Cap 8

As 7 já estávamos com os tickets na mão e pegando o metrô. Uma prima da Anna iria nos levar e ficar lá um pouco, pra ver se ficaríamos ou não, se tivéssemos com sorte ou não.

Era muita tensão, muito medo, muita ansiedade. Era tudo muito... muito.

Chegando lá, vimos uma fila enorme, dava volta no quarteirão. A primeira coisa que eu pensei foi “fudeu”.

_Quantas pessoas tem aqui meu Deus do céeeeeeeeuuuu. – Anna exclamou, irritada.

_Espera, vou contar.

_Sério?

_Claro. Não vou ficar aqui a toa. – Fui até a porta da loja e contei, um por um e a Anna foi até a ponta e começou a contar também. Demorado alguns minutos, nos encontramos no meio da fila.

_Da ponta até aqui tem 57.

_Do inicio até aqui tem 59. 116 no total. Isso significa que...

_NÓS VAMOS ENTRAR NA SARAIVAAAAA AAAAAAAAAAAA NÃO ACREDIIITOOOO

_Então corre porque tem mais gente chegando.

Fomos até o final da fila correndo igual louca e praticamente nos jogamos na calçada. Anna, sempre muito alto astral começou a puxar papo com as meninas que estavam a nossa frente.

_OI, EU SOU A ANNA, COMO É SEU NOME? – as garotas riram e se viraram pra responder.

_Eu sou a Ana Claudia. – respondeu a primeira.

_Eu sou Ana também...Ana Trevisani – ela riu

_Eu sou Paloma, a única não Anna daqui, me gusta disso – eu ri.

_Vocês vão acampar aqui? – Anna perguntou.

_Sim, chegamos de madrugada. Se a gente sair, perdemos o lugar e nada de autógrafos. – Ana C. disse.

_Ah sim, entendemos... – Anna disse.

_Precisamos de colchão, travesseiros e cobertores Anna. – eu olhei séria pra ela.

_Eu ligo pra minha mãe e ela trás. Problema resolvido, viu? – ela sorriu igual naqueles comercias da pasta dental ‘Sorriso’.

_É, problema resolvido. – eu ergui os braços em comemoração.

Conversamos vários minutos com as garotas. Elas também eram do interior, tinham deixado muitas coisas de lado (balada, lanche na escola, cinema, pizzaria...) para estarem ali hoje.

_Gente, vocês participaram da Promoção da Dummont? – eu lembrei.

_PARTICIPEEEEI! – Ana C. falou.

_Eu também. – Ana Trevisani.

_EU QUERO TANTO GANHAR. IMAGINA QUE SENSUAL UM SHOW PARTICULAR COM OS MENINOS? ME GUSTA!! – Anna meio que “berrou”.

_O resultado sai amanhã de manhã. Pelo menos era o que tava escrito lá. – eu disse

_O jeito é esperar então. – Anna disse.

Minha mãe ligou mais uma vez, perguntando onde eu estava, com quem, o que tava fazendo, se eu estava viva, alimentada e tudo mais. Concordei com tudo. Nem que estivesse uma droga, eu não iria reclamar. Até porque não tinha como ficar uma droga, EU ESTAVA ESPERANDO PRA ENTRAR EM UMA SESSÃO DE AUTÓGRAFOS COM O ONE DIRECTION, o que poderia ser ruim nisso? Nada, acertou.

Mais ou menos as 16:15 a mãe da Anna foi até a Saraiva nos levar cobertores e travesseiros, porque iríamos ‘’acampar’’ no local.

Mais a noite minha mãe ligou mais uma vez, perguntando a mesma coisa da ligação anterior.

Eu disse que a gente tava na Saraiva, com muita gente, segurança e tudo mais, pra ela não ficar mais preocupada do que eu já tinha certeza que ela estava.

A mãe da Anna ficou com a gente lá até 23:30, depois pegou um táxi e voltou pra casa dos parentes. Ficamos eu, Anna, Ana C. e Ana Trevisani juntas, dormindo uma ao lado da outra, esperando ansiosas para o dia seguinte pra ver os nossos meninos. Respirar o mesmo ar que eles.