The True Lives Of The Fabulous Killjoys escrita por Adrenaline Earthquake


Capítulo 64
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

OMFG ÚLTIMO CAPÍTULO
*CRIES A WHOLE LOT*
Okay, okay, chega né. Nos falamos lá embaixo.
Enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/202097/chapter/64

Ano de 2055

–Angeline, eu achei um livro! – exclamou um garoto de, provavelmente, 15 anos, segurando uma espécie de caderno muito velho, mostrando para uma garota de cabelos castanho-avermelhados. Diferente do garoto, a garota usava roupas chamativas: jaqueta vermelha e azul, calça jeans surrada, blusa branca, tênis vermelho com duas listras rosa choque e um cinto com uma aranha no meio. Os dois adolescentes pareciam estar em uma excursão com a escola e, obviamente, haviam se separado do grupo e acabaram parando em uma sala repleta de livros, mapas e fotos de pessoas vestidas iguais à garota, tudo muito velho e empoeirado. Mas o que mais chamava atenção era a maior foto da sala: uma menina de cabelos azuis e mechas roxas, sorridente, abraçada a um homem alto e loiro, cuja expressão escondia felicidade.

–Idiota, não é um livro, é o diário da Base! – exclamou a tal Angeline, tomando o caderno das mãos do outro – E não é só um diário qualquer! É o último diário escrito pela grande Poison Heart, a que liderou a batalha de 2020!

E Angeline continuou seu discursinho, entediando bastante o outro garoto.

–Tá, chega, Angeline!

–Ok, desculpa. E eu já disse que meu nome é Electro Bullet, não Angeline! – retrucou a menina.

–Viciada em Killjoys. – murmurou o garoto, recebendo um soco no braço – Ai!

–Ninguém mandou ser idiota, Ricky. Ou melhor, Razorblade Suicide.

–Já falei pra não me chamar assim!

Angeline revirou os olhos e abriu o caderno, lendo-o.

Diário da Oitava Base Killjoy

Localização: Califórnia, Estados Unidos da América

Escrito por: Megan Jane Solskinn (Poison Heart)

Status: Killjoy, chefe

Ano: 2037

As coisas mudaram bastante após a queda da base da BLI daqui. Primeiro que isso foi uma faísca para uma rebelião que percorreu não só os Estados Unidos, mas sim o continente inteiro e, em seguida, o mundo. As bases ainda existentes localizam-se nas cidades de Dallas, New Jersey e Indiana, nos Estados Unidos; Londres, no Reino Unido; Leuven, na Bélgica; Berna, na Suíça; Cidade do México; Liechtenstein*; Shenyang e Taiyuan, na China, e a base principal, em Tokyo, Japão.

Quanto à vida na Base 8, tudo voltou ao normal. Adrenaline Danger Heart tomou o cargo que era de Plastic, e está o exercendo muito bem. Recebemos vários novos Killjoys que são mandados diariamente em viagens para ajudar as Bases restantes a invadir os prédios da BLI, ou são mandados para exterminar os Draculoids restantes, que são poucos, mas ainda existem. Enfim, tudo está funcionando perfeitamente bem, como sempre deveria ter funcionado. Muitos ficaram por um longo tempo de luto por causa da família e dos amigos perdidos na guerra, mas estamos superando.

...

Não acho que deveria escrever isso no diário da Base, mas sinto que é necessário, ainda mais agora, que estou me afastando definitivamente da vida Killjoy.

Por quê?

Porque eu preciso seguir com a minha vida. Não posso mais viver no meu sonho de criança: uma justiceira aparentemente solitária, com uma arma na cintura e um Draculoid morto na mão. Não funciona mais para mim. Ok, pode parecer que se passaram poucos anos desde que eu me tornei uma Killjoy, mas... Cansa mais rápido do que se imagina. De qualquer forma, ficarei à disposição da Base a minha vida toda, mas não viverei mais na Base. Vou comprar uma casa em algum lugar afastado, e morar com Kobra Kid, meu mais novo noivo. Acredito que Party e Fun também saiam logo. Já Jet e Revolver permanecerão na Base, o que é bem a cara deles. Bom, é mais a cara de Revolver, mas Jet seguiria a namorada aonde quer que ela fosse, mesmo que ele reclamasse um pouquinho.

Ah é, Revolver encontrou sua irmãzinha perdida. Estava na casa de uma família que achou-a em um orfanato. Aparentemente, uma mulher que trabalhava lá a viu na rua e deduziu que ela havia sido abandonada, levando-a para o orfanato, até que a tal família viu ela e adotou-a. A pequena, que agora se chama Burning Star, amou reencontrar a irmã, mas não ficou muito feliz em ter que deixar a família adotiva. Ocorreram vários problemas acerca do parentesco das duas, mas tudo foi resolvido a tempo.

Enfim, Sunshine também ficará na Base, porque já está terminando seu treinamento Killjoy junto com Revolver, na verdade. Mas eu a prometi que ela poderia me visitar quando quisesse, assim como eu com certeza visitarei Pony bastante.

Falando em Show Pony, o espertinho ainda não saiu da casa de Dr. D. O próprio Dr. Death já está ficando de saco cheio do coitado, mas não tem coragem de dizer! Já tentei arrastá-lo para fora da casa de Dr. D. inúmeras vezes, mas ele não me escuta. Só me resta rir e esperar até que Dr. D. exploda e o expulse da casa dele.

Só que isso nunca vai acontecer.

Enfim.

Acho que já entenderam o meu ponto. Queria apenas me despedir da Base de um jeito que as próximas gerações possam ver este e os diários anteriores, escritos por mim, Danger e Plastic. Espero que conheçam um pouco da nossa guerra e da luta pela liberdade que, 17 anos atrás, mostrou valer a pena.

Seja lá quem for você que está lendo, peço-lhe uma coisa. Espalhe a seguinte mensagem:

Não importa de onde você é, em que circunstâncias viveu ou ainda vive, o que aconteceu em sua infância, você sempre pode dar a volta por cima se quiser. Sempre. É só não desperdiçar seu tempo e sua vida, sempre correr atrás dos seus sonhos, por mais inalcançáveis e idiotas que pareçam. Veja só: nós, Killjoys, corremos atrás do nosso sonho de sermos livres, e olhe o que conseguimos!

Espero ter passado minha mensagem de forma clara. Desejo a você, pessoa desconhecida, boa sorte nesse mundo frio e lindo ao mesmo tempo. Apenas lembre-se de uma coisa: a cada coisa que você destrói com um propósito bom, uma coisa linda nasce.

Killjoys, make some noise!

–Poison Heart

Angeline terminou de ler a carta, totalmente maravilhada, e abriu a boca para comentar com Ricky, mas uma voz dispersou seus pensamentos:

–Ei, vocês!

Uma garota pálida, alta, de olhos de um azul intenso e cabelos loiros com alguns fios azuis-claros olhava para os dois adolescentes, com uma expressão confusa.

–O que fazem aqui?

–Uh, eu... Eu... Eu já estava saindo! – alegou Ricky, dando um sorrisinho e saindo rapidamente. Angeline continuou por mais uns segundos, até dar passos incertos até a estranha e dizer:

–Ei. Uh... Meu nome é Angeline. Tenho 15 anos, estou em um passeio com a minha escola, mas me desviei do grupo porque...

–... Porque você adora Killjoys, notei.

–Desculpe por mexer nas coisas. – murmurou ela – Só estava olhando o diário da Base, que a Poison Heart escreveu.

–Ela era bem inteligente, né?

–Inteligente? Ela era demais! Espera, você conhece os Killjoys?

A menina sorriu docemente.

–Prazer, Cyanide Angel.

Os olhos de Angeline se arregalaram muito e ela abafou um gritinho.

–Você é a filha da Poison Heart!

–Sou sim. – ela riu – E você está em uma excursão com a escola, não é? – Angeline assentiu e Cyanide fez um gesto com a cabeça para que a menor a seguisse – Venha, vou pedir à sua professora licença para conversar com você um pouquinho. Quem sabe eu posso te contar mais algumas coisas sobre os Killjoys, já que você gosta tanto.

Angeline andou até a porta, dizendo milhões de “obrigadas” e tagarelando corredor afora. Cyanide olhou mais uma vez o escritório da mãe e sorriu. Um sorriso de orgulho.

–Cyanide? Você vem? – perguntou Angeline, lá fora.

–Sim, sim. Vou.

Cyanide Angel sorriu mais uma vez para o quarto e trancou-o. E lembrou a si mesma de fazer o mesmo após a escola em excursão sair de lá. Aquela escola seria a última a pisar no que um dia foi uma Base Killjoy.

Sim, a Oitava Base Killjoy fecharia, afinal, para que continuar aberta se não havia mais Draculoids, nem Exterminators, nem nada?

–X-

Cyanide e Angeline conversaram por horas, até que chegou a hora da menor ir embora. Ela agradeceu pelas informações dadas e tudo o mais, e partiu, junto com sua escola.

Cyanide Angel suspirou profundamente após olhar uma última vez o enorme prédio da Base 8 e trancou o portão de ferro. Do lado de fora, uma mulher de aparência bem mais velha, porém saudável, observava a menina fechar a Base. A mulher possuía os cabelos azuis do tom das mechas de Cyanide, e seus olhos também eram de um azul profundo.

–Muito bem, filha. – sussurrou ela, abraçando Cyanide, que retribuiu o abraço.

–Tem certeza que é isso que quer, mãe? – indagou ela, franzindo a testa – Essa era sua casa!

–Eu sei, mas... Existem coisas que precisam ser mantidas para sempre do jeito que estão, meu amor. – disse ela, tristemente, mas mostrando um sorriso logo depois – Não se preocupe, ficaremos bem. Tudo ficará bem.

E, de verdade, tudo ficou bem. Sem BLI, sem Killjoy, sem lado bom, sem lado mau. Mas os Killjoys continuaram na mente de todos; não só dos habitantes da Califórnia, mas do mundo todo. Afinal... Eles eram heróis! Eles eram a voz dos que tinham medo ou não podiam falar!

E essa foi a vida deles.

A verdadeira vida dos fabulosos Killjoys.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

*Liechtenstein é um microestado (MICRO MESMO) situado no centro da Europa, entre a Áustria e a Suiça.
(É também a irmã do Suiça, onde eles muito provavelmente possuem uma relação incestuosa e -NNNNNNNNN PAREI, PAREI. SINTO MUITO, VÃO ASSISTIR HETÁLIA PRA ENTENDER -QN)
... Das ende! T___________________________T
Espero que o final tenha alcançado as expectativas. Fiquei meio insegura quanto a ele, mas achei melhor deixar rolar.
So.
Primeiramente, eu achei que iam me chamar de louca ao postar essa fic. Felizmente, não aconteceu -qq Porque, pra falar a verdade, da primeira vez que ouvi o Danger Days inteiro, foi essa a ideia que eu tive: um grupo de pessoas diferentes e fortes, os Killjoys, lutando contra a BLI, uma empresa manipuladora, comandada por uma mulher maldosa (com "tendências lésbicas" -nn) que tentava atender às expectativas da mãe e, é claro, não posso esquecer do nosso lindo Show Pony: um excluído da sociedade, com sequelas psicológicas, mas uma pessoa muito especial para o seu pequeno grupinho (Pelo amor de deus, o Show Pony é a coisa mais fofa, vou sequestrar ele ♥). Todo dia, essa mesma ideia me atormentava, seja na escola, seja enquanto eu estivesse escrevendo outras fics... E eu nunca tinha compartilhado essa ideia com ninguém. Até que resolvi passar ela pro papel (e depois pro pc, né), mas minha intenção nunca foi postar... Porém, um dia, isso me passou pela cabeça: "E se eu postasse? As pessoas iam gostar?"
Até que eu me rendi, e postei. E me surpreendi ao ver que um número considerável de pessoas gostou, afinal, toda essa história sempre esteve guardada na minha mente, era uma coisa somente minha. Mas ei, quem sou eu pra reclamar o//
Enfim, acho que tudo o que eu quis ilustrar foi mostrado através da Poison Heart: ter sentimentos é importante. Mais importante do que você pensa. Quanto mais cedo você admitir que gosta ou ama alguém, melhor, porque você corre o risco de perdê-la, seja por um acidente ou seja por mágoas... Qualquer coisa. Mas é preciso ser forte ao mesmo tempo, é preciso saber as horas de ser forte e as horas de deixar seus sentimentos tomarem conta.
Ah sim, também quis ilustrar o seguinte fato: AS PESSOAS MUDAM. Não de um dia para o outro, não mesmo. Demora, mas elas mudam. Elas podem ser umas completas idiotas, mas elas vão mudar (quer dizer, se elas quiserem mudar, claro).
Ah, mais uma coisa: lute pelos seus sonhos. Eu sei, essa é a frase mais clichê do século, mas se é um clichê, quer dizer que todos repetem, e se todos repetem, é porque tem um fundo de verdade, right?!
Enfim............
Oh god, não sei o que dizer em finais de fic >.>
Obrigada a todos vocês por lerem e me apoiarem ♥ Sério mesmo, cês são lindos e i'll never forget you guys ♥
..................
Mano, eu estou sentindo um vazio horrível. É sério. E estou enrolando pra colocar a história como terminada. Eu não quero me despedir dessa fic, quero me enrolar debaixo dos cobertores e me exilar até eu aprender a me despedir direito. Mas ah, eu sabia que esse momento ia chegar uma hora, por mais que eu enrolasse.
Enfim.
Como vocês sabem, a categoria de bandas vai ser excluída e, junto com ela, essa fic '------' Mas don't worry, já estou arranjando um jeito de deixá-las para vocês lerem, nem que seja em outro lugar.
Acho que isso é tudo... Obrigada por acompanharem e não desistirem de mim nem da minha fic ♥
Keep running, keep shining, mean something.
See you later, Killjoys ♥