The True And Love escrita por Luana Lee


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Mais um cap.
Obrigada pelos reviews *u*
Boa Leitura.



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Peguei meu celular e disquei os números anotados no papel que Eric entregara-me. Chamou algumas vezes até a voz masculina e desconhecida atender.

– Alô? – provavelmente era Brad. Sua voz era dura e firme, provavelmente a cabeça do grupo.

– Brad? – perguntei.

– Sim – ele respondeu.

– Meu nome é Alan, recebi recomendações de um amigo meu sobre você e um grupo que poderia fazer-me alguns favores – falei.

– Não fazemos favores, nós cobramos pelo que fazemos – ele retrucou.

Filho da mãe.

– Sim, eu sei... Era apenas modo de falar – respondi. – Bem, talvez pudéssemos nos encontrar para falar sobre isso...

– Okay – ele respondeu. – Daqui a meia-hora no Central Park – ele desligou.

Sorri, pensando que em breve minha promessa estaria cumprida.



***

Brad’s P.O.V.


Desliguei o telefone, eu divertia-me cada vez que assustava um dos filhos da mãe que contratavam o serviço delas.

– Você se acha, não é, Brad? – Ana riu.

– Oras, tenho o direito de me achar – falei, deixando minha voz normal novamente.

Eu nunca fora um homem valente, e muito menos forte. Era o tipo “nerd” que todas as salas têm. Mas ninguém precisava saber disso, então eu divertia-me ao atender os telefonemas delas, fingindo ser um mafioso ou um atirador de elite.

Estávamos apenas eu e Ana ali, ela tinha cabelos negros e pele cor de avelã, baixinha e magra, a mais espevitada do grupo, tinha vinte e dois anos.

– Onde estão as outras? – perguntei, ajeitando meus óculos.

– Estão descansando, a noite foi longa e cansativa – Ana respondeu, bocejando.

Eu era magro e esguio, minha pele era clara e meu cabelo negro era bagunçado. Era o gênio dos computadores no grupo, arranjava os aparelhos mais modernos possíveis para elas, conseguia tudo que precisavam para que seu trabalho fosse perfeito.

– Por que não foi dormir também? – perguntei.

– Não estou com sono – ela suspirou. – Sabe... estou com um pressentimento ruim.

– Sobre o que? – sentei-me o seu lado no sofá de couro negro.

– Não sei... – ela balançou a cabeça, tentando afastar algum pensamento.

– Olá – uma voz feminina disse atrás de nós, assustando-nos.

Olhamos rapidamente, era Amanda.

Ela tinha cabelos avermelhados um pouco abaixo dos ombros, olhos esverdeados e pele clara, a mais nova do grupo, com vinte e um anos, nossa pequena mascote.

– Ah, olá – respondi.

– O que estavam conversando? – ela perguntou, aproximando-se e esfregando os olhos.

– Sobre nada exatamente – Ana respondeu. – As outras ainda estão dormindo?

– Sim – Amanda sorriu.

As outras eram Aline e Luana.

Aline tinha cabelos negros e lisos, pele clara, olhos levemente puxados e negros. Ela era magra e alta, a mais ágil do grupo, gostava de usar principalmente facas. A mais velha do grupo, vinte e três anos.

Luana tinha cabelos castanhos e levemente ondulados logo abaixo dos ombros, seus olhos eram cor de chocolate e pele extremamente clara. Ela era a segunda mais velha do grupo, mas com a diferença de apenas alguns meses de Ana, também com vinte e dois anos.

– Acho que teremos mais um serviço para vocês – falei.

– Já? – Amanda surpreendeu-se.

– Existem mais pessoas querendo matar inimigos do que você pode imaginar – sorri levemente.

Nunca entendera o motivo de elas escolherem essa profissão. No início eu fui contra, nunca quisera me unir a isso, mas depois vi que elas tinham potencial, se é que se pode ter isso neste ramo de trabalho. Então resolvi ajudá-las com o que fosse possível, ou seja, meu cérebro.

– Vou me encontrar com um cara, volto em algumas horas – falei.

Peguei a chave do Mercedez preto que estava sobre a mesa de centro da sala, Ana e Amanda continuaram no sofá.

Dirigi por alguns instantes até chegar ao Central Park, alguns mal-encarados sempre me olhavam estranho quando eu passava por aquela região mais abandonada do parque. Agora eram quase oito horas da noite, já estava escuro. Mal sabiam eles que eu poderia acabar com eles se quisesse.

Sentei-me em um dos bancos brancos vazios ali, fiquei esperando por alguns instantes até ver um homem com pele cor de avelã e cabelos negros se aproximar. Ele olhou-me desconfiado, olhou em volta, pareceu estranhar algo, aproximando-se lentamente de mim.

– Você é... Brad? – ele perguntou, confuso.

– Sim – respondi.

Isso sempre acontecia. Provavelmente imaginavam que eu fosse um lutador de boxe aposentado e cheio de cicatrizes.

– Bem... – ele pensou por alguns instantes. – Sou Alan.

– Okay, vamos conversar – cruzei meus braços, gesticulando com a cabeça para que ele sentasse no banco.

Ele contou-me toda a situação, explicou-me tudo o que queria e quais eram seus alvos.

– Uma banda? – questionei.

– Sim – ele sorriu. – My Chemical Romance.

– Como você quer que matemos uma banda inteira sem vestígios? – arqueei uma sobrancelha.

– Disseram que vocês eram os melhores do país, então arranjem um jeito! – ele rosnou.

– Abaixe seu tom, por favor – disse, calmo.

– Desculpe – ele respirou fundo. – Mas é que isto é questão de honra. Fui humilhado por eles, preciso fazer algo!

Eu sabia o que era ser humilhado. Isso muito me acontecera desde minha adolescência.

– Okay... – suspirei. – Pagamento adiantado.

– Adiantado? – ele surpreendeu-se.

– Somos os melhores, não precisa temer, não iremos fracassar – respondi.

Ele pensou por alguns instantes.

– Qual é o preço? – ele perguntou, decidido.


***

Ana’s P.O.V.


Brad saíra há cerca de uma hora, era sempre assim, ele se encontrava nosso contratante na área mais afastada do Central Park, conversavam por algumas horas e depois ele voltava com nosso novo trabalho e uma pesquisa completa para fazer. Brad pesquisava tudo sobre a nossa vítima, desde o seu dia a dia até suas alergias e pratos preferidos. Depois começávamos com a observação, depois nos aproximávamos e depois de algum tempo finalizávamos o plano, liquidando-o.

– Irei acordar Aline e Luana – suspirei, espreguiçando-me.

– Okay – Amanda respondeu.

Caminhei pelo corredor que levava até os quartos, parando em frente à porta marrom conhecida. Todas nós tínhamos um quarto próprio, mas resolvemos assistir um filme juntas no quarto de Aline e as três acabaram dormindo.

Girei a maçaneta dourada lentamente e afastei a porta. O quarto de Aline tinha paredes roxas, com exceção de uma que era negra. Aline estava enrolada nas cobertas vermelhas em sua cama, Luana estava deitada em um colchão no chão, também enrolada em cobertas vermelhas.

– Hey... – chamei baixinho, nenhuma delas acordou.

Aproximei-me da cama de Aline e a cutuquei lentamente.

– Hum? – ela murmurou, sonolenta.

– Hora de acordar, talvez tenhamos mais trabalho – respondi.

– Eu estava tendo um sonho bom... – ela choramingou.

Sorri, abaixando-me para acordar Luana. Ela estava com o rosto enterrado no travesseiro, provavelmente me agrediria se eu lhe acordasse em meio a um sonho bom, então afastei-me por precaução.

– Luana... – chamei.

Nenhuma reação.

– Lu... – voltei a chamar, cutucando suas costas.

Ela levantou a cabeça lentamente, parecia situar-se, seus cabelos estavam bagunçados e na frente de seu rosto.

– O que é? – ela perguntou, parecia irritada.

– Brad saiu para mais um encontro, talvez tenhamos mais trabalho ainda hoje – respondi.

– Tem tanta gente querendo matar pessoas, por que não estouram logo uma bomba atômica e matam toda a humanidade? – ela rosnou.

– Por que assim acabariam com nosso sustento – tentei brincar.

– Há quanto tempo ele saiu? – ela perguntou, virando-se para se sentar.

– Cerca de uma hora, deve estar logo voltando – respondi.

– Okay – ela espreguiçou-se. – Onde está Amanda? – ela olhou em volta.

– Está na sala – respondi.

Luana sempre protegia Amanda, talvez pelo fato de ela ser a mais nova de nós e Luana pensar que pudesse se meter em encrencas, ou talvez apenas por considerá-la quase como uma irmã mais nova.

Todas nós considerávamo-nos irmãs, nos conhecíamos desde o colegial.

Mas o fato é: Luana sempre fora a mais protetora de todas nós, mesmo não sendo a mais velha de todas agia como se fosse.



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Notas finais do capítulo

Reviews?? *u*
Beijãão'