Serviteur Tentation escrita por Willian Picorelli


Capítulo 15
Capítulo 15 - Prelúdio Final




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Enquanto esperava, Keiichi olhava para o céu. Aquele incrível e nostálgico céu estrelado. Nunca havia visto tantas estrelas como naquela noite, seria um bom presságio? Havia pensando...quanto tempo se passou desde que sua vida tinha mudado? Era um rapaz que nunca teve muitos sonhos, apenas queria se libertar. Talvez sua promessa com Anna fosse para somente mudar sua vida, ele se remetia á pensamentos que não o levavam para lugar algum. Com apenas uma luz acessa  no parque fechado, embaixo da roda-gigante, ele sentia seu coração bater rapidamente pela ansiedade, aquele momento iria decidir a sua vida inteira.

Tudo que acontece, sempre acontece para que algo novo possa acontecer novamente e um ciclo do caos tome conta da humanidade. Não era um garoto de fé nem de dogmas abstratos, queria só realizar o que nunca pode, ter uma vida normal, apesar de no fundo saber que amava sua família. Seu pai podia ser ausente e um pouco rude, mas ele sabia que se importava, lembrava todos os momentos de sua infância com seu velho, que por muitas vezes, trabalhava arduamente para manter sua família no topo, se tivesse um filho algum dia, também iria querer dar tudo para ele, mas, o maior presente para Keiichi era ter ao seu lado aqueles que amava, por isso seria diferente do seu pai, podia ter um emprego sem vergonha ou mesmo morar embaixo de uma ponte, tomaria conta de seus tesouros preciosos para não criar arrependimentos.

Antes que pudesse perceber, Anna já estava atrás de si, com um vestido negro e sapatinhos do mesmo tom, a luz de longe mal iluminava sua pele que se destacava na escuridão por conta de seus cabelos cor de fogo. Keiichi ainda sentado fitava todo corpo da garota, temendo um desfecho ruim, mas com uma atitude repentina da garota, mudava de idéia.

- Anna...-San? – Ela o abraçava fortemente caindo em cima de seu corpo jogado no chão. As nuvens cobriam a lua minguante daquela fria noite, o local era silencioso, apenas miados de gatos de rua preenchiam as lacunas daquele parque, os dois ali eram invasores se arriscando. Ela chorava profundamente, tão dramática que Keiichi não conseguia superar suas lágrimas com palavra,apenas encostava sua cabeça no chão duro e deixava a garota molhar sua camisa. Sabia que era Anna, a Anna que conheceu. Ela segurava fortemente sua camisa como se quisesse se agarrar e nunca mais soltar, com uma das mãos, Keiichi acariciava seus sedosos cabelos, e como retribuição, repleto de verdadeiros sentimentos, a abraçava bem mais forte. Tão forte que sentia seu coração bater, sentia uma melodia ecoar por longe, aquele era o aviso do último prelúdio, ele deveria fazer sua escolha.

- Obrigado por ter vindo, depois de tudo que eu fiz, Keiichi-Sama, você...ainda se lembra? – Anna pegava o colar que Keiichi usava, fitava seus olhos inquietos, o garoto queria saber para onde ir, segurava o corpo de Anna e a beijava antes que ela pudesse suspirar.

O beijo se tornava tão intenso quanto a batida de seus corações, logo já se via em cima de Anna, apertando todo seu corpo, sentindo seu calor e parando no tempo mais uma vez. O vento fresco já arrepiava e pele de ambos, com seus corpos nus, já se dominavam como dois amantes no fim de uma travessia. Keiichi chupava os enormes seios de sua amada empregada, enquanto esta, se remexia de prazer puxando os cabelos do rapaz e fazendo com que ele a deixasse toda marcada. E era isso que ele fazia. Revidava as ações de Anna com mordidas e chupas nas extremidades de seus peitos até criar marcas que não sairiam facilmente. Já tinha seu membro sendo acariciado pela mãos da ruiva que era mais forte do que ele pensava, em um ato inesperado, ela o abocanhava com total verocidade, arranhava seu peitoral enquanto chupava seu membro de maneira rápida, sem que seus dentes o machucassem, ela o engolia demonstrando o quanto estava faminta. A cada estocada em sua boca o chupava com mais vontade, o garoto, apoiando suas mãos no chão frio, observava a empregada esticada caindo de boca em seu pênis todo avolumado. Antes que pudesse ver, já estava sentindo sua bundinha deliciosa pular bem forte em seu membro, Anna se encaixava firmemente e com Keiichi sentado com as costas apoiadas em uma das partes de apoio da roda-gigante, ela rebolava de maneira com que o pênis do rapaz a penetrasse por completo, com ajuda do jovem segurando sua cintura, Anna se movimentava intensamente em cima do rapaz, seus pés apoiados no chão e suas mãos segurando uma parte metálica do brinquedo fazia com que pudesse ser eficaz em seus movimentos, ela sentava da maneira mais violenta soltando baixos gemidos no ar. Os dois se acabavam com o passar dos minutos, Keiichi a segurava prensada em uma parede e socava seu pau na vagina da garota com todo vigor até seu corpo ficar sem forças, seu corpo suado não era incômodo e nem motivos para parar, ele cruzava as pernas de sua amada sobre suas costas e a fazia rebolar loucamente em seu membro mais uma vez, ajudando-a ele pressionava sua cintura para frente enquanto seus corpos se chocavam e o prazer aumentava drasticamente.

Se passaram quase uma hora, os dois, jogados no chão, um ao lado do outro apenas suspiravam ofegantes. Anna, toda cansada, podia ver o quanto Keiichi era bom, o quanto o queria, estava determinada a deixar tudo e seguir uma vida com o rapaz, mas ainda havia laços que precisavam ser desfeitos para que os ponteiros pudesse seguir a funcionar. Keiichi, mais uma vez admirando o brilho das estrelas perguntava:

- Você realmente...vê algo de mais em mim, Anna? – O rapaz sorria esperando uma resposta sincera. – Anna se virava, colocava sua cabeça de encontro com o peito do rapaz e fechando seus olhos, respondia da maneira mais sincera possível:

- Eu vejo tudo em você. Eu sempre vi. Pode ser uma promessa meio boba, pode ter se passado muito bem, pode ser até algo banal no ponto de vista de outras pessoas, podíamos ser crianças, podíamos ser iludidos, podíamos estar sozinhos, mas... Keiichi-Sama, algo que eu realmente sei é que apesar de distantes nossos corações estavam unidos por aquele encontro, apenas um momento foi capaz de criar uma ligação eterna, você se lembrou de mim e guardou este colar até o fim, você viu em mim uma chance de se libertar, e eu vi em você uma chance de poder voar, eu realmente cresci, graças a você, eu vi minha imagem refletida em um espelho sem fim, valeu a pena esperar, agora eu posso olhar para trás e encontrar você, vou deixar meu caminho sangrento de lado e apenas me focar em te servir meu mestre. – Anna o agarrava mais uma vez, com medo de perdê-lo novamente. Seus sentimentos eram realmente verdadeiros, Keiichi também já sabia o que sentia, mas ainda havia algo que precisava ser posto em jogo para ter um fim.

- Por mais que a lua sangrenta volte para nós, ainda assim há uma maneira de apagá-la. Eu te disse que iria até o fim, e eu vou. Não tenho mais medo, não sei se realmente quero fugir Anna, eu só queria... – Keiichi refletia mais uma vez, o que ele realmente queria?  Ter uma vida normal? Viver longe de toda essa burguesia? Ter alguém ao seu lado? Amigos? Ir para longe? No fundo, só havia um único desejo camuflado por essas coisas.

- Anna, o que realmente eu quero é fazer alguém feliz. Quero poder ser considerável, ter o que você tem, o dom de fazer alguém ser dependente, eu sempre tive ideais egoístas mas agora eu vejo qual é minha vontade, acho que já tive tudo para ser feliz, mas as estrelas no céu só se completam quando a lua está presente, uma pessoa precisa do brilho de outra pra se destacar, é assim que pretendo seguir em frente, quero transmitir meu brilho para que outras pessoas possam viver com sonhos, sei que já fiz muitas coisas ruins mas quero me redimir e poder lhe fazer sorrir. – O rapaz abraçava o corpo da empregada enquanto as nuvens no céu desapareciam deixando-o bem aberto e com um feixe da via láctea cobrindo como um manto sagrado todas as constelações e sentimentos presentes naquele momento.

- Sabe, eu não contei isso para ninguém mas... no mesmo dia em que vi você, quando estava indo pro complexo, algo aconteceu. Você pode me achar louco mas, eu acordei de um sonho. De um profundo e infinito sonho. A minha vida era toda diferente, eu vivia em um lugar igual a este, com todas as coisas que estão aqui. Mas enquanto ia para Inglaterra, o avião que meu pai e eu estávamos caiu. Não houveram sobreviventes. Quando via meu corpo afundar em pleno oceano, eu acordei com a imagem do meu pai sorrindo para mim com um doce dado pela aeromoça do corredor.  Foi realmente um sonho idiota, não é mesmo? O que importa é que de um sonho acordei para outro sonho, e agora eu estou aqui. E se o avião tivesse mesmo caído? Nossas vidas ainda estariam ligadas? Eu não me importo, essa é o único lugar no qual eu pertenço e...- antes que pudesse dizer mais alguma coisa, Keiichi era surpreendido por seu celular que tocava por baixo de suas  roupas jogadas no chão. Rapidamente, ele se levantava, e via que se tratava de sua irmã. Talvez ele havia sido descoberto, mas inventaria uma desculpa qualquer para a tsundere:

- Sasami eu to em um campeonato noturno de RPG no momento não posso falar então... – Antes que pudesse concluir sua mentira mal formulada, o garoto era pego pelo choro de sua irmã.

-S-Sasami!? O que houve? – Esperando pela resposta, ele ouvia sua irmã chorar por mais alguns segundos até que ela lhe informava:

- Aconteceu um acidente...Nii-Chan. Um acidente grave e...onii-chan por favor venha pra casa eu preciso de você! – Sasami chorava desesperadamente, Keiichi não entendia muito bem, mas queria ajudá-la.

- Se acalme e diga pra mim, qual o problema!? – Sasami insistia em ter seu irmão ali para poder dizer:

- Venha rápido pra casa! VENHA! – Sasami desligava o telefone sem mais avisos. – Keiichi ficara com medo, podia ser algo que ela estava tramando, Anna ouvia toda conversa mas não dizia nada. Tentando quebrar o silêncio, Keiichi olhava nos olhos da empregada e com a voz confiante dizia:

- Não se preocupe, não vou fugir mais uma vez. Estarei ao seu lado Anna, se você assim me permitir. Vou ver o que está acontecendo e... – Anna interrompia o rapaz o beijando suavemente e em seguida, dizendo em seu ouvido:

- Confio em você, afinal, é meu mestre gostoso ♥ – A garota então começava a se vestir e os dois se despediam, prometendo se verem no dia seguinte.

- Darei um jeito naquele bastardo, Keiichi-Sama. Não precisa ficar com ciúmes, eu amo apenas você e ninguém mais, ta? -  Keiichi de alguma forma acreditava na empregada, e dessa maneira, ia para sua mansão com uma preocupação a menos.

Minutos depois, Anna voltava até a mansão do seu ex-mestre. Sem temer os seguranças ou qualquer coisa, ela mantinha seu olhar sério e caminhava até quarto de Rudolf, com um chute na porta, a arrombava, o segurava pelo colarinho e dizia:

- Pode fazer o que quiser seu filho de uma puta, eu nunca mais vou olhar pra você, cretino. – Com um forte soco em sua cara, Anna fazia com que o homem ficasse desmaiado caindo de encontro ao seu aquário com espécies caríssimas de peixes que colecionava. Tranquilamente, ela saía da mansão indo em direção ao lugar que sempre pertenceu, mas no caminho, queria conferir uma coisa. Parando em um cyber café, Anna ligava um dos computadores e para sua surpresa, tudo se confirmava. Seus olhos trêmulos se arregalavam ao olhar para aquela imagem em sua frente, uma notícia, de 8 anos atrás, onde um avião do Japão de destino á Londres, havia caído e matado todos os passageiros. Esse avião, era um vôo horas antes do que Keiichi havia pego com seu pai.

Na mansão dos Otanawa, Keiichi ao chegar, rapidamente entrava na sala de estar e via um amontoado de empregados fazendo uma grande euforia. Procurava por sua irmã e se deparava com ela jogada em uma poltrona chorando desoladamente. Ao ver seu irmão, ela corria em direção aos seus braços, e se atirando até ele, dizia amargurada e lamentando-se:

- Ele está morto onii-san, papai está morto! – Keiichi não podia acreditar no que estava ouvindo. A verdade finalmente viria á tona.


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Notas finais do capítulo

Próximo e penúltimo capítulo: Voltando ao Sonho



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