The True And Love escrita por Luana Lee
Notas iniciais do capítulo
Desculpem a Demora =)
Estava esperando a Ana voltar *u*
LOL'
Boa Leitura:
Estávamos saindo do estúdio, chegando à calçada. Frank e Aline conversavam animadamente enquanto Luana e eu nos mantínhamos em silêncio.
- Vamos com qual carro? – Frank perguntou-me.
- Pensei que fossemos a pé – disse.
- O dia está bom para caminhar – Aline sorriu.
- Okay, iremos andando então – Frank sorriu para Aline.
Percebe-se que ele apenas aceitou isso por causa dela, não é? Frank, como todo ex-fumante, odeia exercícios físicos. Era um ódio que compartilhávamos, mas hoje eu estava de bom humor, então não importava-me em andar.
- Vocês se conhecem há muito tempo? – Frank perguntou a Aline enquanto caminhávamos, referindo-se à amizade de Aline e Luana.
- Desde o colegial – Aline respondeu. – Luana, Amanda, Ana e eu sempre fomos muito unidas.
- Ana? – Frank estranhou.
- Ah, é outra amiga nossa – Aline deu de ombros.
Eu estava com minhas mãos enfiadas dentro dos bolsos de meu casaco de moletom preto, estranhamente eu estava sentindo-me bem com aquela situação estranha de estar saindo com duas garotas desconhecidas.
E por falar em garotas... Não pude deixar de observar que Luana mantinha-se calada, mexendo freneticamente nas mangas de sua blusa.
- Quantos anos você tem? – perguntei a ela, tentando acabar com esse silêncio.
- Vinte e dois – ela disse, sorrindo tortamente para mim. – E você?
- Vinte e oito – respondi.
Afinal, sobre o que se conversa com alguém que você acabou de conhecer?
*
Finalmente chegamos ao Central Park, a caminhada nem fora tão ruim, distraí-me olhando a paisagem e ouvindo a conversa animada de Aline e Frank. Acho que o Gnomo está apaixonado. Eles crescem tão rápido... Em tese, claro, já que Frank provavelmente não passaria desta altura e seria anão para o resto de sua vida.
- Querem comer algo? – Frank perguntou à Aline e Luana.
- Tanto faz – Luana deu de ombros.
- Eu aceito um cachorro-quente – Aline sorriu.
- Okay – Frank sorriu em resposta. – Gerard, venha comigo.
Não contestei, caminhei ao lado de Frank até um carrinho de cachorro-quente que havia ali perto.
- Por que você quis vir? – Frank perguntou-me.
- Por que estava afim – a resposta saiu mais como uma interrogação.
- Você poderia conversar um pouco com Luana, não é? – ele sorriu. – Afinal... Eu convidei ela para vir ao Central Park, e agora estou dando atenção à amiga dela, não quero que ela se sinta mal.
- Não é culpa minha se você desprezou supostos sentimentos da garota e fez o dia dela ser um fracasso total que ela nunca irá esquecer – dramatizei.
Ele encarou-me com uma cara que dizia “Cale a boca e faça o que eu pedi.”.
- Brincadeirinha – sorri para ele.
- Tente ser gentil – ele disse-me, pagando os cachorros-quentes.
Ele havia comprado quatro, entregando-me dois e segurando os outros que restaram.
- Comece levando o sanduíche dela – ele piscou para mim, encaminhando-se até onde elas estavam. O segui.
Porque eu vim nesse passeio?, perguntei-me em pensamento, não estava sendo um passeio legal para mim.
Chegamos até elas, Frank entregou um cachorro-quente para Aline e eu entreguei um para Luana.
- Obrigada – as duas falaram simultaneamente.
- De nada – Frank e eu falamos em uníssono.
Ficamos em um silêncio irritante por alguns segundos, dei uma mordida em meu sanduíche.
- Aline, vamos dar uma volta? – Frank perguntou à Aline.
- Claro – ela sorriu para ele.
Luana e eu encaramos os dois, que já se encaminharam para longe de nós sem nem perguntar se queríamos ou não acompanhá-los.
- Parece que eles não queriam a nossa companhia – Luana disse, pela primeira vez puxando assunto.
Engoli o pedaço de cachorro quente que estava mastigando.
- Pois é... – concordei. – E ele tinha convidado você, não é?
- Sim – ela deu uma risada sem graça. – Mas parece que ele e Aline se deram bem, é isso que importante, não?
- Não sei – pensei. – Se fosse comigo, eu estaria um tanto chateado...
- Bem, por mim tanto faz – ela deu de ombros.
Fez-se silêncio novamente, nós dois olhávamos para o chão, sem assunto.
- Quer dar uma volta? – perguntei.
- Pode ser – ela sorriu timidamente.
Seguimos em direção ao gramado, andávamos lado a lado lentamente, a grama parecia estar molhada da chuva no dia anterior, uma vontade idiota de deitar-me nela apareceu, mas é claro que não fiz, seria estranho de mais.
- Curte qual estilo de música? – perguntei a ela.
- Rock – ela respondeu rapidamente.
- Legal – sorri para ela, para minha surpresa fora um sorriso sincero.
- Quer sentar ali? – Luana apontou para uma árvore, onde algumas folhas secas estavam caídas sobre o gramado verde.
- Mas... deve estar molhado – lembrei-a do óbvio.
Ela esquecera que a grama estava molhada e provavelmente molharia sua roupa? Ora, grama molhada pode até manchar, nenhuma garota arriscaria uma roupa legal com isso.
- Eu sei – ela sorriu largamente.
Okay, eu já devia ter percebido que ela não era nenhuma dessas “patricinhas”, mas é que quase todas as garotas que se conhece hoje em dia são assim.
Dei de ombros e caminhei com ela até aquela árvore. Nos sentamos sob ela, em cima da grama e das folhas molhadas, pude sentir minha roupa ficando úmida rapidamente.
- Então... – pensei em algo rapidamente. – Vem sempre aqui?
Ela soltou uma risada baixa.
- Que clichê – ela comentou.
- Eu sei – revirei os olhos, rindo também. – Não sou muito bom para puxar conversa.
- Nem eu – ela fez uma careta que ficou um tanto quanto fofinha. – Mas você é mais legal do que eu pensava...
Devo admitir, ela subira em meu conceito com esse elogio.
- Sério? E como você imaginava que eu era? – perguntei.
- Ah, não sei... – ela pensou. – Todas as vezes que lhe vi você estava mal-humorado, então não sabia ao certo como você era.
- Okay, você pensava que eu era chato... – resumi seu pensamento.
- Uhum – ela riu.
- Mas não sou... – saiu mais como uma interrogação do que uma afirmação.
- Não – ela concordou.
- Você também é legal – comentei, dando mais uma mordida em meu cachorro-quente.
- Obrigada – ela sorriu.
Suspirei pesadamente, observando o parque enquanto mastigava.
- Eu vi você aqui ontem – falei depois de engolir.
Ela pareceu paralisar por alguns instantes, não entendi muito bem o motivo disso.
- Acho... acho que também vi você – ela gaguejou.
- Podia ter me dito “oi” – brinquei.
- É como eu disse... Eu... eu não sabia se você tinha ido com a minha cara ou não, então... – ela parou, meio que para não se “complicar” ainda mais.
- Tudo bem, era só brincadeira – sorri, tentando acalmá-la. – Vi o seu namorado também – falei isso com a voz mais séria, também não entendendo muito o motivo de ficar tão irritado ao lembrar que ela namorava.
- Namorado? – ela encarou-me confusa.
- Sim, você estava próxima à saída do parque, sentada no gramado debaixo da chuva e ele chegou... – tentei lembrá-la, ficando ainda mais irritado com a lembrança do dia anterior.
- Ah, o Brad – ela caiu na gargalhada.
- O que foi? – arqueei uma sobrancelha, não sabia o que havia de engraçado nisso.
- Brad não é meu namorado – ela revirou os olhos. – Ele é só um amigo.
- Ah – disse apenas, estranhamente eu me senti bem com aquilo.
- Oh, vocês estão aí! – ouvi a voz familiar falar alto, era Frank aproximando-se com Aline.
Droga, agora que estávamos conseguindo conversar?
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