I Wont See You Tonight. escrita por eduardacoan


Capítulo 2
Trying to overcome.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.Eu to enrolando um pouco (muito) mas logo as coisas vão começar a acontecer.



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10:30


Desenrolou delicadamente os fones de ouvido. Deslizou as mãos sobre os cabelos castanhos, os enrolando de qualquer jeito e colocando dentro da camiseta. Se encostou num muro qualquer perto do ponto de ônibus. Olhou pros lados. Carros passavam com seus motoristas, provavelmente atrasados. Ficou observando, fora de si, quando se deu conta que o ônibus havia parado à sua frente. Entrou, arrumou um banco qualquer. Sentou-se,se sentindo um lixo por não ter impedido sua partida. Mas impedir como? Foi quando percebeu que estava ouvindo afterlife. Olhou pela janela,uma garoa fina caía. Tentou se desfazer dos pensamentos relacionados a ele.

‘’Unbreak me, unchain me, I need another chance to live’’

Um chiado tomou conta da música, e ela pulou do banco repentinamente procurando o celular para parar a música.

’I'll give you another chance to live’’ – saiu como um sussurro, e ela congelou. O que havia acontecido? Ela estava louca? Foi tirada dos devaneios pelo bipe do celular, mostrando a nova mensagem que havia chegado.

‘’Aurea, minha linda, como você está? Se não tiver bem, me avise que passo na sua casa hoje a noite. Eu te amo.’’

Aquilo a reconfortou de alguma forma,sabia que tinha com quem contar. Embora quisesse ficar sozinha,respondeu que adoraria ter a amiga por perto.

Desceu do ônibus, andou uma quadra e parou na frente da porta de vidro que revelava o que havia no espaço.

Livros, muitos livros. Velhos, novos, em perfeitas, e más condições. Apenas livros, e o senhor querido por todos, com o sorriso acolhedor de avô aberto, como ela adorava, sempre presente atrás do balcão de madeira, como se esperasse a vida toda por ela.


Jogou a mochila num canto, empurrou alguns livros pra tás e se sentou numa das mesas redondas postas ali para leitores com tempo de sobra para a boa literatura.

– Bom dia pequena! – Exclamou radiante o velho que ainda sorria abertamente.

– Oi, – respondeu num tom desanimado – Tudo bom?

– Sim,e você,está se sentindo melhor? – se referindo ao dia anterior, ela estava na biblioteca quando recebeu a notícia.

– Indo - sorriu amarelo.


Sentou-se, agora na cadeira, e selecionou alguns livros, deixados sob a mesa por ela mesma no dia anterior. Ninguém frequentava aquele lugar, devia ser por isso que ela gostava tanto de lá.


Leu pelo resto do dia, parava por uns instantes para chorar, tentando evitar que a tristeza que tomava conta dela transparecesse.


18:00

Abre a porta da casa, abre as janelas, deixa o vento entrar. Sorri ao ver a foto dele num porta-retrato ,mas logo sente o peito arder novamente. Vira as costas. Sente um arrepio. Faz um café, e vai ver TV. Desiste após trocar de canal centenas de vezes, e ver que tantas emissoras falam sobre o mesmo assunto: ele. Toma mais um gole,e adormece. 


Acorda as 20:07, com batidas fortes na porta e o celular tocando freneticamente. Não sabe o que faz primeiro. Levanta e vai até a porta. Se depara com uma Elena nervosa, vermelha de raiva, com uma mochila nas costas, e um celular pendurado no ouvido.

– ONDE VOCE TAVA SUA DESGRAÇADA? – Aurea a encara, sem saber de onde aquele corpo magrelo tira tanta força pra gritar daquele jeito.

– Dormin..- É interrompida por um abraço apertado demonstrando todo o carinho do mundo pela melhor amiga.

– Elena... me solte, está me machucando. – consegue pronunciar quase num sussurro, pela falta de ar.

Assim que se solta do abraço,tenta recuperar o ar enquanto vê a amiga entrar na casa como se fosse a própria dona, indignada com a amiga por estar a meia hora na porta da casa tentando fazer contato.

Vai tomar um banho, coloca um pijama, dessa vez com ursos dançantes. Encontra Elena jogada no sofá com um pote de sorvete na mão, que quando nota sua presença dá dois tapinhas no sofá. Sai correndo e pula do lado da magricela que espera sorrindo. Se reconforta no seu ombro, e dá colheradas no sorvete já quase pela metade.


– Você faz falta, sabia? – a menina ergue os grandes olhos castanhos para observar os olhos azuis da amiga que afaga seus cabelos castanhos. - Nós já ficamos tanto tempo longe uma da outra, por que a falta que você faz parece ser tão maior agora?


–Porque agora você precisa de mim muito mais do que antes. - depositou-lhe um beijo na testa, sussurando – Eu sempre vou estar aqui.


–Eu te amo.

–Eu te amo.



Adormeceram.



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Notas finais do capítulo

Bom,eu deixo a aparência dela quase a critério de vocês,uma vez ou outra vou revelar algo,mas não vou colocar fotos de qualquer mina emo gostosinha porque de clichê já basta a história. obrigada aos que leram,e eu juro que vai melhorar. beijo.



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