I Love, I Hate? I Need London. escrita por Anne Poynter


Capítulo 1
Back to Hell.




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Eu gostaria mesmo de saber o que eu fiz para ganhar todo esse cuidado especial – que particularmente eu dispensaria – que eu estava recebendo. Eu continuei a olhar a rua pela janela do carro do meu lado direito. Acho que eu não visito esse lugar desde que eu me reconheço por gente.

“A Bella vai estar lá mesmo, não é?” Perguntei pela décima vez.

“Eu já disse que vai, e ela estará.” Meu pai disse grossamente.

Não disse mais nada, e eu não o culpo por estar bravo. Eu amava o meu pai, e só Deus sabe como, mas eu não amava Londres, e não suportava a idéia de ter que agüentar meu pai. Tudo bem que ele era meu pai, mas e daí? Ele ainda podia ser bem bobo quando queria.

Mas eu sabia que estava empacando a vida luxuosa da minha mãe e foi por isso que ela me mandou para cá, e bom, me mandou viver aqui por uns tempos.

Londres me parecia completamente estranha, era um grande buraco de pessoas estranhas que eu odiava, e renegava. Cortada dessa categoria Isabella Rios, minhas melhor amiga que morava lá e que sempre me visitava na Califórnia. Uma das razões para eu não morrer por vir para Londres foi ela.

“Eu não vou tocar no assunto de novo.” Eu disse baixo quando chegamos a casa do meu pai.

“Anne!” ele disse se dando por vencido quando eu estava entrando. “Eu não estou bravo por você perguntar pela Bella, eu só estou cansado.”

“Você percebeu que eu não estou aqui nem a meia hora, e você já está brigando? Quero ir para casa.”

“Não odeie Londres porque eu estou bravo!” ele disse me olhando.

“Eu não odeio Londres” eu menti. “Eu odeio uma escola nova, pessoas que eu nem conheço, e ter que fingir que não me importo.”

Eu faço charme? Não, eu não acho. Charme é você chorar por que sua unha foi pintada de salmão, e não de rosa. Mas eu tinha que mudar de vida, e era completamente. Eu não conhecia ninguém, ou pelo menos não me lembrava de ninguém, e eu tinha que sorrir como se aquilo fosse maravilhoso, e eu estivesse gostando demais.

“Amanha você precisa se levantar cedo, devia ir dormir.” Meu pai disse depois que eu terminei de desarrumar minhas malas.

“Tudo bem.” Respondi friamente, e me virei na cama, fechando os olhos.

Uma das coisas boas no meu pai é que ele não fica rodeando você, e fazendo perguntas chatas, não importa se você está vomitando arco-íris de alegria, ou se está morrendo de infelicidade. Eu gosto disso nele. É chato ficar respondendo perguntas o tempo todo.

Talvez estivesse bem cansada, por que não sonhei com nada aquela noite. Isso no pouco tempo que consegui dormir, o que não foi muito. Você já teve a sensação de que nada vai ser mais como antes, é horrível, e aquilo te domina. Eu só fiquei virando na cama metade da noite, e o pior, eu sabia que tinha que dormir, ou aquilo me prejudicaria.

Finalmente eu consegui dormir, mas me perece que não dormi nada. Foram questões de segundos até que eu acordasse depois de pegar no sono com o meu pai me chamando na porta. Levantei com muito sono, e ainda de olhos fechados, e me dirigi até o banheiro. Depois de todas aquelas coisas que nós fazemos de manhã – e eu sempre fazia na Califórnia – eu desci as escadas, e fiquei esperando meu pai acabar o café. Fiquei na frente da televisão passando os canais, até que parei em um deles. Estava passando um clipe que eu já cansará de ver com a minha mãe, e dizer a mesma frase.

California gurls we're undeniable, fine, fresh, fierce, we got it on lock’ ouvi a Katy Pery cantar.

“Somos recusáveis sim.” Eu disse e já comecei a rir.

Esperei por alguns segundos escutar a risada da minha mãe, mas foi em vão. Por que tudo isso estava acontecendo? Mudei de canal.

“Vamos?” olhei para o meu pai.

“Vamos.” Ele disse tomando o café muito rápido, e pegando as chaves.

Saímos de casa, o ar de Londres era exatamente como eu me lembrava dele: Gelado e seco. Ignorei isso, queria ter um bom dia, então entrei no carro, e abri o vidro. Meu pai fez o mesmo, e então deu partida no carro. Me perdi em pensamentos bobos por alguns minutos.

“Olha!” meu pai exclamou e eu acordei “Está nevando”

*Ótimo, era tudo o que eu precisava* pensei

“Legal.” Sorri falsamente.

Em geral eu não sou tão chata assim, mas eu odiava mesmo Londres, e odiava aquele clima, odiava a idéia de ter que morar ali. Londres despertava o pior de mim!


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Notas finais do capítulo

se gostarem deixem rewies, se odiarem deixem rewies, indiquem para o seus avós, pais, primos, tios, amigos, inimigos, todo mundo, bjs s2



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