Lealdade A Serpente escrita por Anaklusmos


Capítulo 7
Capítulo 7 - Destino Traçado.


Notas iniciais do capítulo

Olá queridas Comensais, agradeço pelos Reviews que estão deixando. Isso é muito bom, me motiva a escrever.
Enfim, espero que gostem do capítulo, Boa leitura!



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O relógio acabara de marcar meia noite. Uma chuva fina e muito fria caía sobre a mansão em que estavam vários homens e duas mulheres, todos em volta de uma mesa de vidro bem trabalhada. Na ponta estava o indivíduo que liderava o grupo... Um homem estranho, com os olhos ofídicos e avermelhados, o nariz em forma de fendas horripilantes. Eles estavam discutindo algo muito sério, muito importante.

-Mas como isso é possível, Milorde? – Perguntou inseguro um dos comensais.

-É inexplicável, Dolohov. A garota afinal é herdeira de Slytherin, assim como eu. Por enquanto não sei dizer o que isso representa, se é uma ameaça ou não. Quero ver do que ela é capaz, para depois tirar minhas conclusões. – Disse calmamente, O Lorde Das Trevas.

-E quanto a Potter? Pelas minhas informações ela é amiga dele em Hogwarts. – Quis saber outro Comensal.

-Meus caros, Potter está em nossas mãos. Assim que chegar o dia das férias, segundo a minha fonte, ele será levado para a Casa dos Weasley, nós iremos pegá-lo durante o percurso, se é claro, conseguirmos estar infiltrados no Ministério da Magia até lá.

-Posso garantir que estaremos, Milorde.

-Ótimo, Thicknesse. – Voldemort fez uma pausa, pois estava observando “carinhosamente” sua cobra, Nagini. – Farei contato com a garota, assim que pegarmos o Potter.

De repente tudo foi ficando escuro, as vozes se tornaram mais escassas, e quando eu consegui enxergar, estava no meu quarto, Draco estava ao meu lado, com uma cara de espanto, me olhando como se eu estivesse doente ou muito debilitada. Fora apenas um sonho, pensei. Não queria aceitar a realidade, será que poderia ter sido um contato que eu havia feito inconsciente com o Lord? Mas de qualquer jeito, isso tudo foi muito mais real que um simples sonho.

-O que aconteceu, Granger? Não consegui dormir um minuto com esses gritos.

-Não foi nada, Malfoy. Eu só tive um pesadelo.

-E o que estava acontecendo nele? – Draco falou em um tom de interesse.

-Uma reunião, Malfoy. Reunião dos Comensais da Morte.

-E o que eles estavam falando nela?

-Você já deve ter uma ideia, não é mesmo? Afinal, seu pai é um deles, e você também.

-Caso você não tenha percebido, estou preso aqui nessa escola, não posso sair para frequentar as reuniões! – Ele estava se irritando, estava desesperado para descobrir o que aconteceu.

-Eles estavam planejando pegar o Harry. E eu tenho que impedir isso, eu deveria impedir isso.

-Você não pode, Hermione. Quer dizer, eu achei que você estava do nosso lado, agora que sabe da sua verdadeira origem. – Fiquei surpresa em ouvi-lo me chamar pelo primeiro nome.

-Olha, eu não sei o que fazer. Eu não quero contar nada, mas poxa, Harry é meu amigo, ou era...

-Pense bem antes de tomar qualquer decisão, ou você está do nosso lado, ou está contra nós. Você acha mesmo que Potter vai continuar sendo seu amiguinho depois que souber do seu parentesco com o cara que matou os pais dele? Sem chances! Hermione, você não pertence mais a grifinória, não é mais uma fraca como eles. Entenda isso de uma vez por todas.

Fiquei em silencio. Não sabia o que responder, não sabia que escolha tomar. Apenas olhei para  Draco, aqueles lindos olhos azuis acinzentados, que um dia eu odiei, agora estavam ali, do meu lado, me ajudando.

 Depois de alguns minutos, finalmente perguntei:

-Como é ser um Comensal da Morte? Bom ou ruim?

-Eu acho que você iria gostar de ser, eu vi isso no brilho de seus olhos assim que pronunciou as palavras “Sangue-puro” e “Slytherin”. Seu destino foi traçado assim, o de todos nós, Sonserinos. Nós temos que honrar nosso sangue. – Ele pegou em minhas mãos.

-Tem razão, Draco. Está na hora de assumir o meu verdadeiro eu. Obrigada por tudo, por me ajudar com isso. – Abracei-o e ele retribui com intensidade.

Continuamos conversando sobre o assunto, ele estava me explicando algumas coisas, para que eu já ficasse preparada.

Fomos para o Salão Principal juntos, e assim para todas as aulas, eu estava amando passar esse dia com o Malfoy.

Na aula de Defesa Contra as Artes das Trevas, estávamos estudando sobre as maldições imperdoáveis.  Pedi permissão a Snape para poder praticar, ele rapidamente entendeu o motivo e a concedeu.

Agora era a hora. Havia uma aranha, um pássaro e uma cobra sobre a mesa, resolvi começar com a aranha, e controlá-la primeiro.

-Imperio!  - Funcionou perfeitamente. Depois de alguns instantes “brincando” com ela, resolvi passar para a próxima tarefa. Maldição Cruciatus, a maldição da tortura.

-Crucio! – Por Merlin, como aquilo era divertido e satisfatório. Ver aquele pobre animal indefeso se contorcendo de dor... Crucio, crucio, crucio!

Só faltava mais uma, a maldição da Morte. Olhei para a aranha fixamente, senti um frio na barriga, era a primeira de muitas vezes que eu usaria aquela maldição, sabia que ela seria incrivelmente útil no futuro.

-Avada Kedavra! – Em um piscar de olhos, a aranha morreu.

Os alunos da Sonserina aplaudiam, os da grifinória estavam chocados. Harry e Rony olhavam para mim como se eu fosse uma aberração, e eu sabia que essa seria a reação deles daqui pra frente. Pouco me importava. Os alunos da Sonserina agora faziam fila, para praticar também as maldições.

Podia ouvir os comentários dos grifinórios imundos: “Dumbledore sabe que isso está acontecendo?” “Isso é proibido!” “Eu não vou usar nenhuma dessas maldições, nunca” “O que está acontecendo com a Hermione?” “Ela está muito diferente, nem parece aquela garota que conhecemos” “Porque ela está andando com o pessoal da Sonserina? Será que é um deles?” .

Isso era ótimo, agora eles sabiam quem eu realmente era. Olhei para a cobra, que estava me encarando. Ficamos nos olhando por algum tempo. Até que eu comecei a entende-la. Comecei a me comunicar com ela. Isso mesmo, era a minha ofidioglassia florescendo.

O espanto da sala foi geral. Todos ficaram em silencio. Snape me observava concentradamente.

Percebi que era eu quem estava causando aquele alvoroço todo, e desviei meu olhar da cobra. O sinal tocou. Ninguém se moveu. Harry olhava para mim mais indignado que nunca.

Saí da sala logo em seguida, não queria mais ficar ali, com todos aqueles olhares sobre mim. Draco me acompanhou.

-Foi genial! – Disse ele entusiasmado.

Animei-me. Pelo menos alguém não me achava uma aberração.

-Foi muito bom, eu estou me sentindo diferente sabe... Estou me sentindo completa.

-Hermione, isso merece uma comemoração. – E deu aquele seu conhecido sorrisinho sarcástico.

-Concordo plenamente!

-O que acha de darmos uma festa amanhã? Com o pessoal da Sonserina?

-Adorei a idéia, mas... Não quero a Pansy lá, ok?

-Tudo bem, imaginei que você não iria querer me dividir com ninguém mesmo.

- Já te disse que você é a pessoa mais convencida que eu conheço?

-Hahaha não, mas eu acredito que devo ser.

-E onde será a festa? – Tentei mudar de assunto, pois já estava ficando corada.

-Na sala Comunal da Sonserina?

-Não, os professores podem chegar lá a qualquer momento, por causa do barulho...

-Já sei. Vai ser na sala precisa.

-Ótimo, avise todos menos a buldogue.

-Ok. – Ele saiu correndo para avisar uns amigos que passavam pelo corredor, mas antes se despediu de mim com um beijinho no canto da boca.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Gostaram? Odiaram?
Espero reviews. :)