Ahhhh! Que ÓTIMO!!! Fiquei com a mão quebrada agora! Argh! Eu ODEIO ODEIO ODEIO o Damon!!! PQP!!!

  - Tudo bem, Bella. Você consegue. Lembre - se: você é quase vampira, pode se recuperar rápido. Ahhh, vamos lá - disse a mim mesma, puxando os dedos da mão para frente, a fim de eles irem pro lugar.

  Crec!

  - AIIIIII!!! - gemi, segurando a mão fortemente contra o peito. Que dor infernal!

  Mas a dor em meu peito era maior. Era como se algo estivesse se rompendo, me torturando.

  E não, não era a mesma dor que senti quando fui abandonada por Edward. Essa... Dor, é mais forte. Mais... Dolorosa.

  Eu só não sabia o por quê de estar tão machucada. Tanto emocionalmente, quanto fisicamente. Eu não sabia o que era. A única coisa que estava me machucando era a mão quebrada, mas a outra dor era diferente. Não era algo físico. Era mais... Sentimental.

  Meus pensamentos embaralhavam - se e me confundiam. Por Deus... Eu só quero beber agora!

  Por sorte, ou por azar, não sei, eu tinha 50 conto no bolso da saia que eu nem imaginei que tinha. Vai ver eu a usei e não me lembro. Humpf...

  Saí correndo em disparada ao Mystic Grill, parando á uma distância segura para que ninguém me visse saindo da floresta. Andei calmamente pela calçada, observando todas as crianças e adultos que estavam ali, se divertindo.

  Mais foi uma cena em particular que me prendeu...

  Um casal, jovem. Não passavam dos 19 anos, sentados no banco da praça. A garota estava deitada no banco, com a cabeça no colo do garoto. Os dois se olhavam carinhosamente, apenas trocando carícias com as mãos, sem nunca desviar o olhar.

  Desviei os olhos rapidamente, sentindo meus olhos marejados. Era algo tão... Íntimo. Eu me senti uma intrusa os olhando.

  Mas o que me chocou foi eu querer estar ali, no lugar dela. No colo onde uma pessoa pudesse me amar de verdade, sem delongas e sem nada em troca, só o meu amor por ela. E não sei por quê, mas aquela me lembrou a pessoa que menos queria lembrar nesse momento:

  Damon.

  Por que ele povoa tanto os meus pensamentos? Por que eu penso nele a cada minuto, se não sinto nada por ele?

  Parecia mentira, pois a cada pensamento como esse, eu sentia uma longa pontada no peito, como se estivesse me auto machucando com essas palavras.

  Como ele estaria agora?

  O mais engraçado é que ele parece ser bipolar. Uma hora, ele se enfurecia e humilha as pessoas, na outra, ele está completamente arrependido e triste. Eu nunca vou entender Damon Salvatore. Ele simplesmente é... Argh! Nem sei mais o que ia pensar.

  Só sei que preciso de uma bebida.

  Entrei no Grill e vi que o movimento não era tããão grande quanto ontem. Claro, as pessoas devem estar em casa, com seus filhos, os protegendo do grande ataque que acontecera na escola. O que será que o diretor inventaria para este problema?

  Ri sozinha, me encaminhando para o bar. Seria bem engraçado todos aqueles adolescentes tentando explicar o que havia acontecido. No geral, acho que eles poderiam pensar que "gente psicótica" tentara roubar a escola. Como se isso fosse muito inteligente de se fazer em pleno dia!

  - Dose dupla de tequila, por favor - pedi, me apoiando no balcão.

  - Identidade? - perguntou barmam. Ahhh, esqueci que Matt estava na Pensão.

  - Você não precisa dela - disse, hipnotizando - o.

  - Tem razão, eu não preciso - disse ele, já enchendo um copo pra mim.

  - Obrigada - digo, virando a bebida na minha garganta, que desceu queimando. Mas o que me queimou mais foi um toque totalmente quente e formigante na minha cintura, e depois, a voz que me deixara louca por horas a fio. Nunca me esqueceria dela:

  - Nos encontramos de novo, Bella - sussurrou Gabriel, dando um leve aperto em minha cintura.

  - Olá, Gabriel - disse, dando uma rebolada em seu quadril, já despertando o seu amigo lá embaixo.

  - Hum... Vejo que sentiu minha falta - disse, empurrando seu quadril no meu bumbum, cheirando o meu pescoço. - Você não sabe o quanto senti falta do seu cheiro...

  - Hum... - murmurei, me virando de frente para ele, vendo seus olhos obscurecidos pelo desejo. - Que tal relembrarmos aquelas gloriosas horas na cabine do avião? - digo, maliciosamente.

  Ele sorri maroto, me colando ao seu corpo e atacando a minha boca, me deixando completamente quente. Nos separamos só quando o ar nos fez falta, dizendo:

  - Vamos ter muito mais do que aquelas simples horas naquela cabine - disse, lançando um braço em minha cintura. - Acredite: Michael está com muita vontade de ter ver novamente.

  Ri, lembrando daquela cara safada do outro irmão. Eles eram inseparáveis, e muito maliciosos, devo dizer.

  E pelo que vejo, essa tarde renderá.

  E muuuito!

  (n/a: Gente, eu sei, eu sei. Esqueci COMPLETAMENTE de colocar a foto dos irmãos Martez nos caps anteriores, então, eu vou colocar nesse, ok? Espero que aprovem!)

  (n/a: Gabriel Martez)

  Depois que Damon subiu para o quarto não desceu nem mais uma vez na sala. Ele não saiu, pois seu cheiro indicava que ainda estava no quarto. E pior, o cheiro da bebida estava inebriando a casa inteira. Eca!

  Lena, Carol, Bonnie, Tyler, Jeremy e Matt ainda estavam aqui. Por coincidência, Brian e Evan também. Eles explicaram todos os detalhes de que todos precisavam saber, e assim como eu e Damon, eles quiseram matar os Cullens, Edward, principalemente. Mas o fato era que Bella não havia voltado, e já estava escuro lá fora. Damon também não dera sinal depois daquela conversa com Evan.

  Ahhh, Evan... Como eu não percebi? Ele é o meu irmão! Como eu não percebi que ele está apaixonado por Bella? Acho que isso aconteceu na noite anterior, quando eles se conheceram. Nunca vi Damon com tanta raiva, com tanto... Ciúmes de alguém. Encaixa - se em todos os pontos: sua extrema raiva por Brian, sua tristeza e ciúme po Bella... COMO EU NÃO PERCEBI ANTES?!

  E como se fosse num passe de mágica, escutei passos descendo as escadas. Assim como eu, Carol, Tyler, Brian e Evan levantaram a cabeça, afim de ver Damon descer. Ele passou reto no corredor, mas estava vestido, pronto para sair. Para onde raios ele iria?

  - Onde você vai, Damon? - perguntei, me levantando.

  - Procurar por Bella, já que ninguém está indo procurar a garota, quando se tem uma vampira psicopata atrás dela. Sem contar que ela tem grandes amigos, não? - disse, apontando friamente em especial para Brian, mas sabia que a indireta era para todos.

  - Hey! A briga não é minha não! Se você não sabe controlar o seu ciúmes, o problema é teu! Além do mais, você foi a causa para que Bella tivesse fugido - rebateu Brian, deixando Damon com uma cor de vermelho bem vivo.

  - Escuta aqui, seu...

  - GENTE!!! - cortou Caroline, gritando. Todas as cabeças giraram para ela, que estava olhando no celular atentamente, com a mão erguida. - Bella mandou uma mensagem.

  - Onde ela está? - perguntou Damon, com a voz preocupada. Bingo!

  - Ela... Não escreveu. Só disse que... Está vindo. Daqui a pouco está aqui - disse ela, guardando o celular.

  - Nossa, de grande ajuda isso, Barbie! - falou Damon, irônico e aborrecido.

  - Já é alguma coisa, Damon. Cale a sua boca! - falou Elena, roxa de raiva.

  - Vamos nos acalmar. Eu conheço Bella, e sei que ela está bem - falou Evan, apaziguando a tensão entre nós.

  Mas é claro... Damon sempre tinha que estragar tudo!

  - E como você sabe disso, empata? - disse ele.

  - Damon! - ralhou Bonnie.

  - Não tem problema, Bonnie. Mas respondendo sua pergunta, eu não sei disso. Eu tenho certeza. Bella não é tão imprudente quanto pensa. Ela é inteligente e adorável, certo. Ela não iria fazer uma burrice qualquer.

  Nessa hora, a campainha toca, assustando a todos.

  - Deve ser a Bella - disse Damon, correndo para a porta. Apressado...

  Logo escutei a porta sendo aberta e um silêncio se instalar ali no hall. Em seguinte, escutei a voz de Damon, gélida e raivosa, carregada de ciúmes:

  - Quem são vocês e o que fazem aqui?

-

  Acordei me sentindo um pouco dolorida e, ao mesmo tempo, mais leve. Era como se eu tivesse descarregado toda a minha infelicidade a tarde toda. Tenho certeza: me encontrar com os irmãos Martez me fez um bem pra caramba!

  Diga - se de passagem que "brincamos" á tarde toda, relembrando e fazendo coisas novas, igual aquelas horas na cabine do avião. O que posso dizer é que foi maravilhoso e muito prazeroso, já que nenhum dos dois me deixaram fazer uma pausa. Quando acabamos, só me lembro de termos desabado na cama e dormimos, desejando que tudo se esvaziasse de nós.

  Olhei de relance para o relógio e... PUTA QUE O PARIU!!! JÁ SÃO QUASE SETE E POUCO!!!

  Nossa! Passei... Mais ou menos, cinco horas aqui? Porra... Que demais! Eu sei, sou louca. Mais para bipolar, na verdade.

  - Hum... Vejo que nossa Bella Adormecida acordou - disse Michael, encostado no batente da porta, onde Gabriel também estava, só que atrás, me olhando lascivamente.

  - Por que não me acordaram? - perguntei, sentando na cama. por incrível que pareça, alguém muuuito caridoso vestiu a ligerie em mim, então, pude cruzar as pernas, ganhando olhares nelas.

  - Não queríamos te pertubar... Você precisava descansar - disse Gabriel, já do meu lado, sentando na cama.

  - Hum... - disse, me encostando em seu peito, no qual ele me aconchegou em seus braços quantes. Um fato: ele só estava de cueca boxer verde. Hum...

  - Imagino que esteje com fome - falou Michael, também aparecendo do meu lado, apontando para uma bandeja onde havia muitas frutas e outras coisas que eu nem havia reparado.

  - Ahã - digo, fazendo eles rirem.

  Assim ficamos até umas oito e pouco, brincando e rindo das coisas. Não fazia nem um dia que nós havíamos nos separado e já estávamos juntos de novo. Que coisa mais... Legal.

  - Ahhh - gemo, olhando para o relógio. Se não for AGORA, Carol e as meninas terão um surto, sem falar que, possivelmente, Brian e Evan estarão lá na Pensão, me esperando, já que os larguei lá.

  - Fica mais um pouco... - diz Gabriel, sussurrando contra o meu pescoço, me arrepiando.

  - Tenho que ir... Se não minha prima ficará louca de preocupação - digo, quase cedendo ás suas carícias.

  - Sua chata - diz ele, rindo.

  - Ela não é chata, Gabriel. Ele é gostosa. Completamente diferente - disse Michael, pisacando o olho marotamente para mim.

  - Ô se como... - assoviou Gabriel, quando eu me levantei para me vestir.

  - Gostam do que veêm? - pergunto, dando uma volta, rebolando. Eles rosnam, segurando firmemente o grande volume que se formava no meio de suas pernas. Ri, deixando eles vermelhos e logo comecei a procurar minha roupas.

  - Por favor, Bella...

  - Não nos provoque - terminou Gabriel, rosnando. Assenti minimamente, mas rindo por dentro.

  Logo eu estava vestida, ou quase, já que minha meia calça estranhamente rasgou. Fiquei só com a camiseta, saia e tênis, os fragmentos da meia calça eu deixei por lá mesmo. Vai saber o que eles vão fazer com aquilo, né?

  - Pronto, Bella? - pergunta Michael, aparecendo na porta do quarto. Eles saíram enquanto me trocava. Acho eu, para relaxarem o volume entre as cuecas.

  - Ahã - digo, dando uma última olhada no espelho. Meu cabelo estava rebelde, mas não armado. Era como se... Eu tivesse saído de uma maratona. De sexo, para falar a verdade. A roupa estava bem amassada, e a cara então, nem se fala: toda vermelha, como se tivesse acabado de correr mil quilômetros. Sem contar os lábios vermelhos e inchados. Fora isso, estava tudo bem.

  - Se me permite - diz Michael, estendendo o braço para mim. Peguei - o sorrindo e fomos para fora, já entrando no carro de Gabriel.

  - Onde é, Bella? - perguntou - me Gabriel, que estava ao volante.

  Dei as cordenadas e logo estavamos avançando estrada adentro, passando em frente do Mystic Grill, que parecia vazio, ainda.

  Não demorou muito para que Gabriel encontrasse o caminho e estacionasse em frente á Pensão Salvatore. Suspirei, hora de enfrentar as feras.

  Uma, no caso.

  Saímos do carro e Gabriel enlaçou minha cintura, assim como Michael pegou a minha mão, me dando apoio. Dei um sorriso e fomos em direção á porta, onde já se podia escutar ás vozes de Stefan, Carol, Lena e... Damon.

  Michael tocou a campainha e esperamos. Logo escutei passos apressados e depois a porta se abrindo, revelando um Damon tenso á porta, de repente.

  Ficamos uns bons segundos ali nos encarando antes que ele cortasse o silêncio, numa voz gélida, com raiva, e algo a mais...:

  - Quem são vocês e o que fazem aqui? - perguntou, olhando em específico aos garotos, que estavam com sombrancelhas arqueadas, em intriga.

  - Somos...

  - Os amigos de Bella. Ela pediu que nós a trouxessemos para cá - disse Michael, agora também enlaçando minha cintura. Vi Damon trincar os dentes, num gesto puramente infantil, para mim, e o olhei, falando, sem emoção na voz:

  - Não se preocupe, Damon. Não vou tomar seu tempo. Só vim aqui para falar com Caroline.

  - Eles não vão entrar - rosnou.

  - Certeza? - perguntei, arqueando as sombrancelhas. - Elena? - chamei, vendo os olhos de Damon fixarem em mim, com raiva. Novidade.

  - Ahh, Bell... - mas ele parou ao ver as duas figuras paradas a porta, do meu lado, sorrindo para ela. - AHHHHHHHHHH!!! GABRIEL! MICHAEL! - gritou ela, pulando e batendo palminhas, em pura alegria. Se o clima não estivesse tão tenso, teria rido da performace dela.

  - Ora ora ora...

  - Se não é a nossa Pequena Gilbert - completou Gabriel, com sarcasmo.

  - Pequena a sua vó! - ralhou ela, mas depois sorriu, e disse, sorridente: - Por que vocês não entram?

  - Err... - eles empacaram, buscando minha ajuda. Bufei.

  - Olha, Lena... Acho que eles não podem entrar aqui se não forem convidados - disse, a olhando sugestivamente. De início, ela não entendeu, mas depois, sua cara ficou pasma, mas mesmo assim disse, as palavras que eles precisavam:

  - Entrem.

  Damon, que ainda continuava nos olhando na porta, olhou para Lena em pura increadualidade, e depois saiu correndo para a sala, onde chegamos e vimos todos reunidos, ainda, e me olhando, assim como cheguei com Evan e Brian lá, que estavam também ali, me encarando. Brian em especial, já que me olhava como..."eu sei o que você fez hoje á tarde...".

  - AHHHHHHHHHHHH!!! - uma coisa louca loira pulou em cima de mim, me abraçando apertado. - NUNCA MAIS, NUNCA MAIS DESAPAREÇA DESSE JEITO, MOCINHA!!! - gritou ela no meu ouvido.

  - Carol, eu não sou surda, e você está me... sufocando - tentei dizer e ela logo me soltou, dando um sorriso amarelo.

  - Ahhh meu Deus! Desculpem. Sou Caroline Forbes, prima dessa coisa aí - disse ela, estendendo a mão para os dois, que riam.

  - Gabriel Martez - disse, dando um beijo casto em sua mão.

  - E Michael Martez - falou, repetindo o gesto do irmão, na outra mão.

  - Irmãos? - perguntou ela, em tom óbvio.

  - E vampiros, já que precisaram ser convidados para entrar - falou Damon perto da lareira, de costas para mim.

  - O quê?! - falou Bonnie, de repente. Olhamos para ela, que estava me olhando confusa: - Bella, é impressão minha, ou você só se envolve com vampiros?

  - É impressão minha, ou você vive ao redor de Doppleganger, lobisomens, vampiros e bruxas? - rebato, vendo seu rosto corar.

  - Touché - diz ela.

  - Mas é verdade... - começou Lena, olhando atentamente de nós para os outros dois na sala. - Brian e Evan são vampiros, e pelo que vi, Gabriel e Michael também são. Algo a explicar?

  - Peraí... Brian? - disse Gabriel, focalizando os dois no meio da sala, em pé.

  Eu não sei se foi coisa da minha cabeça, ou se realmente vi, mas... Eles assentiram um para o outro? Eles se conhecem?

  - Vocês se conhecem? - verbalizei, focando - os.

  - Não - respondeu Evan, em tom calmo. Tentei entrar na cabeça dele, mas como igual aquele dia, não consegui.

  E o pior...

  Brian e os irmãos também continham uma espécie de barreira, eu não conseguia ler a mente deles!

  - Bem, o clima está estranho, acho melhor nós irmos - digo, olhando Carol.

  - É... Amanhã nos vemos, meninas. Jer, Matt. Tchau, amor - diz ela, dando um beijo no Tyler.

  - Peraí... É só isso? - começa Damon, virando para me encarar. - Você some, fica horas á fio aí com esses... dois aí, volta, e finge que está tudo bem? E a invasão na escola? E aquela psicopata atrás de você? Você não irá fazer nada?! - perguntou ele, descrente.

  - Não se preocupe, Salvatore. Os dias de Victória estão contados. E quanto a minha saída, bem... Não é da sua conta - digo, o olhando friamente. É coisa minha ou ele ficou mesmo abalado com minhas palavras?

  - Não diga assim, Bella - falou Evan, interrompendo. Arqueei uma sombrancelha para ele, em desdém.

  - Verdade, Bella. Damon ficou preocupado com você quando sumiu. Na verdade, todos ficamos. Mas esse aí - ele apontou para Damon - quase morreu de tanto beber.

  - Ha ha, Stefan. Muito engraçado - bufou Damon.

  - Isso é o que ele chama de preocupação? Ahhh, esquece. Boa noite á todos - digo, já querendo sair dali.

  - Bella, espere, eu preciso falar com você - diz Damon, dessa vez, com a voz mais baixa.

  - Mas eu não preciso falar com você - rebato.

  - Um minuto, por favor - diz ele, gesticulando para a porta aos fundos. Bufei e o segui, soltando os braços dos meninos da minha cintura. Andei até o jardim, parando de costas para a porta e de frente para Damon, que tinha um olhar fixo em meus olhos, sem dizer nada.

  - Pode falar - digo, já querendo ir embora. Não levem a mal, mas... A dor em meu peito ficou ainda maior, se possível. E isso, só porque Damon quer falar comigo, não posso dar o braço a torcer.

  - Bella, eu... Argh! Me desculpa, tá? Eu não queria ter dito aquelas coisas pra você! Eu nem sei direito porque agi daquele jeito! Eu sou um estúpido, por favor, me perdoa. Eu não queria te ofender, mesmo - pediu ele, com as mãos em meus pulsos, os segurando.

  - Eu não te entendo, Salvatore. Uma hora você implica comigo, e na outra, está arrependido?

  - Nem eu me entendo, Bella. Mas por favor, me desculpa. Eu... Nem sei o que dizer para você, eu fui um imbecil - disse ele, ficando de costas pra mim.

  - Sim, você foi um imbecil. Mas eu não entendi porque você gritou comigo quando Br... - parei subitamente, abrindo um enorme sorriso no rosto, mas logo o disfarçando, mas morrendo de alegria por dentro, não sei por quê!

  - Quando...? - perguntou ele, me olhando atentamente, se virando.

  - Quando Brian me beijou na escola. Você estava com... Ciúmes?

  Ele ficou paralisado por um tempo, antes de responder, com o comum sarcasmo em sua voz, zombando:

  - Eu? Ciúmes, de você? Ahhh, aí não, Bella. Eu simplesmente não fui com a cara dele, pô! Muito... Mauricinho - diz ele, desviando o olhar, fixando seu olhar na grama, como se fosse a coisa mais fascinante do mundo. Ele estava me evitando.

  - Tudo bem, não está mais aqui quem falou - digo, me virando e indo em direção a porta, com um sorriso de canto no rosto. Mas logo sinto sua mão segurando meu pulso gentilmente, e me virando, ao qual encontrei um par de olhos azuis quentes, me olhando, ansiosos:

  - Então... Estou perdoado? - pergunta ele.

  - Claro - dou de ombros. - Senhor Salvatore - digo, esnobando ele por ser velho.

  - Já disse que não sou tão velho assim! - ralhou ele, mas com um enorme sorriso no rosto, que eu nunca vi em dois dias ele dar. Que... lindo!

  Já vi que essa reconciliação promete.

  - Ahhhh, Bella? - chamou Damon. Me virei e vi que ele encarava as minhas pernas. Tarado!

  - Tira os olhos, Damon - digo, vendo ele sorrir, mais confuso.

  - Onde foi parar a sua meia calça? - perguntou.

  Ihhh fudeu!