Você Me Aceita? escrita por luuh


Capítulo 1
Bem-vindo a Fairy Tail!


Notas iniciais do capítulo

É, ficou grande para caramba ._.' Boa sorte aí para você '-' E pode me corrigi, fiquei com preguiça de revisar e_e'



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Era uma bela tarde de primavera, por volta das 14h30 da tarde alguns dos os alunos da Fairy tail aproveitavam os minutos de descanso, e a maioria preferia perseguir um garoto de cabelos róseos.
            Exatamente, o aluno novato era perseguido por pelo menos metade dos alunos do sexo masculino no colégio.

            – O numero do celular da Lucy-san será meu! E você não irá me impedir de consegui-lo! – Um dos garotos na multidão gritou se atirando no dono do cachecol branco, que por sorte desviou.

            – AONDE DIABOS EU VIM PARAR? – O rosado gritou o mais alto que pode, mas sem diminuir a velocidade.

                                        [Mais cedo naquele dia]

            – Então você é o novo aluno?– Poderia até parecer ridículo contando, mas uma gata branca usando um vestido vermelho com as mangas amarelas mexia em folhas espalhadas pela mesa. Na sua frente, um garoto com o uniforme do colégio Fairy tail e talvez, por charme, usava um cachecol branco a encarava nada surpreso – Qual é o seu nome mesmo?


            – Natsu. Natsu Dragneel – O rosado sorriu.

            – Filho de Igneel, não? Natsu, Natsu... Achei. Aqui está! – A gata lhe entregou um papel com seu nome e o numero de sua sala.

            – Obrigada senhorita... – Natsu coçou a nuca a espera que ela falasse o nome.

            – Charles.

            – Ah, desculpe. Obrigada senhorita Charles! – Ele sorriu já se dirigindo para porta.

            – Charles, por que você não falou de mim e nem das minhas regras? – Natsu se virou e viu um gato azul do mesmo tamanho de Charles, mas este chorava – Você se esqueceu de que eu sou o vice-

            – Dragneel-san, este é Happy, criador de algumas regras do colégio. – Charles falou indiferente.

            – E vice-dire-

            – Por que não mostramos o campus para ele?

            – “mostramos”? – Happy repetiu agora com os olhos brilhando – Quer dizer que eu vou junto?

            – Fazer o quê? – O tom de indiferença não mudava na voz da gatinha branca, mas mesmo assim, Happy sorria.

            – Então vamos logo! –Os gatos criaram asas e levantaram voou.

            – Desculpe, mas eu não teria aula agora? – Natsu perguntou envergonhado e admirado pela magia dos exceeds.

            – Eu sou o vice-

            – Não terá problema, você poderá entrar na segunda aula.

            – AYE!- Happy, já consciente que a gata branca não o deixaria falar que era vice-diretor, se contentou em apenas fazer a afirmação e puxar o garoto pelo pulso para fora da sala.



            – O principio deste colégio é a liberdade. Fazemos o máximo para deixarmos os alunos a vontade aqui, porque isso é uma oportunidade para eles aprender que não há barreiras para nossos sonhos.

            – Aye! Decidimos isso numa conversa com o diretor, e eu aju-

            – Aqui temos vários projetos de artes e vários festivais. Claro, todos são realizados com a ajuda dos alunos. A mesma coisa vale com os clubes, se os alunos não cooperarem não há como acontecer.

            – Você tem acesso a cada centímetro deste campus, nenhuma sala está proibida aqui. Isso vale tanto para os horários vagos quanto no intervalo.

            Eles caminhavam no pátio do colégio, que no momento estava vazio. A fonte que estava no meio do pátio jorrava água, e através dessa água, Natsu pode observar uma grande arvore em um canto isolado do colégio, era nada mais nada menos que uma cerejeira.

            Terminado o passeio, os exceeds os levaram até em frente a sua sala, onde o deixou com uma professora de cabelos rosa e com dois chifrinhos parecendo um carneiro.

            – Sou a professora Aires, é um prazer conhecê-lo.

            – Bem eu sou-

            – Não precisa me falar, você já vai se apresentar! Eu sinto muito por isso. – Ela entrou na sala e pediu atenção dos alunos. Natsu escutando tudo do lado de fora, esperou que ela o chamasse – Teremos um novo aluno agora conosco, tratem o bem certo? – Ela sorriu timidamente – Eu sinto muito por pedir isso a vocês... Por favor, poderia se apresentar? – Ela olhou para fora e estendeu a mão para que ele entrasse.
Natsu obedeceu, entrou na sala e se deparou com pelo menos 27 alunos dentro.

            Respirou buscando palavras e dobrou o corpo numa reverencia.

            – Sou Natsu Dragneel, é um prazer conhecê-los! – Ele levantou o rosto e o corpo e pode ver metade da sala cochichando. Algumas garotas o olhavam e logo em seguida soltavam risadinhas. Alguns garotos resmungavam algo por ele não ser uma garota ou algo do tipo. Natsu não se segurou e abriu um sorriso (o que arrancou suspiros de muitas garotas) – Será um prazer ficar esse ano com vocês!

            – Hn... Lucy-san, sinto muito por pedir isso, mas-.

            Uma bela garota loira, de seios fartos se levantou e sorriu.

            – Não precisa se desculpar professora! Chamo-me Lucy, só Lucy. É um prazer conhecê-lo Dragneel-san.

            – Po-pode me chamar de Natsu... – Ele disse sem graça, Lucy era incrivelmente bela, o que o fez ter alguns momentos fora de si.

            – Natsu hn? Tudo bem. – Ela voltou a sorrir – Sou a representante da sala, e peço que qualquer coisa que te incomode, você venha falar comigo. Será um prazer estudar com você este ano! – Ela estendeu a mão, Natsu hesitou de principio, mas logo a apertou (o que o fez ser atingindo por várias ofensas verbais) – Você pode se sentar ali, ao lado do Gejeel-san.
 

            Ele assentiu com a cabeça e seguiu em direção ao local. Ao se sentar, encarou a figura ao lado. Era um garoto de cabelos negros e compridos, sua sobrancelha era formada por pontos (ou eram pircings?) de metais. Ambos os lados do nariz eram contornados por esses pontinhos, e abaixo do lábio inferior também havia mais dois. Suspirou.

            Olhou para frente, havia um garoto de cabelos castanho mel que olhava varias fotos de Lucy pelo seu notebook. Iria perguntar algo, mas antes disso, o próprio se virou. A luz dava as lentes de seus óculos uma claridade incrível, o que o deixava assustador.

            – Vejo que tem mais um adorador de garotas aqui, não? –Ele ajeitou os óculos, deixando amostra seus olhos negros – Loke, prazer.

            – OE, Loke, achou outro tarado para te fazer companhia?– Um garoto de cabelos negros e sem camisa que se sentava em frente à Gajeel virou para fita-los.

            – Gray-sama, você tirou novamente seu uniforme! – Uma garota de cabelos azuis e repicados que sentava ao lado de Lucy falou corada.

            – AAH!- Ele gritou ao perceber que estava sem camisa.

            – Depois eu que sou o tarado aqui. – Natsu resmungou baixinho, mas o moreno escutou.

            – Alem de tarado é encrenqueiro, é? – Gray levantou em sinal de desafio

            – TSC, pelo menos não ando por ai quase sem roupas – Natsu se levantou calmamente, e o encarou com um olhar mortal.

            Logo suas testas estavam grudadas para ver qual olhar era mais “mortal” e ofensas verbais saiam a todo instante:

            – Você quer mesmo brigar, sorvete de morango? –Gray falou, agora totalmente sem roupa.

            – Caí para dentro, rei das cuecas.

            – Ora seu...

            Gray ia terminar a frase com mais uma ofensa infantil, mas foi interrompido por um barulho de carteira se arrastando. Todos os olhares da sala eram voltados para a outra garota ao lado de Lucy, só que essa com cabelos vermelhos e olhar demoníaco. Olharam para o que esta segurava: nada mais nada menos era que uma cadeira.
 
            – OE, Erza, era brincadeira! – Gray a olhava amedrontado, o que fez Natsu recuar também.

            – E-Era apenas u-uma brincadeira de boas vindas! – Natsu e Gray se abraçaram como se fossem melhores amigos há séculos.

            – V-Viu? Estamos nos dando tão bem!- Falaram juntos e forçaram um sorriso.
Escutaram uma risadinha abafada. Lucy agora caminhava em direção a eles com um sorriso cômico no rosto.

            – Erza, já está bom! Viu? eles pararam. – Ela colocou a mão no ombro da amiga, o que a fez colocar a cadeira no chão resmungando algo do tipo “tiveram sorte desta vez!” e seguiu para seu lugar. Lucy porem continuou ali.

            – Gray coloque logo a sua roupa! – A loira olhou de canto para a amiga de cabelos azuis que parecia satisfeita com a visão do corpo seminu de Gray.

            – AAH!-Novamente ele gritou surpreso por estar assim.

            – Juvia, por favor... – Lucy agora a encarava gesticulando para a azulada se acalmar. Logo voltou o olhar para os dois – E Natsu, brigas são inaceitáveis! Erza é encarregada de cuidar de valentões e vândalos. – Os três olharam em direção a dona dos cabelos escarlates. Ela os encarava com os olhos sombrios e sorriso doentio no rosto, parecia um demônio – E tenho certeza que vocês não vão querer encará-la! – Ela sorriu.

            – Como sempre Lucy-sama coloca a sala em ordem! – Loke que permanecia quieto em seu canto, agora segurava Lucy pela cintura – O que seria desta sala se não fosse você? – Ele falou no ouvido dela, o que a fez abaixar a cabeça e corar. Logo em seguida, foi atingido por uma torrente de ofensas.

            – N-Não diga besteiras Loke!- Ela se recompôs se afastando dele – Todos nessa sala são importantes!

            – Minha querida Lucy, não seja modéstia. Se não fosse por você essa sala seria um inferno! – Loke assumira agora posse de galã, tentando a seduzir.

            – Temos a Erza também! Ela é fundamental para essa sala ter essa paz! Fora que ela é linda. – Ela sorriu. Erza por sua vez, corava pelo o elogio – Juvia também se torna ótima líder quando tocam no Gray... Ela pode ser assustadora também. – Juvia não percebeu o elogio por parte da amiga, prestava atenção em Gray que abotoava sua camisa.

            – Lucy, para mim você vai ser sempre a melhor! – Loke sorriu, fazendo a garota revirar os olhos.

            – Acho que entendi! – Natsu falou atropelando Lucy que virara para falar com a professora.

            – O que você entendeu? – Gray arqueou uma sobrancelha e se sentou em seu lugar.

            – Lucy e Loke são namorados! – Ele sorriu um tanto decepcionado com a afirmação. Lucy era uma garota linda, era deprimente ter pensamentos assim.
 
            – N-N-NÃO diga bobagens! – Lucy corou violentamente agitando suas mãos em sinal negativo.

            – Ainda não querido Natsu, ainda não. – Loke sorriu olhando para a loira, que continuava a negar.

            – Loke, quer parar com essas insinuações com a Lucy? – Erza voltara a se levantar, encarando Loke, só que sem olhares demoníacos ou atitudes, desta vez agia como uma amiga quase doce.

            – Vocês não acham que são muito barulhentos? – A figura com o rosto pontilhado levantará encarando a carteira, o deixando assustador – Eu estou tentando prestar atenção na aula, MAS VOCÊS ESTÃO INTERROMPENDO! O que acham? Logo Lucy, a senhorita certinha da sala atrapalhando a aula... Não é algo digno de uma Heartfilia, não? – Gajeel soltou uma risada sarcástica e irritante, fazendo Lucy abaixar a cabeça e soltar um doloroso “sinto muito”.

            – CARA, QUAL É O SEU PROBLEMA?! – Natsu sem nem perceber estava gritando com Gajeel, não entendera muito bem o que o homem dos piercings quis dizer com o “digno de uma Heartfilia”, mas do mesmo jeito fizera a loira ficara mal com o comentário.

            – Gajeel... O que você fez não tem perdão... – Loke o olhava surpreso e indignado.

            – VOCÊ SABE QUE LUCY ODEIA O SOBRENOME, E ELA NÃO É A CULPADA DE NADA! – Erza agora havia se descontrolado, agarrara o garoto pelo colarinho da camisa e o prensou contra a parede – NÃO TINHA O DIREITO DE FAZER ALGO DO TIPO!

            – Erza, Natsu... Não precisa disso... – Lucy levantava aos poucos a cabeça e com sorriso em seus lábios fez Natsu se dar conta do que estava fazendo – Ele tem razão, a culpa foi minha...

            – Lucy... – Natsu sussurrou o nome da garota surpreso.

            – Lucy, mas ele... – Erza buscava palavras para expressar o pecado que o moreno cometerá.

            – Não tem problema, estamos causando problemas a ele mesmo, sinto muito Gajeel-san, não era nossa intenção. – Ela se direcionou para a professora, ainda sorrindo – Sinto muito professora, podemos prosseguir com a aula?
 

– Si-Sim, claro.  Poderiam voltar aos seus lugares? Sinto muito por pedir isso e...

            – Não, tudo bem. –Erza largou Gajeel e foi para seu lugar, provavelmente o amaldiçoando ou coisa do tipo.

            Depois de duas horas dentro daquela sala, o sinal anunciou o primeiro tempo do intervalo.  Os alunos saiam apressados, mas Natsu apenas encarava a porta, sem muita vontade de sair.

            – OE, Natsu! – Gray o chamou, ele virou o rosto e começou a fita-lo – Não vai sair?

            – Ele deve não ter companhia. – Loke ajeitou os óculos encarando o rosado também – Você não espera arranjar amigos ai sentado, né?
 

– Não é isso... – Ele ia terminar de inventar algo, mas Gray e Loke agarraram cada um em braço e o tiraram dali.



–Tsc, seria melhor eu ter ficado na sala. – Natsu reclamava sentando-se em um banco perto de uma pequena jaula.

            –Pare de reclamar florzinha, só tentamos ajudar. – Gray (agora sem a camisa novamente) defendia a atitude dele e de Loke.

            – Claro, e eu implorei né, senhor striper?

            –Quietos vocês dois. – Loke falou indiferente, ligando seu notebook – Gray coloque a roupa, não quero ter esse tipo de visão, e Natsu, se está incomodado pode ir.

            –Ah!– Gray gritou colocando a camisa.

            – Tcs. – Natsu resmungou mais algumas coisas, mas não moveu um músculo. Talvez nem estivesse incomodado, fosse apenas “charme” – Loke me explica uma coisa?

            – Quer saber por que a Lucy ficou daquele jeito quando Gajeel falou o nome da família dela? – Ele ajeitou novamente os óculos enquanto observava Natsu assentir – Bem, a família Heartfilia é uma, se não a mais rica família de Magnolia e Lucy é a herdeira.

            – Tá, mas o que isso tem de ruim?

            – Digamos que ela não tem aquele “amor familiar” desde que a mãe dela morreu. Desde então ela odeia o pai e sobrenome que carrega.

            – Entendo...

            – Eu tenho certa pena dela. –Gray falou tentando imaginar o quanto ela havia sofrido.
 
             “Ela é incrível” pensou Natsu enquanto observava à grande arvore de cerejeira a distancia.

            – Falando nela... – Lucy caminhava em direção a eles, acompanhada de Erza e Juvia – Lucy minha querida! Percebeu que me ama e veio se declarar não é?- Loke estava de pé estendendo uma mão para a garota, como se fosse um príncipe e ela a princesa.

            – Na verdade, eu vim falar com o Natsu. –Ela sorriu.

            – C-Comigo? – Natsu a encarou desconfiado e surpreso.

            – É, mais ou menos... É que estão te chamando na sala do conselho estudantil e pediram para vir te buscar.

            – Tenho certeza que a Erza veio apenas por precaução, caso você se negasse. – Gray cochichou para Natsu que fez força para não rir.

            – Gray-sama, não seja tão ruim! – Juvia falou de forma carinhosa – Você teve sorte desta vez!

            – Do que você está falando Juvia? – Erza a encarou, curiosa – Por que Gray teve sorte desta vez?

            – Não foi nada Erza. – Juvia tentava esconder o nervosismo, e teve sucesso – Só que desta vez, Gray-sama teve sorte de ter sido a gente que o pegou sem a blusa do uniforme.

            – Exatamente. – Gray confirmou a mentira de Juvia abotoando o ultimo botão da camisa, já que Loke já havia lhe chamado a atenção sobre isso.

            – Tudo bem... – Erza deu um olhar de desconfiança e suspirou – Então Natsu, vai ou não?

            –AYE! – Ele falou erguendo as mãos e se dirigindo ao lado esquerdo de Lucy, entre a loira e Juvia.


            – Então você é o aluno novo?- Um garoto de cabelos azuis e com uma tatuagem estranha no lado direito do rosto perguntou sorrindo maliciosamente – É um prazer conhecê-lo.

            –E você? Quem é? – Natsu perguntou brutalmente, mas sem a intenção de ser grosso. Estava apenas curioso para saber o que ele queria.

            –Jellal. Jellal Fernades. – O sorriso não sumia de seu rosto, talvez aquilo fosse um deboche? – Bem, como presidente do conselho estudantil, queria lhe entregar essa pequena lembrança.
 
            De repente, Natsu sentiu algo sendo colocado em sua cabeça, tentou olhar para cima para ver o que era e se sentiu um perfeito idiota ao perceber que jamais conseguiria olhar por cima de sua cabeça.

            – O que são isso na verdade?- Ele disse tateando algo peludo e fofo preso em uma tiara.


            – Veja você mesmo! – Erza colocou um espelho na frente de Natsu, que percebeu que o que ele estava apertando não passava de orelha de gatos douradas.

            – MAS QUE DROGA É ESSA? – Natsu gritou indignado, aquilo só podia ser uma brincadeira não é?

            – Agora você é um estudante completo! - Jellal soltou uma risada abafada, como se fizesse esforço para não rir.

            – O que você quer dizer com isso? – Natsu arrancou as orelhas, mas Erza o encarou tão assustadoramente que ele as colocou novamente.

            – Todos nós temos. – Lucy disse pegando uma caixinha preta de uma das gavetas da mesa em que Jellal estava sentado – Usamos todos os dias depois do primeiro tempo, seria como a marca registrada do colégio. – Ela agora colocava orelhas iguais a de Natsu, mas rosa.

            – Todos aqui têm. Não acha bonitinho? – Juvia que permanecia quieta ao lado de Erza, foi até a mesa e fez o mesmo que Lucy: Abriu uma gaveta e pegou duas caixinhas.

            – Erza, aqui esta a sua. – Juvia a entregou uma das caixas, e então mostram o conteúdo para Natsu: o de Erza eram orelhas de coelho brancas e do de Juvia era na verdade, barbatanas.
           

– Use-as apenas hoje se for o caso. – Lucy sorriu.

– Sim, apenas por hoje! – Jellal levantou-se da cadeira brutamente, fazendo a mesma ir para trás e parar somente quando encontrou com a parede.

– Tá tá, uso apenas por hoje. – Ele resmungou mais uma coisa incompreensível. Talvez estivesse resmungando das orelhas serem tão femininas, ou por que simplesmente achou ridícula a “marca” – Posso ir?
 

– Como quiser! – Jellal estava empolgado, parecia que tinha passado horas e horas jogando banco imobiliário e sairá vencedor.

            Natsu tentou voltar para onde Gray e Loke estavam, mas acabou se perdendo e foi parar na cantina. Apalpou os bolsos e achou algumas notas e moedas, eram mais que o suficiente para comprar um lanche. Foi até a grande fila, até era rápida.

            Uma garota de cabelos castanhos escuros, com algumas mechas cacheadas, trajando apenas um top azul e uma calça legging que ia até os joelhos atendeu Natsu, o que achou incrível o fato de uma única pessoa dar conta de tantos pedidos. Fez o seu e a pagou sem muita cerimônia.

            Estava quase chegando ao local onde antes os garotos estavam, mas encontrou apenas o banco vazio e um gato dentro da jaula, parecendo faminto.

            – É gatinho... Acho que sou eu e você agora. – Natsu suspirou se sentando na ponta do banco, e o gato preto o observava – Você quer um pedaço? – Natsu partiu seu lanche no meio e estendeu até a altura da boca do felino, que então, mordeu e se afastou para mastigar – Sabe, estou com bom pressentimento sobre esse colégio... Mas não sobre essas orelhinhas – Ele ergueu o olhar novamente, mas só viu uma mecha de cabelo rosa. O gato já havia comido pelo menos a metade da parte dele – Ah, talvez seja só coisa da minha cabeça. – Suspirou – Afinal, o que essas orelhas podem fazer demais?

            – Natsu! – O rosado olhou na direção de onde ouvira ser gritado seu nome, pode ver os cabelos castanhos de Loke seguido pelo cabelo negro de Gray
 
            – A-Ai está... arh – Loke se atirou ao lado de Natsu ofegante de sua corrida. Gray estava de corpo dobrado e com a mão nos joelhos na mesma situação de Loke.

            – A-a sala do conselho não é tão longe – Gray falou, recuperando o ar – Se perdeu no meio do caminho foi?

            – Foi. – Natsu falou indiferente, deu uma olhada para o gato que parara de comer e agora observava os recém-chegados.

            – Ficamos te esperando um bom tempo, como você não apareceu então fomos te procurar. – Loke recuperou a compostura, ajeitou seus óculos e suspirou.

            – Desculpe, tive ir pegar essas drogas! – Natsu arrancou a tiara mostrando para Gray e Loke.

            – MA-MAS QUE DROGA É ESSA?! – Gray agora gargalhava, chegava até a chorar de tanto rir.

            – DO QUE VOCÊ TA RINDO O SENHOR PELADÃO? – Natsu levantou-se irritado, mas não obteve resposta de Gray, que agora estava no chão apontando para Natsu e rindo.

            – Na verdade, nós também temos. –Loke que segurava e analisava a tiara olhou com um sorriso travesso para Natsu – Só que os nossos são menos gays! – Ele agora ria, mas não tanto quanto Gray.

            – N-NÃO ACRE-CRE-DITO QUE-E VÃO T-TE OBRIGAR A U-USAR ISSO! – Gray falou entre as risadas e lágrimas, Natsu o olhava irritado.

            – Tá, a culpa é minha de ter que usar esse treco? E além do mais é apenas por hoje. – Ele cruzou os braços – Lucy-san me deixou usar apenas por hoje caso eu as odiasse. – Ele voltou a se sentar.

            – Falando nela... Você se interessou por alguma garota do colégio? – Loke cessou as risadas e o olhava interessado.

            – Ainda não conheço ninguém além da Erza, Juvia e a Lucy. Então acho que não tem como me “interessar” por alguém, não é? E eu nem ligo muito para isso.

            Loke o olhou indignado por causa da ultima frase.

            – C-Como assim isso não é importante? – Ele falou sério, até Gray parou de rir e levantou-se o encarando – COMO VOCÊ PODE DIZER PALAVRAS TÃO CRUÉIS?

            – Você feriu os sentimentos do Loke... – Gray disse próximo de Natsu – Loke leva muito á sério isso...  Ele é um adorador de mulheres.

            – C-COM TANTAS MULHERES LINDAS POR AÍ E VOCÊ VAI DESPERDICIAR SUA VIDA COM ESTUDOS? COMO ASSIM? VOCÊ NÃO VEM PARA O COLÉGIO PARA ADMIRÁ-LAS? – Loke falava como se tudo no mundo fosse voltado apenas a romances e namoros.

            – Eu quis dizer que tem coisas mais importantes na vida do que namoros ou coisas semelhantes! – Natsu tentou se defender, mas o olhar de Loke não melhorava – Mas se você quer saber, achei todas as que eu conheci lindas!

            – Todas... não é? – Loke abriu um sorriso – Incluindo a Erza?

            – Erza é bem bonita, apenas de ser assustadora. Juvia também é, mas ela é um bocado estranha...

            – E a que sobra é a Lucy! – Loke falou vitorioso, o que fez Natsu corar levemente.

            – O que você está insinuando com “E a que sobra é a Lucy”?

            – Nada, mas me diga: o que você acha dela? – Sorrisos e olhares maliciosos apareceram nos rostos de Gray e Loke.

            – O-O que eu posso achar de uma garota que conheci hoje? – Natsu estava nervoso, e os olhares dos dois não ajudavam muito – S-só que ela é bem legal, e gentil... E também muito linda...

            – Ele tava olhando para os peitos dela. – Gray concluiu balançando a cabeça negativamente.

            – É... – Loke confirmou ajeitando os óculos.

            – QUE TIPO DE TARADO VOCÊS PENSAM QUE EU SOU? – Natsu levantou surpreso com a afirmação dos colegas – POR QUE EU OLHARIA... ISSO?

            – Vem dizer que você não reparou no quão grande eles são? - Gray falou indiferente.

            – Nem percebi... – Natsu virou o rosto e cruzou os braços fazendo um bico – E o que fez vocês pensarem nisso? Ninguém falou nada quando eu falei da Erza e da Juvia!

            – Então você reparou mesmo nos peitos da Lucy, da Erza e da Juvia?! – Gray falou num tom de deboche junto com uma surpresa forçada – É Loke, acho que achamos alguém mais tarado que você!

            – NÃO FOI ISSO QUE EU QUIS DIZER! – Natsu agora se encontrava desesperado – SÓ QUERO SABER O PORQUÊ DE TANTAS INSINUAÇÕES POR CAUSA DA LUCY!

            – Confesse: você se interessou por ela não foi?

            – Pela amizade dela, é claro. – Natsu soltou a frase em um resmungo.

            – Uhum, claro... – Loke disse ironicamente – Não tem um único garoto se quer nesse colégio que não tem interesse em Lucy! – Ele pegou seu notebook que estava escondido dentro da camisa do uniforme e o ligou – Claro, temos outras queridinhas no colégio, como a Lisanna e Mirajane do clube de vôlei, Wendy do clube de natação, Levy do clube de leitura entre outras. Claro, Juvia e Erza também estão entre elas, mas Lucy continua sendo a mais popular entre os garotos. – Loke mostrou a Natsu e Gray um gráfico com todos os nomes das meninas citado, mas a parte que demarcava a popularidade de Lucy era a maior.

            – Mas ela nunca ligou para essa popularidade... – Gray suspirou – Desde que entrei nesse colégio, nunca vi ela com alguém ou comentando sobre namoros... Ela é como você, não se interessa por isso.

            – Entendo...

            – Agora admita! Você está interessado nela não é? – Loke falou desligando seu notebook.

            – Se quer tanto saber, ela me parece interessante sim. – Natsu admitiu, era difícil mentir para os dois com tanta pressão.

            Escutaram o sinal soar. Natsu pegou as orelhas que estavam no chão, colocou na cabeça e então seguiram para sala. Nenhum dos assuntos “Lucy, garotas e orelhas” foi mencionado no caminho, mas quando Natsu viu as orelhas dos amigos foi sua hora de se vingar. Ele ria do mesmo jeito que Gray ria dele.

            – C-Como assim menos gays que as minhas? – Ele apontava para as orelhas de leão de Loke e as de urso polar de Gray.

            – Falou a gatinha! - Gray fechou a cara, afinal, orelhas de urso polar eram bem mais másculas do que de gatos.
 
            – Fica quieto urso de geladeira! – Natsu se recompôs das risadas e se sentou em seu lugar, ainda ameaçando voltar a ter crises de risos.

            Logo todos estavam na sala, todos com orelhas de animais. Orelhas de variados animais e insetos. Haviam de cachorros, antenas de formigas, vacas, girafa, macacos, enfim, todos os tipos.

            A aula prosseguiu até 13h00 onde ocorreu a troca de professores. Entrou o professor Scorpion, que lecionava história. Segundo ele, uma matéria “cool”. E ele realmente conseguia fazer a história entediante dos seres que viveram a 500 mil antes de Cristo ser interessante.

            Quando deu o sinal do segundo tempo, por volta das 14h20, Natsu seguiu para a biblioteca para poder pegar um livro para o dever de casa de japonês. Ao chegar à mesma, ele avistou uma garota uns 15 cm menos que ele tentando pegar um livro numa prateleira que ela não alcançava. Aproximou-se sutilmente e pegou o livro, e antes de entregar a menina de longos cabelos azuis com orelhas de gato vermelhas leu o titulo.

            – “A vida das aves”? Vejo que temos alguém interessada pelos céus! – Natsu sorriu, a pequena abaixou a cabeça corada.

            – Sim... Um dia eu quero poder voar junto com eles! – Ela levantou a cabeça ainda corada, mas mostrou um sorriso para o rosado – Muitíssimo obri-... – Foi interrompida por uma voz conhecida de Natsu numa caixa de som ali dentro da biblioteca anunciando um novo evento.

            – Atenção alunos! Daremos inicio a um evento que como premio será o numero do telefone da Lucy-san! Quem conseguir pegar as orelhas de gato douradas que no momento está com o novo aluno do 2-C, Natsu Dragneel, ganha o evento! Mas, se ele chegar á Lucy primeiro, ele ganha! Boa sorte, garoto do cachecol!

            – E-espera... Orelhas de gato douradas... MALDITO! – Ele olhou para a porta de entrada da biblioteca, já havia se formado um grupo de garotos com olhares sombrios, parecendo um grupo de zumbis.

            – Natsu... –Disseram em conjuntos e foi o momento de Natsu sair correndo, sem nem se despedir da menina e nem pegar o livro que precisava.

            Foi seguindo pelo grupo, mas passaram com delicadeza pela a azulada, e assim que ultrapassaram o local onde ela permanecia imóvel olhando a segunda entrada da biblioteca onde o garoto de cabelos róseos passara há poucos segundos voltaram a correr atrás do garoto atropelando qualquer um que se intrometesse na frente.

            – Então seu nome é Natsu? – a pequena sorriu para a porta e saiu daquele local.


            – Tenho que achar a Lucy! – Natsu disse para si mesmo repassando em mente o que a voz de Jellal havia dito através daquela caixa, mas sem diminuir a velocidade da corrida.

            Agora ele era perseguido por uma multidão. Todas suas tentativas de se esconder para ganhar um pouco de tempo haviam falhado, parecia que os rapazes brotavam do chão e ficavam a esperar por Natsu. Procurava a dona dos cabelos loiros, ou qualquer uma de suas amigas, afinal, enxergar os cabelos escarlates de Erza não seria muito difícil.

            Procurou por todos os cantos. A todo o momento garotos se jogavam em cima dele, mas conseguia desviar, já tivera muito treinamento, por isso não estava cansado por causa da corrida nem com tanta falta de ar. Procurou dentro do colégio em todas as salas possíveis, nada.

            Correu para o pátio, só pode ver alguns alunos descansando e observando a cena. Alguns até ria do pobre novato, mas Natsu até que estava se divertindo.

            Queria muito parar e sair socando e chutando os alunos, era um amante de brigas! Mas o medo de enfrentar Erza depois disso era ainda maior.

            Agora só lhe restava dois lugares para procurá-la: Perto da jaula do gato preto ou perto da cerejeira. Sabia que tinha apenas uma chance, já que se fosse a qualquer um dos lugares acabaria encurralado e então perderia o jogo, e ele queria ganhar! Não pelo premio, e sim por orgulho – e por não saber perder -.

            Deu algumas voltas pelo pátio tentado relacionar Lucy com um dos lugares e chegou à conclusão que o lugar mais provável dela estar seria o local da arvore, pesquisou o caminho com seus olhos e seguiu para lá.

Apressou o passo, estava cada vez mais empolgado, afinal, conseguiria ganhar de metade dos meninos do colégio e sem precisar socá-los ou chutá-los, tudo na base de uma corrida sem trapaças – pelo menos por parte do rosado –, algo que já era um troféu para Natsu!

            Chegando ao local, pode ver uma ampla área de gramado com a cerejeira no centro. Tinha a visão da cidade, deixando um toque suave na paisagem. Era um ótimo local para passar o tempo.

            Sentada debaixo das copas da arvore, lá estava á loira, parecendo o esperar. Ao chegar perto da mesma, tropeçou e caiu em sua frente.

            Ela levantou-se calmamente e se agachou em frente á Natsu com um sorriso e lhe estendeu a mão. O mesmo a segurou e ela o ajudou a levantar.

            – Sinto muito por lhe causar esses problemas – Ela curvou o corpo, fazendo a multidão de garotos que agora estava só observando suspirar e gritar declarações como “Lucy, eu te amo, Lucy, você é linda de todas as formas! Lucy! vamos ter 12 filhos!” – Eu realmente não sabia que Jellal ia aprontar isso e... – A mesma desdobrou o corpo e agora o olhava preocupada.

            – Não tem problema! – Natsu sorriu, a loira retribuiu.

            – NÃO ACREDITO! NATSU VOCÊ É INCRIVEL! – Jellal apareceu empurrando as pessoas da multidão com um sorriso de orelha a orelha no rosto, seguido por Erza que parecia impressionada também – VOCÊ FOI SIMPLESMENTE INCRIVEL! JAMAIS PENSEI QUE VOCÊ CONSEGUIRIA PASSAR POR TODOS ESSES GAROTOS! – Ele estava empolgado, parecia não acreditar no que seus olhos estavam vendo – Agora como prometido, Lucy passará seu numero, não é Lucy?– Ele a olhou extremamente feliz, esperando a resposta dela.

            Ela sorriu e foi em direção ao garoto de cabelos azuis.

            – Não! – Falou como se fosse uma coisa obvia, que surpreendeu a todos naquele lugar – Você me usou como premio sem nem antes me consultar, acho que tenho o direito de negar, já que eu não sou nenhum troféu ou coisa parecida. – Ela se virou para Natsu ainda sorrindo – Desculpe, mas não tenho a intenção de te passar meu numero. Só acho que brincadeiras assim não têm graça nenhuma! Não é que eu tenha algo contra você ou coisa do tipo. Me desculpe. Erza podemos ir? – Ela fitava a amiga que sorriu e saíram de lá.

            – É amigo, desculpe, mas não foi dessa vez... – Jellal falou decepcionado

            – Então foi ele que fez a Lucy-san ficar assim? – um dos garotos da multidão apontou para Jellal, então os olhares sombrios voltaram, mas todos voltados para Jellal.

            – OE, pessoal, foi sem querer – Ele ergueu as mãos para o alto em sinal de inocência – Não era minha intenção! Ajude-me Natsu! – Ele falou desesperado dando passos para trás.

            – Se vira! – Ele então caminhou para dentro da multidão para sair de lá.

            Chegando ao pátio, pode ouvir os gritos de Jellal pedindo ajuda e pode também ver o movimento de correria no local, sorriu por não ser ele dessa vez.

            – Dia difícil não? – Loke que brotou do nada, colocou a mão no ombro de Natsu.

            – Cara, tu levou um fora da Lucy! – Gray falou quase rindo.

            – Tudo bem... – falou com misto de tristeza e alivio – Faz parte, né?

            – Isso mesmo cara! Têm ainda tantas outras pelo colégio! – Os olhos de Loke brilhavam, começaria novamente com um de seus discursos sobre mulheres com certeza.

            Natsu suspirou e fingiu ouvir atentamente, afinal, era apenas o primeiro dia de aula dele, ainda viria varias surpresas que ele nem esperava. Quem sabe o “fora” de Lucy fosse apenas o primeiro


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Notas finais do capítulo

Tá, o final ficou um lixo eu sei '-' mas sou péssima para fazer finais de capítulos, fazer o quê...

É, diferentes das outras fanfics, a minha está como "LokE" ao invés de "LokI" sabe por que? É porque LokI é nome de demônio '-' e acredite, descobri da pior forma... ;-; tá, não é importante .-.' próximo capitulo gigante quando eu terminar u_u'