O Caso Da Boemia escrita por SophieAdler


Capítulo 6
Capítulo 6 - Investigando Local do Crime


Notas iniciais do capítulo

Oi, espero não ter demorado muito. Aqui está um novo capítulo. Aproveitem.



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A viagem havia sido tranquila para o trio, porém eles não estavam viajando de férias e sim para resolverem o caso de um assassinato.

Sophie, Sherlock e Watson chegaram ao palácio de Von Ormstein, o rei, para investigar o local do crime, mas para a decepção dos três, ele já havia sido limpo.

“Que ótimo! Meu primeiro caso e todas as evidências destruídas. Como o rei quer que eu investigue se as prováveis pistas para encontrar o assassino foram-se?”, pensou a jovem e principiante detetive. Pensamentos parecidos com os de Sophie também estavam passando nas cabeças de Holmes e Watson.

O trio olhava atentamente a procura de algo que ficou para trás, mas os empregados limparam o local tão bem que nem parece que ali ocorreu um assassinato.

-Por que limparam o local? – perguntou Sophie a um empregado que os acompanhava.

-Ordens de Vossa Majestade. - respondeu o empregado.

Sophie mais uma vez olha para o local e depois olhou diretamente para Holmes, voltando seu olhar para o empregado.

-Sabiam que por causa dessa ordem do seu rei, nós vamos demorar mais tempo para encontrar o autor do crime? – falou Sophie friamente, mas sem intenção.

Obviamente, é claro que os criados não sabiam, pois estavam apenas cumprindo ordens. Não era culpa deles.

-Nós não sabíamos. Se tivéssemos alguma ideia, não teríamos mexido em nada. Nem no corpo.

-E falando nisso: Onde está o corpo do príncipe? – perguntou Watson.

O empregado estranhou a pergunta.

-O que querem com o corpo de meu príncipe?

Naquele momento, Sophie e Sherlock estranharam o jeito da pergunta do criado.

-Nós queremos investigar o crime, então precisamos analisar o corpo. – disse Holmes. – Há algum problema? O corpo por acaso foi velado? Ou será que ficou muito horrendo?

-Ainda não, mas Vossa Majestade não quer que ninguém veja o corpo do príncipe.

Sophie já estava começando a ficar sem paciência e respirou fundo para não surtar.

-Olha senhor, o seu rei quer que nós encontremos o autor do crime e aposto que vocês e seus colegas também. – o empregado assentiu – Mas para isso, precisamos analisar o corpo dele e precisamos que você leve-nos até ele.

O empregado baixou a cabeça.

-O rei vai me punir severamente por levar os senhores até o corpo.

Sophie direcionou seu olhar para Holmes e Watson, que imediatamente entenderam.

-Nós garantiremos que nada irá acontecer-lhe. – disse Holmes.

-Então, venham comigo.

***

O corpo do jovem príncipe estava em cima de uma mesa retangular de dois metros de comprimento e um de largura, em uma sala quadrada, onde tinha apenas uma única janela, que era pequena. Os três olharam ao redor do local onde se encontrava o corpo do jovem e sentiram um cheiro insuportável de sangue seco e urina.

-O príncipe deve ter se urinado todo de medo. – disse Watson, o primeiro a analisar o corpo.

-Sim, mas não é isso que nos interessa agora. – disse Holmes. –Clark disse que ele levou três tiros. Watson onde são as localizações das balas?

Watson examinava o corpo com cuidado, enquanto Sophie prestava sua atenção a dois objetos que foram deixados no local do crime. A flor, uma tulipa vermelha, e a carta de baralho, uma dama de espada.

-Provavelmente a marca do assassino. – disse Holmes, que logo também estava analisando os objetos que estavam nas mãos de Sophie.

A expressão da jovem era de jeito estranho, como se soubesse quem foi o autor através dos objetos. Mas antes que Sherlock perguntasse, Watson tinha novidades.

-Encontrei os locais que foram atingidos pelos tiros. – falou Watson. Os dois Holmes foram verificar. – Um tiro foi na cabeça, o outro perto do coração e o último no joelho. Mas o tiro que o matou foi o da cabeça. – disse pegando a cabeça e mostrando a Sophie e Holmes. – A bala entrou pelo lado esquerdo e saiu pelo direito. O que você acha Sherlock?

-Não é para mim que deve perguntar Watson. E sim para a detetive do caso. – respondeu olhando para Sophie. – O que você acha? Quero escutar sua teoria.

Sophie olhou para ambos e depois para o corpo.

-Se esse foi o tiro que o matou, então, provavelmente, foi o último, pois, além deles, os empregados disseram que escutaram gritos, que provavelmente foram os do príncipe.

-Se esse foi o último, então qual foi o primeiro? – indagou Watson.

-O do joelho, com o propósito de desequilibrá-lo o suficiente para que pudessem atingir o coração. Porém, de acordo com seu diagnóstico Doutor, o segundo tiro não atingiu o coração, fazendo com que ele, provavelmente, entrasse em pânico com a forte dor no peito e gritasse, e o único jeito para eles o fazerem ficar quieto era atirando na cabeça antes de o corpo cair completamente no chão, que faria o resto do trabalho, deslocando e logo em seguida quebrando o pescoço com o forte impacto. Morte instantânea, porém, ainda é um assassinato.

Para Holmes, a explicação de Sophie fez todo o sentido, exceto para John que não entendeu o único detalhe.

-Espere. Você disse eles? Holmes, isso está correto?

Sherlock Holmes olhou John Watson de um jeito irônico.

-Completamente. – respondeu, ainda deixando o amigo confuso. – Não foi um autor e sim mais de um e a questão é: quantos foram?

Antes que pudessem continuar com a investigação, o rei Von Ormstein entrou na sala gritando:

-O que fazem aqui? Eu não quero que ninguém veja meu filho neste estado de calamidade. – falou até reconhecer duas pessoas em comum – Ah! Sr. Holmes e Dr. Watson.

-Vossa Majestade. – disseram ambos ao mesmo tempo e friamente.

-Eu não me lembro de ter contratado os dois e sim a jovem Srta. Adler.

-O senhor contratou-me. Meu nome é Sophie Holmes. – disse educadamente.

Von Ormstein ficou impressionado com a semelhança da jovem.

-É incrível. Você realmente é idêntica a sua irmã Irene.

-Irene não é minha irmã, é minha mãe. E meu pai, Vossa Majestade, o senhor já conhece. – respondeu Sophie olhando para Holmes.

O rei notou depois de muito tempo a semelhança dos olhos entre Sherlock e Sophie.

-Como você foi capaz de ter uma filha com aquela mulher? – perguntou o rei, gritando, agora olhando para Holmes.

-Isso não lhe interessa e também não vem ao caso, Vossa Majestade, e sim o assassinato de seu filho, o príncipe.

-Tens razão. Tenho algo mais importante para me preocupar do que uma mulher do passado. Mas também vocês três não me disseram o que fazem aqui?

Sophie e John olharam para Sherlock.

-Como poderemos dizer: o senhor deu uma ordem a seus empregados para limparem o local do crime. E dificultou nosso, aliás, o trabalho da Srta. Holmes de encontrar qualquer evidência que possa-nos levar até os criminosos. Então nossa única opção foi vim aqui nesta sala analisar o corpo. – respondeu Holmes.

O rei ficou boquiaberto com a explicação de Sherlock Holmes, mas não esboçou nenhuma emoção, a não ser espanto.

-O senhor disse “assassinos”? De meu filho?

-É exatamente o que o senhor escutou. Assassinos. Seu filho foi morto por mais de uma pessoa. – disse Sophie.

-Co... Co... Como descobriram isso? Como sabem que foram mais de um?

-De acordo com os locais em que os tiros foram atingidos.

-E quantos são?

Os três já estavam ficando com a paciência no limite.

-Nós já íamos descobrir se o senhor não tivesse entrado e atrapalhado tudo. – disse John o mais educado que pode, pois ele já estava com raiva.

Von Ormstein percebeu que não estava ajudando em nada e decidiu retirar-se.

-Vou dar-lhes trinta minutos. É o suficiente? - Os três assentiram.

***

-Segundo a teoria de Sophie, o primeiro tiro foi no joelho. A bala entrou pela direita e saiu pela esquerda. O que você acha Holmes? – perguntou Watson.

Sherlock observou e analisou o ferimento no joelho.

-Acho que o primeiro atirador estava a uns dez metros de onde estava o príncipe. E se observarem com atenção, o buraco do joelho tem o formato da bala de um revolver calibre 38. A bala do segundo atirador não ultrapassou o corpo da vítima, supondo a ideia de que estava mais longe dela, talvez uns quinze metros de distância. O formato da bala também é de um 38. Mas como o segundo não conseguiu acertar o coração, o final da tarefa coube ao terceiro atirador, que acertou na cabeça, onde a bala, com formato de um revolver calibre 45, entrou pela esquerda e saiu pela direita deveria estar a mais ou menos uns onze ou doze metros. Mas como já disse Sophie, o que realmente matou o príncipe foi o impacto da queda do corpo no chão, fazendo com que seu pescoço desloca-se e quebra-se, causando assim uma morte instantânea.

Apesar de já ter explicado como o príncipe foi morto, Sophie ficou impressionada com a explicação do pai, que tinham outros detalhes que ela nunca saberia dizer, como o formato das balas das armas. Talvez até soubesse dizer a distância dos atirados do príncipe. Porém, pensou em algo que nenhum dos três havia pensado antes da explicação de Sherlock Holmes.

-Eu acho que deveríamos investigar os locais de onde estavam os atiradores. Talvez possa ter uma pista ou alguma outra evidência.

-Muito bem lembrado filha. Vamos até os locais e encontrar novas pistas.


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Notas finais do capítulo

Mandem reviews e recomendações.



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