Caleidoscópio escrita por lljj


Capítulo 36
Hospital


Notas iniciais do capítulo

Oioi pessoal!!
Bem, bem estamos nos aproximando do fim não é? Talvez alguma coisa já esteja comichando nessas cabecinhas do que eu vou aprontar no ultimo capitulo (ou talvez não né...), mas o fato é que eu não tenho a minima ideia (sou uma ótima escritora não?)...
Esse capitulo tá maneirinho, mas como eu quase nunca falo sobre o contexto da coisa toda, deixo essa tarefa para vocês
Boa Leitura!!



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Hospital Central de Emergência Karakura. 03:45 da tarde, quinto andar, sala de espera... O silêncio dos parentes que aguardavam pacientemente as informações de seus entes que estavam sendo operados foi perturbado pela mulher ruiva nervosa que entrou gritando descontrolada.

  Policias tentavam com dificuldade a afastar do homem alto e pálido a qual ela tentava estrangular.

  — Se controle! — Um deles falou. — Estamos em um hospital e tem outros tão nervosos quanto você.

  — O que você quer que eu faça se encontro um policial conversando tranquilamente com esse homem louco? — Ela retrucou tentando escapar dos seus braços. — Ele devia estar preso pelo que ele fez!

Gin a olhou sem sorrir. Podia estar fazendo um papel de bonzinho agora, mas sua barra com a policia continuava tão suja quanto antes. Se Rangiku falasse algo sobre seu passado ele iria do hospital para a prisão em questão de minutos.

  — Podem a soltar policiais. Ela só está nervosa por conta com o que houve com a criança... — Ele disse ainda um pouco afastado dela.

   Melhor não arriscar...

  — Tenho certeza que foi você que machucou a Kisa. Seu monstro. — Ela começou a soluçar. — E por sua culpa ela está nessa situação!

  — Senhora eu acho que você não entendeu. — Um dos policiais falou pondo uma mão em seu ombro. — O que aconteceu com sua filha foi sim um crime, mas da parte do prédio que não estava cumprindo as regras de preservação. E foi o senhor Ichimaru que avistou, resgatou e fez os primeiros socorros a sua filha. Com certeza se não fosse por ele a senhorita agora estaria chorando sobre um corpo morto sem a esperança de vê-la novamente. — O policial a alertou.

Ela olhou para ele com os olhos inchados e depois para Gin que estava a uns cinco passos longe dela.

  — Deve enxergar as coisas como elas são e não tirar conclusões precipitadas...

Ela já não ouvia mais nada do que o policial dizia. Gin estava ali olhando para ela com seus olhos azuis claríssimos abertos. O mundo começou a parar.

  — Assim é melhor. Agora que está mais calma deve nós acompanhar e falar sobre o que aconteceu quando deixou sua filha. — Ele a segurou pelo braço e puxou a até uma cadeira ainda mais afastada de Gin.

  — Sabemos que é difícil mais temos que perguntar em que condições a creche e suas monitoras estavam... — O outro entrou em sua frente com um bloco de papel na mão, tampando totalmente a imagem de Gin.

  — Consegue nos responder agora? — O policial perguntou sentado ao seu lado.

Ela suspirou.

  — Sim...

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Foram pouco mais de vinte minutos falando e os policiais decidiram sair para encontrar o pessoal que fazia a pericia no prédio. Deixaram um abraço e muita força para Kisa e lhe prometeram fazer o responsável pagar pelo que fez.

Mesmo com a mente turbada Rangiku notou o fato dos dois não pararem de olhar para seu decote.

Depois que saíram ela focou sua mente para Gin que continuava em pé na frente de um corredor com uma larga porta. Era onde entravam os pacientes e saiam os médicos. Por um pequeno momento ela sentiu vontade de levantar e ir até ele, mas a vontade passou ao lembrar quem era que estava ali.

   Ele fez isso para ganhar pontos comigo, não porque é bom. Ele nunca foi bom, sempre mentiu, enganou, roubou e até matou... Sempre foi uma cobra se disfarçando para atacar os outros. Deve querer fazer algo com Kisa agora que está nesse estado ou até mesmo comigo que estou nessa situação. Deseja como sempre tirar proveito da desgraça alheia para conseguir seus objetivos e... E...

Ela parou de deixar sua mente a levar quando novamente olhou para Gin. Ele agora havia chegado perto da grande e larga janela do andar. Ele fechou seus olhos novamente, mas ela podia dizer que ele estava completamente submerso em pensamentos.

  Por que ele faria isso se não fosse só para ganhar algo em troca? Por quê?

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A hora estava passando cada vez mais devagar. Primeiro foi para a ambulância chegar, depois para chegarem ao hospital, então vieram os policiais fazendo varias perguntas que ele não sabia responder e agora ninguém falava se a menina estava ou não bem.

Sem contar o tempo insuportável que teve que assistir dois policiais olharem para a sua mulher daquela forma tão vulgar. A todo segundo lembrava que estava em um hospital e que ali estavam dois policiais que não podiam nem desconfiar da pessoa que ele era. Ou foi.

   Mas que droga de espera... Será que ninguém vai sair para falar algo?

Ele olhou para os policias se despedindo de Rangiku e indo embora. Ela o olhou por um breve momento, mas depois apoiou a cabeça na parede e fechou os olhos.

Ele suspirou. Sentia uma vontade enorme de ir até lá abraça-la e espantar suas lagrimas dos olhos. Mas sua fúria indomável assumiria novamente e ela o atacaria como fez ao ver... Agora não teria ajuda de policiais.

Andou até a janela que estava ao seu lado e olhou para fora.

Ele não era o tipo de pessoa que gostava de hospitais, sempre fez de tudo para passar longe deles. O barulho das sirenes, das pessoas chorando, os médicos correndo, macas, ambulâncias, cadeiras de rodas, gritos... Isso era horrível.

  Talvez eu deva ir embora... Ela já está aqui, a menina já está sendo cuidada.

Ele deu uma olhada para Rangiku que estava o encarando, assim que percebeu ela desviou os olhos.

  Ou seria melhor ficar... Ela já deve ter chamado aqueles amigos imbecis, vão chegar já me olhando torto. E ah! Isso tá um saco. Não passa ninguém para falar nada.

Ele deu um suspiro.

  Eu nem sei por que eu vim... Aquela doida da creche que devia estar aqui. Já fiz muito tirando a garota de dentro da piscina o mínimo que ela podia ter feito era ter entrado naquela merda de ambulância.

Ele cruzou os braços e começou a pensar no caminho que havia feito. Nos paramédicos envolvendo a menina em papel alumínio, do barulho da sirene e das buzinas do lado de fora, da medica falando que não tinha pulso e de um forte calafrio que sentiu quando pegaram o desfibrilador.

Ele não gostou de saber que Rangiku estava cuidando da Kisa como se fosse sua filha, ela não era... Não tinha nem seu sangue e muito menos o sangue dele. E agora era essa pequena criança que fazia com que ela ficasse mais afastada dele, que dominava sua mente e seu coração não deixando mais espaço para ele entrar. Ele não queria admitir, mas não conseguia evitar sentir um grande ciúme de Kisa por ser ela com quem Rangiku estava agora...

Ele deu uma leve risada.

Esperava inconscientemente perder Rangiku para um homem, mas acabou a perdendo para uma criança. Talvez essa seja a maior prova de quão baixo ele era.

Queria acender um cigarro, mas tinha uma grande placa escrita “proibido fumar”. Olhou novamente para o corredor e nenhum medico estava por perto para dar informações.

Olhou novamente para Rangiku, agora ela estava de pé apoiada na outra extremidade da janela.

Era ridículo ficar ali assim. A menina não era nada dele e a única pessoa que realmente importava queria vê-lo a um quilometro de distância. Seria melhor ir para casa e esperar que a garota não morresse.

Ele descruzou os braços e pôs as mãos nos bolsos. Deu menos de dois passos até que uma mão grande segurou seu ombro.

   — É você que está com a criança vitima de afogamento? — O medico falou.

  — Sim. — Ele disse se virando.

  — Eu sou a mãe dela. — Rangiku se aproximou. — Como ela está?

  — A cirurgia já foi concluída. Ela está na sala de observação, seu estado ainda é delicado, está respirando com dificuldade. — O medico falou tirando a mascara. — Imaginamos que ela deve ter permanecido ao menos dez minutos submersa, isso é tempo demais para uma criança... Talvez sua filha fique com algumas sequelas mãe.

Rangiku olhou desolada.

  — Que tipos de sequelas?

  — Faremos exames mais detalhados, mas por agora ela está fora de perigo.

  — Posso vê-la?

  — Isso não é possível...

  — Por quê? Ela é a mãe, não tem o direito? — Gin perguntou entrando na conversa.

  — O estado da menina exige muita observação, ela está no pós-operatório e lá não é permitida a entrada de parentes.

  — Ah... — Rangiku passou a mão na testa e deu um forte suspiro.

  — Daremos mais informações depois, com licença. — O médico se afastou, mas foi parado por outras pessoas antes de seguir seu caminho.

  — Bem... — Gin falou baixo. — Acho que já vou embora.

Rangiku só balançou a cabeça.

Ele queria falar mais, mas aquela não era a melhor hora e nem o melhor local para se discutir esse tipo de assunto.

Andou até o elevador e junto com o medico que fez a operação de Kisa entrou nele. Antes das portas se fecharem Rangiku apareceu na sua frente.

  — Obrigado.

O elevador então desceu.

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Na porta do hospital viu Nanao e Kyoraku entrando.

Sai na hora certa...

Ele andou até a frente do hospital, havia saído de casa só com o celular e as chaves do carro que tinha ficado no estacionamento do prédio. O jeito seria pegar um taxi e pagar quando chegar em casa.

Acendeu seu tão aguardado cigarro e começou a andar pela rua em direção a algum ponto.

Virou algumas ruas e avistou de longe um taxi parado, o motorista estava fora dele esperando algum passageiro. Deu sinal e foi caminhando em sua direção. Do outro lado veio um homem empurrando um carinho de bebê com uma criança dentro.

  — Tá livre? — O homem perguntou.

  — Desculpe esse moço chegou primeiro. — O taxista avisou.

  — Deixe ele ir... Eu pego o próximo. — Gin disse balançando uma das mãos.

  — Muito obrigado senhor. — O homem falou desabotoando o bebê do carrinho.

Gin ficou olhando a forma como ele pegava a criança. O homem era alto e forte, mas suas mãos pareciam tão suaves tocando sem jeito naquele pequeno corpinho. Ele pôs o bebê de um lado dos braços e tentou fechar o carrinho. O motorista foi ajudar, mas o negocio parecia estar completamente emperrado.

  — Deixa que eu vejo... — Gin jogou o cigarro fora e se juntou ao motorista naquela difícil tarefa.

  — Tem um botão que faz ele fechar... Ficava ai embaixo. — O homem falou sacudindo o bebê que havia começado a chorar.

  — Aonde? — Gin olhou, mas não via nenhum botão naquela coisa.

  — Não é isso aqui? — O motorista se abaixou e começou a mexer em umas manivelas ou seja o que for que havia no carrinho.

  — Eu acho que isso é pra travar as rodas, não? — Gin falou olhando como se aquilo fosse um bicho de sete cabeças.

  — Não para travar as rodas é esse ali embaixo. — O homem apontou e o bebê só chorava mais.

Depois de cinco minutos tentando fechar o carrinho o motorista falou.

  — Olha eu desisto. Enfia isso dentro do carro do seu lado e vamos embora... — Ele olhava para o carrinho como se fosse algo de outro mundo.

  — É! Esse troço deve estar quebrado por isso não fecha. — Gin disse revoltado consigo mesmo por não ter conseguido fechar uma droga de carrinho.

  — Não se preocupe. É que precisa ter jeito. — O homem falou sorrindo. — Segura meu bebê por favor... — Ele falou se aproximando de Gin.

  — O que!? — Ele deu um passo para trás. — Eu não sei fazer isso. Dá pro motorista!

  — Ah não! Comigo não... Eu... Eu... Vou ligar o carro pra esquentar o motor! — O taxista saiu correndo até o outro lado do carro.

  — Vai ser rápido só quero fechar o carrinho. — O homem continuou sorrindo.

  — Me diz como é que eu fecho.

  — Eu disse mas nenhum de vocês conseguiu. — O homem afastou o bebê de seu corpo e levou até a direção de Gin. — Ele não morde é só segurar aqui nas costas e apoiar o rosto no peito.

O homem falava como se fosse amigo de velhos tempos.

Gin não entendia como ele podia simplesmente entregar seu filho a um estranho qualquer na rua.

   Se eu fosse uma pessoa mal intencionada poderia muito bem sair correndo e levar o bebê... Mas ele parece nem ligar.

Ele pensou olhando para o pedacinho mole e indefeso que estava mal posicionado em seus braços.

   É tão pequeno e frágil...

O menino havia parado de chorar a algum tempo e agora estava chupando o dedo. Estava olhando para o rosto dele com os olhos ainda brilhando de lágrimas. Seu pai já tinha conseguido fechar o carrinho e agora estava pondo no bagageiro do carro.

  — Não foi tão ruim assim não é? — Ele disse pegando novamente o menino.

  — Não nasci para essas coisas. — Ele olhou para o chão.

  — Ninguém nasce... Só nasce um pai quando se nasce o filho. — O cara fez um carinho na cabeça do menino. — Obrigado pela força.

Gin assistiu ele entrar no carro e sair.

Alguma coisa em ser pai estava o incomodando hoje. Talvez fosse por conta de Kisa, pelo que aconteceu e pelo que fez. Realmente quis proteger a menina naquele momento... Talvez lá bem no fundo ele já acreditasse que ela era parte de Rangiku.

Um carro parou em sua frente e o motorista gritou:

  — Tá esperando taxi senhor?

Ele deu um suspiro e entrou.

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  — Ichimaru está no mesmo prédio que você? — Nanao falou surpresa.

  — Está... — Rangiku falou apoiada na parede.

  — É incrível... Ele não havia morrido? — Kyouraku disse alisando a barba.

  — Foi o que ele queria que pensássemos. — Ela deu alguns passos para frente. — Mas agora ele voltou.

  — E ele já disse o que quer? — Nanao perguntou.

  — Não... Não conversamos, o vi poucas vezes e sempre foram rápidas. — Ela passou a mão no pescoço. — Soube hoje que estamos no mesmo prédio. Estava pensando em sair de lá.

  — Depois do que aconteceu com Kisa é obvio que você vai sair. — Nanao falou ajeitando os óculos.

  — A policia falou alguma coisa? — Kyouraku perguntou.

  — Não. Na verdade eu sei de pouco. Parece que as monitoras não cuidaram dela direito e ela foi parar na piscina... Com certeza entrou e não conseguiu sair. — Os olhos de Rangiku começaram a lagrimejar.

Kyoraku pôs uma mão em seu ombro para conforta-la.

  — Os médicos acham que ela deve ter ficado uns dez minutos submersa. — Ela fungou e olhou fixo para o chão. — E então Gin apareceu e tirou ela da piscina.

  — Ichimaru! — Nanao falou.

  — É. — Seus olhos continuavam perdidos. — Foi ele quem fez os primeiros socorros e a acompanhou até aqui...

Os dois ficaram em silêncio.

Rangiku os olhou e depois se sentou.

Eles a acompanharam. Nanao sentou de um lado e Kyouraku de outro.

  — Quando o vi pela primeira vez ha uns dias ele disse que estava cansado e queria parar. Eu não sabia o que significava, mas o mandei ir embora. — Novamente seus olhos estavam focados em um ponto distante. — Ele fez tantas coisas ruins. Ele mentiu, roubou, matou e agora diz que quer parar... Eu não sei o que pensar mais dele.

  — Já pensou que ele deseja mudar? — Kyouraku perguntou serio.

Ela o olhou incrédulo.

  — Você acha que ele conseguiria mudar!? Depois de tudo o que ele fez... Ele fingiu estar morto! Ele fez Keith mentir para mim!— As lagrimas começaram a descer de seus olhos. — Ele me abandonou...

  — Ela tem razão. — Nanao segurou sua mão. — Ele pode muito bem ter voltado para atormenta-la como já fez varias vezes.

  — Não está levando em consideração o que ele fez pela menina... — Ele respondeu firme.

  — Não importa o que ele faça agora Kyouraku... Seu passado é algo que ele não pode apagar. — Nanao retrucou.

  — Mas seu futuro é algo que ele pode mudar. — Ele falou suave.

Rangiku o olhou por um momento.

  — O que acha que ela deve fazer? Dar brecha para aquele bandido? — Nanao falou nervosa.

  — Não... Apenas ouvir o que ele tem a dizer já deve ser bom o suficiente. — Ele disse olhando em volta. — Pense na pessoa que você era e na pessoa que você é agora Rangiku... Você está mais velha, enxergar as coisas de outra forma. Quem sabe ele também não amadureceu...

A sala de espera entrou em um imperturbável silêncio depois dessas palavras.

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Já eram 10 horas da noite. Já havia recebido visitas de vários de seus amigos. Toushirou, Hinamori, Renji, Rukia, Ichigo, Ikakku, Yumichika, Lira, Ayla e agora estava na companhia de Nanao, Kyouraku e Daniel.

Ela estava de pé na frente de Daniel que ainda estava com a roupa do trabalho. E Nanao estava sentada ao lado de Kyouraku que tentava a toda hora apoiar a cabeça em seu ombro.

Os médicos haviam removido Kisa da sala de pós- operatório e a levado pra o sexto andar onde ficava a UTI. A sala de espera era maior, mas o numero de pessoas há essa hora era muito pequeno. Os únicos que passavam eram os médicos e alguns maqueiros.

Daniel havia conseguido que Rangiku pudesse acompanhar Kisa até o sexto andar. Não foi por muito tempo, mas o suficiente para que ela pudesse registrar o estado da menina.

  — O medico me disse que ela está bem melhor pessoal. Se vocês quiserem ir para casa descançar podem ir. — Rangiku falou cortando o silêncio da sala.

  — Não. Iremos ficar com você... Renji e Hinamori cuidaram do bar hoje. — Kyouraku falou preguiçosamente.

  — É, e amanhã eu posso faltar na faculdade. — Nanao disse com um pequeno sorriso.

  — Eu já me acostumei a virar noites em hospitais por desconhecidos, imagina se não faço isso por uma amiga... — Daniel falou com um belo sorriso.

  — Obrigada. — Ela também se permitiu sorrir.

  — Você comeu alguma coisa? — Daniel perguntou.

  — Lira me deu alguns biscoitos quando ela chegou... — Ela disse passando a mão na barriga.

  — Vamos à cantina do hospital comprar alguma coisa mais consistente. — Daniel a chamou.

  — Eu não sei... Se o medico sair para dar alguma infor...

  — Não se preocupe Ran-chan nós ficamos de olho nele. — Kyouraku sorriu. — Vá lanchar e descansar um pouco.

Ela devolveu o sorriso.

  — Vão querer algo?

  — Eu gostaria de um copo de saquê, mas acho que isso não se acha na cantina... — Ele disse fechando os olhos em sinal de decepção.

Nanao deu um tapa em sua perna.

  — Não precisa se preocupar Daniel. Quando voltarem eu e Kyouraku descemos para comer alguma coisa.

  — Tudo bem. Vamos Ran. — Daniel saiu andando na frente.

  — Até daqui a pouco. — Rangiku falou. — Qualquer coisa me chamem.

  — Pode ir. — Nanao sussurrou.

Rangiku lhe deu uma piscadela e saiu.

  — E então Nanao-chan... O que achou? — Kyouraku falou depois de sua partida.

  — Sobre o que?

  — Esse Daniel... — Ele estava olhando para a direção em que os dois saíram. — Parece um bom rapaz.

  — Keith também era um bom rapaz se é isso que quer dizer... — Ela novamente ajeitou os óculos.

  — Eu sei... — Ele novamente jogou a cabeça em direção ao seu ombro, mas dessa vez ela não se esquivou. — O coração de Rangiku sempre esteve fechado para outros homens.

  — Fala como se estivesse triste. — Ela o olhou com o canto do olho.

  — De certa forma estou... Se ela não estiver com Ichimaru nunca vai estar com ninguém e uma vida sem amor realmente é muito triste. — Ele falou fechando os olhos.

Nanao não respondeu apenas respirou fundo.

   Tem razão...


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Notas finais do capítulo

E então? Nada de muito revelador né?
Não se preocupe o melhor está sempre no final (mesmo que eu não saiba o que vai ser).
Encontro vocês semana que vem!!
Até quarta!!



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