A Presa do Dragão escrita por Igorsambora


Capítulo 3
Nos Jardins dos Sentimentos




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Nos Jardins dos Sentimentos

Naruto puxou Hinata para perto e, enquanto tentava protegê-la, também tentava acalmá-la.

- Hinata, fique tranqüila. Tudo vai dar certo – disse, procurando esconder o seu nervosismo, afinal, teria que lutar com os ninjas e estava dividido entre ir de encontro a eles ou esperar que o atacassem, ficando ao lado de Hinata, que tremia, parecendo ainda mais frágil do que de costume.

- Naruto-kun, não me deixe sozinha – respondeu ela, como se fosse possível ler a mente de Naruto e responder a pergunta que o loiro mentalmente formulava.

Naruto se sentiu muito forte quando Hinata abraçou as suas costas e fechou os olhos. Ele entendeu a fragilidade dela e, ao mesmo tempo, toda a confiança que ela depositava nele. Rapidamente fez uma pá de clones e, trazendo-a para frente do seu corpo, retribuiu o abraço, tentando acalmá-la.

A luta não durou muito, já que eram apenas chuunins da chuva perdidos por ali. Deu até pena, porque Naruto simplesmente os espancou com seus clones, não dando a menor chance para que tentassem nada. Já havia acabado a luta há muito e Hinata ainda estava aninhada nos braços dele, assustada.

- Já passou, Hinata-chan – Naruto dizia, com aquele tom manso que as mães usam para acalmar as suas crianças.

Hinata despertara em Naruto o mais perigoso sentimento em um homem: o instinto protetor. E, enquanto ele a acalmava, fazendo carinho naqueles cabelos azulados, percebia o quanto aquela menininha havia crescido e se tornado uma linda mulher. "Ela tá linda mesmo." Pensava Naruto, confuso com os sentimentos que Hinata fazia brotar no seu peito.

Depois disso, ele escolheu uma colina próxima como local de acampamento. Depois de montar a barraca de Hinata e ter acendido a fogueira, Naruto se preparou para montar uma rede de dormir.

- Naruto-kun, posso pedir uma coisa?

- Claro, Hinata!

- Você pode me contar como eu era?

Naruto dá um discreto sorriso, que graças à iluminação da fogueira, Hinata achou extremamente charmoso. Ela não podia negar que tinha adorado ficar agarradinha com ele. O loiro, além de alegre e bonito, era fortíssimo e era tão carinhoso! Ela sentia uma certeza de que tudo estaria bem enquanto estivesse ao seu lado. E, ao mesmo tempo, ele acelerava seu coração, quase a ponto de ficar sufocante.

- Bem, Hinata, você era um pouquinho mais tímida.

- A gente se conhece há muito tempo?

- Sim, muito tempo – disse ele, sorrindo-lhe abertamente, com um ar sonhador. – Desde a academia ninja.

- Você tem namorada, Naruto-kun? - perguntou Hinata com um leve rubor no rosto.

- Não, Hinata-chan – respondeu, num tom meio triste. – Eu já gostei muito de uma menina, mas já estou cansado de ser deixado de lado. Talvez seja hora de eu olhar em volta e deixar essa menina para lá.

"Será que fui eu quem magoou o Naruto? Ele não teve coragem de me dizer ou está me poupando por causa da minha falta de memória?" Pensava furiosamente a Hinata, tentando lembrar se a culpa era sua.

- Naruto, se a culpa é minha, pode falar pra mim. Não precisa me poupar só porque eu não lembro – disse, olhando-o nos olhos, para que ele não pudesse mentir de novo.

- Hinata-chan, obrigado. Você seria incapaz de me desprezar como a Sakura fez. Agora eu sei disso. Eu entendi que o que nos afastava era a sua timidez. Nunca tinha entendido o porquê de você agir tão estranhamente quando estava perto de mim. Você tinha medo! Tomara que quando sua memória voltar, você perca esse medo de mim. Foi muito bom ter te protegido do ataque daqueles ninjas. Eu, hoje, encontrei uma coisa que eu procurei durante anos – disse Naruto e, logo em seguida, foi se deitar na sua rede, deixando Hinata com os seus próprios pensamentos.

"Ai, Kami-sama! Será que eu tinha medo do Naruto? Que besteira! Ele é uma gracinha. Quem será essa menina que deixou marcas tão profundas no Naruto-kun? Se o que ele disse sobre eu ter medo dele for verdade, já não sei se quero minha memória de volta, afinal, lá na floresta hoje eu sinto que realizei algo que eu desejava há muito. Ele é tão carinhoso." Pensava Hinata na sua barraca, enquanto brigava com o sono.

"Não sei se foi legal ter falado aquilo tudo para a Hinata. Amanhã, quando chegarmos ao templo, ela provavelmente vai esquecer-se de tudo o que aconteceu aqui." Naruto também se torturava com seus pensamentos.

Aquela seria, sem dúvida, uma longa noite de guarda.

No dia seguinte, Naruto acordou com o cheiro da comida que Hinata prepara para eles.

- Ohayo, Hinata!

- Ohayo, Naruto-kun. Estive pensando ontem e não sei se você tem razão no que disse.

- Sobre o quê?

- Não me lembro de sentir medo de você. Apesar de ter perdido a minha memória, meus sentimentos por você me pareceram bem claros desde o começo.

-Hinata...

- Por favor, Naruto-kun, deixe-me terminar de falar. Eu não sei se terei coragem de lhe dizer isso depois de me recuperar desse encanto do colar. Não me lembro com clareza, mas tenho certeza de que nunca senti medo de você. Na verdade, sinto que te amo há muito tempo. Talvez, desde que te conheci. Se depois do templo, eu não me lembrar de tudo o que aconteceu aqui, quero que você me saiba disso. Eu não poderia perder essa oportunidade de te confessar o que sinto, já que, pelo que me contou, a minha timidez me impede de estar ao seu lado. E me desculpe se te deixei sofrer por tanto tempo, achando que ninguém te amava – depois disso, Hinata soltou um suspiro de alívio por finalmente ter lhe dito tudo e simplesmente segurou no rosto dele, fazendo um carinho nas suas bochechas.

O beijo foi um beijo calmo que, aos poucos, foi se tornando desesperado e urgente, já que nenhum dos dois sabia se ela se lembraria daquele momento e era óbvio que eles teriam que eternizar o momento nos seus corações, onde as memórias permaneceriam intactas.

- Hinata...

- Não precisa dizer nada, Naruto-kun.

- MAS EU QUERO DIZER... – gritou para ela, porque só falar era impensável, dado o volume de sentimentos que explodiam dentro dele. – Eu não sabia como era a sensação de amar e ser amado. Foi ontem, na floresta, enquanto te protegia e você estava ali, frágil e indefesa, mas mesmo assim abraçada e confiando em mim, que eu entendi que nunca havia gostado de verdade da Sakura e passou um filmezinho de todas as vezes em que você tentava demonstrar os seus sentimentos e eu não entendi. Ontem, fiquei triste porque havia, com certeza, a feito sofrer tanto ou senão mais do que a Sakura havia feito comigo, já que, em minha lerdeza, nunca reparei na flor que desabrochava ao meu lado. Desculpe por eu ser meio burro e não ter entendido os seus recados, mas eu te prometo que, mesmo se você esquecer tudo isso que aconteceu aqui, eu jamais esquecerei e agora não é mais possível viver sem tê-la ao meu lado.

Aquele dia prometia. E ele ainda estava apenas no começo.


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Notas finais do capítulo

obrigado pelo carinho de vcs leitores e pelo apoio nos reviews...

bjão a todos!!!



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