O grupo saiu da sala, juntamente com o mais novo Exterminator “bom”. Assim que o robô saiu, começou a procurar Draculoids para matar. Revolver gargalhou divertidamente e comunicou aos colegas que iria até o gerador novamente, para ligar as luzes. Por quererem evitar fazer qualquer coisa no escuro, o grupo ficou observando os Exterminators aniquilarem todo e qualquer Draculoid.

–Até que eles fazem jus ao nome “Exterminator”. – disse Pony, sorrindo divertidamente. Minutos depois, a luz voltou, e todos os Draculoids que estava travando lutas com algum Exterminator ali por perto olharam para Poison e engoliram em seco.

–Então me mostrem o que vocês têm, crianças da arma. Não se escondam e não correremos. – ela sorriu ameaçadoramente antes de puxar a raygun e atirar no Draculoid mais próximo. Todos os outros arregalaram os olhos em pavor e começaram a tentar fugir, mas sem sucesso, obviamente. Poison olhou para os seis restantes que ainda assistiam à aniquilação com sorrisos divertidos estampados no rosto.

–Tudo bem, agora contamos com um número muito maior de ajuda. Acho que já é seguro nós nos separarmos... Apesar de não ser a coisa que eu mais quero no mundo. – ela franziu a testa – Enfim. Kobra, Fun e Party, vocês vão para a área de trás desse andar. Jet, você procura Revolver e vai para o andar debaixo. Leva a Sunshine com você e toma cuidado com ela, ou eu arranco suas tripas. Ok?

–O-ok... – gaguejou o outro, arregalando os olhos. Sunshine corou e riu baixinho antes de ir para o lado de Jet Star.

–E quanto a você? – indagou Party.

–Eu e Pony vamos ter uma conversinha séria com a Akira e com Korse. – disse Poison, com uma cara séria. Kobra arregalou os olhos e começou a falar, mas sua voz morreu no meio da frase.

–Ei, eu vou ficar bem. – ela sorriu encorajadoramente – Eu prometo!

–Promete? – ele entrelaçou as pontas dos dedos com as dela.

–Prometo. – Poison encostou os lábios nos de Kobra e sorriu tristemente – Eu preciso fazer isso... Mas eu vou estar de volta muito rápido, e eu vou voltar bem. Ok?

–O-ok...

–Caso vocês terminem o trabalho lá embaixo e aqui em cima mais cedo, poderiam ir lá para me dar uma ajudinha. – ela fez uma careta – Mas não façam isso a não ser que tenham a certeza de que já acabaram com tudo nas áreas de vocês. Ok?

Todos eles assentiram.

–Pois bem... Boa sorte a todos vocês. – disse ela, sombriamente, antes de correr pelo corredor por onde vieram.

–Que bonitinho. – disse Pony, correndo ao lado da amiga, com um tom irônico na voz – Momento romântico com trilha sonora feita por tiros de rayguns.

–Cala a boca, Pony. – retrucou ela – Estamos indo matar a sua meia irmã. Não pode mostrar um pouco de empatia por ela?!

–Eu não. – ele deu de ombros – Ela me prendeu na prisão, juntamente com a Naomi. Estou pouco me ferrando para o que ela faz ou deixa de fazer.

–Ela é sua família.

–Grande família. – disse ele, bufando – Que eu saiba, famílias não prendem os parentes na prisão.

–Existem vários tipos de famílias... A sua é um pouco desestruturada...

–Poison. Família não é questão de sangue. Família é o conjunto de pessoas que te faz feliz, que te apoia, que te ama... E sinceramente, você é muito mais minha família do que a Akira.

Poison parou de andar lentamente, olhando para Pony, com uma expressão incrédula no rosto.

–Que é? – indagou Pony, franzindo a testa.

Poison não respondeu, apenas continuou com a mesma expressão aturdida.

–Eu... Eu ainda estou meio surda... Eu devo ter ouvido errado. – ela virou de lado – O que você disse?

–Que eu te considero parte da minha família, muito mais do que a Akira. – Pony franziu a testa novamente – Poison, você está bem?

Um sorriso começou a brotar nos lábios de Poison e a menina correu para abraçar Pony fortemente.

–Uh... O quê...

–Pony, você é a coisa mais fofa desse mundo... – disse ela, sorrindo abertamente. Pony corou e fitou o chão, ainda agarrado a Poison.

–Eu... Ahn... Obrigado, Poison...

–Obrigada por ser tão gentil comigo. – murmurou ela.

–De nada, oras. – Pony riu – Eu sempre soube que existia uma menininha doce e gentil por baixo daquela máscara de frieza.

–Você me conhece melhor do que eu mesma. – Poison riu. Pony abriu a boca para responder, mas foram interrompidos por um grito histérico vindo de longe:

–O QUE ESTÁ HAVENDO AQUI?!

–Oh, merda. É a minha querida irmãzinha. – murmurou Pony, fazendo uma careta de desagrado.

–Melhor irmos atrás dela. Não podemos deixar ela encontrar os outros.

–Melhor aproveitarmos enquanto ela ainda está dentro do quarto. – Pony mordeu o lábio inferior e puxou Poison em direção ao quarto da japonesa. Ao chegarem na porta branca e monótona, Poison pousou a mão na maçaneta, mas hesitou.

–Poison? Abre logo!

–Eu... Eu não sei...

–Não sabe o quê?!

–S-se é o certo a fazer...

Pony arregalou os olhos.

–PERAÍ, EU NÃO OUVI ISSO! Por favor, Poison, diz que você não falou isso! Ela tornou a minha e a sua vida um inferno!

–Não, quem fez isso foi a Naomi.

–E ela continuou isso!

–Pony, ela só ferrou a sua vida! Eu não tenho nada a ver com suas briguinhas internas! – retrucou Poison. Show Pony abriu a boca para responder, mas ambos foram interrompidos por uma porta sendo aberta, revelando uma Akira muito estressada e, ao mesmo tempo, confusa.

–Huh?! – gritou Akira – Quem são vocês?!

Show Pony abriu um sorrisinho afetado.

–Não se lembra do seu querido irmãozinho? – Pony tirou lentamente o capacete, revelando seu rosto marcado. Akira arregalou os olhos.

–Você! ­– sibilou ela – E você é aquela procurada número um, a Poison Heart! Espera... – Akira franziu a testa – Eu conheço você...

Poison abriu um sorriso triste, tentando tirar os pensamentos totalmente sujos que estava tendo ao ver seu amor platônico à sua frente.

–Megan Solskinn... – murmurou ela, baixinho.

Akira arregalou ainda mais os olhos.

–AH! Você é aquela que a mamãe prendeu e transformou em um Exterminator! E você também é aquela que gostava de... De mim!

Poison não respondeu e Show Pony rosnou.

–Podemos mudar de assunto?

–Não tenho nada para falar com vocês. – retrucou Akira – Saiam da minha frente antes que eu chame os Exterminators para acabar com vocês dois.

–Seus queridos protetores estão em nossas mãos. – comentou Pony, feliz.

–Do que está falando?

–Daquilo. – Pony apontou para dois Exterminators que riam enquanto torturavam um Draculoid em meio ao barulho de tiros – Sua casa caiu, Akira. Desiste.

–Nunca. – ela sorriu ameaçadoramente antes de tencionar os músculos, fazendo surgir uma faca em sua mão direita – Se os Exterminators não vão fazer esse trabalho por mim, acho que é minha vez de entrar em ação.

Dito isso, Akira se moveu habilmente, fazendo um corte no abdômen de Show Pony.