Lua De Mel - A 1 Vez De Novella escrita por judy harrison


Capítulo 5
Doces Mentiras


Notas iniciais do capítulo

Finalmente, seguindo o conselho da irmã, Keller foi mais paciente e sensível. Mas tinha que convencer Novella a permitir que ele lhe "fizesse mal".



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Ele achegou seu corpo ao dela, mas ela se esquivou um pouco.

_ Keller, eu preciso dormir.

_ Vamos para meu quarto, é lá que você vai dormir... , como daquela vez.

_ Como daquela vez?

_ Sim. – percebeu que ela aceitava aquela condição.

_ Eu só vou dormir?

_ Sim. – ele queria agarrá-la novamente, mas as palavras de Mira haviam surtido efeito, ele não avançou – Vai fazer apenas o que quiser.

Keller percebeu que ela se entregou aos seus lábios por causa da calma com que ele a abordou.

Sua trama era agir como Mira lhe disse, queria conquistar a paixão de Novella, mas tinha que ser naquela noite, pois não conseguiria se controlar por muito tempo.

Novella foi com ele para o quarto e eles se deitaram. Keller colocou a coberta sobre ambos.

_ Hoje está calor, não é? – queria acalmá-la - Amanhã podemos ir ao riacho. 

_ Ao riacho da fazendo Ernie? – ela enfim estava sorrindo.

_ Sim, a fazenda que pertenceu aos meus antepassados. Lá você verá muitos animais e um riacho límpido onde poderemos nos molhar.

_ Seria ótimo.

Ele pediu para abraça-la, e ela consentiu.

Lentamente ele colocou o braço sob a cabeça dela e a abraçou. Novella se lembrou de que sua mãe falou, sobre como ela e Andy foram concebidos. Era uma ideia que a agradava, pois ela sempre quis uma família. Não falava disso com Keller por que ele disse que não pretendia ter filhos. Mas, naquele momento em que ele a segurava com firmeza, ela pensou que talvez Mira estivesse errada, e ela poderia ter engravidado.

Esse pensamento fez com que ela se aproximasse dele, e o abraçasse também. Não sabia que estava matando Keller de desejos.

_ No que está pensando agora, minha querida?

Ele queria que Novella lhe desse um bom motivo para avançar o sinal.

_ Keller, eu acho que estou grávida.

Keller deu um tranco para trás, foi um susto.

_ Gravida? C...Como?

Ele ia se afastar dela, mas quase quis dar-lhe umas palmadas quando ela revelou.

_ De você! Agente se abraçou e... pode ser que eu esteja grávida.

Estarrecido com aquilo, ele a abraçou de novo.

_ Meu amor, você não engravida só com um abraço!

_ Sim, minha mãe me teve assim, e a Andy também.

Era muita ingenuidade!

Ele teve então uma ideia.

_ Eu não sabia. Como é?

_ Você quer ter um filho? Disse que não queria...

_ Por que não havia encontrado você, meu amor! Agora eu pretendo ter muitos filhos.

_ Acho que depois do abraço, eu já estou.

_ Posso ver?

_ Ainda não cresceu! – ela sorriu.

Keller juntava as peças. Novella acharia uma gravidez normal por que viu sua mãe carregando Andy até o último dia, aquilo não a assustava.

Então, se ela era tão ingênua, ele poderia usar isso a seu favor.

_ Mas a mulher consegue sentir. Está sentindo?

_ O que eu deveria sentir?

_ O bebê se mexendo.

Ela pôs a mão em sua barriga.

_ Não. – disse desanimada.

_ Bem, sua mãe falou que quando abraçou seu pai eles fizeram mais coisas?

_ Não! – ela se afastou um pouco – Mas eu nasci, não nasci?

Ele se apoiou em seu braço para olhar Novella nos olhos.

_ Novella, quando meus pais me conceberam, se abraçaram também, mas minha mãe explicou a Mira como fizeram, mas meu pai não me falava sobre isso.

_ Mas Mira disse que...

Novella ficou apreensiva e se calou.

Para não assustá-la ele teve outra ideia.

_ Eu queria te agradecer por me deixar ter você como eu queria. – ela o escutava, não sabia que eram palavras mentirosas – Eu disse que seria bom para você. E agora você já é uma mulher.

_ Você já me possuiu?

_ Sim! – eu vou direto para o inferno! Pensou – É isso, eu quero possuir você assim todas as noites. Mas não poderemos ter filhos sem saber como fazê-los. – ele fez uma pausa antes de enganar aqueles olhinhos assustados – Você deseja ter quantas meninas?

Novella sorriu, a maternidade a fascinava.

_ Quantas vierem. Será que dá pra escolher.

_ Você tem que perguntar para Mira. Mas...ah, como seria bom que eu fosse pai! De meninos e meninas!

Na verdade aquilo também era seu desejo, pois depois que conheceu Novella repensou sua vida e se lembrou de que quando partisse não deixaria herdeiros.

_ Você quer?

_ Sim, agora que conheci você, esse tem sido meu maior desejo. – era a única verdade naquele jogo psicológico.

Ela pensou um pouco. Disse como se estivesse triste.

_ Keller eu acho que sei como nossos pais faziam.

_ Sabe? Como? – ele expressou um falso espanto.

Ela se levantou e ficou sentada na beira da cama.

Não, não saia! Ele torcia, pensando no que poderia dizer. Mas não foi necessário enganá-la mais.

Novella se virou e disse, por mais que lhe doesse.

_ É uma coisa muito esquisita, mas Mira disse que Deus abençoa esse ato.

_ E o que é? – sua voz quase não saiu, ele estava excitado, precisou esconder sua evidência sob as cobertas.

_ Keller, eu vou te ensinar o que é! Mas... Tenho vergonha de dizer.

_ Uma vez... – ele disse para que sua vida não acabasse ali de tanta tensão – um amigo me contou umas coisas... Era estranho mesmo.

_ O que ele disse?

_ Que temos que unir nossos corpos sem roupa e deixar que uma coisa minha entre em você. – ele sorriu, mas queria gritar – Não deve ser difícil se for isso.

Ela ficou corada.

_ Tenho medo!

_ Vamos tentar? – ele a segurou pelo braço – Se for isso é como um beijo. E talvez você fique gravida hoje mesmo.

Voluntariamente Novella se deitou ao lado dele.

_ Tenho vergonha de ficar sem roupas!

_ Então tire-as sob a coberta. Eu não vou ver nada.

Keller virou o rosto, tinha que aproveitar aquela chance.

Enfim, Novella estava despida, mas segurava a coberta sobre si como se estivesse lacrada.


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