Cap 7

Faltando uma semana para o show, já estávamos eufóricas, tremedeiras, paciência já havia chegado ao limite... mas continuamos firmes e fortes.

‘’One Direction fará tarde de autógrafos para 150 fãs e show particular, que será promovido pela Dummont Fm, em São Paulo”

Ok. Precisamos ganhar essa bagaça.

“As primeiras fãs sortudas que chegarem a Livraria Saraiva (dia 14/03), onde o CD Up All Night foi o mais vendido por semanas seguidas, terá o autógrafo dos meninos. Mas apenas as 150 fãs que chegarem primeiro ao local serão privilegiadas com um instante próxima aos meninos”.

“O Show particular que será promovido pela Dummont FM ocorrerá no dia 16, com 50 fãs que serão sorteadas e poderão levar UM acompanhante. Entre no site da Dummont Fm e se cadastre, deixe seu nome, idade e e-mail, feito isso, você já estará participando.

Obs: Só é permitido uma ficha por cada participante”.

Como se pode imaginar, eu e Anna corremos para a inscrição da Dummont. Se ganhássemos, seria ótimo, maravilhoso, perfeito.

E com certeza iríamos TENTAR entrar na Saraiva na tarde de autógrafos.

Um dia antes da viagem, eu iria dormir na casa da Anna, seria mais prático pra ir pra rodoviária e tudo mais.

_O que tanto você vai levar? – ela estava em casa me ajudando a arrumar a ‘mala’.

_Eu vou levar essa mochila pro show. Câmera, remédios, documentos, pilhas extras pra câmera, cartão telefônico caso o celular fique fodido, moedas, alguns trocados e o ingresso, óbvio. E nessa outra as roupas. Já decidi a roupa da tarde de autógrafos e a do show. Já estou pronta.

_Vamos então. – coloquei a mochila na costa e sai. Minha mãe esperava no portão.

_Tome cuidado. Não fique marcando bobeira, não deixe a mochila na costa, leve no braço... Quero que você volte viva e inteira.

_Certo. Obrigado mãe, isso é muito importante pra mim. – eu a abracei forte e então Anna e eu saímos.

No outro dia, saímos da casa da Anna ás quatro da manhã para pegar o ônibus que sairia da rodoviária as 4:45, do dia 12. Iríamos acampar na fila da Saraiva pra TENTAR sermos uma das 150. Pegamos o ônibus e chegamos em São Paulo com o sol subindo fraco, as 7:30 da manhã. Minha mãe ligou perguntando se tínhamos chegado bem. Eu ainda estava falando com ela quando pegamos metrô para a Zona Norte, pra casa dos parentes da Anna.

Chegamos, tomamos um café da manhã reforçado e imploramos pra mãe da Anna deixar a gente ir pra Saraiva.

_De jeito nenhum, vai ser daqui a dois dias e vocês já querem ir hoje? Se quiserem ir, vocês vão amanhã, hoje não!

Ok . Colocamos o rabo entre as pernas e sentamos na calçada.

_Estamos em São Paulo. A dois dias da sessão de autógrafos. A três dias do show. Isso é real? THIS IS REAL? – eu surtei.

_Eu ainda não acredito.

_É, eu também não...

_Será que eles já chegaram?

_Não sei...

_Pega emprestado o notebook da sua prima lá pra gente dar uma olhada nos sites.

_Tá, espera aí... – ela entrou e eu fiquei sentada lá, pensando em tudo que eu tinha feito pra estar ali hoje. Surtei, sofri, gritei, chorei. Arrumei um emprego, consegui o dinheiro e agora eu estava ali, a algumas horas até chegar perto dos meus meninos.

Não demorando muito, ela voltou com o notebook.

_Só vão chegar amanhã a noite parece, aí no outro dia eles vão pra Saraiva.

_A gente PRECISA ser umas das 150 primeiras.

_Não sei não, deve ter um monte de gente acampando lá essas horas...

_A gente vai amanhã cedo então.

_Certo.

_Já treinou o inglês pra falar com os meninos? – eu comecei a rir. Nosso inglês era péssimo.

_Of course, of course haney. – Anna me disse e caiu na gargalhada também.

Ficamos de bobeira até as 11 da noite, então fomos dormir. As 7 nós iríamos pegar o metrô pra ir até a Saraiva, em busca dos nossos meninos.