Lua De Mel - A 1 Vez De Novella escrita por judy harrison


Capítulo 4
Homens...


Notas iniciais do capítulo

A falta de tato de Keller levou Novella para mais longe dele. Só Mira podia colocar naquela mente masculina um pouco de sensibilidade.



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Ela relutou sem sucesso.

_ Você vai tirá-las mesmo! Novella, seja boazinha comigo! – quase implorava, mas a segurava com força.

_ Me solta! – ela começou a chorar, mas Keller a beijou, queria sentir sua boca, não suportava mais aquela espera.

Ele passou a beijar seu rosto e sussurrar que a amava, Novella ainda chorava, mas seu corpo estava solto, pois ela pensava no que Mira disse:

_ Foi melhor encarar tudo de uma vez, e tudo ficou bem, ninguém nunca morreu disso, é sua obrigação como esposa.

Keller a colocou na cama e puxou o laço de seu corpete, acariciou o rosto molhado da Novella apavorada, e sentiu o tremor dela, então não conseguiu prosseguir.

Num gesto brusco se levantou e abriu a porta.

_ Saia daqui! – ele disse com aspereza.

Novella correu para onde Mira podia estar. Não se continha de desespero e pranto.

Em seu quarto, Keller se desesperava também, arrependido por tê-la expulsado. Nunca pensou que fosse tão difícil possuir uma virgem, mas Novella era ainda pior, sentia medo dele. Seu machismo não o fazia enxergar que era difícil pra ela também. Era uma compreensão que somente outras mulheres tinham.

Mira queria acabar com aquela insensibilidade. Viu o pavor estampado no rosto da menina que dizia que ele a agarrou. E foi falar com ele.

_ Keller?

_ O que você quer, Mira? – ele estava visivelmente irritado, ainda no mesmo lugar apenas com o gosto das lágrimas de Novella na boca.

Com um tom autoritário que só ela podia ter com ele, disse:

_ O que pensa que está fazendo? Não pode força-la a se deitar com você.

_ Eu queria que você falasse com ela, eu não preciso de seus conselhos.

_ É claro que precisa! Veja você, aí se achando o poderoso por que se casou com ela! – ele a encarou, e seu olhar não era de amigo, mas Mira não se intimidava – Novella não é só pura, ela é ingênua, é ignorante com respeito ao sexo oposto. Ela não tinha a menor ideia de como nasceu e não sabia que coisas assim aconteciam com pessoas casadas.

_ E você não explicou a ela? Não foi o pedido que eu lhe fiz? – disse indignado.

_ Ela agora sabe, mas... Por Deus, Keller! Precisa ter paciência com ela!

_ Acha que é fácil para mim? Sabe por quantas noites eu passei aqui nesse quarto sozinho, sem companhia até mesmo para brigar? Eu não aguento mais a solidão, Mira! – ele estava sendo sincero, pois com Mira era íntimo e não se envergonhava de ser aberto.

_ Você a expulsou de seu quarto, está descontrolado, meu irmão!

_ Eu senti raiva por ela ter medo de mim. Mira, eu a amo muito, esperei todos esses dias para estar com ela...

_ Keller, deixe-me dizer qual é a visão que Novella tem de você. – ela achegou sua cadeira de rodas para mais perto dele - Novella te ama, mas não perdeu ainda aquela imagem do homem que salvou sua vida. Ela nunca o viu como um homem de fato, entende? E acrescentando à inocente criação que ela teve, será necessária muita paciência até que ela vá sucumbir a essa nova vida de mulher casada.

_ O que se supõe que eu faça, então? – disse confuso.

_ Seja paciente, converse mais com ela, faça com que ela se apaixone e queira estar perto de você.

_ Achei que ela me amasse!

_ Amor não é paixão. Novella tem que querer agradar você. Se fizer o que fez há pouco, ela cederá, mas não espere ver aqueles olhos sem lágrimas de tristeza.

Mira saiu. Keller ficou pensando se ela estava certa. Afinal, era uma mulher falando, e homens não pensavam como mulher. Mas ele realmente não queria ver Novella daquele jeito de novo.

Mira era uma mulher inteligente para sua posição, e estava certa. Forçar Novella só traria infelicidade a ambos.

Keller pediu que Mira ficasse lá por alguns dias.

Naquela noite pediu que buscassem uma mulher da vida para satisfazer seu orgulho ferido. Ficaria com ela em sua carruagem para que Novella e Mira não vissem. Mas a mulher de olhos vendados tirou dele a vontade de aliviar seus instintos, e ele a dispensou.

Se estava casado era com sua esposa que queria ficar agora.

Ele entrou e se deparou com Novella na sala de visitas. Não a via desde que a expulsou de seu quarto. Ela vestia o pijama que ele lhe deu naquela primeira noite.

Novella abaixou a cabeça e ia sair, mas ele, com um tom carinhoso disse:

_ Não, Novella, não fuja de mim! – ela parou, mas estava de costas para ele – Eu não vou mais força-la a fazer o que não quer.

Ela sentia vergonha de olhar para ele. Keller se aproximou e fez com que ela o encarasse segurando em seu queixo com carinho.

_ Me diz uma coisa, se eu prometer que não vou mais agir daquele jeito... Você me dá um beijo?

_ Eu não sei beijar. – disse um pouco trêmula.

Ele aproximou seus lábios e ela fechou os olhos.

_ Olhe para mim. Você me ama?

_ Sim. – ela enfim olhou para ele encontrou aqueles olhos que a acalmavam no tribunal. Novella não tinha atração sexual por Keller por que nunca soube o que era isso, mas tinha certeza de uma coisa, ela o amava.

Então ela deixou que o beijo acontecesse. Keller tentou ser gentil para ganhar sua confiança, e não exagerou, deu um beijo leve e estalado, mas suficiente para molhar seus lábios fechados. Então ele a abraçou.

_ Ontem eu cortejava uma princesa, e agora você se tornou minha rainha, e será tratada como tal, e eu serei submisso a todos os seus pedidos se me deixares demonstrar o meu amor.

_ Eu ainda não estou preparada, Keller. - sua voz era macia, mas trêmula.

_ Quando estiver, - ele falava próximo ao seu ouvido – saiba que eu farei de você a mulher mais feliz de Fraterna.



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