The True Lives Of The Fabulous Killjoys escrita por Adrenaline Earthquake


Capítulo 13
Dying in the process


Notas iniciais do capítulo

Então... Oi -q
Não acredito que consegui terminar o capítulo inteiro em uma dia só e em um prazo de três horas. Eu tenho superpoderes, só pode -q
Mentira, eu tenho uma coisa chamada "Falta de vida social" (:
Capítulo escrito ao som de Fascination Street e The Lovecats, ambas do The Cure. Sim, eu amo The Cure -q
Sinto que existem leitores fantasmas aqui. Apareçam, man. Eu não mordo '-'
Enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/202097/chapter/13

Poison andava de um lado para o outro na sala de espera do hospital.

Sala de espera...

Ela odiava esperar, portanto, ela odiava salas de espera. Esperar lhe deixava ansiosa, principalmente se fosse um assunto delicado, como esperar para saber se seus próprios alunos sobreviveriam ou não.

Já se passara uma hora desde que a viatura havia chegado no hospital e, até agora, nenhuma novidade lhe foi contada. Danger e Adrenaline se ofereceram para ficarem esperando junto com Poison, mas ela negou. Não queria deixar as duas colegas ansiosas como ela.

Poison continuava andando para lá e para cá, ignorando a dor intensa nos pés. Como uma Killjoy, ela aprendeu a ignorar completamente qualquer tipo de dor e ela tinha que admitir que esse treinamento estava sendo bem útil naquela hora. Ela não queria se sentar, pois isso a fazia se sentir inútil. De algum jeito estranho, andar em círculos fazia Poison Heart aliviar um pouco seu estresse.

Meia hora depois, um médico apareceu e seu olhar era indecifrável.

–E aí? – perguntou Poison, esperançosa.

–Eles vão ficar bem. – o homem sorriu. Ela suspirou, extremamente aliviada – Já foram transferidos para um quarto só e estão repousando.

–Será que eu podia vê-los? Tenho umas coisas para falar...

O médico ponderou um pouco, mas acabou cedendo. Foi na frente para anunciar a pequena visita aos quatro Killjoys que repousavam em macas e conversavam sobre alguma coisa qualquer, tentando esquecer o que tinha acontecido na base central da BL/Ind.. O médico bateu levemente na porta e entrou dizendo:

–Vocês têm visitas.

–Já? – surpreendeu-se Jet.

–Ah, as fãs... – comentou Party, rindo e sendo acompanhado por todos na sala. Ao verem a expressão séria de Poison Heart, seus risos logo morreram.

–Vocês quatro são uns idiotas.

Eles engoliram em seco enquanto ouviam o discurso da chefe, que não parecia nada feliz com o que havia ocorrido.

–ALÉM DE QUASE MORREREM, VOCÊS DEIXAM O KORSE ESCAPAR! SE NÃO FOSSE PELO DR. D., VOCÊS ESTARIAM MORTOS NESSE MINUTO, SEUS INÚTEIS! VOCÊS FIZERAM AS DUAS ÚNICAS COISAS QUE EU PEDI PARA VOCÊS NÃO FAZEREM: NÃO MORREREM E NÃO FALHAREM! ARGH, VOCÊS SÃO QUATRO IMBECIS!

Ela respirava ofegantemente enquanto tentava se recompor da briga. Ao se acalmar, girou nos calcanhares e pôs a mão na maçaneta, mas logo um pensamento lhe veio a mente. Esse pensamento a fez virar levemente a cabeça e a dizer:

–Fico feliz que ainda estejam vivos... Espero que melhorem logo...

Os quatro puderam jurar que viram o canto dos lábios da menina se repuxarem em um começo de um sorriso. Eles arregalaram os olhos e piscaram para ver se não era alucinação, afinal, ver Poison sorrir é uma coisa que poucos já viram. Porém, ao abrirem os olhos novamente, ela já havia voltado com sua expressão levemente irritada de sempre. A chefe abriu a porta e saiu do cômodo.

–Foi isso mesmo? Eu vi Poison Heart sorrir?! – disse Fun Ghoul, incrédulo.

–Eu sei! Eu também vi! – disse Kobra, arregalando os olhos e gemendo em desconforto ao quase mexer seu corpo. O tiro que havia levado ainda doía levemente.

–Acho que nós acabamos de presenciar um milagre... – murmurou Party, com os olhos fixos na porta de cor clara.

Agora que tinha certeza de que os quatro sobreviveriam, Poison pôde finalmente ir para a Base novamente. Ainda havia muito que pensar. Provavelmente, Korse já estaria pensando em outro plano para raptar Sunshine.

Sunshine...

Ela estava extremamente abalada pela “quase morte” de Party, Fun, Kobra e Jet. Não comia, não saía do quarto e se recusava a olhar para o rosto das pessoas. Por esse motivo, a primeira coisa que Poison fez ao chegar à Base foi passar no quarto de Sunshine e se ajoelhar até ficar na altura dela.

–Eu sei que você não quer olhar para ninguém e tudo o mais, mas quero que saiba que eles estão bem. Eles vão sobreviver. – ela sorriu levemente. Sunshine direcionou seus grandes olhos cor de chocolate em direção a Poison. Ela assentiu e levantou, saindo do quarto. Ela pôde jurar que ouviu um barulho rouco.

–Disse algo? – indagou ela, virando-se para Sunshine, mas a menina simplesmente olhava para a mulher, piscando inocentemente. Poison suspirou, desapontada, e foi embora em direção a sua sala. Chegando lá, tomou um susto ao ver, mais uma vez, Dr. Death Defying, sentado na sua cadeira.

–O que faz aqui? – indagou ela, franzindo a testa.

–Não posso mais aparecer na sala da minha amiga? – ele sorriu gelidamente. Poison engoliu em seco e se sentou na beirada da mesa, tremendo um pouco. Outra cena rara: Poison com medo de alguém.

–O que você quer?

–Posso saber por que você não foi com eles?!

–Eu... Eu tenho meus motivos! E você sabe muito bem deles! – defendeu-se a mulher.

–Poison, o que estamos passando agora não pode entrar em conflito com o seu passado. Está na hora de você esquecê-lo e passar a olhar para frente.

–Eu não consigo, ok?! Eu passei por muita coisa! E você sabe disso mais do que qualquer um!

–Eu sei... – ele suspirou – Mas você não pode continuar assim, Poison. Você não sabe o quanto seu passado vai causar problemas. Eu sei que o que você passou com a BL/Ind. não foi... Agradável. Mas não dá pra continuar assim... Você nunca vai conseguir lutar se não esquecer tudo o que passou...

–Eu não quero viver assim... Mas eu não tenho escolha... – Dr. D. podia ver lágrimas se formando nos olhos azuis de Poison, mas a menina se recusava a derramar uma lágrima sequer. Ela precisava manter sua pose de durona.

–Poison, chorar é humano. – notou ele.

–Eu sei, mas demonstra fraqueza. E fraqueza é a última coisa que eu quero demonstrar agora. – rosnou ela – Da última vez que eu fui fraca, me ferrei completamente. Me recuso a ser fraca agora.

Dr. D. suspirou. Poison Heart era extremamente teimosa e ele já devia ter aprendido isso há muito tempo.

–Tudo bem, Poison. Mas eu deixo-lhe esse aviso: se você não ajudar os quatro Killjoys... Eles vão morrer. E não vai haver um eu para salvá-los da próxima vez. Só você pode fazer isso...

–Mas por que só eu?

–Pense bem. Quem conhece a BL/Ind. melhor que você?

Ela não respondeu. Poison sabia a resposta.

–Tudo bem, eu... Eu farei isso. – decidiu ela – Vou ajudá-los da maneira que eu puder.

Dr. D. sorriu levemente.

–Acho bom. Enfim, vou indo, Show Pony pode aparecer a qualquer hora. – disse ele, se levantando – E... Poison...

–Sim?

–Lembre-se do que eu disse. Sobre o seu passado. Sei que aqueles anos não foram nada agradáveis mas... Já faz mais de quatro anos. Já está na hora de esquecer isso, não acha?

Ela assentiu, corando levemente de vergonha. Dito isso, Dr. D. saiu do cômodo. Poison afundou na cadeira, tentando organizar os pensamentos.

Ela já havia decidido o que fazer.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sinto que vou apanhar por enrolar tanto pra contar a história da Poison, masok.
Pequeno avisozinho:
Pra alegria de uns e tristeza de outros, a partir de hoje, prometo a mim mesma que vou postar de três em três dias, ou seja, o próximo sai na quinta. Falta eu começar a cumprir isso, mas aí já é outra história -q
Yup...
Beijo.