Second Chances At Live escrita por Mrs House


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

É isso ai, para a felicidade de alguns e tristeza de outros eu não morri!
Usei uma boa parte de A Breve Segunda Vida de Bree Tanner para esse capítulo. Estou sem corretor ortográfico, por favor, não me matem.



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[...]

Eu havia percorrido alguns metros por entre as árvores quando um golpe forte como o de uma bola de demolição me atingiu nas costas e me jogou no chão. Um braço passou por baixo do meu queixo.

"Por favor!" Solucei. E queria dizer:Por favor, me mate depressa.

O braço hesitou. Eu não reagi, embora meus instintos me induzissem a morder, arranhar e dilacerar o inimigo. A parte mais equilibrada de mim sabia que isso não funcionaria. Riley havia mentido também sobre os vampiros mais velhos e fracos - nunca tivemos a menos chance. E mesmo que eu tivesse algum meio de vencer aquele vampiro, não teria conseguido me mexer. Diego estava morto, e esse fato minava minha vontade de lutar.

De repente eu estava no alto. Fui arremessada contra uma árvore e caí no chão.

O vampiro louro da clareira olhava intensamente para mim, seu corpo pronto para atacar. Ele parecia muito competente, muito mais experiente que Riley. Mas não investia para mim. Não estava enlouquecido como Raoul ou Kristie. Ele estava totalmente sob controle.

"Por favor." Repeti, querendo que ele acabasse com aquilo de uma vez. "Não quero lutar."

Ele ainda se mantia em posição de alerta, preparado, mas a expressão mudara. Agora ele me olhava de um jeito que eu não entendia. Era um rosto que parecia conhecer muito, e havia muito mais. Solidariedade? Piedade, pelo menos.

"Nem eu, criança." Ele respondeu com a voz calma, bondosa. "Estamos só nos defendendo."

Havia tanta honestidade naqueles antigos olhos amarelos que eu me perguntei como pude acreditar nas história de Riley. Eu me sentia... culpada. Talvez aquele bando nunca tivesse planejado nos atacar em Seattle. Como eu pude acreditar em qualquer coisa que disseram?

"Nós não sabíamos." Expliquei, envergonhada. "Riley mentiu. Sinto muito."

Ele ouviu por um momento, e eu percebi que o campo de batalha mergulhara no silêncio. Havia acabado.

Se eu ainda tivesse alguma dúvida de quem fora o vencedor, ela teria desaparecido quando, um segundo depois, uma vampira de cabelos castanhos e ondulados e de olhos amarelados correu para perto dele.

"Carlisle?" Ela perguntou num tom confuso, olhando para mim.

"Ela não quer lutar." O vampiro respondeu.

A mulher tocou seu braço. Ele ainda estava tenso, em posição de ataque.

"Ela está tão assustada, Carlisle. Não podemos...?"

O louro, Carlisle, olhou para a vampira e depois ajeitou um pouco o corpo, embora eu ainda pudesse perceber que ele permanecia alerta, cauteloso.

"Não queremos machucá-la." A mulher me disse. A voz dela era suave, tranqüilizadora. "Não queríamos lutar com nenhum de vocês."

"Sinto muito." Repeti, sussurrando.

"Criança." Disse Carlisle. "Vai se render a nós? Se não tentar nos ferir, prometemos não lhe fazer nenhum mal."

E eu acreditava nele.

"Sim." Sussurrei. "Sim, eu me rendo. Não quero fazer mal a ninguém."

Ele estendeu a mão num gesto encorajador.

"Venha, criança. Deixe nossa família se reagrupar por um momento, depois vamos conversar. Temos algumas perguntas para você. Se responder honestamente, não terá nada a temer."

Levantei-me devagar, sem fazer movimentos que pudessem ser entendidos como ameaça.

"Carlisle?" Chamou uma voz masculina.

Outro vampiro de olhos amarelos se juntou a nós. Toda segurança que sentia com aqueles estranhos desapareceu assim que o vi.

Ele era louro, como o primeiro, porém mais alto e mais esguio. Sua pele era completamente coberta por cicatrizes, mais abundantes nas costas e no queixo. Algumas marcas menores no braço eram mais recentes, mas as outras não haviam sido causadas por aquele combate. Ele havia estado em mais batalhas do que eu poderia imaginar, e nunca perdera. Seus olhos amarelos brilhavam e a postura sugeria a violência contida de um leão furioso.

Assim que me viu, ele se preparou para atacar.

"Jasper!" Carlisle o deteve.

Ele se conteve e olhou para Carlisle com espanto.

"O que está acontecendo?"

"Ela não quer lutar. Já se rendeu."

O vampiro coberto por cicatrizes franziu a testa, e de repente senti uma inesperada onda de frustração, embora não soubesse com o que estava tão frustrada.

"Carlisle, eu..." Ele hesitou, mas continuou. "Lamento, mas isso é impossível. Não podemos ter nenhum desses recém-criados associados a nós quando os Volturi chegarem. Percebe o perigo em que isso nos colocaria?"

Não entendi muito bem o que ele dizia, mas captei o suficiente, ele queria me matar.

"Jasper, ela é só uma criança." A mulher protestou. "Não podemos simplesmente assassiná-la a sangue frio!"

Senti-me grata à mulher, não era como se eu fosse masoquista e quisesse morrer. Jasper me encarou por alguns segundos e suspirou.

"Tudo bem." Uma onda de alívio percorreu meu corpo. "Pelo menos deixem que eu a leve para um local seguro antes dos Volturi chegarem."

"É claro." Esme respondeu. "Mas seja gentil."

Ele revirou os olhos e me segurou pelo pulso.

"Venha comigo." Nós corremos por alguns minutos até chegar a uma bonita clareira com um rio e uma cachoeira. Ele me soltou.

"Olhe, eu não gosto dessa situação e muito menos de deixá-la aqui sozinha, mas Carlisle e Esme querem que você viva. Para ser sincero comigo mesmo, eu também, estou cançado de matar. Mas saiba que, se quando eu voltar, você não estiver bem aqui, irei matá-la."

E com isso ele partiu.

Ele voltou sozinho meia hora depois e me deu um pequeno sorriso tranqüilizador.

"Está tudo bem. Os Volturi foram embora e não sabem sobre você." Pelo seu tom de voz, percebi que deveria ficar feliz. Ele fez um gesto para que eu o seguisse e caminhamos em ritmo humano.

"Como se chama?" Jasper perguntou.

"Bree. Quem são os Volturi?" Fiz a pergunta que me incomodava desde que me encontrei com Jasper.

"Bem, não é de se admirar que não tenha ouvido falar sobre eles, não com a destruição que fizeram em Seattle."

Olhei para baixo envergonhada e ele colocou uma mão em meu ombro.

"Está tudo bem." Ele sorriu. "Ninguém lhes explicou nada. Sabe, eu também estive em um exército." Ele já não sorria. "Mas isso é história para outra hora. Os Volturi são aqueles que fazem que a lei seja cumprida, e a principal delas é que os humanos não podem saber sobre nós. Devemos ser discretos quando nos alimentamos."

"Jane. Ela faz parte dos Volturi?" Perguntei.

"Como você sabe?" Ele parecia surpreso.

"Um grupo de cinco vampiros com capas pretas foram até nós há cinco dias, eles disseram que quebramos a lei, mas que nos deixariam vivem para cumprir nosso propósito."

"E qual era seu propósito?" Ele perguntou, os olhos negros.

"Destruí-los". Sussurrei. "Riley disse que seria fácil, que eram velhos e descuidados, que a cidade era de vocês e que viriam nos pegar. Jane disse que dependendo do resultado da luta de hoje, não seríamos punidos." Seus olhos ardiam em fúria. "Eu sinto muito." Solucei. "Eu juro que não queria destruí-los, não queria lutar. Mas Riley mentiu, nos enganou."

Ele colocou a mão novamente em meu ombro e me deu um sorriso pequeno, de repente me senti calma.

"Está tudo bem." Disse. "Nenhum dos nossos se feriu, e o exército está destruído."

Chegamos a uma bela casa e ele segurou meus ombros com força por trás.

"Prenda a respiração." Hesitei, confusa. "Faça isso." Ele rosnou.

No exato momento em que cumpri sua ordem percebi o som de um coração humano batendo dentro da casa.


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Notas finais do capítulo

Pra quem não leu a nota no início: Como vocês devem ter percebido, estou sem corretor ortográfico, então, por favor, desculpem meus erros e tentem não me matar. O que acharam?