Virginia Beach, era um lugar extremamente agradável, o clima razoavel, não quente, mas também não muito frio. E graças aos colares, eu e Bonnie poderiamos andar normalmente pelas ruas e nos passarmos por pessoas normais.

Estava chovendo hoje. Não tinha absolutamente nada para fazer. Eu e Bonnie estavamos na sala, ouvindo nossa radio-novela*. Até que batem na porta. Eu vou atender. Era um rapaz humano.

- Com licença, senhorita. Meu carro quebrou ali na estrada, será que eu poderia passar a noite aqui? Ta um frio dos infernos aqui fora- ele disse batendo os dentes.

- Por favor entre- eu disse. Ele na mesma hora entrou.

- Obrigado- ele disse

- Não há de que- respondi.

- Me desculpe, não vi que tinha uma outra pessoa na sala- ele disse encarando Bonnie

- Não faz mal. Sou Bonnie- ela disse.

- Jeremmy- ele disse

- Sou Isabella, mas por favor, me chame apenas de Bella- eu disse. Ele nos encarou por um tempo. Parecia que ele estava esperando alguma coisa

- Ah! que falta de educação a nossa! Podemos lhe oferecer um café?- disse Bonnie

- Se não for encomodar- ele disse. Eu estranhei a troca de olhares que os dois tiveram. Pareciam que estavam com vergonha um do outro.

- Bom, então...eu vou prepara o café...- eu disse. ou melhor,comecei a dizer, porque eu acho que os dois não me ouviram. Caminhei então, em direção a cozinha para preparar o café. Apesar de vampiras, as pessoas iriam estranhar se não frequentassemos o armazém ou a botica. La da cozinha, eu conseguia ouvir tudo o que eles estavam dizendo, é claro, mas preferi me distrair com outras coisas. Fui ao depósito e peguei o aparelho de chá e dei uma lavada rápida em 3 xicaras. Passei o café no bule e peguei uma bandeja com algumas bolachas quebra-quebra e voltei para a sala.

- Ah, Bella! Bonnie estava me contando a sua historia. Meus sentimentos!- ele disse

- Obrigada, é muita gentileza de sua parte- eu disse colocando a bandeja na mesinha de madeira da sala. Cada um de nós pegou uma xicara e engatamos em uma conversa amena.Jeremmy nos contou um pouco da historia de sua familia. Ele nos contou que, seu acestral inventou um relogio que mostra vampiros. Bonnie e eu quase morremos quando ele tirou este relogio do bolso e o abriu. Mas felizmente, não funcionou. Ouvimos então, as 12 badaladas da meia noite. Bonnie mostrou o quarto de hospedes para Jeremmy, que nos jurou que ficaria só aquela noite, não querendo encomodar.

- Pode começar a falar, bruxinha!- eu disse assim que Bonnie entrou no meu quarto

- Não há o que falar- ela disse

- Bonnie...eu te conheço. Pode falar. Você esta gostando dele não é?- eu disse

Se Bonnie fosse humana, com certeza estaria corada

- Eu acho que eu to- ela disse. Eu sorri

- Fico feliz por você Bonnie- eu disse. Bonnie apenas fez uma carinha de triste.- O que foi?

- Ele é humano, Bella. Não podemos ficar juntos- ela disse. Ah não! Romeu e Julieta? em pleno seculo XX?

- Se ele gostar de você, ele não se importará- eu disse

- Mas e se não gostar?

- Claro que gosta. Eu vi o jeito que ele te olha- eu vi pegando a mão dela.

- Será?- ela disse

- De um tempo a ele. Se,depois de amanha ele voltar para te ver, significa que ele gostou de você- eu disse

Bonnie e eu conversamos a noite toda. Quando estava perto das 07:00, fomos para a cozinha preparar o café. 08:00, Jeremmy acordou!

- Bom dia!- eu disse

- Bom dia!- ele respondeu com uma vóz sonolenta- Você acordou cedo

- Sempre acordamos neste horario- eu disse com um sorriso

- Acordam com as galinhas então. Onde está Bonnie?- ele  perguntou

- Foi ao armazém buscar as baguete- eu disse e ele apenas concordou com a cabeça.

Bonnie chegou

-Nossa, Bella, você não faz ideia da confusão que está la na praça esta manha. Bom dia, Jeremmy!- ela disse.

- Bom dia...

- Confusão?- eu perguntei

- Sim. Parece que a filha do padeiro esta grávida e o mesmo a colocou pra fora de casa, pois não é casada- ela disse.

- Nossa, o padeiro deve estar muito envergonhado. Aconteceu o mesmo com a filha de um policial no Alabama- ele disse. E logo começamos a conversar sobre isso.

Os dias foramse passando e Jeremmy vinha ver a Bonnie todos os dias, sempre com um ramo de flores. Até que um dia...

Bonnie e eu estavamos voltando de uma caçada e ouvimos um barulho de tiro. Logo sentimos o inconfundivel cheiro de sangue e corremos para ver o que era. Quando nos aproximamos, levamos um susto.

Jeremmy estava caido no chão. Estava com o pulso fraco. Logo estaria morto.

- Bonnie, eu...

Mas antes de eu poder terminar a frase, Bonnie havia avançado pra o pescoço dele

- O que você fez?- eu disse. Estava em choque

- Não vou deixá-lo morrer. Eu o amo, Bella- ela disse- vamos levá-lo pra casa, agora.

Eu estranhei essa atirude de Bonnie, mas então me coloquei no lugar dela  e percebi que teria feito a mesma coisa.

Quando chegamos em casa, o levamos para o quarto de hospedes. Jeremmy começou a gritar. A transformação havia começado

- Jeremmy, por favor, não grite...eu sei que dói, mas vai ficar tudo bem. Eu te amo- dizia Bonnie

A transformação do Jeremmy demorou exatamente 2 dias. Deve dizer que ele se adaptou perfeitamente bem a essa 2ª vida. Não consigo me esquecer de sua expressão, quando contamos o que eramos.

Bonnie e Jeremmy começaram a namorar. Foi desconfortavel escuta-los na primeira noite deles como casal. Foi aí que eu percebi que ja estava na hora de eu começar a caminhar sozinha.

- Bonnie...- eu disse a chamei assim que eles terminaram de se amar. Ela veio até mim.

- Bonnie...ja esta na hora de ir- eu disse

- Eu não quero ir embora, Bella. Gosto daqui.- ela disse

- Não, Bonnie. Esta na hora de eu ir embora- eu disse. Ela se assustou com o que eu disse.

- Você e Jeremmy agora são um casal. Eu não sei,mas é desconfortavel ficar entre a relação de vocês.- eu disse. Depois de muito falar, ela disse

- Pra onde você vai?

- Eu sempre quiz conhecer a Inglaterra. Ficarei um tempo por la. Depois vou pra França...o céu é meu limite- eu disse

- Tudo bem. Se cuida amiga!- ela disse

- Pode deixar. Eu mando noticias- eu disse

- Eu saberei como te achar. Vai com Deus!

- Fique com ele

Depois de varios minutos de abraços. Eu parti. Fui sem olhar pra trás...sabia que se o fizesse não conseguiria ir. Agora é apenas eu. Eu e o mundo.