Maluca,eu?! escrita por AnnieWeasley


Capítulo 7
Droga, Potter!




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Quando eu entrei na cozinha atrás do Potter, fui abordada por elfos que não tinham nada pra fazer, e vi que Potter também estava cercado deles.'- Bom dia, senhorita Lílian! – falou uma elfa de grandes olhos rosinhas (que Juliet ama).'- Bem-vinda, senhorita Lílian. – falou um elfo de olhos azuis-arroxeados.'- Em que posso ser-lhe útil, senhorita Lílian? – disse um elfo de imensos olhos verde-escuro.'- Olá Lolly, Dixie e Morty. Como vão? – falei, carinhosamente.Lolly, a de olhos rosa, era uma elfa competente e preocupada, que as vezes parecia ter um pouco de sangue humano nas veias. Dixie, o de olhos azuis/roxos, é um elfo meio velho e caduco. Me divirto horrores com ele, sempre esquecendo as coisas e falando sozinho. E Morty, o elfo de olhos verde-musgo, simplesmente tem uma obsessão por trabalho que eu nunca vi igual. É preocupante, ele não descansa um segundo sequer.Eu e Juliet costumamos vir na cozinha, e esses três elfos, com o passar do tempo, se tornaram uns amigos, por assim dizer. Acho que possivelmente todos os elfos daqui me conhecem, depois do incidente do bolo de carne (longa história), mas esses três são especiais.Vi que alguns elfos acompanhavam Potter até uma mesinha para dois e o vi acenando pra mim. Fui até lá, os três elfos me seguindo e falando.'- ...então, senhorita Lílian, eu disse que ele deveria parar com isso, que ele ia ter um akaki do coçarao, mas ele não me ouviu...'- Ataque do coração. – corrigi Lolly. Morty veio em sua defesa:'- Mas elfos não têm atatis çu coxarum, senhorita Lílian, e Morty gosta de trabalhar e honrar o professor Dumbledore, a Escola de Hogwarts e seus alunos!'- Mas você tem que descansar, Morty. – falei, com veemência, desistindo de corrigi-los.Então Potter se virou pra mim e falou:'- Não sabia que você conhecia a cozinha.'- Eu descobri por acaso, no terceiro ano...'- Ah, ela conhece... – se intrometeu o idoso Dixie. – Ela sempre vem aqui e come toneladas de comida... Não sei como é tão magrinha... – continuou, apertando meu braço.Lolly o olhou aborrecida, enquanto Potter gargalhava e eu ficava meio sem-graça.'- É, posso sempre contar com Dixie pra estragar tudo quando eu tento disfarçar... – falei, e Potter riu ainda mais.'- O de sempre, senhorita? – perguntou o sempre eficiente Morty. Suspirei e falei:'- E qual seria o de sempre, Morty?'- Ah, a senhorita é quem escolhe! – ele falou, todo orgulhoso. Definitivamente, Morty só fala as coisas por que acha que é bonito.'- Então o de sempre, Morty. – falei. Ele pareceu pensar por um segundo e então falou, meio confuso:'- E qual é o de sempre, senhorita?Potter riu e dessa vez, me juntei a ele.'- Lolly, traz qualquer coisa que encha o estômago, sim?'- Claro, senhorita, é pra já! – se intrometeu Morty. Depois de pensar mais um pouco, ele falou:'- O que é um estômago, senhorita?Ainda bem que Lolly saiu o puxando. Não acho que ela saiba o que seja um estômago, mas tenho certeza de que vai trazer alguma coisa boa.'- Como descobriu a cozinha? – perguntou Potter.'- Ah, bem... – falei, embaraçada. – Sabe, um dia eu não consegui dormir por que... bem, eu estava morta de fome. Aí eu acordei Juliet e falei isso pra ela. E ela sugeriu que fôssemos na McGonagall perguntar se ela tinha algum Feijaozinho de Todos os Sabores guardado. Juliet nunca foi uma boa criadora de planos no meio da noite... – ponderei, ao que Potter riu. – E eu nunca penso direito com fome ou com sono, então eu topei. Aí a gente desceu e ouvimos umas risadinhas. Que vinham de você e de seus amigos. Despertamos na hora e seguimos vocês. E foi pra cá que vocês vieram. Esperamos mais ou menos uma hora pra vocês saírem e entramos em seguida. Acho que nunca fiz um assalto à geladeira tão proveitoso...'- E como foi proveitoso! – se intrometeu Dixie, relembrando. – As senhoritas explodiram um fogão e a cozinha ficou toda cheia de bolo de carne. Arnold, o chefe da cozinha, vocês sabem, quis proibir a entrada das senhoritas na hora, mas como elas foram prestativas e nos ajudaram com a organização e ainda fizeram o café-da-manhã do dia seguinte, Arnold não teve como bani-las. Prnicipalmente depois da conversa secreta que as senhoritas tiveram no escritório dele. Confesso que nunca vi Arnold tão serio e ameaçado com depois daquela conversa.Potter olhava pra mim inquisidor. Eu me defendi:'- Eu não fiz nada, juro! Ele só precisava de uma boa história comovente para amolecer aquele coração de pedra.Potter riu e continuamos conversando, contando com as intromissões pedantes de Dixie, e logo Lolly e Marin se juntaram a nós, com a comida (deliciosa, devo dizer).Já era bem tarde quando finalmente saímos da cozinha.'- ...E no outro dia ele nem ao menos lembrava do que tínhamos feito. – Potter ia contando uma história realmente engraçada, sobre o que tinham feito com o Pettigrew um dia desses. Eu me controlei para não cair na gargalhada e ainda tentava ralhar com ele:'- Mas pobrezinho! E eu achando que você só azara primeiranistas e sonserinos... Nem seus próprios amigos escapam!'- Mas eu nunca azararia você, Lílian. – ele falou, sério, parando de andar e me olhando nos olhos. Céus, que garota não se derreteria ao ouvir aquilo? E então eu me dei conta: ele estava me ganhando. Estava conseguindo me colocar na palma da mão, exatamente onde ele tinha todas as garotas desse colégio idiota. Eu, que sempre resisti ao máximo cair em seus encantos, suas provocações e seus charmes baratos, estava indo parar exatamente onde tanto lutei pra não estar.Na hora em que me dei conta disso, parei de sorrir e falei, bem séria:'- Olha, Potter, hoje, agora, na cozinha, foi bem legal, a gente se divertiu e eu gostei. Não estrague tudo me tratando como qualquer umazinha, que ri das suas piadas só por que são suas, que se vestem como você quer que se vistam, que falam o que você quer ouvir, tá legal? Porque eu simplesmente não sou assim. Boa-noite.E antes que ele pudesse me impedir, eu subi as escadas para o dormitório feminino, pois a essa altura já estávamos no Salão Comunal. Entrei no dormitório, fechei a porta atrás de mim e não consegui me conter: simplesmente encostei nela e fui escorregando até o chão, correndo as mãos pelos cabelos. Droga, Potter!


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Notas finais do capítulo

Obs: Capítulo escrito pela autora original.



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