Achei estranha a campainha tocar já que não esperava ninguém, quando eu abri a porta tive uma surpresa as pessoas que eu menos imaginava estavam ali, Lissa, Christian, minha mãe, meu pai, Pavel, Eddie e Dimitri. Por um segundo permaneci estática e no seguinte todas as lembranças que eu tentava empurrar para longe pareceram como um elástico que eu estava puxando e que agora havia escapado da minha mão, abracei Lissa como se fosse a ultima vez que a veria, lagrimas insistiam em cair, estava feliz com eles aqui assim ficava mais tranqüila com tudo o que estava acontecendo.

- Shh... Calma Rose, calma esta tudo bem – disse Janine. Como eu queria que aquela frase se tornasse verdade, mas o que eu estava evitando todo esse tempo iria acontecer. As palavras que minha mãe certa vez me disse sobre eu ainda não esta pronta para ser mãe agora fazia todo o sentido, ela estava certa ainda não estava.

- Hey, garota choro. Será que nos podemos entrar aqui fora está muito sol.

- Desculpe homem- tocha, esqueci.

-Esta tudo bem Rose – foi a vez do meu pai falar. Quando todos entraram fui ate ele e o abracei, para surpresa dele.

- estava com saudade, pai.

- Do que você me chamou?

- Pai. Você não é meu pai não velhote?

- Sim, mas você nunca me chamou assim. Estou começando a gostar dessa idéia de ser avô. Quantos meses? – perguntou ele pondo a mão sobre a minha barriga.

- Não se acostume não. Sete meses. Pai me promete uma coisa?

-depende

- Não se meta com Daniel Conta.

- Acho que você falou isso um pouco tarde – A não ele já sabia eu estava morta como isso pode acontecer?

- Então desfaça

- Rose o que esta acontecendo?

- Nada mãe

- Não minta para mim Rose. Posso não ver auras, mas sei muito bem que tem algo acontecendo.

- Nada importante.

-Então diga. É algo com Daniel Conta? É por causa disso que pediu demissão? – meu silencio respondeu por mim, enquanto algumas lagrimas voltavam a cair – O que ele fez?

- Nada.

- Nada rose!? Se fosse nada não estaria escondida esses meses todos e nem estaria pedindo a Abe para desfazer negócios com ele! Fala querida só assim vamos poder lhe ajudar – não sabia como dizer que ele havia abusado de mim então simplesmente passei a mão na barriga e deixei eles tirarem as próprias conclusões.

- Rose! – abe disse

-Des... Desculpe... Não – tentei falar entre as lagrimas as não consegui.

-Fica calma – minha mãe tentava me acalmar, depois de um tempo com abe de cara feia e Janine tentando fazê-lo tirar a idéia de ir atrás de Daniel, Lissa veio para perto de mim, e me abraçou queria voltar no tempo queria voltar para o tempo sem preocupações.

- Desculpe – Porque ela estava se desculpando? – O que aconteceu Rose? O que ele fez com você? – ah! Ótimo ela estava usando compulsão que coisa maravilhosa queria ficar quieta, mas não conseguia algo, alguma coisa queria que eu falasse, mas não conseguia.

- Ele abusou de mim Lissa, depois me ameaçou dizendo que se eu contasse para alguém ele matava a mim e ao bebe. – Ela me abraçou enquanto um rosnado cortava a sala.

- quem ele pensa que é para falar assim com a minha filha e ainda fazer isso. Aquele...

- Ibrahim...

- Não Pavel. Aquele miserável não vai encostar nela, nem no meu neto eu não vou deixar nem que eu esmo vá atrás dele. - sorri com o ataque de proteção de abe e ainda mais em saber que ele já considerava meu bebe neto dele independente de quem era o pai.

-IBRAHIM! Pense duas vezes antes de fazer algo.

- Você não vai a lugar nenhum! – gritou Janine – agora se os dois não calarem a boca vou jogá-los no quintal. No sol. Melhorou.

-Rose você foi a algum medico? – E agora falava que não e ganhava um sermão de como inconseqüente eu fui ou mentia?

-sim.

-Não minta para mim.

- Ta eu não fui, mas...

-Mas? Isso foi mais que inconseqüente o que você esta pretendendo em ficar aqui sozinha? Como você iria ter ele sem ajuda? E se algum strigoi resolvesse lhe atacar como você iria se defender em? Não conte com o gato ele fugiria assim que você rosnasse. – pela primeira vez desde que eles chegaram ouvi dimitri falar, aquele sotaque russo perfeito que eu não escutava há tanto tempo e... Controle- se Rose ele não te ama mais. – É estúpido você continuar aqui sozinha. – calma ai ele ta me dando mais uma daquelas lições zen?

- O que você faz aqui?

- sou o guardião de Christian agora se não se esqueceu.

- Fora, ou eu mesma te ponho no quintal.

- Não sou eu que estou grávido, sozinho e sujeito a ataque de strigoi sem poder me proteger.

-Fora.da.minha.casa. Que tal você ir procurar strigoi em? Faça algo útil para seu moroi ele precisa mais disso do que eu de seus conselhos ''zen'' de qualquer utilidade.

- Mas...

- Fora! – estava tão irritada que nem o gato que estava na janela ficou livre de mim – sai daqui gato! – gritei para ele enquanto jogava uma almofada nele, acho que ele entendeu que eu não estava de brincadeira e se ele continuasse na janela eu iria jogar ele e dimitri do outro lado da rua. Respirei mais algumas vezes antes de falar ais alguma coisa.

-Acho melhor começar o almoço

- que tal eu fazer isso enquanto vocês conversam? Minha comida é bem melhor que a sua.

- Hey homem tocha esta ferindo meu orgulho assim, saiba que esses meses eu aprendi a cozinhar, quando eu não estou decorando o quarto do bebe estou lendo ou fazendo crochê e assistindo programas de culinária.

-ha, Rose fazendo crochê e lendo, o fim do mundo realmente chegou gente.

-Eddie! Quanto tempo não tinha prestado atenção que você estava aqui, e Meredith?

- Ela esta bem, tenho certeza de que logo vocês vão se falar, você vai voltar para corte conosco, não é?

- Não sei Eddie na corte Daniel pode me achar mais rápido do que aqui.

- Mas lá tem todos nos para defender você?

- não quero que se metam nisso

-já nos metemos Rose. Quando escolhemos vir aqui, então você pode começar a arranjar outra desculpa.

- oh Eddie. Te adoro irmão. – Para mim ele era como um grande irmão que me conhecia melhor que ninguém.

- eu sei, mas que tal começarmos aquele almoço.

-Você é impossível

- olha que fala.

Depois do almoço sentamos para conversar um pouco ate o anoitecer onde formos para cozinha fazer o jantar, nesse todos ajudaram, Eddie e Pavel cortavam os legumes, Christian cozinhava, eu temperava a carne e cortava os temperos e minha mãe lavava a louça enquanto meu pai, Lissa e Dimitri montavam um plano para me proteger de Daniel. Estava quase terminando o jantar quando o celular de dimitri tocou provavelmente era a vaca da tasha, pelo que eu fiquei sabendo por Lissa ela estava grávida do Dimitri e já estava com 8 meses e não estava muito bem de saúde, depois que eu sai da corte eles haviam começado um relacionamento já que ela tinha ido morar com o sobrinho.

- Rose?

- fala Dimitri?

- Tasha quer falar com você

-o que ela quer?

- não sei. – o que será que ela queria? Fui para a sala conversar com ela.

- Alô?

-Rose, tudo bem?- A voz dela era baixa como a de alguém que estivesse se esforçando para falar.

- Tudo e você?

- vou bem. Rose posso lhe pedir uma coisa?

-Claro

- Dimka me contou que esta grávida, parabéns. Você me desculpa pelo que fiz a você? – ela estava chorando? Por quê?

- Desculpas pelo que tasha?

- Por ter tirado o dimka de você, ele gosta mesmo de você, sempre gostou. Rose eu sei que não vou sobreviver ao parto e sei que dimitri não vai conseguir sozinho eu já pretendia pedir a você isso, mas agora eu tenho certeza, cuida do meu bebe por mi. Cuida dele junto com o dimka, como se fosse filho de vocês. E por favor, perdoa ele por qualquer coisa que eu tenha feito para separar vocês dois, hoje me arrependo pelo que fiz já que a única coisa que eu consegui foi fazê-lo me odiar. Cuida dele e do meu bebe por mim? – Nossa! Esperaria qualquer coisa menos isso.

- Tasha... Não sei o que falar, você vai melhorar e vai cuidar do seu bebe.

- não rose eu sei que não vou.

- Tasha...

- Não diga nada, faça. É o que eu lhe peço. - e com isso ela desligou não sabia o que pensar estava entrando em um estado de desespero por não saber o que fazer resolvi voltar para a cozinha e tomar um pouco de água.

- Rose o que aconteceu?

-Nada mãe. – ela lançou um olhar de '' acho bom ela não ter feito nada com a Rose senão você está morto'' e então dimitri se levantou e veio em minha direção.

- Ela te ofendeu? – fiz que não com a cabeça – então o que aconteceu Roza? – adorava quando ele me chamava de roza me sentia tão amada, me lembrava da noite que tivemos na cabana e me trazia lembranças maravilhosas. Quando dei por mim já estava chorando novamente, queria ser abraçada por aqueles braços e ouvir palavras doces com aquele sotaque russo lindo, mas isso não era mais meu, sem perceber encostei a cabeça em seu peito e ele fez o inesperado, me puxou para mais perto dele pondo uma mão carinhosamente na minha barriga e a outra me envolveu – fique calma roza.

- Porque vocês não sobem para conversar? Talvez seja melhor.

- Lissa tem razão - disse ele.

- é – respondi com a voz chorosa. Nos subimos e fomos ao meu quarto.

- Rose o que aconteceu? Tasha disse algo que a magoou? Pode falar não tem problema.

- Dimitri ela não fez nada.

- Se ela não tivesse feito nada, você não estaria chorando assim.

- Só estou com medo.

- Medo de que Rose?

- de não conseguir fazer o que ela pediu. Desespero de não conseguir ser uma boa mãe. Não ter certeza de mais nada na minha vida. Não ter mais uma meta fixa. Antes eu sabia as minhas certezas e minhas metas, sabia que queria me formar e me tornar guardiã de lissa, mas e agora? Não sei qual minha meta de amanha. Estou com medo de voltar a corte e algo acontecer com meu bebe e o de tasha na me perdoaria em tirar seu filho por algo que eu poderia ter evitado.

- não precisa ter medo disso, basta viver um dia de cada vez não premeditando nada. O que Tasha lhe pediu para você pensar que não vai conseguir sei que vai você sempre consegue. E tenha um pouco mais de confiança em nos vamos protege-la.

- dois bebes não são um Dimitri não consigo nem cuidar de um gato direito.

- Como assim dois bebes rose?

- Ela me pediu para cuidar do bebe dela quando ela... Você sabe.

- É por causa disso que você esta chorando? – fiz que sim com a cabeça – Rose bobinha acha mesmo que nos vamos deixar você sozinha nessa?

- olha aqui bobinha... – ele e silenciou com um beijo, no inicio fiquei um pouco surpresa, mas tratei logo de retribuir antes que ele achasse que não estava gostando pelo contrario estava adorando, era um beijo calmo, mas ao mesmo tempo urgente e cheio de saudades, de amor, carinho não queria que ele parasse tinha medo que ele fugisse e eu nunca mais o visse, ele quebrou o beija depois de alguns segundos e colocou a testa na minha.

- eu jamais poderia deixar você sozinha nunca.

- As coisas mudaram camarada

- eu sei você esta diferente.

- então não gosta de mim como gostava antes?

- não. Gosto mais. Estou adorando essa Rose responsável – sorri com isso e beijei-o novamente e novamente. Não queria que aquele momento acabe-se estávamos abraçados como se nada estivesse acontecendo.

 -Rose, eu vou cuidar de você e do bebe... Dos bebes e prometo a você isso meu amor, minha roza.

- que bom meu amor.

- te amo.

- eu também, mas acho melhor voltarmos para cozinha antes que venham atrás de nos, você os conhece.

-Conheço, vamos.

Depois do jantar fomos nos deitar Dimitri e Pavel, já haviam planejado de um render o outro durante a noite enquanto nos dormíamos, o dia hoje tinha sido longo e eu me sentia extremamente cansada, fui para a cama e logo cai em um sono sem sonhos.