The True And Love escrita por Luana Lee


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

HI!
Boa leitura.



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- Então você está aqui por que ele lhe deixou? – gritei, com todas as minhas forças, aproximando-me com raiva, ficando a centímetros de distância de Lohane.

 Ela não tirou seus olhos dos meus, encarando-me séria.

 - Você sabe que não – ela disse, sem expressar nenhuma reação. – Eu te amo, e é por isso que estou aqui – ela estendeu sua mão em direção a meu rosto, como que para acariciar minha bochecha.

 Peguei seu pulso com força, impedindo que ela me tocasse.

 Vi seus olhos se arregalarem e depois ela olhou em direção à sua mão.

 - Solta, Gerard! – ela disse, nervosa.

 Só então percebi que eu não medira minha força, eu quase podia sentir seus ossos estralando na palma de minha mão.

 Soltei seu pulso rapidamente, me afastando dela e sentando-me no sofá. Abaixei minha cabeça, apoiando-a em minhas mãos.

 Senti Lohane se aproximar, sentando-se ao meu lado. Levantei minha cabeça e olhei para ela. Lohane segurava seu pulso, como se estivesse machucado, mas não expressava reação nenhuma sobre isso.

 - Desculpe – eu disse, quase rosnando, mesmo que minha vontade fosse quebrar todo o meu apartamento.

 - Não foi nada – ela respondeu.

 - Vai embora, por favor – falei, antes que eu fizesse alguma besteira.

 - Mas... – ela tentou falar.

 - Por favor – interrompi.

 - Okay... – ela respondeu, levantando-se e indo até a porta. – Eu volto outra hora – ela disse antes de sair.

 Fiquei ali por mais alguns minutos, encarando a porta fechada.

 Suspirei pesadamente e me levantei, indo até o banheiro para tomar um bom banho. Fiquei um bom tempo encarando-me no espelho, olhando o que eu havia me tornado. Um zumbi, era assim que eu me descreveria se alguém perguntasse o que eu estava vendo.

 Sem pensar, acertei o espelho com a saboneteira, quebrando-o em dezenas de pedaços.

 Aquilo não fez com que eu me acalmasse, muito menos que minha raiva diminuísse, mas ajudou um pouco.

 Depois do banho, me sequei e coloquei uma roupa qualquer, indo direto para meu quarto e me jogando em minha cama, com a imensa vontade de acordar apenas daqui há duzentos anos.

*

Ana’s P.O.V.

 - Não ouse colocar essa coisa perto de mim! – Amanda gritava desesperada para mim.

 - Não fale assim da Bunny! – retruquei.

 - Isso é uma aranha! Entendeu? Aranha! E isso pode me matar! Com apenas uma picada! E eu não quero morrer! – ela gritava.

 - Ela está dentro da caixa, não vai te picar – revirei os olhos.

 - Que gritaria é essa? – Brad chegou à sala, ajeitando seus óculos, assustado.

 - Ela quer me matar! – Amanda apontou em minha direção.

 - A ordem aqui é matar os outros, não vocês mesmas – Brad encarou-me.

 - Não estou querendo matá-la – bufei. – Apenas quero que ela segure a Bunny um pouco para mim.

 - Bunny? – ele perguntou, confuso.

 - Ela... – estendi a caixinha de vidro onde minha pequena e linda aranha estava.

 - Você tem uma... aranha? – ele uniu as sobrancelhas.

 - Bunny – corrigi, séria.

 - Okay, Bunny... Mas... Porque você tem ela? – ele questionou.

 - Porque eu comprei, oras – ri. – E ela não é linda?

 - Ah, sim... Linda – ele disse, revirando os olhos e sentando no sofá.

 - Você precisa devolver isso para a loja – Amanda disse, sentando-se ao lado de Brad.

 - Não, ela é minha, ela é linda, e ela fica – encerrei o assunto, colocando a caixinha com Bunny sobre a mesinha de centro da sala.

 Amanda encolheu-se no sofá, demonstrando um evidente medo.

 Exagerados. O que a pobre Bunny poderia fazer?

*

 - Ana! – acordei assustada durante a noite com alguém aos gritos invadindo meu quarto.

 - Que foi? – perguntei, assustada.

 Amanda acendeu a luz, ela estava acompanhada de Aline que tinha uma expressão assustada.

 - Sua maldita aranha... – ela tentava não gritar, mas falhava nisso. – Ela sumiu!

 Pulei da cama rapidamente. Minha pobre Bunny havia desaparecido!

 - Como assim? O que aconteceu com ela? – eu quase gritava.

 - Hã? Eu estou pouco me lixando com o que aconteceu com ela, Ana! Estou preocupada é com o que vai acontecer com a gente!

 - Não estou entendendo – fiquei confusa.

 - Ana – Aline disse, um pouco mais calma do que Amanda – se sua aranha sumiu, ela deve estar em algum lugar desse apartamento... E isso quer dizer que...

 - Podem pisar nela a qualquer momento! – a interrompi.

 - Também – ela revirou os olhos. – Mas, principalmente, que alguém pode ser picado.

 - Não, Bunny não faria mal nem a uma mosca – falei.

 Ambas me encararam irônicas, e eu soube rapidamente por que. Bunny era uma aranha, ou seja, se alimentava justamente de moscas.

 - Okay, usei o exemplo errado – admiti. – Mas vocês entenderam o contexto.

 - O que importa é que precisamos achá-la – Amanda disse, ainda nervosa.

 - Tudo bem – suspirei. – Mas tomem cuidado para não pisarem nela.

 Fomos até a sala e fiquei um tanto chocada com a cena. Brad estava de pijama, próximo à mesinha de centro, observando o chão com cuidado; Luana estava sobre o sofá, também de pijama, olhando atenciosamente para o chão, e o pior, com um chinelo na mão.

 - Solte isso agora! – gritei para Luana. – Ninguém vai matar a minha Bunny.

 - Você prefere que alguém morra envenenado com uma picada dela? – Luana ironizou.

 - Sim, prefiro – rosnei, arrancando o chinelo de sua mão.

 Vasculhamos cada canto da sala, mas nada de encontrarmos minha querida Bunny. Eu estava reclamando da triste realidade de minha aranha ter passado apenas um dia comigo quando Brad gritou:

 - Achei!

 Todas nós olhamos em sua direção, ele estava com um sorriso vitorioso.

 - Luana... – ele disse, devagar. – Não se mexa.

 - Por quê? – ela ficou confusa.

 Assim que olhei para o sofá percebi o que Brad estava tentando dizer.

 - Ela está ao lado do seu pé! – Amanda gritou de repente, desesperada.

 Assim que ouviu, Luana soltou um grito alto, pulando sem rumo do sofá. Brad conseguiu impedir que ela caísse de cara no chão.

 Quando finalmente pensei que tudo acabara, vi Amanda pegar o maldito chinelo do chão e avançar em direção à Bunny, raivosa.

 - Não! – gritei, puxando Amanda com força.

 Ela caiu no chão e eu imediatamente pequei a caixinha de Bunny, colocando cuidadosamente dentro.

 - Como conseguiu sair daí? – perguntei retoricamente à aranha, fechando-a lá dentro. – Okay, boa noite para vocês.

 Quando eu estava encaminhando-me novamente ao meu quarto, Brad pigarreou:

 - Ana, temos um problema...

 Suspirei e virei-me novamente para eles.

 - O que?

 - Meu pé! – Amanda choramingou, ainda no chão.

 Eu não podia acreditar que Amanda estava fazendo esse drama todo por causa de um pequeno tombo.

 - Não foi nada, Amanda – revirei os olhos.

 - Acho que precisamos levá-la ao hospital – Luana disse.

 - Não é para tanto – ironizei.

 - É sim, acho que meu pé está quebrado – ela fez cara de choro.

 - Okay, vamos levar Amanda ao médico – Brad suspirou, já indo em direção à Amanda e a erguendo do chão.

 - Droga – rosnei, indo até meu quarto para trocar de roupa.

 Coloquei uma calça jeans básica e o primeiro casaco de moletom que encontrei em meu guarda-roupa.

 Quando voltei à sala, Luana também vestia um moletom e um jeans, Brad havia apenas trocado a parte de baixo de seu pijama por uma calça jeans e Amanda ainda vestia seu pijama.

 Brad carregou Amanda até o carro, pois ela estava fazendo um drama gigante e reclamando que seu pé doía.

 Não demoramos para chegar ao hospital, Amanda foi rapidamente atendida e levada para uma radiografia para ver se havia mesmo quebrado o pé. Ficamos esperando na sala de espera.

 De repente ouvi uma voz um tanto familiar, percebi que Luana também identificou-a, pois olhou para mim com uma face estranha.

 Olhamos rapidamente em direção à entrada da recepção e podemos ver os dois homens que ali entravam. Gerard e Mikey – este último estava com a mão enfaixada.


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Notas finais do capítulo

Reviews?
~~le eu to no meio da aula postando isso~~
Beijos