POV GIOVANNA.

Um lugar perfeito para se esconder?

Índia.

Sempre gostei daqui, foi a única viagem que meu pai e minha mãe fizeram a qual eu presenciei.

Foi o único lugar em que fomos uma família de verdade, em que eu ri e em que ganhei atenção.

Foi... Bom.

E há tanto tempo.

Tempo.

É o que faz esquecer.

E essa época feliz morreu junto com o amor que meus pais nutriam um pelo outro, o casamento deles de agora é uma farsa.

Eu trouxe a filha da Renesmee e do Jacob para cá.

Onde estávamos eu e Nahuel.

Depois de Alec e Jane cumprirem o permitido partiram, junto com os outros vampiros, desapareceram, se esconderam como nós.

Os Cullen e os Black não conseguem nos achar.

Achei que vampiros fossem mais capazes, mas claro que teriam que ter minha inteligência.

Eu até já tinha domado a pequena Lili e aprendi como os poderes dela funcionam, e os uso á meu favor.

Eu aprendi a me alimentar deles, ela consegue os transferir pra mim, e isso me torna mais forte a noite. A noite sou invencível e Nahuel também.

—Titia Gi? – Chamou-me ela de um modo doce.

Sorri para ela.

—O que foi pequenina?

—Você falou com a mamãe e o papai? Eles vêm me buscar?

Meu sorriso desapareceu.

Eu falei que a “mamãe e o papai” haviam a deixado um tempo comigo e Nahuel para cuidarmos dela, mas todo dia é o mesmo.

Argh.

Hora de inventar uma mentira mais forte.

Peguei-a gentilmente no colo e me sentei na cama com ela, botei um dos seus cachos para trás;

—Eu preciso lhe falar a verdade, minha querida.

—Que verdade, titia Gi?

—O papai e a mamãe não vão voltar.

—Como assim? – Os olhos dela lacrimejaram, e eu senti... Senti pena?

—É. Aconteceu algo.

—O que?

—Eles sofreram um acidente muito grave.

Ela chorava silenciosamente.

—Eles viraram estrelinhas no céu?

Fiz uma cara triste.

—As mais brilhantes.

Ela começou a chorar desesperada.

—Não!Não!Não!Não!

Eu a abracei.

—Não chora pequenina, não chora. Titia Gi fica triste se você fica triste. Escute aqui, pode me chamar de mamãe sabia? – Não sei porque eu disse aquilo.

—Posso?

—Aham.

Ela me abraçou.

—Obrigada, mamãe.

—Não fica mais tristes, eles te amavam muito e querem que eu cuide de você.

—Promete não me abandonar?

—Prometo.

Ela saiu do meu colo e foi pegar seu ursinho para ver TV.

Eu não sei porque, mas doeu, doeu vê-la assim. Estaria eu me apegando a ela? Não. Ela é filha dos meus rivais. E ela é a minha vingança.

Não.

Eu não tenho pena dela, eu tenho é nojo.

Mas ela é tão pequena e indefesa.

Ela é quase uma filha para mim.

O que eu estou fazendo com ela?

Estou fazendo o que foi feito comigo, lhe tirando o amor paternal e maternal.

Não, eu nunca precisei disso, ela também não precisa, um dia será tão gananciosa e bela quanto eu, e entendera que o mundo é cruel.,

Ela será a chave para meu poder.

POV RENESMEE.

—Ligou para todos? – Perguntei á Jacob.

—Não. Só para sua mãe.

Passei a mão pelos cabelos eu já estava ficando nervosa e quando eu fico nervosa fico enjoada.

—Abra as janelas do carro! – Ordenei.

Ele abriu.

O cheiro de fora não era mais agradável, mas eu suava frio.

—Renesmee, calma – Jacob falou passando a mão em minha perna.

—Jacob – Tentei controlar a voz – Como eu vou ter calma? É nossa filha! Nossa princesa. Ela está na mão de dois psicopatas vingativos. E o que mais dói é que eles são minha ex melhor amiga e ex namorado. E eu não sei o que eles vão fazer com minha filha. Não sei se ela está bem ou não. Não sei nem se está viva! A única coisa que sei é que preciso dela em meus braços segura. Diga-me: você está calmo?- Comecei a chorar.

—Não, não estou. Preciso dela tanto quanto você. Eu preciso que ela esteja conosco. Eu quero beijar as bochechas rosadas de anjo dela, quero pegar ela no colo e abraça-la quero sentir a alegria de tê-la assim como quando ela nasceu. Eu preciso dela como preciso de ar, Nessie. Eu não estou calmo. – Nunca vi Jacob assim, percebi que toda a calma dele foi uma mascara, alias, não sei por que demorei em perceber afinal eu o conhecia bem. E ele precisava dela tanto quanto eu. E só não demonstrava porque alguém tinha de manter a calma.

—Jacob, nós vamos acha-la? – Soo mais como uma pergunta, não era minha ideia.

—Vamos. Onde vamos começar a procurar a índia tem simplesmente 28 estados!

—Sei lá! Eu só quero acha-la. Passe por Adilabad, Kolhapur, Leh, Vadodara... – Então eu me lembrei de onde Giovanna foi passar as férias com a família quando era pequena.- ABOHAR!

—O que?

—ELA ESTÁ EM ABOHAR!

—Como você sabe?

—Giovanna foi passar as férias com a família uma vez lá, foi a única vez em que a família realmente se divertiu, a única vez que ela sentiu amor! Ela está lá.

—Certeza?

—Toda.

—Mas como vamos acha-la lá?

—Homem! Você é um lobisomem! E eu uma hibrida!

—Certa.

—Temos que presta muita atenção!

*/ABOHAR*

—Para, para! – Falei. – Sentiu isso?

— o que?

—inspira.

Ele inspirou e seus olhos se arregalaram.

—É o...

—Cheiro de Lilith.

—Precisamos encontra-la – Ele me puxou.

—Calma, Jake! – Falei. –Eles não podem nos perceber.

—Tem razão.

—Ah!

—O que foi?

—Nada. É que eu estou nervosa, e sabe que eu fico ansiosa e com ânsia de vomito.

—Respira fundo, Ness.

—Isso é o mínimo. Lilith primeiro.

—Vamos por trás.

—Isso.

Fomos para trás da pequena propriedade afastada da cidade.

Era óbvio que tinha alguém na casa, eu ouvia o barulho de desenho e haviam luzes ligadas.

—E Jane e Alec? – Perguntei.

—Eu cuido deles.

—Tudo bem. – O beijei – Eu te amo, Jacob

Ele me beijou de novo.

—Eu te amo, Ness.

Entramos pela porta dos fundos.

A essa altura ela sentiria nosso cheiro. Isso não importa.

Lilith.

Transmiti por pensamento para Jacob.

Procure Lilith e a teremos custe o que custar, nem que um de nós morra, vamos salva-la, antes de tentar mata-los vamos acha-la. Não vai ser difícil siga o cheiro.

Ele olhou para mim e assentiu.

Jacob, eu te amo muito.

Ele apertou minha mão carinhosamente.

Senti o cheiro de Lilith emanando do quarto próximo a onde estávamos.

Vir-me-ei e fui atrás do cheiro.

Infelizmente no quarto estava Giovanna com ela no colo.

Escondi-me na porta.

Era estranho Giovanna parecia não nos ter percebido. E ela parecia triste.

—Mamãe. – Lilith disse, achei que ela tinha me visto e fiquei alerta, mas mudei de opinião quando outra pessoa respondeu.

—O que foi pequena? – Disse a voz de sinos de Giovanna.

A raiva me inundou, eu e mais ninguém sou a mãe daquela garotinha ruiva!

Ela pertence a mim! Ela é minha e de Jacob! De mais ninguém!

—Não – Jacob falou em um movimento de lábios.

Ela é minha filha! O que Giovanna fez com ela?! Eu sou a mãe! Eu!

Transmiti por pensamento.

Jacob balançou a cabeça de forma negativa, para eu não agir.

—Mamãe! – Ela gritou de novo.

—O que foi pequena? – Respondeu de novo Giovanna.

—Não, não – Falou minha filha. – Mamãe! – Ela apontou para porta. – Ela veio me buscar! Ela e papai não são estrelinhas no céu!

Era isso que ela inventou para minha filha?

A raiva me domou, entrei no quarto.

—ME DEVOLVA ELA! NESSE INSTANTE GIOVANNA! – Arremessei Giovanna longe e peguei minha filha em meus braços pronta para fugir até Nahuel me impedir, eu voei, e Lilith também.

A diferença é que Giovanna a pegou e botou-a na cama e eu cai no chão batendo a cabeça na parede.

Nahuel prendeu meu pescoço e o ar fugiu.

Jacob apareceu e o arremessou para longe.

—Não. Toque. Na. Minha. Mulher. Não. Toque. Na. Minha. Filha. – Falou antes de ataca-lo.

Eu me levantei para atacar Giovanna, mas quando eu fui dar o bote ela estendeu a mão na minha frente como se para me parar.

Surpreendi-me e parei.

—Desculpe – Ela disse.

—Não vou cair nessa.

—Não precisa acreditar, mas eu preciso dizer. Esse lugar me lembrou o que é família, o que é ser feliz. E isso foi tirado de mim, não posso tirar isso dela – Ela apontou para Lili – Eu me apeguei a ela e me lembrei o que é amor. Renesmee, eu sinto muito por tudo que lhes causei. Sinto tanto. Não se preocupe em me matar. – Ela botou uma mão no pescoço e com a outra tirou um isqueiro do bolso, ela ligou o isqueiro. – Eu faço isso. – Na mesma hora que jogava o isqueiro para dentro da roupa ela quebrou seu pescoço.

E doeu em mim.

Eu percebi que mesmo depois de tudo, ela sempre foi minha melhor amiga.

—Não! – Gritei e me ajoelhei no corpo de vampiro em chamas que um dia foi minha melhor amiga.

—NÃÃÃO! – Nahuel gritou enfurecido e partiu para cima de mim dando um golpe quase fatal em Jacob.

Tentei me proteger, mas apenas deu tempo de desviar até que ele vira e me ataca quase me estrangulando, deixando tudo escuro. E fazendo-me acreditar que morri.

—Ness! – Jacob gritou e me abraçou.

Estávamos do lado de fora de uma casa em chamas.

Eu não falei nada, só chorei.

Ela era minha melhor amiga, apesar de tudo e ela se arrependeu no final.

E Lilith.

—Lilith! – Gritei.

—Mamãe! – Ela me abraçou.

Eu a peguei em meus braços e beijei diversas vezes o topo de sua cabeça.

—ô meu amor, prometo ter mais cuidado com você. Nunca mais vamos nos separar. Eu te amo tanto minha pequena.

Jacob nos envolveu em seu abraço e beijou a bochecha de nossa filha.

—Nunca mais algo desse gênero acontecerá. – Ele prometeu.

Levantei-me com nossa filha no colo e com a ajuda de Jacob.

—Vamos para casa Jake, não há mais nada a ser feito aqui.

Ajeitei Lili em meu colo e a abracei com mais força.

—Vamos pequena – Falei em seu ouvido – De volta ao lar.

—De onde não devíamos ter saído. – Concluiu Jacob.