Be Lovely, Sarah! escrita por SnakeBite


Capítulo 1
Capítulo 1: Hey, bonitinha.


Notas iniciais do capítulo

HEEEY, PESSOAS!
Então, mais uma fic com o nosso Gates, certo? Não vou enrolar muito, boa leitura, espero que gostem :)
nos vemos lá embaixo :**



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  Escrevo isso pois não sei e teria coragem para fazê-lo de frente para você. Sou fraca, não conseguira me despedir você.

  Esqueça todas as brigas e discussões. Não quero que lembre de mim como um motivo de dor de cabeça. Nada disso importa agora, nunca importou.

  Tomei essa decisão de ir embora porque não queria que essa coisa que nós tínhamos, essa coisa tão especial, que você foi o primeiro à me fazer sentir, acabasse. Eram muitas brigas, muita dor que eu o fiz sentir e que você me fez sentir... Tudo o que nós tínhamos, todo o nosso amor, estava se esvaindo, indo embora.

  Eu não queria acabar odiando você, meu amor, nem que você me odiasse. Entenda que a minha decisão foi a mais sensata possível. Assim como uma banda, que dá um tempo, para que não caia do estresse e se separem. 

  Olhar pra você e ver aquele olhar magoado e raivoso me quebrava por dentro.

  Quando estiver lendo isso, eu não estarei mais em Huntington Beach. Não se preocupe, estarei em um lugar segura. Vou morar com algum parente, portanto, foque-se na banda. O Sevenfold está indo muito bem, isso me enche o coração de felicidade.

  Espero que entendo o motivo de minha ida.

 Não se esqueça que eu sempre irei amá-lo, meu Brian, meu Gates,                

                                                                Sarah.

  Brian viu uma lágrima cair no papel, manchando-o.

  Ela tinha ido. Sua pequena metida à inglesa, se foi.

  Apertou a carta em seu punho esquerdo, apoiando a cabeça na mão, choramingando. Suas lagrimas caiam e batiam contra o chão, seu peito era atravessado por uma dor pontiaguda que lhe custava a assimilar. Dor de saber que poderia ter evitado tudo isso, dor de nunca mais acordar e vê-la de seu lado.

  A dor da perda.

                        Dois anos atrás ~ Huntington Beach, 12h00min.

-MAS QUE DROGA, AMY! ONDE ESTÃO OS MEUS... Ah, achei.

  Interrompi-me, batendo os olhos no velho par de All Star sujo e desgastado.

  Não que eu não tivesse dinheiro para comprar outro.

  All Star bom é All Star velho, correto?

-Viu minha calça jeans?

  Amy corria pela casa, procurando por sua calça jeans apertada. Todo primeiro dia de aula ela ia com a mesma calça jeans azul desbotada e sempre amarrotada. Superstição? Eu já chamo de coisa de maluco mesmo.

  Estávamos ainda mais nervosas. Não era um simples “primeiro dia de aula”. Era o nosso primeiro dia de aula na faculdade. Cursávamos medicina; Amy, uma futura pediatra, e eu, uma futura psiquiatra.

-Está pendurado no cabide lá do banheiro.

  Disse, fazendo de tudo para enfiar o sapato no meu pé.

  Olhei-me no espelho, ajeitando meus longos fios de cabelo castanhos, tentando dar um jeito neles.

  Ah, a quem eu engano?

  Prendi-os em um coque no alto, de qualquer jeito, com alguns fios caindo involuntariamente em meu rosto.

  Peguei a mochila e as chaves do carro de Amy, gritando:
-Vamos logo, Amy!

-Peraí, peraí... Só mais um pouco de rímel e...

  Ela se esticou para dar altura do espelho na parede, passando a maquiagem em seus, já naturais, cílios grossos.

  Abaixou as mãos e me deu um sorriso, tacando-o dentro de sua mochila.

-Viu? Prontinho.

-Anda.

  Revirei os olhos, gesticulando para que saísse logo de casa.

  Amy Black e eu somos amigas há um ano. Conhecemos-nos na escola, e temos realmente muita coisa em comum. Amy não é de muitos amigos, portanto, viramos melhores amigas logo.  

  Amy vivia aqui em casa desde que minha mãe, Carolina, foi diagnosticada com câncer, e hospitalizada, há três meses. Meu pai faleceu quando eu tinha dois anos, e eu era filha única; além da Kitty, minha gata de três patas, eu era sozinha aqui. Então, Amy ficava a maior parte de seu tempo comigo.

  Ela já tomou conta de uma parte do meu armário, então, creio que ela não se incomoda.

  Eu não tinha carteira para dirigir, não que às vezes eu não dava umas escapadas com o carro de Amy; a loira tomou as chaves da minha mão e gesticulou para que eu desse meia volta e entrasse no banco do passageiro.

  Revirei os olhos.

  Uma injustiça não me deixar dirigir no primeiro dia de aula. Ela já dirigi todos os outros!

-Preparada?

  Ela perguntou, já dentro do carro, sem ligá-lo. Com um sorriso nervoso na cara, assenti.

-Creio que sim, né. E você?

  Ela me respondeu com uma risadinha.

-Só espero que tenha gatos nesse lugar.

  Revirei os olhos.

  Assim era Amy.

  A louca.

  Ela arrancou com o carro, e pensei que iria morrer no instante que vi outro carro entrando no nosso caminho. Amy e seu reflexo rápido a fizeram pisar no freio, fazendo o velho Mustang dar uma balançada.

  Arregalei os olhos, sendo empurrada para trás pelo cinto de segurança.

-O QUE FOI ISSO?!

-UM CARRO, TÁ CEGA?

  Respondi, nervosa, apontando para o conversível preto reluzente à nossa frente, também parado.

  De lá, saía um solo conhecido.

  Um solo terrivelmente conhecido. 

-Tem alguém escutando Critical Acclaim. É você?

  Fuzilei-a com os olhos. Ela ergueu as mãos num gesto passivo. Amy arregalou os olhos, saindo do carro e balbuciando:
-Ai, o meu bebezinho! Você se feriu querido?

  Se dirigia ao carro.

  Claro, né, por que um ‘você está bem, Sarah, querida?’ eu não mereço.

  Aí eu vi. Vi um chapéu.

  Vi aquele braço esticado para fora do carro, coberto por tatuagens vividas.

  Eu vi. Eu o vi.

  Sai do carro, colocando as mãos na cintura, com uma sobracelha arqueada. Não, não podia ser. Não devia ser, não, não mesmo!

-Vocês são loucos?! Poderiam ter machucado o meu bebê!

  Escutei Amy gritar na direção deles, passando a mão no capô do carro.

  Observei, meio de longe.

  Do seu lado haviam aqueles os quais eu me lembrava também muito bem: o grandalhão careca que namorava a irmã de uma amiga minha, Valary. Tinha também o baixinho o qual eu tinha muito medo. E, meu Deus, aquele era o Zacky?!

  Nossa, como ele está gordinho.

  Havia também mais um, alto, de olhos grandes, o único que eu não conhecia.

-Desculpa, eu não vi o seu carro...

-DEUS. MEU.

  Escutei Amy dizer separadamente, porém estava chocada demais ao ver o ser na minha frente, que nem ao menos havia me notado ali.

-V-V-V-VOCÊ! EU CONHEÇO VOCÊ! É O GUITARRISTA DO SEVENFOLD, DEUS MEU! AH, MEU DEUS, VOCÊ É O S-S-SYN GATES, CERTO? AI, MEU DEUS DO CÉU E TODOS OS ANJOS!

  Sim, Amy é uma fã groupie louca pra fazer besteirinhas com qualquer membro do Sevenfold.

  Eu a obrigava a não falar sobre a banda quando estava perto de mim, e quando a escutei falar ‘Sevenfold’, parecia que ela estava tendo uma das maiores sensações da vida.

  Balbuciei um ‘merda’, voltando à terra e parando de encarar as feições perfeitas do homem que eu não via há mais de quatro anos.

-Sim, er... É fã?

-EU? AH, MEU DEUS DO CÉU, SARAH! SARAH, MEUS IDOLOS DESCOBRIRAM A MINHA EXISTENCIA!

  Ele pareceu prestar mais atenção no que Amy falava assim que pronunciou o meu nome.

  Discretamente, peguei minha mochila e comecei a andar apressada.

-Sarah? Sarah Green? Você conhece ela? Uma baixinha enfezada de cabelos castanhos?

  Pude ouvir Brian sair do carro, batendo a porta.

-S-Sim, ela é minha amiga. HEY, SARAH, AONDE PENSA QUE VAI?

  Amy gritou, provavelmente ao perceber que eu não estava mais ali.

  Trinquei os dentes.

  Não podia acreditar que ele tivera a audácia de voltar pra Huntington Beach depois de tudo que me fez.

  Logo senti braços fortes e tatuados me abraçando por trás, puxando-me para si.

  Uma voz percorreu seu caminho até chegar aos meus ouvidos.

  Ele tinha me visto.

-Hey, bonitinha.

 


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Notas finais do capítulo

Então.. Se tem alguém lendo, por favor, se manifeste. Fantasmas me assustam, que fique claro. -q
Dependendo da aceitação da fic, posto o resto :)
bjbj, sn.



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