Lealdade A Serpente escrita por Anaklusmos


Capítulo 11
Capítulo 11 - Serpentes Entrelaçadas.


Notas iniciais do capítulo

Bom, aqui está o capítulo parceiras de Marca Negra. Espero que gostem, e muito obrigada pelos reviews.
Boa Leitura!



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O sol já estava a se por, quando eu, Draco e os demais comensais aparatamos enfrente a mansão de seus pais. O lugar era lindo, havia um jardim enorme na frente da casa, que era toda revestida com pedra. Possuía vários andares, além de uma arquitetura fascinante. Narcisa e Lúcio nos aguardavam na entrada, e assim que nos viram eu fui a primeira a ser cumprimentada.

Depois que eu já havia tomado um relaxante banho e me acomodado no quarto de hóspedes, fui para a sala de visitas onde todos estavam a comentar sobre os últimos acontecimentos.

-E então assim que Snape entrou o velhote começou a suplicar, implorar para que não o matasse. Só faltou fazer xixi nas calças! Hahahaha! – Contava alegre e debochadamente Bellatrix.

Todos riam e se sobressaltavam apesar da morte de Gibbon. Ninguém parecia se importar muito com ele, mas não era para menos, afinal, Dumbledore estava morto. Dumbledore, o tão poderoso Dumbledore.

 Após uma pequena pausa nas conversas Aleto e Amico Carrow,Yaxley,Fenrir Greyback  e Thor Rowle foram embora. Um elfo doméstico apareceu e anunciou que o jantar estava pronto. Fomos para a sala de jantar e nos deliciamos com aquele banquete maravilhoso.

Bellatrix adorava repetir a história de como Potter ficara após o meu feitiço, de como quase implorara por piedade. Um pouco depois da meia noite todos foram dormir. Andei por dois corredores até chegar ao meu quarto, que para nossa sorte, não era tão longe do de Draco.

Esperei uma hora deitada na cama, pensando em tudo. Em como seria daqui para frente, em como eu iria conseguir encarar Lord Voldemort. Surpreendi a mim mesma, achei que iria sentir pena de Dumbledore, mas não. Senti apenas satisfação, e era melhor assim.

Quando achei que todos já estavam dormindo em seus aposentos, saí do meu quarto em direção ao de Draco, pé por pé, para não fazer barulho. Bati três vezes na porta e ele a abriu, sorrindo, pois sabia que eu viria.

Puxou-me e beijou-me ferozmente. Enfim estávamos a sós para comemorar nossa vitória.

Passei a noite ali, e adormeci. Os raios de luz passavam por entre as cortinas e batiam em meu rosto. Acordei ouvindo a respiração lenta e profunda de Draco ao meu lado, e só então me dei conta de que não podia estar ali. Vesti-me e saí dali o mais rápido que pude, ninguém poderia saber que eu passara a noite em seu quarto.

Por sorte, não me encontrei com os outros durante o percurso. Assim que sol se tornara mais forte, saí para ir tomar café da manhã. Todos já estavam na mesa, menos Draco.

Sentei-me e me servi de um pouco de tortinha de abóbora. Fiquei calada a maior parte do tempo, não tinha assunto para conversar com os demais. Estava desejando profundamente que Draco chegasse e me tirasse daquele constrangimento.

-Então Hermione, já sabe que dia irá se encontrar com o Milord? – Disse Bellatrix que parecia estar interessada no assunto.

-Não, não sei ainda. Estou aguardando ele me dar alguma informação.

-Ele pediu para eu a avisar, amanhã, 20:00h, aqui mesmo na Mansão Malfoy.

-Ah, ok. – Disse meio sem graça, aquela notícia me pegara de surpresa. Pensei que iria demorar um pouco mais para o nosso encontro acontecer.

Draco acabara de chegar. Sentou-se ao meu lado e se serviu. Sentia-me mais segura agora. O resto do dia passara rapidamente, Narcisa estava sendo bem generosa comigo, digamos assim. À noite eu e Draco fomos passear nos jardins para refletir sobre o que iria acontecer amanhã. Depois de nossa conversa eu não fiquei tão nervosa quanto antes, estava preparada. Resolvi ir dormir cedo para repor as energias.

Acordei antes dos outros, e me deparei com a minha bagagem de Hogwarts ao lado da minha cama. Parece que alguém tinha dado um jeito de recuperá-la. Estava sentindo falta dos meus livros... Abri o malão e peguei “Hogwarts, uma história” e comecei a ler para passar o tempo.

Quando percebi a movimentação no restante da casa resolvi sair do quarto. Hoje era o dia. O clima estava tenso na mansão, todos pareciam estar tão ansiosos quanto eu.

Desta vez Draco já estava acordado e só faltava Bellatrix a mesa. Quando ela apareceu fui a primeira a ser cumprida com um grande sorriso estampado em seu rosto. Aquilo me animou, eu realmente a admirava e saber que ela simpatizava comigo era bom, não são todos que conseguem essa proeza.

Lúcio se levantou da mesa assim que todos haviam terminado a refeição, e me chamou para um aposento separado. Sem ter ideia do que me esperava o acompanhei.

Entrei em uma sala bem iluminada e detalhada. Era muito bela. Ao fundo, gravado na parede, havia uma espécie de pintura. Era a árvore genealógica dos Malfoy.

-Te trouxe aqui, Hermione, para lhe mostrar a história da minha família. É uma das últimas do mundo Bruxo á quais todos os membros possuem sangue-puro. – Disse ele ainda observando a pintura.

-É uma honra e tanto. – Não sabia o que dizer.

-É sim, uma honra também é ter um membro da família de Salazar Slytherin agora entrelaçada conosco. – Ele fez um gesto de varinha onde o nome de Draco representado por uma serpente estava e apareceu outra ao seu lado, entrelaçando-as. Um pouco acima surgiu escrito: “Hermione Slytherin”.

-Obrigada, Sr. Malfoy, por me acolher bem. – Disse sem graça.

-Imagina. Agora é melhor voltarmos, Bella quer dar uma palavrinha com você.

Saímos do aposento e fomos para a sala, agora cheia de outros comensais. Alguns me olharam com espanto, outros com curiosidade. Sentei-me a um canto e prestei atenção no que diziam.

-E Hogwats? Como vai ficar? – Disse Aleto Carrow.

-Não sabemos ainda. O Lord Das Trevas provavelmente irá marcar uma reunião conosco essa semana.

-O Ministério já está quase todo sobre o nosso controle. – Disse um homem atarracado o qual eu não sabia o nome.

-Melhor assim. Mas o Lord no momento está concentrado em outra coisa. – Bella olhou para mim. Os outros a imitaram. Senti-me como uma aberração, com todos aqueles olhares de interesse sobre mim. Olhei para Draco pedindo ajuda.

-E o Potter já contou para todo mundo a essa altura que foi Snape quem matou Dumbledore certamente, apareceu algo no profeta diário? – Perguntou Draco tentando mudar de assunto, fiquei plenamente agradecida.

-Eles só noticiaram a morte de Dumbledore, mas não ousaram dizer que foi Snape que o matou, afinal não existem provas.

A conversa se prolongou até o fim tarde, então os demais foram embora. Já estava quase escurecendo, e faltavam minutos para as 20:00 horas. Meu nervosismo foi aumentando a cada segundo que se passava. Estava pensando em quais seriam as tais propostas que Voldemort iria me fazer.

Eram oito horas da noite quando um vulto de capa preta entrou esvoaçando sobre a Mansão Malfoy, acompanhado de Bellatrix. Ele tinha olhos vermelhos e uma pele muito fina, sem nariz, apenas com fendas no lugar. Encarou-nos por um momento até que disse:

-Saiam todos, menos você. – E apontou para mim.

Os demais obedeceram, e antes de sair Draco lançou-me uma última olhadela. Eu e Voldemort ficamos a sós. Ele demorou alguns segundos para dizer algo.

-Hermione Slytherin, herdeira direta de Salazar Slytherin, filha de Katherine Slytherin irmã de Marvolo Gaunt e minha parenta viva mais próxima... Isso é interessante não acha? – Disse me encarando finalmente e profundamente, sustentei o olhar.

-Muito.

-Diga-me Srta., o que pretende fazer agora, em meio a essa guerra?

-Já deve ter alguma ideia não é mesmo? Eu vou permanecer aqui, com Draco e os Malfoy. Quero lutar ao lado deles.

-Ao lado deles?  Minha cara, deve saber que se está ao lado deles está ao meu lado também.

-Foi isso que eu quis dizer.

-Ótimo, ótimo... Porém, eu preciso saber se isso é mesmo verdade. Tenho que manter uma confiança, e acho que você sabe disso. – Fez uma pausa, e como eu não argumentei prosseguiu. – Sinto que você também não confia em mim, Hermione. Temos que mudar isso.

-Bom, conte-me o que pretende fazer, quais são as suas propostas. Eu não posso confiar em alguém ao qual eu não saiba nada do que está planejando. – Desafiei.

Ele me olhava em um tom curioso, como se estivesse analisando se eu era digna de informação.

-Está certa, gosto disso, você parece ser uma pessoa de opinião forte. – Olhou fundo nos meus olhos e eu desviei, sabia que estava tentando ler meu pensamento, e eu não iria deixar. Não quero ser como os outros comensais que ele faz de capacho. Ele realmente não conseguiu entrar em minha mente, e ficou aturdido.

-Pois bem, vou lhe contar tudo. – E se sentou na poltrona no centro da sala, onde geralmente era o lugar de Lúcio. Fez indicação com o braço para que eu me sentasse a sua frente. – A Guerra já começou, como deve ter percebido. O Ministério logo será tomado pelos meus comensais, assim como Hogwarts.

-Isso já era de se imaginar.

-E a senhorita, como era a sua relação com o Potter no tempo em que eram bons amigos de escola?

-Normal. Se tiver algo que eu aprendi todos esses anos é que Harry Potter não é nada se não tiver a ajuda dos amigos.

-Claro, sempre os amigos. – E deu uma risadinha sarcástica.

-Não estou brincando, Voldemort. – Ele ficou surpreso por me ver falando seu nome tão claramente e sem medo. – Harry tem muitos amigos, e é isso que o fortalece. Você deveria fazer com que eles se afastassem, isso o enfraqueceria e muito.

Fez-se silêncio por alguns segundos.

-Entendo, não vou esquecer-me disso. Agora, a proposta que eu vim lhe fazer. Lealdade, dedicação, devoção. Aceita isso, Hermione?

-Quero deixar bem claro, eu não serei como os outros. – Ele ficou inquieto, e deu outra risadinha. – Não quero ser submissa a você, Voldemort. Eu tenho as minhas próprias vontades. – Não sabia de onde estava conseguindo reunir coragem para dizer aquilo.

-Imaginei que uma herdeira de Salazar não ia ceder também. Eu aceito esses termos. Proponho então, que seja meu braço direito nessa guerra. Irei te consultar sobre os fatos, e garanto que você não será tratada como os demais.

-É uma proposta tentadora. Eu aceito. – Isso foi melhor do que eu havia imaginado.

Voldemort sorriu ao escutar minhas palavras. E por fim, completou:

-Você e Draco, então, serão meus novos generais.

- Ótimo. – Disse dando um sorriso.

-Bom, agora que já nos acertamos, tenho que ir. Comunique aos outros que farei uma reunião às dez horas da noite de sábado. Eles saberão aonde ir.

Já estava quase saindo quando me lembrei de algo.

-Ele sabe das Horcruxes. – Falei. Ele se virou repentinamente e mudou totalmente de expressão facial.

-O que foi que disse?

-Harry sabe das horcruxes, Dumbledore contou tudo a ele.

O Lord Das Trevas estava mais sério que nunca.

-Até que ponto ele tem conhecimento?

-Ele sabe que são seis. Já destruiu o diário de Tom Ri..., quer dizer, o seu diário. Dumbledore destruiu o anel de Marvolo. E acho que na noite em que Dumbledore morreu eles tinham acabado de voltar de uma procura ao medalhão de Slytherin. Se eles encontraram eu não sei.

-Essa informação foi de grande utilidade, vou averiguar isso. – Disse sério e pensativo. – Agora tenho que ir, e não comente isso com mais ninguém.

-Vou comentar com Draco, eu e ele não temos segredo.

-Comente com ele então, mas mantenha o segredo aos outros. – E saiu porta a fora.

Fui para a cozinha onde todos estavam, e assim que entrei começaram a me olhar aflitos.

-O Lord pediu para avisar que amanhã haverá uma reunião às dez horas. – Foi tudo que eu consegui dizer.

Bella passou por mim quando ia saindo do cômodo, e murmurou um “Seja Bem vinda”

Fiz sinal para Draco e disse que iria dar uma volta no jardim. Estava andando entre as plantas quando alguém me puxa para trás de um enorme arbusto. Era Draco. Ele me beijou ansioso, e ainda abraçada com ele comecei a relatar a proposta de Voldemort. Mal esperava para poder contar tudo.   


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Espero Reviews para postar o próximo!