Chamado

Ele não sabia como, já que o cosmo de Hyoga denotava certa tranquilidade – talvez por estar vendo a mãe – mas tinha certeza de que o amigo estava em perigo. Fez a única coisa que podia naquele momento: gritou, rezando para que sua voz o alcançasse.

- HYOGA! – Chamou-o, com a voz mais alta possível.

Não conseguia mais se concentrar em sua luta contra o Anjo do Poder. Não com o louro em perigo, preso na ilusão do Caçador de Almas. E novamente, o garoto não tinha noção de como conseguira a informação, mas tudo que importava era que sabia o que acontecia com o Cisne.

- SHUN! – Ouviu o russo berrar e isso o tranquilizou um pouco. Ele estava vivo! Mas isso não significava estar fora de perigo...

- HYOGA! – Gritou em resposta, ao mesmo tempo em que as garras de Érigon de Virtude lhe perfuravam o pulmão esquerdo. Juntou todas as suas forças para chamar mais uma vez aquele que lhe era tão caro, mesmo que isso lhe fizesse se aproximar ainda mais da morte. – H-HYOGA!

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Ao ouvir a voz falha de Andrômeda, o louro se desesperou. Não podia perdê-lo! Juntou sua coragem e elevou seu cosmo, atacando sua mãe, livrando-se da ilusão do Anjo do Trono.

Quando ia dar o golpe fatal em Moa, sentiu um cosmo extremamente familiar. Então, teve certeza que Shun sobreviveria.

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- HYOGA! – Gritou mais uma vez, e essa ele tinha certeza de que seria a ultima. No entanto, aquele cosmo apareceu, salvando-o. – IKKI! Que bom que veio, meu irmão...

Fênix sorriu para o irmão que estava deitado no chão e atacou o anjo fatalmente. – Você precisa ser forte, Shun. Sabe disso.

- Sim, meu irmão...

- Eu irei na frente. Encontro você e o pato lá?

Shun sorriu. – É claro, Ikki!

Alguns minutos depois da saída de Fênix, Shun conseguiu se erguer. Foi ao encontro de Hyoga, que estava sentado encostado a uma pilastra, esperando-o.

- Você demorou. – Disse-lhe, sorrindo.

- E se eu tivesse morrido? – respondeu, sentando-se a sua frente. – Ficaria aqui por quanto tempo?

O sorriso do Cisne diminuiu um pouco, enquanto uma falsa raiva tomava sua face. – Eu senti o cosmo dele, então sabia que tudo ficaria bem.

O mais jovem riu alto. – Você e Ikki não conseguem mesmo se entenderem!

O louro sorriu de lado. – Não tem como Shunnie. Nós dois não gostamos de te dividir.

- Vão ter que aprender. – Disse, dando-lhe um selinho. – Vamos Hyoga, eles estão nos esperando.

- Certo. – Resmungou, aceitando a mão que o pequeno lhe estendia com doçura.