Spirit Bound Por Dimitri Belikov escrita por shadowangel


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Gente
Segue mais um capítulo...
Eu não prometo postar todo dia, a vida anda muito corrida, mas sempre que eu tiver uma capítulo novo eu postarei, combinado?
Apesar dos requintes de crueldade, eu adorei fazer esse (acho que estou ficando má rsrsrs)
Ah e nem precisa dizer que não tem isso no livro, o capítulo todo é criação minha.
bjs



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Eu tinha organizado os humanos e os Strigois que trabalhavam para mim em turnos para vigiarem a Academia. Eu tinha que admitir que os humanos, apesar de mais fracos, eram mais fáceis de serem dominados. A expectativa de se tornarem imortais os levava a fazer qualquer coisa sem questionar. Idiotas, mas muito úteis, já que os Strigois não podiam vigiar durante o dia.

E vigiar portões fechados era algo tedioso que requeria muita paciência – coisa que os Strigois não tinham muito. Eu confesso que a ausência de notícias novas, muitas vezes, me deixava extremamente irritado. Mais do que seria natural para mim.

“Vários carros deixaram a Academia esta manhã.” Um humano relatou. “Mas nenhum deles tinha a garota que você descreveu. Eu montei umas barricadas para impedir a passagem, caso a avistasse, mas nada. A maioria dos carros só tinha Morois dentro.”

Pelas minhas contas, o semestre da St. Vladmir estava no fim e a cerimônia de graduação de Rose já deveria ter acontecido. A retirada dos estudantes com suas famílias indicava isso. Muitos iam passar o verão em suas casas, apesar de alguns permanecerem na escola, onde passavam suas férias em atividades extraclasses. Esse não era o caso de Rose, já que ela não teria mais semestres para estudar e tecnicamente não teria mais férias. Ela agora teria que encarar o mundo real. O mundo onde eu iria encontrá-la.

“Isso é um desperdício de tempo.” Adonis, um dos Strigoi que me servia, resmungou em um canto da sala.

Eu olhei imediatamente para ele. “Oh, como você descobriu que tempo é algo que você não tem mais?” Perguntei, fingindo uma voz calma e uma leve surpresa. Rapidamente, os demais que estavam no ambiente – humanos e Strigois – assumiram uma posição tensa. A estas alturas, todos sabiam que eu não tinha tolerância com este tipo de insinuação. Ou bem, eu não tinha tolerância com nenhum tipo de insinuação. Eu não tinha tolerância com nada.

“N-não, n-não f-foi isso que eu quis dizer, B-Belikov.” Ele tropeçou nas palavras, visivelmente apavorado. Ele havia percebido muito tarde que não podia falar daquele jeito comigo. “E-Eu apenas quis dizer-“

“Sua opinião, sobre o quê quer que seja, não me interessa.” Eu rosnei, sentindo a irritação que eu tinha aumentar. Eu realmente estava muito nervoso por não ter notícias de Rose há muito tempo. A tensão cresceu ainda mais na sala, que ficou em um silêncio cortante.

“Aliás,” eu continuei, “você não me interessa mais.” Com estas palavras e com um único e rápido passo, voei até ele e o segurei pelo pescoço, o erguendo o máximo que eu pude e apertando com toda força que eu tinha, ao ponto de sentir meus dedos ultrapassando a sua pele e partindo os ossos, sem dar a ele qualquer chance de defesa.  Ele começou, em vão, a se debater, balançando suas pernas no ar e eu, sem qualquer piedade, lhe dei um golpe com a minha outra mão livre, que arremessou sua cabeça longe, jorrando sangue por toda a sala. Soltei o seu corpo no chão e me virei para os demais que estavam ali, me olhando com pavor saltando dos olhos. Honestamente, eu nunca imaginei que Strigois pudessem ser criaturas tão patéticas, na maioria das vezes, pelo menos. Eu tive que suprimir um sorriso, afinal a raiva por ser questionado ainda me dominava.

“Alguém tem mais alguma queixa a fazer sobre o uso do tempo?” Perguntei sarcasticamente. Ninguém ousou responder, claro. Eu voltei calmamente para a poltrona onde eu estava sentado anteriormente. Senti que os olhos de todos me seguiram, mas o silêncio continuou.

Minha mente girava somente em um propósito. Eu pensava e pensava em ter Rose, incansavelmente.

Provavelmente, em breve ela iria para a Corte. Era o destino natural de Lissa, como um membro da realeza e, onde esta estivesse, Rose também estaria, mesmo que não fosse bem vinda. E também ela teria que passar pelo jantar de designação. Era um evento organizado pelo Comitê dos Guardiões, onde os Morois podiam conhecer e requisitar os novatos recém formados para serem seus guardiões. Eu me divertia em pensar de como todos eram inconscientes da capacidade de Rose. Se eles conseguissem abrir a mente para enxergar, veriam que ela era uma das melhores que já tinha surgido e a designariam para a guarda real. Mas eles provavelmente levarão mais em conta padrões estúpidos de comportamento e vão acabar a colocando para algum Moroi de segunda classe. Pobre Rose. Eu não conseguia ver nenhuma perspectiva boa para seu futuro.

Eu maquinava uma maneira de tentar capturar Rose antes que ela partisse para a Corte. Lá era um local extremamente bem protegido, quase impossível de ser transpassado. Se ela fosse designada para um Moroi que já vivesse lá – ou até mesmo para Lissa – pegá-la seria algo que iria requerer bastante planejamento e um grupo bem treinado. Eu sabia que provavelmente ela partiria de avião, que era basicamente inútil vigiar os carros que passavam pelos portões, mas eu não queria arriscar nada.

Todo esse tempo que eu estive aguardando, desde que havíamos retornado da Sibéria, eu esbocei um plano – maquiavélico, eu reconheço – mas que me deixava bastante orgulhoso de mim mesmo. Provavelmente era a única forma de ter Rose comigo novamente. E esse o objetivo que me movia todos os dias. Eu precisava dela urgentemente. Eu sabia que devia matá-la e temia que outro Strigoi fizesse isso por mim. Vez por outra, eu tinha a informação de que um Strigoi tinha vindo de algum lugar distante especialmente no intuito acabar com Rose. E eu sempre ia pessoalmente ao encontro deste Strigoi, toda vez que isso acontecia. Assim, eu esperava deixar claro para todos que Rose era minha e que ninguém deveria se meter com ela. Mas parecia inútil. Sempre tinha alguém disposto a me desafiar.

Era assim que eu tinha a certeza que não podia manter Rose viva comigo. Ela me tornaria vulnerável e eu não podia passar a vida protegendo uma dhampir. Ao mesmo tempo, se a transformasse, ela seria quase tão invencível quanto eu e como eu a conhecia bem, não tardaria muito até que ela se voltasse contra mim. Ela sempre seria meu ponto fraco e eu não podia me permitir ter alguém que pudesse me atingir de uma forma ou de outra. 


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