse colocando as mãos em punho na altura do queixo. Estava confiante por causa de todo treinamento que Jellal o proporcionou no dia anterior.
– Tsc. – Gajeel resmungou e então foi saindo daquele local.
Natsu reparou em um relance que Gajeel tinha uma pequena corrente prata no pescoço, mas nada muito importante naquele momento. Ele reparou o garoto dos piercing se afastar com sua cara fechada de sempre.
– Dia Anual dos Esportes da escola Fairy Tail! – A voz do vice-diretor soava animada pelas caixas de som – Em suas marcas. Preparar. AYE SIR! – Mais um tiro foi lançado, iniciando a corrida com obstáculos, no qual Jet saiu vencedor dando um ponto ao 2-A.
Cabo de guerra, atletismo, basebol, entre outras brincadeiras eram jogados pelos alunos de todos os anos. Havia de tudo um pouco, desde torcidas organizadas á aqueles que ficavam somente para atrapalhar o raciocínio daqueles que jogavam.
– Vamos! – Wendy se encolhia e tentava abaixar a saia o máximo que podia com vergonha de mostrar suas pernas, mas com os pompons nas mãos era difícil.
–Vamos Wendy! – Romeo tentava animá-la tento fazê-la esquecer da quantidade de garotos que estava a observando encantados.
–Nossa! Todos estão tão motivados esse ano. – Happy comentou com Charles, observando a correria dos alunos preparando as equipes – Como vice-diretor, eu...
– Sagittarius-sensei, qual é o próximo evento? – A gata branca perguntou para o professor que estava servindo de juiz, ignorando totalmente o gato azul.
– A corrida de revezamento, moshi moshi.
– Oh, eu sou bom nisso, aye! – Happy tentou novamente puxar assunto com Charles – As pessoas me chamavam...
– Eles já estão se aprontando, não estão? – Happy, novamente ignorado, decidiu que ir comer peixe seria melhor do que puxar assunto com a amada. Pelo menos os peixes não ficam fingindo que ele não existe.
– Sim. Acho que eles não terão problemas, moshi moshi.
– Entendo. – Charles falou cruzando os braços – Sendo assim, sem problemas.
Lucy então passou por ali, carregando uma caixa, por isso apenas saudou a coordenadora, o vice-diretor e o professor com um aceno de cabeça e deixou a caixa um pouco depois dali.
– Pronto. – Falou enquanto passava a mão esquerda pela testa, se livrando de algumas gotículas de suor – Pessoal... Deem o melhor de vocês. – Falou sorridente olhando os colegas de classe.
A corrida de revezamento logo começou. Quem representava o 2-C eram os garotos que treinaram com Juvia e Lucy.
– Preparar.
– Agora é hora para mostrar todo o meu treinamento! – foi escutado o tiro, e então partiu com toda sua velocidade – ERZA-SAN! ISTO É POR VOCÊ! – O 2-C ao perceber a velocidade do colega começou a vibrar, seria o quinto ponto deles, já que ninguém vencerá as outras corridas até agora.
– Certo! Continue assim! – O outro colega que treinou com as garotas gritava incentivando o amigo – Agora ninguém vencerá o 2-C! Erza-san ficará orgulhosa! – Ele se posicionou para receber o objeto do amigo e já sair correndo, faltavam poucos metros para ele chegar.
– Consegui! – gritava, passando do amigo e seguindo até a linha de chegada.
–Era só para você correr 50 metros seu imbecil... – o amigo resmungava no chão, já que precisou desvia e acabou perdendo o equilíbrio – Teremos que enfrentar a fúria da Erza...
– Ninguém irá me alcançar! – Gritava feliz por estar perto, mas se lembrou de que tinha que entregar o objeto para o amigo e acabou tropeçando no próprio pé.
Happy ria, Charles continuava séria e os colegas de classe o olhava pensando “como ele pode ser tão burro?".
–Francamente. O que foi isso? Sinto muito. – Aires falou olhando para os dois alunos no chão.
Lucy também observava a corrida, e ria. Agora que ela estava longe, não precisava fazer todos se esquecerem da diversão fazendo-os lembrarem de que eles poderiam ter se machucado. Poderia rir ali, antes que alguém chegasse. “Esse é apenas o começo.” Pensou ainda rindo.
– Droga! – Erza gritou dando um soco no quadro de pontos – Que resultados são esses? – Agora os gritos eram dirigidos aos alunos, que estavam em fileira e cabeças baixas, ouvindo atentamente a bronca – Vocês querem mesmo vencer?
– Sentimos muito...
– Olhem só para isso! - apontava para o quadro, que mostrava apenas 10 pontos para o 2-C e os outros anos com pontuações de 15 para cima – Nesse passo, não vamos vencer.
– Foi mal gente. – Loke que estava sentado observando tudo da enfermaria improvisada desculpou-se com muita dó dos colegas que enfrentavam a ira de Erza.
– Se nós não estivéssemos machucados... – Gray falou com decepção, olhando os curativos que tinham em seus braços e pernas.
– Sentimos muito por tudo isso. Foi por culpa da Aquarius. – Loke continuava a se lamentar quando Erza foi até eles e arrancou o esparadrapo de um dos curativos dele, fazendo Loke gritar e Gray se desesperar para levantar.
– Vocês dois podem lidar com isso sozinhos. – Agora o sermão era apenas para os dois – Juvia! – Erza chamou. A azulada foi até eles e segurou cuidadosamente no braço do amado e o levantou.
– Me desculpe Gray-sama! Mas depois você vai agradecer a Juvia! – E então, delicadamente, ela começou a tirar os curativos de Gray.
– Eu cuido de você Loke. – Erza sorriu. Um sorriso tão assustador que Loke teve certeza que nunca mais dormiria lembrando-se dele.
O restante dos alunos preferia não olhar. Ficavam apenas em pensamento, rezando para que eles estivessem bem.
– ISSO! Sofram seus pervertidos imprudentes! – uma garota da sala ria com a desgraça de Loke.
– Tudo bem! Vamos alcança-los! – Outra aluna falou ignorando os berros de socorro de Loke.
– Bem, o que vem agora? – Erza perguntou assim que saiu da enfermaria com as mãos com alguns Band aid’s e gazes em mão.
– Agora nós teremos um evento especial do conselho estudantil. – Natsu pensou em já sair correndo, mas esperou Jellal continuar – Cada classe precisa nomear um estudante e mandá-lo para sala do conselho. Repetindo.
– Isso estava no cronograma?
– Não, acho que não.
– Natsu, você será nosso representante! – Erza apontou para o rosado. Seria como um presente para Jellal, já que ela ainda não havia se desculpado com ele.
– E-EU? – Perguntou incrédulo.
– Você tem sido completamente inútil até agora, portanto, vá lá e faça algo. – Ordenou.
Por mais que Natsu tivesse resmungado, foi obrigado a ir por conta das ameaças de Erza. Caminhava desanimadamente para dentro do colégio, mas logo vários garotos de tamanhos iguais ou maiores que Elfman o cercaram. Tratando de Jellal coisas assim provavelmente aconteceriam.
– Droga. – Resmungou Natsu se vendo no meio do circulo que eles formaram.
– Agora nós temos uma disputa entre esses homens! Esses demônios foram secretamente selecionados dentre os participantes. Se eles puderem pegar o Natsu, o demônio da classe 2-A, eles vencerão. – “demônio...? A Erza que ameaça comer nossos rins e eu que sou o demônio? QUE DROGA É ESSA?” Natsu pensava, olhando com raiva para a caixa de som – Mas, se ele escaparem por três minutos, Natsu vencerá.
– Estou encrencado. Completamente. – falava ainda tentando entender a lógica daquele colégio.
– A classe vencedora receberá 30 pontos! Agora deem o máximo de vocês! Vão!
Então aqueles monstros foram para cima de Natsu, fazendo-o recuar para trás.
–EEI! Jellal! – ele o chamou, mas acabou não tendo tempo para dizer o que queria, teve que correr – Como isso foi acontecer?
–Como pode? Impossível! – os monstros começaram a cair no chão, cansados.
– Ele escapou do nosso time viril!
– Quanta agilidade!
– Eu pensei que ia morrer. – Natsu falou pausadamente recuperando o ar.
– Muito bem, Natsu! A sua classe ganhou 30 pontos!
Jellal gritava de entusiasmo, e o 2-C também, vendo o placar mudar.
– Ele conseguiu!
–Agora não podemos perder!
– Certo. Vamos dar nosso melhor!
Todos comemoravam, pulavam e gritavam felizes. Erza sorriu aliviada, e sussurrou um “obrigado, Natsu”, mas ninguém ali ouviu.
Depois de dispararem na frente, o placar só aumentou. De 40 foi para 50, de 50 para 65, e só continuou a aumentar.
Lucy tentava prestar atenção no placar, mas com as tarefas era complicado. Por isso, sempre sorria quando alguém dava um comentário falando do avanço do 2-C.
Natsu estava entre as garotas, saboreando deliciosos sanduiches que elas lhe ofereceram.
– Juvia não esperava que a nossa classe vencesse.
– Isso tudo é graças ao Natsu. – Erza falou dando um tapa nas costas do dono dos cabelos cor de rosa, o que o fez quase cuspir.
– Isso é um exagero. –Natsu falou, engolindo os pães que estavam em sua boca fazendo sua voz sair engraçada.
– Não precisa ficar envergonhado. – uma das meninas que o cercavam falou dando uma risada quando percebeu que ele direcionara o olhar para ela – É a verdade.
Natsu desviou o olhar da garota para o seu lado, já que percebera uma aproximação.
– Lucy! – Falou surpreso para a garota que estava em pé ao seu lado, sorrindo docemente.
– Você se saiu muito bem, Natsu. Estou aliviada. – Ela sorria aliviada. A luz do sol batia nela fazendo-a parecer um anjo, o que fez Natsu corar.
– Ah bem...
– Os outros garotos são tão inúteis comparados a ele... – Erza falou suspirando pesadamente.
– Não generalize! Gray-sama é muito útil! Só está machucado. – Juvia até colocaria Jellal na história se ela não estivesse falando dos meninos da sala.
– Ei, Natsu, você vai entrar na corrida de três pernas comigo? – Erza falou do seu jeito rígido de sempre.
– Grande ideia Erza-san! Você é nossa arma secreta! - a menina piscou para Natsu, enquanto obtinha aprovação de todas as outras.
– Se eu puder ajudar... – falou abrindo um sorriso.
– Certo. Está decidido.
– Vou torcer por você, esforce-se. – Lucy voltou a sorrir, fazendo Natsu corar novamente.
– Pode deixar. – “Jellal, obrigado!” agradeceu mentalmente.
– NATSUUUUUUUUUUU! – Foi a única coisa que ouviu antes de perceber que estava no chão com Lisanna em cima dele.
–Lisanna! – Erza saudou a albina com um olhar meio surpreso – De onde você brotou?
– Eu vi você correndo daqueles demônios. Você estava tão legal! – Lisanna falou apertando as bochechas de Natsu – Eu amo você ainda mais agora! – então ela o apertou.
– Por que isso tão de repente? – Natsu falou tentando se levantar.
–Ah sim. – Ela se levantou de cima do rosado com o rosto rubro – Para ser franca... – Ela começou, mas logo mostrou dois grandes potes com almoços de aparência deliciosa – Eu fiz um almoço amoroso para você. Dessa vez sozinha! Eu trabalhei duro nisso para você. – Os olhos dela brilhavam – Vamos, coma!
– Eu estou empolgado! – falou olhando para a quantidade de comida que ela fizera – Muito obrigada Lisanna! Bom, itadakimasu. – Gritou já indo se servir, mas algo muito rápido e negro tirou o alimento dos hashis de Natsu.
Lisanna percebeu também que algo tinha tirado a comida de Natsu, e então tentou procurar o que era.
– Lily! – Natsu gritou com o gato negro, que pisava no bolinho.
– Você não pode comer isso!
– Não seja grosseiro! - repreendeu o gato, por isso não percebeu Erza se aproximando.
– Se me lembro bem, Mira comentou algo sobre a culinária de Lisanna, vamos ver o quão boa é. – E então pegou seus rashis e pescou um pedaço de carne e o colocou na boca.
Ela parou de se mover. Estava imóvel, olhando fixamente para uma arvore com os olhos arregalados.
–Erza? – Natsu perguntou, mas só viu Erza cair no chão.
–ERZA! – As meninas se levantaram e correram para o lado do corpo de Erza.
Lily olhava tudo com uma cara de “eu avisei”.
– Leva-la a Porlyusica-san!
–Hã? Eu fiz esse sem a ajuda da Virgo-sensei e ficou ruim assim? – Lisanna se perguntava, olhando os desesperos das meninas colegas de Erza.
– A Erza vai ficar bem? – Natsu se perguntava enquanto sua blusa era puxada pelas pequenas patas de Lily.
– Você acha mesmo?
Natsu quis rir com aquele comentário, mas sabia que apanharia depois.
– O que vamos fazer para a corrida de três pés? – os comentários desesperados começaram.
– Estamos com problemas.
Lucy também estava preocupada, mas tentava não deixar isso transparecer em seu rosto.
Todos se preparavam para a corrida e Natsu se encontrava sozinho.
–A Erza ainda não voltou? A recuperação dela não devia ser igual a um besta? – Ainda não se conformara com o titulo de demônio dado por Jellal – Isso não é bom. Isso não é nada bom.
– Natsu. – Lucy o chamou. Ele se virou e viu que a loira segurava a fita que prenderia o pé dele ao pé de Erza – Eu vou correr no lugar da Erza.
–Lucy?!
Com a fita, Lucy enlaçava os dois pés um ao outro. Natsu estava em pé ainda tentando entender a situação.
– Você não está atarefada na administração?
– Eu falei sobre o nosso problema e eles me liberaram por um tempo. Vamos nos esforçar pela Erza, está bem?
– Mas...
– Pronto. – Lucy levantou-se, agora cada passo que qualquer um desse deveria ser coordenado pelos dois.
– Está bem mesmo?
– É impressão minha ou você não quer correr comigo? – A loira falou piscando para ele.
– Em suas marcas. – Happy pedia, Sagittarius apontava arma para o alto esperando o sinal.
– Lá vamos nós, Natsu! – Heartfilia cochichou para Natsu, queapenas assentiu.
– Preparar.
– Natsu! Lucy! Contamos com vocês! – Gritavam as pessoas da sala tentando motiva-los.
– Deem seu melhor!
– AYE SIR! – Happy deu o sinal e em seguida, o juiz atirou para o alto.
Todos saíram atrapalhados. Uns logo encontrando com o chão, outros arrastando o companheiro para uma queda, e outros apenas com desequilíbrio.
– Um, dois! Um, dois! – Lucy e Natsu tentavam regular os passos contando juntos. Ambos apoiando a mão do lado do pé amarrado no ombro do outro.
Era uma tarefa de coordenação motora, e era ainda mais difícil para Natsu. Qualquer garoto do colégio se aproveitaria da situação para cair em cima de Lucy ou qualquer coisa do tipo, e ter que vê-la sorrindo parecendo um anjo e ainda se conter era a parte mais complicada. Concordou mentalmente que estava passando tempo demais com Loke e Gray e estava se tornando um pervertido.
“Se controle Natsu!” pensava virando o rosto corado.
– Natsu! O envelope. – Lucy o chamou, tirando-o de seus pensamentos obsenos. Os dois pararam em frente a uma mesa com alguns envelopes.
Além de ser uma corrida, teria uma caça ao tesouro.
– Um acessório prata? Quem pode ter um? – Lucy perguntou pensativa, o que fez Natsu se lembrar de Gajeel na hora.
– Eu tenho uma pequena ideia de quem tenha.
Os dois saíram atrás de Gajeel, gritando seu nome por onde passavam.
– GAJEEL-KUN!
Ele estava deitado em um banco na sombra com um livro protegendo seu rosto do sol.
– Gajeel. – Natsu disse quando finalmente o encontraram. Ele e Lucy tentavam manter o equilíbrio dobrando o corpo no mesmo instante para recuperar o ar.
– O que vocês querem? – rosnou.
– Estamos em uma casa ao tesouro. Precisamos que você nos empreste seu pingente.
–Vocês querem isso? – Ele olhou para o cordão com um olhar divertido no rosto. Agora as moscas iriam pedir sua ajuda? – Não tenho por que da-lo a vocês. – Ele levantou e deu alguns passos, mas o grito de Natsu o fez parar.
– Mas a nossa sala pode vencer...
– Isso não tem nada a ver comigo.
– Natsu, vamos pedir para outra pessoa. – Lucy pediu sentindo que o clima iria ficar tenso entre os dois. E mesmo sem querer, ela se envolveria na luta como saco de pancadas – Vamos.
– Mas... Gajeel, por favor!
– Eu já disse para calar a boca! – Gritou.
– Mas... – Ele deus um passo para frente sem avisar a Lucy, a arrastando e fazendo a mesma perder o equilíbrio.
Ambos caíram, mas deixou uma dor terrível em Lucy. Ela havia torcido o tornozelo.
– Meu tornozelo. – falou entre os gemidos.
– Tudo bem, Lucy? – Natsu falou preocupado levantando-se e ajudando a amiga a fazer o mesmo.
Gajeel não moveu um músculo para ajuda-los.
– Lucy! – Natsu pedia respostas para ver no que ele poderia ajudar, mas ouviu somente um resmungo do moreno e seus passos se afastando – LUUUUCY!
Mais tiros eram ouvidos, mostrando que a competição dera uma pausa.
Sentada na cadeira em com o pé enfaixado, Heartfilia tinha em volta de si suas colegas perguntando o que havia acontecido.
– Gajeel! Você vai me pagar! – Erza gritava enfurecida – Está tudo bem com você Lucy?
– Eu estou bem. – Lucy tentava quebrar aquele clima tenso. “Meu pai sem duvidas irá me matar. Uma Heartfilia deveria ser mais atenciosa e não se envolver nessas coisas brutas.”
pensava enquanto dava mais um de seus sorrisos forçados – Porlyusica-san já cuidou de tudo.
– É tudo culpa minha. Desculpe. – Natsu que estava entre a multidão que rodeava Lucy disse.
– Não se preocupe com isso. A culpa não foi sua Natsu.
– Mas agora não vamos poder participar da corrida.
– O que vamos fazer agora?
– Eu poderei correr se descansar um pouco.
– Se nossa Lucy não puder correr... – Os fanboys da loira começaram.
– Será uma perda terrível para a humanidade!
– Não digam isso. – Lucy deu uma risada com a preocupação exagerada dos colegas.
– Mas nós temos que cuidar da administração.
– Bem, é verdade. – O sorriso, a empolgação e a felicidade falsa esvaziaram-se dentro de Lucy, mostrando a todos a quão decepcionada ela estava.
– Sendo assim... Eu posso me encarrego disso. – Natsu falou decidido. Talvez fazer o trabalho dela fosse uma bela forma de se redimir.
– EI! NATSU! Leve isso!
– SIM!
Natsu corria de um lado para o outro carregando as mais variadas coisas. Desde estacas a obstáculos.
Tinha mil e uma funções. Levava coisas, desviava-se dos alunos que treinavam, cuidava para transportar quantidades suficientes para não dar mais que uma viagem.
– Traga a fita!
– Não, temos um ferido, trate de chamar a Porlyusica-san.
– SIM! SIM! SIM!
– Compre três sucos no caminho!
– Entendido!
Ele estava atirado no chão, respirando fundo. Cansaço e falta de ar o dominava. Ele sem duvidas deveria ter pegado um dos sucos.
– E-Eu não pensava que isso seria tão difícil. Desde quando suco tem alguma relação com a administração do Dia dos Esportes?
Algo gelado deu um leve toque em seu rosto, fazendo-o se assustar e cair. Uma risada pode ser ouvida.
– Está fazendo um ótimo trabalho Natsu! – Lucy falou estendendo a mão para o dono dos cabelos róseos – Beba isso ok? – com a mão que segurava a garrafa agitou a bebida.
– O que faz aqui? – ele perguntou enquanto segurava em sua mão estendida – Não me assuste mais assim.
– Eu imaginei que você estivesse cansado. – falou entre mais risada – Tome. – entregou a garrafa para ele sorrindo.
– Obrigado. – abriu a garrafa, mas não bebeu fitando a face da loira – Aconteceu algo?
– Eu sinto muito Natsu. Era o dever de uma Heart... Meu dever ficar na administração.
– Ah, era só isso? – falou indiferente e achando um tanto engraçado a cara de assustada que ela fez – Fui eu quem pediu para fazer isso. – e então deu um merecido gole no suco gelado.
– Natsu... – sussurrou olhando o garoto beber o suco naturalmente.
–Ah! [N/a: sorriso! Q ] – disse depois do longo gole – Bem, restaram só algumas tarefas da administração para fazermos. Eu estou ficando empolgado!
– E eu poderei ajudar em algo! – Lucy sorriu novamente. Mas diferente de todos os seus outros sorrisos, esse fora o mais verdadeiro que ela dava há tempos.
– NATSUUUU! – Vozes eram escutadas do outro lado da quadra.
– Bem, tenho que ir. Até mais, Lucy!
– NATSUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU! – as vozes desta vez eram enfurecidas.
– JÁ VOU! – Gritou em resposta e saiu correndo, deixando Lucy ficar o observando até ele sumir de seu campo de visão.
– Natsu é um grande homem – Elfman estava emocionado vendo o quanto ele estava se esforçando pela classe.
– Sentimos muito, olhos puxados.
– Nós não pudemos fazer nada. – Loke e Gray continuaram a se desculpar por estarem sentados.
– ISSO PORQUE VOCÊS NÃO SÃO HOMENS! – Elfman começou a fazer seu discurso de “homem” – HOMENS DE VERDADE VÃO A LUTA! NÃO IMPORTA O QUE DOA.
O discurso de Elfman era tão alto que, do segundo andar do colégio, uma pessoa que estava observando tudo pode ouvir.
– Tsc, moscas mortas. – Gajeel resmungou e saiu de perto da janela.
Lucy e Natsu estavam em uma sala cheia de bolas para os jogos, e, já fora da sala, estava uma bola gigantesca, de uns 2 metros de altura.
– Tudo o que temos que fazer é levar isso para eles. – Lucy dizia observando junto com Natsu uma bola gigantesca.
– Mas é incrível o fato de que eles irão usar uma bola desse tamanho. – cruzou os braços.
– Vamos conseguir se formos nós dois. Vamos logo. – Ela caminhava até a bola, mas Natsu tentou impedi-la.
– Ei, espere. Lucy! – Tentou segurar o pulso da loira e impedir que ela se esforçasse, mas acabou tropeçando numa pequena bola que havia ali.
– Natsu! – ela foi ao encontro de Natsu, agachando ao seu lado – Você está bem?
– Eu só escorreguei.
– Pode ficar de pé?
– Tudo bem, não é nada.
– Que bom. - Ela sorriu o ajudando a levantar.
Enquanto ele se levantava, um vento forte apareceu, fazendo a bola bater na porta de metal e a trancar por fora.
– Ah, está aqui. – vozes do lado de fora fazia a situação que eles se encontravam ficar mais tensa. A sala estava escura agora, eles mal podiam enxergar um ao outro.
– Aquele imprestável do Natsu.
– Porque ele deixou isso aqui fora?
– Que seja, vamos levar. O próximo evento já está para começar.
– Sim.
Natsu já em pé, ajudou Lucy a sair tateando as paredes buscando um interruptor, nada. Ficaram os dois encarando a grande porta.
– O quê? – Natsu tentava entender a situação – O que aconteceu? – gritou esperando que alguém o ouvisse do lado de fora.
Ninguém. Todos estavam ocupados com a prova que usaria a grande bola.
– Tudo o que falta agora é a corrida.
– Falta pouco. Mas a propósito, onde estão Natsu e Lucy?
– Será que não estão com seus colegas?
– EI! – Natsu batia na porta de ferro com força, ainda esperando que alguém o ouvisse – Alguém abra! Qualquer um! Apenas abra!
–Eles estão realmente animados, né? –Lucy falou chamando a atenção de Natsu o fazendo parar de socar a porta.
– É... – Ele se virou e a viu Lucy sentada num amontoado de almofadas.
– Está quase na hora da corrida.
– Acho que sim. Acho também que ninguém notou.
– Todos estão distraídos com os eventos. – Lucy balançava os pés como uma criança feliz, pois realmente ela estava. Natsu não fazia esforço para trata-la como uma princesa, uma rainha ou uma Heartfilia. Ele a tratava como tratava qualquer garota, e isso a estava atraindo.
– Vai dar tudo certo! Todos vão ficar preocupados com você e vão te procurar.
– Preocupados? – ela abaixou a cabeça. Ela estava errada – Porque estariam preocupados comigo? Porque sou uma Heartfilia?
– Não me importa que diabo de sobrenome você tenha. – Natsu falou dando ombros, indiferente – Falo isso porque você é uma ótima pessoa, por isso todos se preocupam com você.
Lucy o fitava surpresa e corada. Sua paranoia com seu sobrenome eram tudo... Coisas de sua cabeça?
Ela sorriu.
– Nesse ritmo, vamos perder a corrida.
– Você é estranha Luce. – Natsu disse olhando-a confusa – Muda de humor rapidamente.
– Estranha? – Agora ela que estava confusa, mas não se importou. Deu uma risada – Que história é essa de “Luce”?
– É para te provar que eu não ligo se você é a “Lucy Heartfilia” ou a “Lucy certinha e querida do colégio”. A partir de agora, você é a minha Luce.
– Sua Luce? – ela estava vermelha. Apesar de o calor parecer queimar seu rosto, ainda sim gostou da sensação.
– Não quer?
– Deixaremos isso entre nós, certo?
– Se você prefere assim...
– É a primeira vez que perco uma atividade sem avisar a alguém. – Ela ria. Era algo novo para ela. Certo, seu pai lhe mataria, mas a sensação de leveza que ela sentia naquele momento nem mesmo trinta palestras dele seria o suficiente para tirar aquela felicidade dela.
Natsu abaixou a cabeça e esbarrando em algumas coisas até chegar ao amontoado em que Lucy sentava. Agachou-se e sentou ao lado das pernas dela.
– Desculpe.
– Hã?
– Desculpe Luce. Se eu não tivesse tão animado com a corrida de três pés, nada disso teria acontecido.
– Como eu já disse antes, não foi sua culpa.
– Bem, eu fui transferido para cá recentemente. Eu não tenho muitas lembranças da escola. Então eu deveria saber o quão importante às memórias são. Ainda sim, por minha culpa, uma de suas memórias foi destruída.
– Natsu... Eu já te falei, não foi? É a primeira vez que perco uma atividade sem avisar a alguém. Eu fiz muitas coisas pela primeira vez hoje. Perdi uma corrida pela primeira vez, fiquei trancada aqui com um garoto pela primeira vez. – ela se pôs de pé com um salto e cambaleou um pouco por conta do tornozelo torcido. Agachou ao lado do rosado e sorriu – Então eu nunca vou me esquecer do que fiz hoje. Por todas as razões.
Ele olhava nos olhos da loira, claramente com o rosto corado.
– Obrigada, Natsu. Você me deu memórias esplêndidas.
– Não me parecem ser memórias muito boas.
Ela riu.
– Mas eu nunca irei esquecê-las. Não é?
– Eu também nunca vou esquecê-las! – Natsu sorriu para a loira, ainda com o rosto corado – Jamais!
– Porque essas são memórias que somente nós compartilhamos.
– Uhum.
– Certo. Agora é sua vez de me contar a sua história.
– Como assim?
– Onde você vivia até então, por quais escolas você já esteve...
– Bem, vejamos... Antes de vir para cá, eu vivi num porto no nordeste, e lá nevava bastante...
– É mesmo? Mas o que te trouxe aqui?
– Estou procurando pelo meu pai...
– Se eu me recordo, ele é Igneel né?
– Sim, o dragão de fogo.
– Gajeel também está por aqui procurando seu pai, Metalicana.
– Ouvi boatos de que todos os dragões haviam sumido no mesmo dia.
– E você veio com a intenção de procura-lo?
– Bem, Igneel pediu para minha mãe procura-lo quando eu entrasse no 3° grau do ensino médio para ele me ensinar magia de Dragon Slayer, mas minha mãe decidiu procura-lo antes.
– Se eu entendi, enquanto você fica no colégio ela vai procurar por Igneel certo? Mas ele é um dragão, não deve ser tão difícil de achar...
– Pode até ser verdade sobre o tamanho dele, mas ele pode migrar por ai. Então minha mãe está tentando achar pistas do paradeiro dele.
– Futuramente será um mago de fogo é? Como um salamander.
– Exato. – ele riu – E você Luce, pretende ser uma maga?
– Minha mãe era uma... – ela sorriu olhando para a mão que estava apoiada no chão – Então quero ser que nem ela, uma maga celestial.
– Um dia quem sabe entramos para a mesma guilda.
– Seria divertido. – Lucy riu imaginando a cena.
– É... Seria. – Natsu sorriu.
– Acharam? – Juvia perguntou dobrando o corpo, buscando o tão precioso ar.
– Não. Não os vimos em lugar nenhum.
– Onde o Natsu e a Lucy se enfiaram?
– Se continuar assim, seremos desclassificados.
– Ah, droga! – Erza que ajudava a procura-los falou irritada – Onde eles se esconderam?
– MOVA-SE! – Loke batia nas pernas que estavam dormentes, tentando fazê-las se mexerem sem ficar cambaleando parecendo um bêbado – Preciso achar o Natsu! Vá saber o que ele está fazendo com a minha Lucy!
– Nessa situação, precisamos fazer algo. Não importa o quê! – Gray se levantou, sentindo as partes doloridas se multiplicarem – Se não levantarmos, não poderemos nos considerar homens!
– Gray! – Loke tentou impedi-lo, mas ele acabou perdendo o equilíbrio. Sua sorte é que Elfman estava atrás e o segurou.
– Elfman? – ele perguntou quando olhou para a pessoa que evitara a sua queda.
– Eu farei isso! Gray, você é um homem! – Ele estava emocionado com a frase de Gray – Nós correremos no lugar de Natsu! – Elfman gritou, abraçando tanto Gray quanto Loke.
Gajeel estava próximo. Decidiu que já que era da classe, pelo menos assistir a corrida das moscas ridículas ele faria. Além do mais, com a quantidade de pessoas ali, era possível encontrar sua “admiradora secreta” que lhe enviara o colar.
Com a gritaria de Elfman, ele achou melhor tentar procurar Heartfilia e o irritante Dragneel. Talvez a corrida ficasse mais bonita com os dois do que com três machos grudados.
– Ele sumiu quando eu tinha uns 10 anos, desde então, tenho mudado muito ultimamente.
– Tudo o que você fez foi se transferir, não é?
– Uhum. Pode-se dizer que eu sou um pássaro migratório.
Começaram a bater na porta do lado de fora.
– O que foi isso?
– Os eventos já terminaram? – Natsu perguntou.
A luz do sol adentrou na sala escura até em tão.
– Abriu. – Natsu falou surpreso.
– Quem será que abriu para nós?
Eles se levantaram e foram ver quem fora abrir para eles. Natsu viu uma pessoa, de longos cabelos negros, andando calmamente.
– Gajeel?
– Né Natsu! Olhe aquilo! –Lucy estava animada, nem percebeu que Gajeel estava por perto.
Ele ergueu o olhar para onde o dedo dela apontava. Logo um sorriso se formou. Uma bandeira com o fundo em vermelho mostrava que a sala que ganhara era o 2-C.
Gray estava atirado no chão e Juvia estava ao seu lado tentando ampara-lo.
– Gray-sama, você está bem?
– Não sinto minhas pernas...
– Juvia carrega você! – a menina que segurava a mão do garoto falava preocupada.
[Mente da Juvia]
– Não precisa. – ele ergueu a outra mão e acariciou o rosto da azulada – Só de você estar aqui já é muito para mim. A propósito, você quer namorar comigo?
[ O que realmente aconteceu]
– Não precisa me carregar, nós ganhamos. Só me ajuda a levantar. – ele ergueu o tronco, esperando ela puxa-lo.
– A classe 2-A venceu o evento final e assim, vence a classificação geral. – Charles anunciava.
–Que bom! – Aires pulava e batia palma sorridente – Parabéns, pessoal! Sinto muito.
– O que será que houve aqui? – Lucy perguntou olhando para os vários competidores jogados na pista.
– Acho que tentaram machucar o Gray. – Natsu sugeriu – Mas não esperava que nossa classe vencesse. – Natsu corou um pouco e então continuou – Agora temos outra memória.
Ela sorriu.
– É verdade.
–Não é?
Ambos começaram a rir. Ninguém ali se importava se tinham que ficar sérios, pularem ou fazer o que tivesse que fosse, eles estavam se divertindo assim, juntos.
De baixo da sakura estava Gajeel deitado sobre a sombra da arvore.
– Bando de inúteis. – Rosnou com um sorriso no rosto.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Então, os atrasos foram culpa de seres sem noção que insistem em me pertubar com seus problemas idiotas e querem que eu os resolvam esquecendo que eu também tenho os meus =D'. Lindamente, esse meus problemas voltaram a me atazanar essa semana, então estava ocupada demais treinando Muay Thai para não matar ninguém.
Outra coisa: futuramente, talvez, eu pare de escrever '-' o motivo é porque eu morri, fim. '-' Mas isso é outra história, se haver claro.
Essa semana e a semana que vem vou estar em prova, talvez eu atrase um dia ou dois.
Só isso '-' Um beijo para você leitor que leu tudo isso =D'