A Vida De Uma Garota Estranha escrita por AmyChase


Capítulo 16
Confissões


Notas iniciais do capítulo

*aparece com fumacinha mística* EU VOLTEI!! Eu sei que todo mundo deve ter desistido disto aqui, mas eu não! Na verdade pensei em desistir, mas aí eu voltei e falei "Ah mano, vou atualizar e acabar aquilo!" Sim, eu perdi toneladas de ideias com o tempo, mas lendo essa fic percebi uns erros enormes e assustadores nela! Gente, como eu pude escrever isso? Bem, eu vou tentar consertar tudo e fazerem as coisas acabarem de um jeito belo e ajeitadinho. Se algum leitor das antigas se manifestar, obrigado! Eu vou te amar de coração! Mas os novos leitores devem sempre se sentir bem-vindos!

E REVIEWS, ou eu desisto de novo... Brincadeira :D



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Falar uma coisa: os caras que decoraram a minha base tem muito mais classe e muito mais estilo que os caras que decoraram aquela base do esquisitão do Robert (finado Robert!).

Não que a base do outro fosse feia, mas a minha tinha um "q" tecnológico que fazia muita diferença. Eu fiquei completamente impressionada e tentando botar minhas mãozinhas nervosas em tudo, desde as paredes que pareciam de vidro até os vários equipamentos pra lá de legais que passavam bem na frente do meu nariz.

Bia foi levada para uma enfermaria. Pelo jeito ela tinha algum tipo de ferimento, já que começou a reclamar feito uma doida quando chegamos. Reclamar de dores no peito. Eu quis ir com ela, mas não deu.

 Jason apenas me guiou até uma sala que me lembrava bastante um escritório. Havia uma grande mesa de madeira escura, com alguns papéis em cima. Havia uma poltrona atrás, que devia ser muito confortável. Kadu e eu nos sentamos em um sofá de couro branco e Jason apenas disse que logo ele voltaria e que era para descansarmos um pouco.

Eu tinha acabado de sair de um hospital, não queria descansar! Queria ação e aventura! Pá! Mas Kadu nem tanto, e ele apenas se recostou no sofá e soltou um suspiro.

- A vida é mais doce num sofá de couro branco - que slogan barato de comercial...

- Ah, por favor, isso não tem a mínima graça! Qual é! Temos que salvar o mundo e você aí, elogiando sofás de couro! - bati as mãos na perna, irritada.

- Ah, calma Duda. Não acha que temos passado por coisas demais? Merecemos um descanso básico ou eu acho que vou morrer!

- Todo mundo vai morrer se não impedirmos a Dead Secret! - quase berrei aquilo.

Ficamos em silêncio por algum tempo, ele olhando para um canto qualquer e eu desistindo e me soltando no sofá, que se provou realmente muito bom e macio. Mesmo assim, eu estava sentindo a falta de adrenalina.

- Eu comecei a gostar dela sabia - ele disse, num murmúrio. De repente, tudo ficou mais sombrio.

- Sei... Desde quando?

- Desde um tempo já... Aquele jeito maluquinho, aquele drama que ela fazia... Me faz rir demais - ele sorriu com a ideia - E eu achando que gostava de você.

Eu não senti raiva ou ciúmes. Pelo contrário, fiquei feliz. Eu não ia deixá-lo feliz, porque não gostava dele. Já Bia... Isso podia até rolar porque eles eram belos amigos. Na verdade, eu acho que iria dar certo. Com certeza. Pelo menos seria melhor com ela do que seria comigo.

Mesmo assim, não era a hora de um relacionamento. Tínhamos um problema bem maior, uma coisa prestes a explodir e matar todo mundo. E, se eu não podia ter um romance, não me sentiria tão confortável se eles tivessem.

Sim, eu sou egoísta.

- Sabe, por que não podemos ser normais? - eu murmurei, triste e olhando para a janela da sala, que brilhava com os raios de sol.

- Não sei - ele respondeu, tão distante como eu.

Eu disse que não estava pronta para dizer adeus. E ainda não estava. Bia podia ter voltado, mas pelo jeito estava no destino ficar com Kadu. E ela me largaria. Não tinha superado Leo e não ia conseguir nada até aquela briga toda acabar.

Kadu parecia distante demais. A perda dele foi a menos dolorosa. Não sangrou tanto porque foi rápida.

Mas eu não estava pronta para dizer adeus. E não tinha dito isso para nenhum dos três até aquele momento.

Jason voltou cerca de meia hora depois e disse que tudo se resolveria amanhã. Já estava ficando tarde e todos entendiam que eu devia estar cansada e precisava dormir um pouco. Parecia uma regra chata, mas se fosse eu aceitava de bom grado: meus olhos estavam pesados e minhas costas doíam, cansadas de carregarem tanta preocupação.

Andamos por um corredor mais calmo e eu entrei em uma porta de madeira com alguns detalhes em cobre muito bonita. Girei a maçaneta e me despedi de Jason e Kadu, que provavelmente iria para outro quarto. Bia ainda estava na enfermaria, mas pelo que Jason  me disse ela só estava com alguma crise de alguma doença respiratória.

Meu quarto era... Esplêndido. As paredes eram brancas, mas as cortinas eram quase transparentes, mas os detalhes em vermelho realçavam elas. A cama era uma bela king size, os lençóis de um tom vinho. Havia uma pequena cômoda e um armário, tudo muito simples, mas elegante. E havia uma portinha no canto do quarto, que devia levar ou à um banheiro ou à um closet.

Eu não tinha roupas, então abri o armário em busca de alguma coisa. Achei uma calça jeans desbotada e uma camiseta do Green Day, que peguei sem reclamar. Andei até a portinha e descobrir levar mesmo até um banheiro, que era bem maior que eu esperava.

Tinha uma banheira, um armário embutido discreto e um espelho. Era apenas um lugar para banho mesmo e eu não podia  usar como banheiro principal.

Abri algumas torneiras e deixei a água encher a banheira. Despi-me e encarei meu rosto no espelho, bem mais cansado que o normal. Quando a banheira estava cheia de água quente e sais, decidi entrar e relaxar um pouco.

Pareceu estranho. Aquela calmaria toda. Me fazia pensar que estava tudo bem quando eu sabia que não estava. E aquilo me perturbava. Parecia que eu estava escondendo a verdade, tentando fugir dela.

Fiquei na banheira por alguns minutos. Meus dedos já eram ameixas quando eu decidi sair. Puxei uma toalha que eu tinha trazido e me diverti brincando com as bolhas da banheira até aquilo me cansar.

Andei até a cama e deitei, esquecendo as roupas no banheiro. Fiquei só de toalha mesmo. Não importa, a porta estava trancada e a janela fechada. Esparramei na cama como um ovo e me pus a pensar.

Estava certo que ali, na minha base, podia ser mais seguro, mas não era mais fácil ou confiável. Com certeza o inimigo se sentiria acuado e isso prejudicaria qualquer paz que tentássemos. Então, eu tinha que estar em território neutro.

Levantei-me e fui até as roupas, vestindo-as. Não adiantava tentar me parar, meus pensamentos e meu coração começariam a acelerar e eu não pararia por nada.

Abri a porta do quarto e, em silêncio absoluto, saí pelo corredor.

Não adianta. Eduarda Black não pode ser parada.


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Notas finais do capítulo

Então, é isso. Até o próximo! Que vai sair logo! Quem ler, deixe reviews! Autora gosta disso. E eu voltei por vocês, leitores antigos, e por deixar vocês lerem isso do começo ao fim, leitores novos! Até mais e obrigada!



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