Geração Marotos escrita por 1000galeoes, Ana Cecília, Ana Cecília, Ana Cecília


Capítulo 4
Capítulo 3 - Recomeço


Notas iniciais do capítulo

NOTA: SÓ O NOME DO CAPÍTULO MUDOU, O TEXTO NÃO. MUDAMOS DEVIDO À FALTA DE COERÊNCIA
Infelizmente não conseguimos postar na data prevista, mas em compensação, aí vai um capítulo bem maior que o esperado.
Gostaríamos de de agradecer muito a MariaMalfoy, pela linda recomendação.



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Capítulo 3

James Potter acordou com um sobressalto causado por um travesseiro no rosto. Viu então, o a forma embaçada de um enorme cão negro olhando para ele enquanto um outro vulto que ele reconheceu ser um risonho Rabicho, pegava o travesseiro que havia jogado. Pegou os óculos na cabeceira e se sentou na cama.

–Cara, não faz isso!- Disse James, ainda assustado.

–Te assustei?-Perguntou Sirius, rindo.

–O que você acha?- Ele riu

– Vamos nos trocar logo, não podemos chegar atrasados para o primeiro dia de aula!- Disse Lupin, um pouco apressado.

–Aluado, nós SEMPRE chegamos atrasados no primeiro dia de aula. E você SEMPRE fala isso nos primeiros dias de aula.

–Bom, não custa tentar uma última vez.-Ele respondeu encabulado.

–Por quê última vez?-Perguntou James inocentemente, até que parou. Ele ainda não tinha percebido que sim, aquela seria a última vez. A ficha estava começando a cair.- Ah, é mesmo. Então vamos manter a tradição.- Respondeu ele, tentando sorrir.

–Claro! Mas se não andar logo, vamos chegar tão atrasados que a Minerva não vai deixar a gente entrar. Vamos, andem depressa!

–Ele não perde o hábito, não é?-Cochichou Sirius para James, que se dirigia ao banheiro.

–Eu ouvi isso! Falou Lupin, dando-se por vencido.

Se trocaram e em alguns minutos, e desceram para o Salão Comunal, no qual já havia vários alunos, com cara de sono ou conversando animadamente com seus colegas. Lily ralhava com alguns alunos do 1º Ano sobre brincadeiras no Salão Comunal, e James francamente não queria estar na pele deles. Caminhando até o buraco do retrato, encontraram vários amigos com os quais não haviam conversado na noite anterior. Colegas do quadribol, do clube de duelos, das aulas extras (apenas para Rabicho, que quase fora reprovado no ano anterior) e é claro, da detenção. Encontraram-se também com algumas amigas, que variavam desde “exs” -ficantes/paqueras/rolos, confusões amorosas em geral, mas nunca namoradas(de Sirius principalmente, mas James não ficava muito atrás)- até colegas de turma, que apesar de não evitarem alguns suspiros, ainda assim eram amigas. Eles as abraçaram e Lupin, distraído, viu não muito longe, uma colega de um grupo de estudos, que o viu também e foi cumprimentá-lo.

–Remo! Quanto tempo! Suas férias foram boas?-perguntou ela. Era uma garota bonita. Tinha cabelos longos e negros.Possuía belos olhos, de um azul elétrico, que constratavam com o delineador preto na raiz dos cílios e a pele clara. Apesar da aparência forte, tinha traços delicados, e sorria ao falar com Lupin, que não conseguia evitar que um sorriso lhe viesse aos lábios.

–Megan! Ótimas –mentiu ele- E as suas?-Ele respondeu sorrindo também

–Boas também, obrigada. Senti sua falta, quis escrever, mas como não tinha certeza sobre o endereço, tive medo que a minha coruja entregasse a carta para a pessoa errada.

–Por quê? Tinha algo muito exclusivo naquela carta? Algo que só Remo pudesse ver?- Perguntou James, com malícia.

–James!-Ralhou Lupin, com o rosto avermelhado.

–Hm, não. É claro que não.-Ela murmurou, envergonhada. – Lupin então, constragido, levou as mãos à gravata, tentando arrumar o nó mal feito, que por mais que tentasse, nunca conseguia acertar.

–Eu arrumo isso para você.-Disse ela, desfazendo o nó da gravata e fazendo um novo, dessa vez perfeito.

–Obrigado, hm, Megan. Eu nunca consigo acertar esse nó.- Ele disse ainda constrangido, enquanto James e Sirius riam do desconcerto do amigo às costas de Peter, que também não podia conter o riso.

–Não se preocupe. Posso fazê-lo sempre que precisar.- Tenho que ir, minhas amigas estão me chamando.- A garota sorriu e deu um beijo rápido no rosto de Remo, que retribuiu e observou a garota se afastar, indo ao encontro de uma amiga. Levou a mão ao rosto, um pouco boquiaberto e observou a garota sumir em meio ao grande número de alunos, pensando no que exatamente acabara de acontecer. Mas seus devaneios não duraram tanto, após uma interrupção nada agradável de seus amigos.

–Só eu vi fogos de artifício jorrando atrás deles?-Perguntou James, sorrindo. Não rindo, sorrindo.

–Hm, não. É claro que não.- Respondeu Lupin, corando. Ele sabia que não podia se dar ao luxo de se envolver com alguém. Não agora. E nem nunca. Por mais que ouvisse dos amigos e afirmasse para si mesmo que não era um monstro, internamente, havia algo que o impedia de acreditar nisso. Que o impedia de acreditar que era realmente humano, que o fazia pensar, não importa o que dissessem, que era, e sempre seria diferente. Uma aberração. Um monstro. Tudo por causa daquela maldita... deficiência! Ele culpava Greyback, culpava a si mesmo, culpava o próprio destino por tê-lo feito passar por tudo aquilo. Por tê-lo feito sofrer tanto.

Várias vezes já havia pensado em acabar com tudo. Em desistir de tudo. Afinal, seria apenas um fechar de olhos... Um mergulho na escuridão, rumo ao descanso eterno. Mas voltou atrás. Não por medo, mas por consideração a todos que se sacrificaram por ele e estiveram ao seu lado quando pareceu que tudo estava perdido. Os Marotos, Dumbledore, seus pais principalmente. Por eles, ele se forçava a continuar, a seguir em frente, vivendo dia após dia, convivendo com aquela tortura eterna, que por mais que os outros tentassem entender e dividir, seria sempre um fardo que somente ele poderia carregar. E apenas ele.

E fosse como fosse, ele não poderia colocar mais alguém em risco por sua causa. Muitos já haviam se arriscado demais por ele. Bom, os Marotos como via de regra, se arriscavam com ou sem a ajuda dele, mas mesmo assim, caso algo desse errado, eles pagariam caro pelas escapadinhas mensais. Tudo poderia acontecer. Ele poderia se descontrolar ou poderiam ser descobertos. Isso colocaria em risco suas vagas na escola, e até suas vidas. E por isso, ele tinha medo. Medo de si mesmo, medo de se descontrolar, de provar a todos de uma vez por todas quem ele realmente era. Uma aberração. E acima de tudo, ele tinha medo de se envolver, de fazer novas amizades, de se decepcionar, de se apaixonar. A mera convivência com ele era um risco. Que dirá a amizade com um lobisomem. E o amor então? Além de extremamente perigoso, beiraria o ridículo.

Mas Megan... Ela era... Uau. Ela fazia seu mundo girar. Ela era linda, e gentil, e inteligente, muito inteligente e... Uau. Muitos não gostavam dela, diziam que vivia isolada, não gostava de companhia, tinha poucos amigos... O que era verdade, Megan não era exatamente sociável. Mas talvez por isso ele gostasse dela. Eram muito parecidos. No ano anterior, após o fim das reuniões do grupos de estudos, conversavam horas a fio. Sobre arte, literatura, cultura, até alguma filosofia. Era nesses momento que ele se perguntava se esse afeto, essa sintonia., significavam algo. Se era amizade ou... Amor? Não. Isso não PODIA acontecer. Ele não podia permitir isso. Ele não podia SE permitir isso. “Não posso. Meu destino é morrer sozinho.” Ele pensava, melancólico.

–Bom, como eu dizia, Minerva já vai começar a dar detenções a alunos que não prestam atenção às aulas desde o primeiro dia, principalmente aqueles que se perdem em devaneios do nada. – Disse Peter calmamente, enquanto os outros dois riam, olhando para Lupin que havia se assustado com a fala do amigo.

–Nossa, por Merlin! Não faça isso! Estava pensando em... Não importa. Você me assustou!-Disse Lupin, ainda um pouco assustado,

–Foi o jeito de fazer você voltar para a realidade, Aluado. Eu sei que você estava muito ocupado pensando nos belos olhos azuis de alguém, mas agora é sério, nós temos aula! Além disso, tem um monte de alunos do 1º ano precisando de orientação logo ali.- Disse Rabicho, sorrindo e apontando um grupo de alunos perto da lareira.

–Está certo,eu vou.-Ele disse por fim, se dirigindo aos alunos. Não demorou muito e estava de volta.

–Vamos logo, estou com fome.- Disse ele, ainda meio sério. Com isso, saíram pelo buraco do retrato.

–Remo, você está bem?-Perguntou Rabicho, preocupado.

–Eu? Estou bem, só estou com pressa. – Desfazendo a expressão séria e apressando o passo.

No caminho, encontraram a garota do 6º Ano com que James estava na véspera que os cumprimentou e abraçou o pescoço de James, que mesmo encabulado, gostou da atenção. Logo, os quatro andavam animados em direção ao Salão Principal para a primeira refeição do dia. Aluado estava, como sempre, apressando os outros três. Rabicho, logo atrás, cada hora esquecia alguma coisa no dormitório e tinha que voltar para pegar. Almofadinhas, tranquilo, apenas observava os alunos enquanto atravessavam ansiosos a porta do Salão. Pontas seguia o seu caminho vagarosamente ao lado da garota, Amanda, como mais tarde os outros Marotos ficaram sabendo.

–Vamos gente, não podemos perder a primeira aula! Acelerem o passo! – Alertou Lupin, pela quarta vez.

Chegando ao Salão Principal, James se despediu de Amanda, que se dirigiu a mesa da Lufa-Lufa, enquanto os Marotos se sentavam à mesa da Grifinória e começaram a comer, ou atacar, o delicioso café da manhã de Hogwarts, que hoje, não podia estar melhor.


Não muito longe deles, Lily e Severo caminhavam juntos em direção ao Salão Principal.

–Sev, se anime! É o nosso último ano aqui, e quero fazer dele especial.

–Lily, você sabe que eu quero isso tanto quanto você, mas não me conformo com a ideia de que vou passar mais um ano sendo atormentado constantemente por aquele retardado do Potter e a trupe dele. E além disso, muito do que essa escola ensina, para que eu posso precisar? Por exemplo, para que preciso saber de cor todas as revoltas dos duendes sendo que nem em Gringotes quero trabalhar? Enquanto a gente perde tempo com o pé-na-cova do Binns, poderíamos estar aprendendo coisas mais úteis. – Ralhou Severo, claramente irritado.

–Sev, onde quer chegar?- Ele perguntou, preocupada com o tom do amigo.

–Mais aulas de DCAT, por exemplo. Há coisas escuras se mexendo lá fora. Você sabe disso. Vários desaparecimentos, gente aparecendo morta... O Ministério parece não estar associando uma coisa a outra mas isso ainda vai virar uma coisa maior e todos vão ter problemas por causa disso?

–Sev, onde EXATAMENTE você quer chegar?

–Bruxos das Trevas Lily! Há rumores de gente pior que Grindewald surgindo por aí!

–Você não acha que está sendo um pouco paranóico?

–Bom... Talvez. Me desculpe. É por que eu já ouvi várias coisas a respeito disso. No dormitório,em alguns jornais menos conhecidos... E eu estava irritado. Me desculpe. – Disse ele, baixando a voz.

–Não se preocupe, mas francamente,concordo com você. A aula do Binns é realmente muito chata.- Ela sorriu – Mas eu também ouvi rumores sobre coisas assim. Desaparecimentos, algumas mortes, mas talvez sejam casos isolados mesmo. Só nos resta esperar.

–É, acho que sim. Mas mudando de assunto, quero mesmo que esse ano seja especial. Vou sentir muita falta de tudo, mas principalmente de você.

A garota se calou.Não conseguia pensar em algo para responder. De tempos em tempos, Severo dizia algumas coisas nesse sentido que a deixavam assim, sem fala. Não por ter ficado encabulada com os elogios dele, pelo menos não só por isso. O que a deixava sem fala era a onda de preocupação que tomava conta dela nesses momentos. Severo era só um amigo e ela tinha medo que ele pensasse que fosse algo mais. Tinha medo que ele se decepcionasse. Tinha medo que ele se decepcionasse COM ela. E era muito difícil para ela ter que lidar com isso. Gostava das coisas com estavam e não queria que mudassem. Mas infelizmente, pensou ela, se lembrando do discurso do diretor, tudo muda. Inevitavelmente.

–Mas você sabe que vamos continuar amigos depois da escola não sabe?- Ela disse, encabulada.

–Claro Lily, amigos. – Respondeu Severo, que não pode evitar um olhar tristonho ao dizer isso.

Depois disso, os dois caminharam em um silêncio constragedor até o Salão Principal.

–Hm...Vou sentar na minha mesa.-disse Lily-Te vejo depois?

–Ah, claro, claro.

Então os dois se separaram, e cada um sentou na mesa da sua própria casa.


–Eu já disse que adoro os elfos da escola? – Perguntou Sirius, devorando uma omelete.

–É, principalmente quando eles cozinham para você. – Disse James ao lado dele, pousando o copo de suco de abóbora na mesa e colocando mais salsichas no prato. – Mas você tem razão, eles são ótimos mesmo.- Riu ele.

–É mesmo. É claro, eles não recebem pelo trabalho deles, mas essa comida é simplesmente... – Peter começou a dizer, mas se interrompeu ao colocar mais uma colher de mingau na boca.

–Com certeza. –Respondeu Lupin baixinho. Em parte por que ainda estava mexido pelo que havia acontecido mais cedo e em parte porque ainda não havia decidido o que ia comer.

Durante o café da manhã, enquanto o correio chegava, a professora Minerva passou distribuindo os horários de cada um.

–Hm, vejamos... Potter, Black, Lupin... Meus parabéns pelas excelentes notas no N.I.E.M! Continuam em Poções, Feitiços, Transfiguração, Defesa Contra as Artes das Trevas e Herbologia. Passaram em História da Magia também. Por que não quiseram continuar?

–Achamos que devemos nos concentrar mais em outras disciplinas professora. Gostaria de me dedicar mais a outras matérias que poderiam me ajugar mais a atingir minha ambição de ser auror.- Respondeu James, inocentemente, sendo tão cordial a ponto ser cômico.

–Entendo. Auror? Boa escolha Potter! Mas espero que use os horários vagos para estudar mesmo. Sua ficha o contradiz.- Respondeu a professora, não podendo evitar um sorriso.

–Sim senhora.- Ele respondeu, tentando não rir.

–Está certo. Pettigrew, continua apenas em Poções, Feitiços, Herbologia a por pouco em Defesa Contra as Artes das Trevas. Espero que se esforce mais este ano! – Ela disse, severa.

–Sim senhora. – Respondeu Peter, corando.

–Tudo bem. Agora corram ou vão se atrasar. Sabem que não tenho problemas em tirar pontos de minha própria casa! – Disse ela, enquanto seguia em direção a outros alunos e os Marotos se levantavam e consultavam seus horários.

–Bom, temos Poções agora com a Sonserina . -Disse Peter, olhando o pergaminho entregue pela professora.

–Então vamos andando, ou vamos nos atrasar- Disse Lupin, caminhando em direção ao corredor que dava em direção às masmorras.

–Auror? Verdade Pontas?- Interrompeu Sirius, que por raros momentos estivera calado.

–Bom... Sim. Gosto muito de DCAT e meus pais sempre apoiaram. Então pensei: por que não? Além disso, eu precisava de uma desculpa para McGonagall para não continuar e História da Magia, não é? – Riu James.- E você, Almofadinhas?

–Bom, meus pais com certeza esperam que eu entre para o Ministério, mas não sei ainda. – Disse ele enquanto camihavam- Bom, tenho bastante dinheiro no meu cofre de Gringotes que dá para viver sozinho por uns tempos, mas ainda não sei exatamente o que vou fazer... – Terminou a frase, e entraram na sala de aula, onde já havia vários alunos.

Os Marotos sentaram em mesas da sala de aula próximas. Sem ligar para a presença das pessoas em volta, ficaram jogando conversa fora até que Slughorn chegasse.

Lily e suas amigas entraram na sala sem nem olhar para os Marotos. As meninas sentaram nas mesas mais próximasa do professor. Lily acabou ficando sozinha, pois as mesas eram para duas pessoas cada, e havia 3 garotas.

–Bom dia alunos! - Cumprimentou um sorridente Horácio Slughorn, o professor de Poções de Hogwarts.

–Bom dia Professor Slughorn.- Responderam os alunos em coro.

–Aproveitaram suas férias? – Ele perguntou.

–Sim!- Foi a resposta.

–Ótimo! As minha foram boas também. Espero que tenham descansado muito! Temos muito trabalho pela frente esse ano. – Nisso, no canto, Pettigrew gemeu, preocupado.

– Muito bem. Eu queria passar algumas regras... Potter!- Exclamou o professor, olhando fixamente para James, que conversava animadamente com Sirius.

–Ah, sim, professor Slughorn? – Ele perguntou, se assustando.

–Gostaria de compartilhar com a turma toda o que está dizendo?

–Hm.... Não senhor.

–Mas deve ser importante para o senhor estar me interrompendo desse jeito. E menos 5 pontos para Grifinória!- Disse ele, com uma expressão severa no rosto, enquanto Lily escondia risadinhas com o livro sobre o rosto e piscava para Snape, sentado com alguns sonserinos no canto,que se divertia com a situação

–Potter, sente-se aqui. –disse Slughorn, apontando para a cadeira vaga ao lado de Lily.

–O quê? – Os dois exclamaram. A garota trocou o olhar de desprezo por uma feição de desaprovação, enquanto James encarava o professor boquiaberto.

–A senhorita é uma aluna exemplar, acho que servirá de exemplo para o Sr. Potter.

–Mas...- Disseram os dois.

–Potter, venha já.

O garoto se levantou com um ar furioso, e se sentou na mesa de Lily, jogando os livros em cima da mesa.

–Olá Evans. – Ele disse secamente.

–Olá Potter. – Respondeu ela, no mesmo tom.

–Hm, pode me passar seus apontamentos e....- Começou James.

–Quieto! Foi por causa disso que estamos aqui. Me deixe prestar atenção na aula. – Ela rebateu.

– Está certo. Não quero gastar saliva com você.- Ele disse- Na TPM então... – Ele murmurou.

–Ótimo.

Os dois não se olharam nenhuma vez depois disso durante os dois tempos de Poções. James passou a aula se comunicando com Sirius através de sinais, enquanto Lily apenas prestava atenção na aula.

A sineta tocou e os alunos começaram a apanhar o material da mesa. Sirius, Lupin e Pettigrew já estavam na ponta esperando a saída de James. Snape também já estava saindo mas esperava por Lily na porta. Não perdendo uma oportunidade, Sirius esticou a perna na hora em que o Ranhoso passou, fazendo com que este tropeçasse.

James e Lily, sem olhar para a cara um do outro, guardavam o material o mais rápido possível para não terem que se falar. Sem querer, ao colocar a mão sobre a mesa para pegar o tinteiro, ela pôs, sem querer,sua mão sobre a mão de James.

O toque foi como um choque elétrico. Quente, e estranhamente eletrizante. James percebeu seus sentidos se aguçarem e Lily sentiu uma onda de calor percorrer todo o seu corpo. As mãos dele eram quentes e fortes,enquanto as dela eram macias e delicadas. Então, os dois perceberam que nunca haviam se tocado. Após esse rápido frenesi, os dois tiraram as mãos rapidamente. O toque durou apenas uma fração de segundo, mas foi o suficiente para causar uma série de sensações extremamente perturbadoras. Se encararam por um momento, até perceberem que Slughorn só estavam esperando os dois.

–Nunca mais encoste em mim! – disse Lily, envergonhada, se levantando rapidamente da cadeira e saindo com Severo.

–Cara, vamos logo!- Disse Sirius, do lado de fora.

–Estou indo!- Disse James, juntando suas coisas e saindo com os amigos.

–Tenho Feitiços agora. Tenho que correr. – Despediu-se Peter, que foi correndo em direção ao corredor do Feitiço.

– Temos um horário livre agora. Vamos voltar para o Salão Comunal. Estou morrendo de frio aqui embaixo. Está começando a esfriar e as masmorras não ajudam. – Disse Sirius.

–Tem razão, vamos logo. – Disse James, um pouco balançado pelo que havia ocorrido com ele e Lily.

– Vamos. Hm... Pontas? Posso perguntar uma coisa?

– Pergunte.

– Saindo da sala, quando Lily olhou para você e suas mãos hm, se tocaram... Você saiu um pouco alterado da sala.

–Ah, não se preocupe. Fiquei do lado da Evans a aula inteira e não trocamos uma palavra. Na verdade, quando ela olhou para mim, você não deve ter escutado, mas ela estava me xingando.

–Ahh, sim.

–Ei, o que vocês acham de começarmos a planejar o que vamos fazer na Lua Cheia? O Salão Comunal vai estar bem vazio. Podemos começar agora e contar a Rabicho no almoço.

– Claro! Fico feliz que a minha licantropia o diverte. – Resmungou Remo.

– Remo, já falamos sobre isso milhares de vezes... –Começou Sirius, sério.

– Estou brincando! Vamos sim. – Respondeu Lupin.

Chegando ao Salão Comunal, passaram pelo buraco do retrato e se acomodaram nas poltronas. Antes que começassem a planejar as aventuras daquele mês, um garoto alto e forte também do 6º Ano se aproximou deles.

– John, bom ver você! Fiquei feliz quando soube que havia sido escolhido para ser o capitão do time! – Cumprimentou James, sorrindo.

– Eu fiquei muito surpreso também! Imaginava que você fosse ser escolhido, já que a Johnson saiu...

– Acho que preferem que alguém com ficha mais limpa seja o capitão. – Riu James.

– Acho que sim... Mas enfim, vim avisar que os treinos vão começar daqui a duas semanas. Os testes começarão na sexta e logo já teremos os resultados. Te aviso quando marcar o treino.

–Tudo bem, obrigado.-Disse James- Boa pessoa ele. Mas como eu dizia, eu pensei em...

–Remo Lupin?- Perguntou um garoto do 3º ano, olhando para Remo.

– Sou eu, o que foi?-Perguntou ele.

–Me mandaram lhe entregar esse bilhete. – Disse ele, entregando o bilhete e saindo.

Remo pode ver uma caligrafia fina e já imaginava de quem era. Desdobrou o papel e viu que estava certo.

Caro Remo,

Gostaria de discutir alguns detalhes do seu último ano em Hogwarts em particular. Portanto, peço que compareça ao meu escritório amanhã à noite, às 22:00.

Atenciosamente,

Professor Dumbledore

PS: Gosto de hidromel.

De quem é?- Perguntou Sirius.

–De Dumbledore. – Respondeu Lupin.

– E o que ele quer? – Perguntou James.

– Não disse. Só disse que quer me ver. Me chamou para vê-lo amanhã à noite.

– Será que ele descobriu alguma coisa? – Perguntou Sirius, preocupado.

– Espero que não. Vamos ver o que ele quer amanhã.- Disse Lupin, aéreo. O que Dumbledore poderia querer? Ele nunca o chamara durante 6 anos de escola, por que o chamaria agora? Com certeza tinha a ver com a licantropia, mas ele não fazia ideia do que exatamente. Restava esperar.

Enquanto três dos Marotos especulavam sobre o motivo da reunião com Dumbledore, o quarto Maroto se esgueirava pelas masmorras, abrindo a porta de uma sala onde se encontravam outros rapazes de ar ameaçador, que olhavam fixamente para a porta quando Rabicho entrou.

–Estávamos aguardando você, Rabicho.




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Notas finais do capítulo

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