Acordei em um lugar escuro e cheio de poeira. Para minha surpresa, estava desamarrada (imaginei que estaria amaarada, dopada e tudo mais, porque bem, É UM SEQUESTRO!) e pude me levantar numa boa.

Percebi que estava na van que tinha me sequestrado e andei até a porta traseira dela. Forcei a fechadura, mas cheguei a triste conclusão que ela estava trancada.

Ouvi alguém gemer atrás de mim e me virei assustada. O barulho vinha de trás de alguns caixotes. Andei até eles cuidadosamente e me deparei com... A BIA!

Ela estava amarrada e amordaçada. Seus olhos vermelhos sugeriam que ela tinha chorado. Desamarrei-a e a abracei em seguida.

– Bia, você tá bem?

– Tô sim Dudoca, e você? - ela sorriu, daquele jeitinho que diminui qualquer problema - Por que veio aqui?

– Eu não vim por vontade própria, acredite! Eu...

O carro deu uma freada brusca e eu soquei a cabeçaem um caixote. Maldito seja aquele motorista barbeiro...

Ouvimos passos do lado de fora. Nos escondemos rapidamente e esperamos, até que a porta foi aberta.

– Ih Robert, acho que elas fugiram.

– Fugiram como seu burro? - Roberto xingou - Vá logo lá dentro e as procure Tom!

Ouvimos Tom entrando e procurando entre os caixotes. Depois de alguns minutos, ele nos encontrou.

– Ei che... - apagamos ele com um pedaço de madeira.

Mas isso não evitou que Robert nos visse e nos amarrasse novamente. Ele nos fez andar até uma casa.

E, putz, que casa velha! Dois andares, pintura verde musgo descascando, trepadeiras trepando (-.-'') pela porta e pelas janelas... em resumo, a típica casa da bruxa má.

Robert nos fez entrar e entregou Bia a um garoto, que a levou até uma sala e a mandou ficar lá. Pelo menos ele parecia ter respeito pela vítima, diferente de Robert, que me jogou no chão.

– Ora ora, você nos deu trabalho mocinha - ele começou - Principalmente ao pobre Tom.

– Não ligo para o Tom - eu disse.

– Você não liga para ninguém eu acho. Mas, bem, já se perguntou por que foi sequestrada?

– Porque você é um velho sádico que adora sequestrar garotas indefesas?

– Não, mas foi um bom palpite - ele riu - Mas para você entender melhor, deixa eu contar uma histórinha Eduarda Black.

" 50 anos atrás, existia uma família rica e que baseava sua riqueza no tráfico de drogas e produtos ilegais. Mas, na geração seguinte, dois irmãos decidiram basear sua riqueza em algo menos sujo. Eles decidiram mudar o negócio para cigarros e charutos. Ideia idiota não? Foi isso que acharam os mais velhos, e eles expulsaram os irmãos da família."

" Longe de sua família e obrigados a recomeçar seu negócio do zero, juraram vingança. Eles formaram uma sociedade, a Red Vingance. Eles sequestraram e mataram todos aqueles que foram contra eles no passado. "

" O restante da família, vendo o banho de sangue que se formava, decidiram fazer sua própria sociedade, a Secret Dead, e tinham como plano principal lançar uma bomba atômica na base da Red Vingance. "

" O plano só tinha uma falha: os Red Vingance não tinham um líder, e de acordo com as regras da sociedade, se uma não tiver um líder não pode ser atacada. Mas, Red Vingance conseguiu um líder. Você."

Eu acompanhava a história de Robert quase dormindo, mas quando ele disse que o líder era eu, não pude evitar de dizer:

– Perfeito, lancem uma bomba na minha sociedade agora.

" Tsc, tsc. Mas o líder da Secret Dead morreu, e não podiam agir sem líder. Infelizmente, a sua sociedade não obedece a lei de 'sem líder, sem ataque' e vão nos atacar. A única maneira de parar isso é matando o líder deles"

Robert sacou uma faca de cabo reluzente e me fitou, escolhenco o melhor ponto para me esfaquear.

– Mas, por que está fazendo isso? - perguntei - Você tam algo haver com essa história?!

– Claro que tenho, afinal, eu faço parte da Secret Dead.

Ai, agora ferrou geral.