The True And Love escrita por Luana Lee


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a Demora =)
Estava esperando a Ana voltar *u*
LOL'
Boa Leitura:



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 Estávamos saindo do estúdio, chegando à calçada. Frank e Aline conversavam animadamente enquanto Luana e eu nos mantínhamos em silêncio.

 - Vamos com qual carro? – Frank perguntou-me.

 - Pensei que fossemos a pé – disse.

 - O dia está bom para caminhar – Aline sorriu.

 - Okay, iremos andando então – Frank sorriu para Aline.

 Percebe-se que ele apenas aceitou isso por causa dela, não é? Frank, como todo ex-fumante, odeia exercícios físicos. Era um ódio que compartilhávamos, mas hoje eu estava de bom humor, então não importava-me em andar.

 - Vocês se conhecem há muito tempo? – Frank perguntou a Aline enquanto caminhávamos, referindo-se à amizade de Aline e Luana.

 - Desde o colegial – Aline respondeu. – Luana, Amanda, Ana e eu sempre fomos muito unidas.

 - Ana? – Frank estranhou.

 - Ah, é outra amiga nossa – Aline deu de ombros.

 Eu estava com minhas mãos enfiadas dentro dos bolsos de meu casaco de moletom preto, estranhamente eu estava sentindo-me bem com aquela situação estranha de estar saindo com duas garotas desconhecidas.

 E por falar em garotas... Não pude deixar de observar que Luana mantinha-se calada, mexendo freneticamente nas mangas de sua blusa.

 - Quantos anos você tem? – perguntei a ela, tentando acabar com esse silêncio.

 - Vinte e dois – ela disse, sorrindo tortamente para mim. – E você?

 - Vinte e oito – respondi.

 Afinal, sobre o que se conversa com alguém que você acabou de conhecer?

*

 Finalmente chegamos ao Central Park, a caminhada nem fora tão ruim, distraí-me olhando a paisagem e ouvindo a conversa animada de Aline e Frank. Acho que o Gnomo está apaixonado. Eles crescem tão rápido... Em tese, claro, já que Frank provavelmente não passaria desta altura e seria anão para o resto de sua vida.

 - Querem comer algo? – Frank perguntou à Aline e Luana.

 - Tanto faz – Luana deu de ombros.

 - Eu aceito um cachorro-quente – Aline sorriu.

 - Okay – Frank sorriu em resposta. – Gerard, venha comigo.

 Não contestei, caminhei ao lado de Frank até um carrinho de cachorro-quente que havia ali perto.

 - Por que você quis vir? – Frank perguntou-me.

 - Por que estava afim – a resposta saiu mais como uma interrogação.

 - Você poderia conversar um pouco com Luana, não é? – ele sorriu. – Afinal... Eu convidei ela para vir ao Central Park, e agora estou dando atenção à amiga dela, não quero que ela se sinta mal.

 - Não é culpa minha se você desprezou supostos sentimentos da garota e fez o dia dela ser um fracasso total que ela nunca irá esquecer – dramatizei.

 Ele encarou-me com uma cara que dizia “Cale a boca e faça o que eu pedi.”.

 - Brincadeirinha – sorri para ele.

 - Tente ser gentil – ele disse-me, pagando os cachorros-quentes.

 Ele havia comprado quatro, entregando-me dois e segurando os outros que restaram.

 - Comece levando o sanduíche dela – ele piscou para mim, encaminhando-se até onde elas estavam. O segui.

Porque eu vim nesse passeio?, perguntei-me em pensamento, não estava sendo um passeio legal para mim.

 Chegamos até elas, Frank entregou um cachorro-quente para Aline e eu entreguei um para Luana.

 - Obrigada – as duas falaram simultaneamente.

 - De nada – Frank e eu falamos em uníssono.

 Ficamos em um silêncio irritante por alguns segundos, dei uma mordida em meu sanduíche.

 - Aline, vamos dar uma volta? – Frank perguntou à Aline.

 - Claro – ela sorriu para ele.

 Luana e eu encaramos os dois, que já se encaminharam para longe de nós sem nem perguntar se queríamos ou não acompanhá-los.

 - Parece que eles não queriam a nossa companhia – Luana disse, pela primeira vez puxando assunto.

 Engoli o pedaço de cachorro quente que estava mastigando.

 - Pois é... – concordei. – E ele tinha convidado você, não é?

 - Sim – ela deu uma risada sem graça. – Mas parece que ele e Aline se deram bem, é isso que importante, não?

 - Não sei – pensei. – Se fosse comigo, eu estaria um tanto chateado...

 - Bem, por mim tanto faz – ela deu de ombros.

 Fez-se silêncio novamente, nós dois olhávamos para o chão, sem assunto.

 - Quer dar uma volta? – perguntei.

 - Pode ser – ela sorriu timidamente.

 Seguimos em direção ao gramado, andávamos lado a lado lentamente, a grama parecia estar molhada da chuva no dia anterior, uma vontade idiota de deitar-me nela apareceu, mas é claro que não fiz, seria estranho de mais.

 - Curte qual estilo de música? – perguntei a ela.

 - Rock – ela respondeu rapidamente.

 - Legal – sorri para ela, para minha surpresa fora um sorriso sincero.

 - Quer sentar ali? – Luana apontou para uma árvore, onde algumas folhas secas estavam caídas sobre o gramado verde.

 - Mas... deve estar molhado – lembrei-a do óbvio.

 Ela esquecera que a grama estava molhada e provavelmente molharia sua roupa? Ora, grama molhada pode até manchar, nenhuma garota arriscaria uma roupa legal com isso.

 - Eu sei – ela sorriu largamente.

 Okay, eu já devia ter percebido que ela não era nenhuma dessas “patricinhas”, mas é que quase todas as garotas que se conhece hoje em dia são assim.

 Dei de ombros e caminhei com ela até aquela árvore. Nos sentamos sob ela, em cima da grama e das folhas molhadas, pude sentir minha roupa ficando úmida rapidamente.

 - Então... – pensei em algo rapidamente. – Vem sempre aqui?

 Ela soltou uma risada baixa.

 - Que clichê – ela comentou.

 - Eu sei – revirei os olhos, rindo também. – Não sou muito bom para puxar conversa.

 - Nem eu – ela fez uma careta que ficou um tanto quanto fofinha. – Mas você é mais legal do que eu pensava...

 Devo admitir, ela subira em meu conceito com esse elogio.

 - Sério? E como você imaginava que eu era? – perguntei.

 - Ah, não sei... – ela pensou. – Todas as vezes que lhe vi você estava mal-humorado, então não sabia ao certo como você era.

 - Okay, você pensava que eu era chato... – resumi seu pensamento.

 - Uhum – ela riu.

 - Mas não sou... – saiu mais como uma interrogação do que uma afirmação.

 - Não – ela concordou.

 - Você também é legal – comentei, dando mais uma mordida em meu cachorro-quente.

 - Obrigada – ela sorriu.

 Suspirei pesadamente, observando o parque enquanto mastigava.

 - Eu vi você aqui ontem – falei depois de engolir.

 Ela pareceu paralisar por alguns instantes, não entendi muito bem o motivo disso.

 - Acho... acho que também vi você – ela gaguejou.

 - Podia ter me dito “oi” – brinquei.

 - É como eu disse... Eu... eu não sabia se você tinha ido com a minha cara ou não, então... – ela parou, meio que para não se “complicar” ainda mais.

 - Tudo bem, era só brincadeira – sorri, tentando acalmá-la. – Vi o seu namorado também – falei isso com a voz mais séria, também não entendendo muito o motivo de ficar tão irritado ao lembrar que ela namorava.

 - Namorado? – ela encarou-me confusa.

 - Sim, você estava próxima à saída do parque, sentada no gramado debaixo da chuva e ele chegou... – tentei lembrá-la, ficando ainda mais irritado com a lembrança do dia anterior.

 - Ah, o Brad – ela caiu na gargalhada.

 - O que foi? – arqueei uma sobrancelha, não sabia o que havia de engraçado nisso.

 - Brad não é meu namorado – ela revirou os olhos. – Ele é só um amigo.

 - Ah – disse apenas, estranhamente eu me senti bem com aquilo.

 - Oh, vocês estão aí! – ouvi a voz familiar falar alto, era Frank aproximando-se com Aline.

 Droga, agora que estávamos conseguindo conversar?


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Notas finais do capítulo

Reviews? Please? *u*
Beijoos'